Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 4
Capítulo 4




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Nos dias que seguiram, a Sra. Weasley não deixou os garotos se encontrarem sozinhos, os enchendo de tarefas e preparativos do casamento. Gui preparou dois disfarces para Harry e Draco como primos distantes: Barny e Chuck Weasley respectivamente.

A Sra. Weasley resolveu fazer uma pequena festa para Harry, um dia antes do casamento. Poucos foram convidados de fora, só Lupin, Tonks e Hagrid. Os outros todos da família Weasley, até Carlinhos veio para o aniversario e ficaria direto para o casamento.

Todos se juntaram para festejar o aniversario de Harry do lado de fora, pois não cabiam todos na cozinha da Toca.

– Abram caminho, abram caminho! - cantarolou a sra. Weasley, passando pelo portão com algo que lembrava um pomo de ouro do tamanho de uma bola de piscina flutuando à sua frente. Harry levou alguns segundos para entender que era o seu bolo de aniversário, que a Sra. Weasley trazia suspenso com a varinha, para não se arriscar carregá-lo pelo terreno acidentado. Quando o bolo finalmente aterrissou no meio da mesa, Harry elogiou:

– Fantástico Sra. Weasley!

– Ah, não é nada, querido — respondeu-lhe a bruxa carinhosamente. Por cima do ombro da mãe, Rony ergueu o polegar para Harry e murmurou: "Beleza."


Por volta das sete horas, todos os convidados tinham chegado e sido levados ao interior da casa por Fred e Jorge, que os esperavam no fim da estradinha. Hagrid vestiu-se para a ocasião com o seu melhor, mas medonho, terno peludo marrom. Embora Lupin sorrisse ao apertar sua mão, Harry achou-o com um ar bastante infeliz. Era muito esquisito; ao seu lado, Tonks parecia simplesmente radiante.

Todos só estavam esperando o Sr. Weasley para começar os festejos. Quando de repente uma doninha prateada surgiu e falou, com a voz do Sr. Weasley: “O Ministro esta indo comigo”.

– Temos que ir – disse Lupin – Explicamos outra hora.

Ele agarrou Tonks pelo braço e correu para longe da Toca. Segundos depois, Arthur adentrou o terreno, ao seu lado, Rufo Scrimgeour.


– Desculpe a intromissão. – disse o ministro se aproximando de todos – Muitos anos de vida – disse a Harry.

– Obrigada.

– Preciso dar uma palavrinha com os Escolhidos. A sós – ele enfatizou o “a sós”

– Por quê? – perguntou Rony.

– Explico melhor quando estivermos em um lugar mais reservado – disse frio – Talvez dentro da casa.

Os Escolhidos levaram Scrimgeour para a sala da Toca, e eles se sentaram nos sofás.

– Tenho algumas perguntas a fazer para vocês – disse ele duramente – Mas acho melhor fazê-las separadamente. Sr. Ronald Weasley primeiro. Vocês cinco, podem esperar lá fora?

– Não – disse Hermione – Se quiser falar conosco, terá que falar com todos juntos.

– Muito bem – disse o ministro com desgosto – Todos juntos então. Suponho que saibam, estou aqui para falar sobre o testamento de Alvo Dumbledore.

Os seis se entreolharam.

– Pelo visto não sabiam que Dumbledore lhes deixou, a cada um, uma coisa?

– A todos os seis? – perguntou Rony.

– É claro que sim – ele pegou sua maleta de couro de dragão e a abriu, tirando de lá uma pasta.

– Já faz mais de dois meses que Dumbledore morreu. – perguntou Harry mal encarado – Porque esta nos entregando isso, só agora?

– Não é obvio? – Hermione revirou os olhos – Ele queria examinar o que Dumbledore nos deixou. O senhor não tinha esse direito!

– Claro que tinha.

– Então porque não ficou com eles? – perguntou Gina cruzando os braços

– Ele não pode. – retorquiu Hermione – O Ministério só pode ficar com um objeto por trinta e um dias. O prazo venceu, eles são obrigados a devolver.

– Você se diria intimo de Dumbledore, Ronald?

– Não exatamente...

– Então porque ele te incluiria no testamento?

– Porque ele é um dos Escolhidos? – perguntou Hermione ironicamente.

Scrimgeour suspirou pesadamente e abriu a pasta que tinha em mãos.

– Últimas vontades de Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.


“Para o Sr. Ronald Weasley deixo meu desiluminador, na esperança de que se lembre de mim quando usá-lo.”


O ministro tirou de dentro da maleta o objeto e entregou a Rony.

– É um objeto raro, porque Dumbledore te daria isso?

– Pra apagar as luzes suponho –disse Rony – Pra que mais eu usaria?


“Para a Srta. Luna Lovegood deixo meu exemplar de Os Contos de Beedle, o Bardo, na esperança que ela o ache divertido”


– Porque Dumbledore daria a uma jovem de dezessete anos, um livro de historia infantil? – ele lhe entregou o livro.

– Ele sabia que eu gostava de ler. Deve ter pensado que eu me interessaria. – respondeu Luna.


“Para o Sr. Harry Potter, deixo o pomo de ouro que ele capturou em seu primeiro jogo de Quadribol em Hogwarts, para lembrar-lhe as recompensas da perseverança e da competência."


– Por que Dumbledore lhe deixou este pomo? — perguntou Scrimgeour.

– Não faço a menor ideia — respondeu Harry. — Pelas razões que o senhor acabou de ler, suponho... Para me lembrar o que se pode obter quando se... Persevera e o que mais seja.

– Então você acha que é apenas uma lembrança simbólica?

– Suponho que sim.

– Reparei que seu bolo de aniversario é em forma de um pomo de ouro. Por quê?

Hermione riu ironicamente.

– Talvez porque Quadribol seja uma paixão para Harry, ou talvez porque ele foi o mais novo apanhador do século?

– Pegue – disse Scrimgeour lhe estendendo o pequeno objeto dourado.


Harry estendeu a mão e pegou o pomo. Nada aconteceu, o objeto nem se moveu. Scrimgeour suspirou pesadamente.


“Para a Srta. Ginevra Weasley deixo este frasco com ditamno, para curar feridas fortes e antigas”


– Tenho que informar – disse Scrimgeour – que seu objeto me deixou intrigado. – ele lhe deu um pequeno frasquinho dourado com a tampa azul – Porque Dumbledore lhe daria um remédio? E porque ele usou esse termo “Curas feridas fortes e antigas”?

– Não tenho idéia – respondeu Gina observando o frasco – ele sabia que eu sou desastrada e que me machuco toda hora, deve ser por isso que me deu um frasco de remédio.

Scrimgeour a encarou duvidoso, mas se parece convencer.


“Para o Sr. Draco Malfoy deixou meu canivete, na esperança de ser usado só quando for realmente necessário e de fazê-lo lembrar que por amor se faz de tudo, por amor se rompe barreiras e se enfrenta de tudo, tudo o que for necessário para salvar o que se ama.”


O ministro pegou de dentro da bolsa um objeto prateado, muito bonito. Era parecido com o canivete que Harry ganhara de Sirius, servia para abrir qualquer tipo de porta e qualquer coisa emperrada.

– Porque ele te daria essa arma?

– Não sabia que um canivete era considerado uma arma – respondeu Draco com azedume.

– E não é. – respondeu ministro – Mas tem que admitir que seja estranho. Porque ele te daria isso?

– Não tenho a menor ideia.

O ministro insatisfeito pegou o ultimo objeto, uma caixa de veludo preto para portar um colar. E entregou para Hermione.


“Para Srta. Hermione Granger, deixo-lhe dois dos três únicos pertences que restaram de sua avó, o terceiro ,acredito já estar sobre seu poder. Para que ela se lembre que não é a força que move o mundo, e sim a lógica.”


Hermione abriu a caixa e seus olhos arderam, depositado ali, havia uma corrente fina de ouro branco, preso a corrente um pingente em forma de Floco de Neve, feito de cristal. E uma pequena chave dourada cravejada com pequenos rubis, com os números “025” gravados.


– Dumbledore menciona um terceiro objeto, que já esta em sua pose. Que objeto é esse? – perguntou o ministro.

– Esse anel – disse Hermione secando as lagrimas que lhe caiam pelas bochechas mostrando a mão direita.

– E como esse anel foi parar em suas mãos?

– Minha mãe me deu – disse Hermione mentindo perfeitamente bem – Me parece que minha avó deu pra ela antes de morrer, e ela o deu pra mim. É uma coisa de geração, o anel passou de geração em geração, segundo minha mãe.

– Entendo. E a chave? Sabe o que ela abre?

– Não tenho idéia.

– Então terminamos? – perguntou Gina.

– Não. Dumbledore lhe deixou mais uma coisa Potter. – disse com desgosto.

– O que?

– A espada de Godric Gryffindor.

– E onde esta? – perguntou Harry estreitando os olhos.

– Infelizmente — disse Scrimgeour —, aquela espada não pertencia a Dumbledore para que dispusesse dela. A espada de Godric Gryffindor é uma importante peça histórica, e como tal pertence...

– Pertence a Harry! — completou Hermione exaltada. — A espada o escolheu, foi ele quem a encontrou, saiu do Chapéu Seletor para as mãos dele...

– De acordo com fontes históricas confiáveis, a espada pode se apresentar a qualquer aluno da Grifinória que a mereça — retrucou Scrimgeour. — Isto não a torna propriedade exclusiva do Sr. Potter, seja o que for que Dumbledore tenha decidido. - o ministro coçou o queixo mal barbeado, estudando Harry. — Por que acha...?

– Que Dumbledore quis me dar a espada? — respondeu Harry se esforçando para não explodir. — Talvez tenha achado que ficaria bonita na minha parede.

– Isso não é brincadeira Potter!

– Sabemos que não é! – berrou Hermione se levantando em um salto.

– A senhorita devia aprender a ter respeito! – o ministro se levantou junto.

– E o senhor devia aprender a merecê-lo! – ela exclamou alto.

Passos foram olvidos e o Sr e a Sra. Weasley adentraram a sala.

– Pensamos ter olvido vozes alteradas. – esclareceu a Sra. Weasley.

– Não foi nada – disse o ministro bufando – e ainda acha que devíamos estar trabalhando juntos.

– Perdão ministro, mas não gostamos dos seus métodos.

Hermione puxou a mão direita de Harry e mostrou o local avermelhado, onde há dois anos, fora marcado “Não devo Contar Mentiras”.

A expressão do ministro endureceu, e sem dizer mais nada, trotou para fora da Toca.

De volta aos jardins, os objetos foram passados de mão em mão.

– Harry, querido, estamos mortos de fome, não quisemos começar sem você... Posso servir o jantar agora?

Todos comeram rapidamente e, ao terminarem de cantar um "parabéns para você" igualmente rápido e devorar o bolo, a festa foi encerrada. Hagrid, que tinha sido convidado para o casamento no dia seguinte, mas era grande demais para dormir na Toca superlotada, saiu para armar sua barraca em um campo vizinho.

– Nos encontrem no quarto de Rony as duas da manhã – disse Harry para Draco e Hermione, enquanto Rony dizia para Luna e Gina – Assim que todos estiverem dormindo.



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