Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles
Eles se viram na rua principal de Hogsmeade. Tiraram as capas, e trocaram um olhar, antes de um grito ensurdecedor preencher o local. As portas do Três Vassouras se abriram rapidamente, e uma dúzia de Comensais saiu do bar.
Rapidamente, eles se esconderam abaixo das capas e andaram, se escondendo na rua lateral, parando na parede lateral do Cabeça de Javali.
Um comensal apontou a varinha para o nada e berrou:
- Accio capa!
Hermione fez força para segurar sua capa no lugar.
- Então Potter não esta embaixo do seu chalé? – berrou ele – Espalhem-se! Eles estão por ai.
Seis comensais foram para um lado, quatro para o outro, e dois permaneceram onde estavam.
- Que tal uns dementadores? – perguntou um dos que ficaram – Seria mais fácil achá-los.
Os dois trocaram um sorriso cúmplice.
- Temos que desaparatar – sussurrou Ron.
- Não dá – respondeu Gina – Eles iriam escutar.
- Se conjurarmos nossos Patronos eles também vão saber. – retrucou o ruivo.
- Quietos! – sibilou Hermione.
No mesmo instante, uma rajada de ar frio os atingiu. Hermione sentiu que estava congelando.
- Harry não! – gemeu Gina.
Mas era tarde, um enorme veado rompeu de sua varinha e atacou os dementadores.
- São eles! – berrou o comensal - Potter! Vi o Patrono!
A porta dos fundos do Cabeça de Javali se abriu, e uma voz sussurrou.
- São os Escolhidos? Vamos entrem! Rápido!
Os seis não hesitaram, rapidamente adentraram o bar que estava vazio.
- Fiquem quietos, e não dispam a capa! – disse a pessoa.
Os seis se esconderam atrás do balcão e ficaram quietos. O barman abriu a janela e começou a berrar com os Comensais.
- E daí? – berrou ele - Vocês mandam dementadores para a minha rua, e jogo um Patrono contra eles. Não vou admitir que se aproximem de mim, já lhes disse, não vou admitir isso!
- Aquele não era seu Patrono! – berrou de volta um comensal – Era um veado! Era o Potter!
- Veado! – rugiu o barman empunhando sua varinha e apontando para o ar – Veado! Seu idiota... Expecto Patronum!
Um enorme bicho chifrudo surgiu e correu pela rua de cabeça baixa até desaparecer.
- Não foi isso que eu vi – retrucou o comensal de cara fechada – Alguém violou o regulamento. Alguém saiu de casa depois do toque de recolher.
- Se eu quiser por meu gato pra fora eu ponho! – disse o barman – E dane-se seu toque de recolher!
- Foi você que disparou o alarme? – perguntou incrédulo.
- E se disparei? Vai me mandar para Azkaban? Me matar por meter o nariz fora da minha própria porta? Então faça isso, se é o que quer! Mas espero, para seu bem, que não tenham tocado na Marca Negra para convocá-lo. Ele não vai gostar de ser chamado para ver a mim e o meu velho gato, ou será que vai?
- Continuo dizendo que vi um veado! – resmungou ele.
- Um veado? É um bode seu idiota!
- Tudo bem, - disse o outro Comensal – Nos enganamos. Desrespeite o toque de recolher outra vez e não seremos mais tão legais.
Eles se viraram e voltaram a rua principal, adentrando o Três Vassouras de novo. O barman vasculhou a rua com um olhar, e fechou a janela com o trinco. Se voltando para o balcão.
- Eles já foram – disse ele.
E os Escolhidos puderam sair debaixo das capas e de trás do balcão.
- Seus idiotas imprestáveis! – exclamou ele – Que ideia foi essa de aparecer aqui?
- Obrigado – disse Luna – O senhor salvou nossas vidas. Jamais saberemos como agradecer.
Ele resmungou alguma coisa e Harry o encarou curioso.
- É o seu olho que tenho visto no espelho de Sirius. – constatou o garoto – Você mandou Dobby.
- Onde ele esta? Pensei que estaria com você.
- Ele esta morto – respondeu o moreno.
- É uma pena. Gostava daquele elfo. E a pequenininha?
- Voltou para Hogwarts – respondeu Hermione – Ela é minha.
- Nossa! – ele exclamou olhando a morena – Você é mesmo parecida com ela.
- Lizzie? – perguntou Hermione já sabendo da resposta.
- Sim. Tem cartazes com a sua foto em todo o lugar. Você-sabe-quem te quer tanto quanto quer o Potter.
- Já sabemos – disse Draco com azedume revirando os olhos.
- Você é Alberforth Dumbledore. – disse Harry.
O homem não respondeu.
- Onde conseguiu àquele espelho? – Harry apontou para um pedaço de espelho quebrado sobre a estante.
- Comprei de Dunga há um tempo. Alvo me disse o que era. Tenho dado uma olhada em vocês de vez em quando.
- Espera! – disse Hermione – Vi outro desses na Mansão dos Malfoy. Com a mãe de Draco. Tive a impressão de ver um olho lá também. Azul. Mas não era você.
- Então, alguém a estava espiando.
Ron ofegou.
- A corça! Foi você que mandou o Patrono em forma de corça!
- Não seja burro Ron! – Gina lhe deu um tapa na cabeça – Ele não acabou de provar que o Patrono dele é um bode? Desculpe pela burrice do meu irmão Sr. Dumbledore.
- Francamente. – disse o velho – Com um cérebro desse filho... Você podia ser um Comensal.
- É... Bem, estou com fome! – exclamou o ruivo se desculpando, quando sua barrica soltou um ronco.
- Tenho comida. – disse Alberforth – Sentem-se.
Ron juntou duas mesas e eles puxaram cada um uma cadeira. Alberforth voltou com uma bandeja enorme com pão, queijo e uma jarra com suco de abobora. Depositou as coisas sobre a mesa e puxou uma cadeira.
- Muito bem – disse ele enquanto os Escolhidos comiam – Temos que achar um jeito de tirar vocês daqui. Não pode ser à noite. Porque, como já viram, qualquer cosias que se move dispara o alarme depois do toque de recolher.
- Desculpe senhor. – disse Luna – Mas não vamos embora.
- Como é? – perguntou estático – Não sejam idiotas! O melhor para vocês é ficar bem longe de Hogwarts.
- Temos que entrar – disse Draco firmemente – Você não esta entendendo. O tempo é curto. Nós somos os Escolhidos. Temos uma missão. Seu irmão nos deixou esta missão. E esta quase terminada. Só precisamos entrar na escola. Dumbledore queria que...
- Alvo queria muitas coisas – interrompeu Alberforth – e pessoas costumavam sair feridas quando ele executava seus planos infalíveis. Afastem-se da escola. Saiam do país.
- Você não esta entendendo – respondeu Harry.
- Ah, será que não? – questionou ele – Acha que conhecia Alvo melhor do que eu? Acha que eu não conhecia meu irmão?
- Não! – exclamou Hermione – O senhor não entendeu. Ele nos deixou uma tarefa.
- Uma tarefa? Fácil espero!
- Na verdade... – disse Gina – Não é fácil. Tecnicamente é claro. Mas temos que...
- Vocês têm que fazer? Por quê? Ele esta morto não esta? – retorquiu com rispidez – Deixem isso para lá! Salvem suas vidas!
- Não podemos – disse Draco franzindo as sobrancelhas.
- Não podem? Então meu rapaz, me diga. Porque não podem?
- Nós... – disse Harry, mas parou ao notar que não tinha argumentos – Mas você estava ajudando! Esta na Ordem da Fênix!
- Estava. A Ordem da Fênix não existe mais. Acabou-se! É o fim. Aqui nunca será seguro para vocês!
- Não podemos ir embora! – disse Ron – Temos uma tarefa.
- Passe-a para outro!
- Senhor Dumbledore – disse Hermione duramente – Sabe quem somos? Somos os Escolhidos! Somos descendentes de Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. Eles nos escolheram. Para uma coisa. Acabar com o mal. Acabar com você-sabe-quem. Destruí-lo! E falta pouco para conseguirmos isso. Só precisamos entrar em Hogwarts! Por favor!
- Você é realmente igualzinha a Lizzie garota! – ele exclamou jogando os braços para o alto – Tem o mesmo poder de persuasão! É incrível!
- Vai nos ajudar? – perguntou ela.
Alberforth e Hermione se encararam por um longo minuto. O velho pigarreou e se levantou, indo em direção a estante onde estava o espelho de Sirius. Abaixo do espelho, havia um quadro.
- Esta é Ariana – disse ela apontando para a garota– Minha irmã mais nova. Você já sabe o que fazer.
A bruxa no quadro assentiu, sorriu, virou-se e saiu.
- Como já devem imaginar – disse Alberforth – Eles bloquearam todas as passagens secretas dos dois lados, há dementadores em torno de todos os muros divisórios, patrulhas regulares dentro da escola, segundo informaram minhas fontes. O lugar nunca esteve tão fortemente guardado. Como espera fazer alguma coisa, se conseguirem entrar, com Snape na direção e os Carrow como seus assistentes... Bem, a preocupação é de vocês, não é? Já que dizem que estão dispostos a morrer.
- O que...? – perguntou Luna olhando para o quadro de Ariana.
Um minúsculo ponto branco reapareceu no fundo do retrato e agora se aproximava com Ariana ficando cada vez maiores, então, os dois giraram para frente da parede e como uma portinhola e surgiu a entrada de um túnel de verdade.
La de dentro, com os cabelos mais compridos e com hematomas no rosto, um Neville Longbottom saiu soltando urros de felicidade.
- Eu SABIA que voltariam! – gritou ele correndo para abraçá-los, encarando Draco surpreso – Jamais achei que diria isso. Mas é bom vê-lo Malfoy.
- Igualmente Longbottom.
Eles trocaram um aperto de mão.
- Neville, que aconteceu com você? – perguntou Ron apontando para os hematomas.
- O que? Ah, isso não é nada. Esperam até ver o Simas. Vamos entrar?
- Onde isso vai dar? – perguntou Gina.
- Vocês vão ver. Vamos. – ele adentrou o túnel e estendeu a mão para Hermione a ajudando.
Hermione deu os ombros, pegou a mão de Neville e adentrou o túnel, sendo seguida por Gina.
A passagem parecia bem antiga, e era estreita, varias luminárias de latão iluminavam o caminho. O piso estava gasto e já não áspero.
- Então... – começou Neville indo à frente– É verdade? Vocês arrombaram Gringotes e saíram de lá com um dragão?
- Sim é verdade – respondeu Harry lá de trás.
– Que fizeram com o dragão?
- O soltamos no mato – respondeu Ron – Hermione era a favor de adotá-lo e levar para o Hagrid.
- Não exagere Ron! – exclamou ela.
- Mas, então, o que tem feito? Varias pessoas achavam que vocês estavam fugindo, mas acho que não. Vocês aprontaram alguma coisa.
- Você acertou! – berrou Draco lá no fundo.
- Mas nos fale sobre Hogwarts. – disse Harry – Ficamos sem noticias.
- Bom – começou ele – Nem parece mais Hogwarts. Os Carrow fazem mais do que ensinar. Eles cuidam da disciplina. E gostam de castigar.
- Como a Umbridge? – questionou Gina.
- Não. A Umbridge é boazinha perto deles. Amico, o cara, ensina o que costumava ser Defesa contra as Artes das Trevas, só que agora é apenas Artes das Trevas. Temos que praticar a Maldição Cruciatus nos alunos que ganharam detenções...
- Comoéqueé? – perguntou Hermione horrorizada.
- Isso mesmo. – continuou Neville - Aleto, a irmã do Amico, ensina Estudos dos Trouxas, que é obrigatório para todos. Temos de ouvi-la explicar que os trouxas são animais, idiotas e porcos, e que obrigaram os bruxos a entrar na clandestinidade porque os tratavam com violência, e que a ordem natural está sendo restaurada.
- Que horror! – exclamou Luna.
- Vocês não os aguentariam. Serio. – ele tirou de dentro do bolso os galeões falsos que eram usados na Armada de Dumbledore – Tem sido muito úteis. Saímos durante a noite e escrevemos nas paredes “Armada de Dumbledore: o recrutamento continua” e cosias do gênero. Temos formado uma espécie de “sociedade” de rebeldes, que apoiam vocês. Eu, e Madison somos os lideres.
- Madison? – berrou Draco do fundo – Madison Colt?
- Ela mesma. É a única da Sonserina que nos apóia. E nos conta às coisas que eles falam e planejam lá.
- Essa é a minha garota. – sussurrou Draco para si mesmo.
A passagem começou a se inclinar, e a subir.
- Chegamos. – disse Neville soltando a mão de Hermione.
Eles chegaram a uma pequena escada de mármore, ao fim dela, havia uma porta. Neville a abriu e os Escolhidos o seguiam.
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