Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 29
Capítulo 29




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      Hermione sentiu um pesar no coração ao adentrar a sala redonda. Estava exatamente igual à antes de Dumbledore ir. Ela correu ficando de frente para o quadro dele, que dormia tranquilamente.

 -Senhor? – chamou – PROFESSOR DUMBLEDORE!

      O quadro deu um pulo se assustando.

- Sim minha jovem?

- Onde esta a sua penseira?

- Ali – ele apontou para um armário.

      Draco correu até lá e o abriu. Tirando de lá a grande bacia prateada e a pondo no chão. Hermione pegou o frasco que estava em seu bolso, o abriu, e o virou. O liquido prateado caiu lentamente na bacia.

- Quer vir? – perguntou Hermione se abaixando.

- É algo que você deve fazer sozinha. – respondeu Draco.

- Volto logo.

- Estarei aqui. – ele lhe deu um beijo na testa.

      Hermione se viu mergulhando no vácuo, e caiu em plena estação King’s Cross.

      Ela viu um casal e uma menina se aproximando.

- Lizzie, querida você vai se atrasar. Vamos!

- Calma mãe. – respondeu uma garotinha, seus cabelos estavam presos em duas tranças, ela usava uma saia preta, uma camiseta social branca, uma gravata, sapatilhas e uma capa preta com o símbolo de Hogwarts. Carregava em um carrinho um malão e uma gaiola com uma coruja parda. O uniforme para os alunos do primeiro ano que ainda não tinham sido selecionados para suas casas.

      A locomotiva estava prestes a sair, já eram dez e cinqüenta e oito.

- Mandaremos cartas. – disse um homem de cabelos castanhos.

- Nos mande uma amanhã, contando tudo – disse sua mãe empolgada – Principalmente a casa em que foi selecionada.

- Não precisa querida. Sabemos que ela vai para Ravenclaw, como nós dois. – disse o homem.

- Eu já vou – disse a garota meio desapontada.

- Cuide-se – disse sua mãe.

      Lizzie adentrou a locomotiva vermelha e começou a procurar uma cabine. Achou uma quase no final, dentro uma garota de cabelos pretos acima dos ombros lia uma revista distraidamente. Estava sozinha.

      Educadamente a Lizzie bateu na porta da cabine, a garota tirou os olhos da revista e mirou Lizzie.

- Se importa? – perguntou timidamente – As outras cabines estão cheias.

- Não, pode ficar – ela sorriu.

- Obrigada – Lizzie sorriu e se sentou no banco, de frente para a garota.

- Sou Eileen Prince.

- Elizabeth Ross. Mas todos me chamam de Lizzie. – elas apertaram as mãos.

- E ai? – perguntou Eileen – Já sabe pra que casa vai?

- Meus pais querem que eu vá para Corvinal – ela soltou um muxoxo – Minha família toda foi de lá. Mas eu não sei... Não me importo com isso, e você?

- Minha família foi toda de Sonserina, acho que vou pra lá. E você é sangue-puro?

- Sou.

- Eu também! – exclamou Eileen animada – Significa que temos um grau distante de parentesco. Afinal todas as famílias de sangue-puro têm algum parentesco!

      O cenário mudou, Hermione se viu agora parada no salão Principal, a professora McGonagall vinha carregando um banquinho e um chapéu velho, ela era seguida por uma fila de calouros. Ela colocou o banco no chão e se dirigiu aos alunos.

- Quando eu chamar seus nomes venham até aqui e se sentem, o Chapéu Seletor os selecionara para suas futuras casas – disse McGonagall e abriu um pergaminho – Antter, Kyle.

      Um garotinho moreno e dentuço se adiantou tropeçando e se sentou, a professora colocou o chapéu na cabeça dele.

- Grifinoria! – anunciou o chapéu.

- Bones, Luisa.

- Lufa-Lufa!

- Conor, Piero.

- Grifinoria!

- Daniels, Mark.

- Corvinal!

- Edwards, Allan.

- Lufa-Lufa!

- Ferreira,Camila .

      Uma garotinha morena correu e se sentou.

- Sonserina!

- Garries, Lucas;

- Grifinoria!

- Hilden, Carrie.

- Sonserina!

- Laurency, Kate.

- Lufa-Lufa!

- Malfoy, Abraxas.

      Um loiro arrogante de olhos azuis se adiantou, o chapéu mal tocou sua cabeça e anunciou:

- Sonserina!

- Prince, Eileen.

      Eileen soltou a mão de Lizzie – a qual apertara sem parar – e se sentou no banco.

- Sonserina!

      Ela se levantou e saltitou, se sentando de frente para Abraxas.

- Riddle, Tom.

      Lizzie viu um moreno de aparência arrogante e extremamente bonito se sentar no banco.

- Sonserina!

      Ele se levantou e se sentou ao lado de Eillen, que tinha os olhos grudados em Lizzie.

- Ross, Elizabeth.

      Com as pernas bambas, Lizzie se sentou no pequeno banco e o chapéu foi colocado em sua cabeça.

- Interessante – disse ele – tem caráter, é decidida, inteligente e bonita. Tem grande potencial, se daria bem na casa Corvinal. Porem... É ambiciosa garota, e tem um gênio bastante forte. Esta destinada a grades coisas. SONSERINA!

      Lizzie sorriu aliviada e se levantou sobre uma enorme salva de palmas e rumou sobre gritos de alegria de Eileen, para a mesa da Sonserina. Ela se sentou ao lado de Abraxas, que a encarava com curiosidade.

- Não acredito que estamos na mesma casa! – exclamou Eileen.

- Também não acredito! – exclamou Lizzie igualmente animada.

- Vocês já se conhecem? – perguntou Abraxas.

- Nos conhecemos no trem. – disse Lizzie simpática – Sou...

- Elizabeth – completou o loiro lhe estendendo a mão.

- Só Lizzie – disse pondo a mão sobre a dele.

      Abraxas a levou aos lábios e deu um rapido beijo no local. Ela corou.

- Como queira, só Lizzie. Sou Abraxas.

      Ela riu.

- É um prazer Abraxas.

- E a adorável morena? – perguntou olhando Eileen.

- “Adorável morena”? Que piegas. HEHE – ela riu – Desculpe, bem, sou Eileen. – e se virou para o moreno ao seu lado – E você?

- Riddle, Tom Riddle – disse sorrindo duramente para Eileen.

      A cena mudou e Hermione se viu nas masmorras, Lizzie estava debruçada sobre um pergaminho e escrevia freneticamente. Hermione não conteve um sorriso, agora sabia de quem puxara o amor pelos estudos. Seus cabelos estavam presos em uma trança mal feita e ela usava um hobby verde esmeralda.

- O que faz aqui a essa hora? – perguntou uma voz.

- Abraxas – disse ela pondo a mão no peito – Você me assustou.

- Desculpe.

      Ele se sentou ao lado dela.

- Estou terminando o trabalho de Historia da Magia do Binns.

- Quer ajuda? Ou quem sabe... Companhia?

- Acho que... Companhia, obrigada.

      Ela voltou sua atenção para seus pergaminhos., escreveu mais algumas linhas e parou encarando Abraxas.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Já fez – ele sorriu e ela revirou os olhos – Brincadeira, pode perguntar.

      Lizzie encarou seu pergaminho.

- Por que... Seu amigo me odeia?

- Quem? Tom?

- Ele mesmo – ela voltou a escrever.

- Ele não te odeia – Abraxas riu – Eu acho que não.

- Então... Porque ele me olha como se eu tivesse matado os pais dele?

- Sinceramente? – perguntou Abraxas brincando com uma das penas de Lizzie – Ele é meio desconfiado. No começo. Foi difícil conquistar sua amizade, mas depois que ele te conhece, ele relaxa.

- O que me sugere para ser amiga dele? – ela pois um ponto final em sua redação e enrolou o pergaminho.

- Seja você mesma.

      Eles se levantaram e Lizzie quardou seu material em sua mochila.

- Obrigada – ela o abraçou.

      Sem saber que Tom Riddle os observava escondido.

      Hermione voou pela escuridão e caiu no dormitório feminino, onde só haviam duas camas. Eileen e Lizzie adentraram o local e estranharam só duas camas.

- O que será que aconteceu com a Marcela? – perguntou Lizzie se sentando em sua cama.

- Ouvi dizer que os pais dela a tiraram de Hogwarts, mas não sei por quê. – ela ficou de pé em sua cama - Agora o que importa é que: O QUARTO É SÓ NOSSO!

      Ela começou a pular na cama. Lizzie riu e jogou uma almofada nela.

- Como você é má, Eileen.

- Você pensou a mesma coisa.

- Mas você disse! – Lizzie riu.

- Eu sei, ta eu sou perversa – ela revirou os olhos – E você me ama.

      Hermione se viu frente ao lado negro, Lizzie estava sentada abaixo uma grande arvore. Ela parecia submersa em pensamentos, pois não viu um moreno bonito se aproximar.

- Oi – sussurrou ele.

- Que susto! – ela ofegou com a mão sobre o peito – Quer me matar garoto?

- Desculpe – ele sorriu e se sentou ao lado dela.

- O que quer?

- Nada.

      Ela o encarou desconfiada.

- Qual é! Esse lugar não é só seu.

- Não estou de expulsando, Riddle.

- Sei que não, Ross.

- Escuta aqui garoto, quero que me diga uma coisa, o que eu te fiz?

- Você? – questionou mirando o lago – Nada. Por quê?

- Deveríamos ser amigos. Quero dizer... Sou a melhor amiga do seu melhor amigo. E você melhor amigo da minha melhor amiga.

- Não entendi nada, mas tudo bem – ele riu ainda não a encarando – sei aonde você quer chegar.

- Sabe? Que ótimo.

- Sei sim. Você quer ser minha amiga porque lhe convém não é Ross? Acha que estando comigo vai estar no topo.

- O que? – exclamou indignada se levantando – Ficou louco garoto? Não preciso de você para ser popular neste castelo.

- Não acredito em você.

- Esta vendo? – ela se ajoelhou ao lado dele – Você não me olha nos olhos! Eu me sinto um alienígena de três cabeças e 18 pernas! Sinto-me horrível! Porque você não me olha nos olhos?

      Ela o puxou pelo queixo e os dois se encararam. Lizzie arregalou os incríveis olhos verdes, Tom Riddle era lindo. Não que ela já não tivesse notado o fato, mas agora que se olhavam sem hesitar, ele parecia ainda mais lindo. Sentia -se no paraíso.

- Err... – ele pigarreou – Você não é um alienígena. Eu só... Não sei.

      Ela se levantou e ele fez o mesmo.

- Porque não recomeçamos? – perguntou ela sorrindo e lhe estendendo a mão – Sou Elizabeth Ross.

      Riddle revirou os olhos.

- Sou Tom Riddle – ele estendeu a mão e apertou a de Lizzie.

- É um prazer te conhecer Riddle.

- O prazer é meu, Elizabeth.

- Só Lizzie.

      Ele sorriram um para o outro.

      Hermione voou e foi parar nas masmorras outra vez.

- O que houve? – perguntou Eileen descendo as escadas com Lizzie vendo todos os alunos sentados em silencio.

- Um ataque – disse Abraxas puxando a morena para seu colo – Um filho de trouxas foi petrificado.

- Como? – Lizzie arregalou os olhos e sentando no braço do sofá onde eles estavam ao lado de Tom.

- Dizem por ai que o monstro da Câmara Secreta esta a solta – respondeu Abraxas.

- O de Salazar? A Câmara que ele, segundo a lenda escondeu em Hogwarts? – questionou Lizzie.

- Ora, você esta muito informada sobre o assunto, Ross – disse uma garota ruiva que Hermione reconheceu na seleção para as casas, seu nome era: Carrie Hilden.

- Eu sei, Hilden – retrucou Lizzie sem se abalar – É que eu sou uma pessoa culta e leio para me informar sobra a historia de Hogwarts. Ao contrario de uns e outros que não sabem nem escrever o nome direito.

- Foi uma indireta? – indagou Carrie.

- Não, querida. Não foi indireta, foi bem direta mesmo. E não foi pra você. Mas se a carapuça serviu, eu não posso fazer nada.

- O que sua... ?

      O que ela ia dizer ninguém soube, pois neste momento o professor Horacio Slughorn, que era o diretor da Soserina adentrou as masmorras.

- Esta tudo bem. – disse ele – Logo o aluno petrificado estará bem. Voltem aos seus afazeres. 


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