Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320622/chapter/16

- Não devia ter feito isso – sussurrou Hermione para Harry enquanto caminhavam atrás de Batilda.

- Feito o que? – perguntou o moreno inocentemente.

- Não se faça de sonso Harry.

- Sonso?

      A mulher então adentrou uma simples casa, Harry e Hermione a seguiram. Estavam ante uma sala de estar, simples porem empoeira. Cheirava a mofo, o que dava a entender que não entrava alguma visita ali, a seculos.

- Batilda? – chamou Harry.

      A mulher assentiu se aproximando dos dois. Hermione franziu o nariz, aquela mulher cheirava ruim, e o pior, o cheiro ruim era familiar para Hermione, mas ela não tinha ideia de onde já sentira o maldito cheiro.

- Harry, não me sinto muito segura – sussurrou a garota.

- Olha o tamanho dela! Acho que conseguiríamos dominá-la, se fosse preciso.

      Ele olhou em volta e se adiantou para uma estante de madeira, pegando um porta retratos.

- Quem é esse? – perguntou a Batilda mas não obteve resposta – Ele loiro aqui, quem é?

- O que foi Harry? – a morena se aproximou e olhou o retrato.

- É o ladrão Hermione, que roubou Gregorovitch! Quem é ele? – tornou a perguntar.

      A mulher nada disse, apontou para ela, depois para Harry e depois para o teto.

- Acho que ela quer que eu suba com ela – disse Harry.

- Então vamos.

      Hermione se adiantou para as escadas, mas a bruxa a parou. Apontou para a morena e para uma porta do outro lado da sala.

- Quer que eu espere lá, enquanto sobe com ele? – questionou a morena.

      A mulher assentiu freneticamente e se virou subindo lentamente as escadas.

- Cuidado Harry. – disse Hermione se encaminhado para a porta indicada pela velha.

- Você também.

      Hermione abriu a porta e entrou, mas não fechou-a. Sentiu um cheiro horrível de amônia misturado com mofo. O mesmo cheiro da mulher. O local só tinha uma pequena janela, que estranhamente estava fechada com tabuas de madeira.

- Lumus – falou e uma luz branca saiu de sua varinha.

      Ela viu uma coisa volumosa, cor de pele e fedida.

      Aproximou-se e tocou com a ponta dos dedos o negócio.

-  Merlin! – exclamou horrorizada.

      Era pele de cobra! Então ela se lembrou, no final do quinto ano, quando ela fora sequestrada e levada para a casa dos Malfoys, uma cobra rastejava pelo chão e deixava um rastro fedendo a amônia e ...

- Mofo! – exclamou – A cobra! Meu Merlin! Tenho que avisar ao Harry.

      Ao se virar para a porta, a mesma se fechou com um grande baque. Ela bateu com os punhos fechados e tentou loucamente abrir.

- HARRY! – disse esmurrando a porta – HARRY!! Ai que droga! – ela pegou a varinha e apontou para a porta, gritando em seguida – BOMBARDA!

      A porta explodiu em milhões de pedacinhos. Hermione se viu na sala, sua explosão fizera os sofás se estraçalharem em pedaços. Um livro a chamou a atenção, pegou-o rapidamente e o colocou dentro de sua bolsinha de contas. Escutou um barulho vindo do teto e correu escada a cima. Ao chegar, viu Harry ser esmagado por uma cobra. Apontou sua varinha e lançou um feitiço não verbal, a cobra largou o garoto e se virou para ela.

- Ele esta vindo Hermione! – exclamou Harry.

- Quem? – ela lançou outro feitiço, e a cobra se afastou.

- Voldemort!

- Ai, merda. – sibilou.

      Nargili deu o bote em direção de Hermione, a garota bateu com o rosto em uma estante e rachou a boca, a cobra se afastou para pegar impulso e dar outro bote, mas um urro desesperado a fez recuar.

- Não toque na garota – sibilou uma voz na escuridão.

- Confringo! – sussurrou Hermione sufocada pelo sangue em sua boca.

      A garota, meio tonta pela batida na estante, correu para Harry, e rodou, porem, antes viu dois olhos vermelhos na escuridão.

      Desaparatou no mesmo lugar que aparatara, encontrando Draco, Luna e Gina.

- O que houve? – perguntou o loiro vendo a boca dela sangrar e manchar sua roupa.

- Temos que ir. Voldemort esta aqui. – disse ela.

      Draco, Luna e Gina se seguraram em Hermione – que ainda segurava Harry pela camisa – e ela aparatou, mas antes ouviu um grito de ódio vindo da casa de Batilda.

      Draco, Luna, Gina, Harry e Hermione desaparataram em uma floresta densa.

- Onde estamos? – perguntou Luna enquanto Gina já estava de pé criando um circulo de proteção.

- Não sei. – respondeu Draco pegando a barraca e acenando para que ela se montasse sozinha.

      Harry estava inconsciente e Hermione parcialmente acordada.

- Levem ele – disse Draco e pegou Hermione no colo.

      Luna fez um aceno com sua varinha, e Harry levitou. Eles adentraram a barraca

- E-eu morri? – perguntou Hermione do nada.

- Não – respondeu ele.

      Hermione sentiu uma ardência na boca e abriu os olhos. Ela estava deitada na cama de Luna, e Harry na cama que era de Ron. Draco passava um pano úmido sobre seus lábios.

- Você acordou – disse aliviado.

- Estou bem. – ela gemeu – Onde estamos?

- Nos devemos fazer essa pergunta a você. – disse Luna sentada ao lado de Harry, passando um pano molhado em sua testa.

- Voltamos – disse Gina adentrando a barraca – Tem uma fazenda lá embaixo, estamos no mesmo lugar, só que esta tudo coberto de neve.

- Foi o primeiro que me veio à cabeça – sussurrou Hermione.

      Eles ficaram em silencio. Draco fez a boca de Hermione parar de sangrar, e a levou para as almofadas.

- Não! – berrou Harry de repente – Eu deixei cair!

- Harry esta tudo bem! – disse Luna – Acorde!

      Ele abriu os olhos e se sentou rapidamente na cama olhando a sua volta.

- Harry, você esta bem? – perguntou Luna.

- Estou – e se virou para Hermione – Escapamos.

- Sim – respondeu ela – Faz quando tempo que estávamos desacordados?

- Horas. – respondeu Gina – Esta quase amanhecendo.

- O que houve? – perguntou Draco.

- Seguimos Batilda até sua casa – começou Hermione – ela me fez esperar dentro de um quarto, enquanto subia com Harry. A única janela do quarto estava fechada com tabuas de madeira. Eu senti um cheiro estranho, uma mistura de amônia e mofo. Acendi minha varinha e vi uma enorme pele, de cobra. Então lembrei, quando eu fui levada para a mansão dos Malfoy no quinto ano, senti o mesmo cheiro quando Nargili se aproximou de mim. Saquei na hora que a cobra estava na casa, então me virei para sair. Mas a porta se fechou, sozinha! – ela respirou fundo – Era uma armadilha. Então eu explodi a porta com o feitiço bombarda e subi para achar o Harry. Ele estava sendo estrangulado pela cobra, então eu a estuporei, e ela veio pra cima de mim, eu cai, e bati com a boca em uma estante, lancei outro feitiço, que eu não tenho a menor idéia de qual foi, porque eu não lembro. Então Harry gritou que vocês-sabem-quem estava ali. Corri até ele, e aparatamos, mas antes eu o vi, e ele, obviamente também me viu. Só não entendo... Harry, de onde surgiu a cobra? Ela estava escondida e saiu e te atacou do nada?

- Não – respondeu o moreno – Ela era a cobra, a cobra era ela, não sei direito.

- Como isso é possível? – perguntou Gina horrorizada.

- Ela não é uma cobra normal – respondeu Draco.

- Por isso não queria falar na sua frente – disse Harry a Hermione – porque era a linguagem das cobras, eu não percebi, mas é claro que entendi. Uma vez no quarto, a cobra mandou uma mensagem a Você-Sabe-Quem, ouvi a transmissão em minha cabeça, senti-o excitado, disse para me segurar lá... Então... Ela se transformou em uma cobra e me atacou. Não para me matar, mas para me segurar lá.

      Eles ficaram em silencio e se encararam.

- Antes de desmaiar – continuou Harry – eu o escutei dizer: não toque na garota.

- Ele não quer me machucar – constatou Hermione.

- Por quê?

- Sou muito parecida com minha avó. É claro! Ele não quer me matar! Os outros o obedecem, então eu não posso ser morta! Isso é ótimo!

- Claro. Você é imune e a gente que se ferra – disse Harry.

- Você não entendeu Harry – ela revirou os olhos.

- Explique, então.

- Suponhamos que Luna esteja na mira de um Comensal, se eu ficar na frente dela eles não podem atacar.

- Faz sentido – disse Gina sorrindo.

- Onde esta a horcrux? – perguntou Harry de repente.

- Na minha bolsa – respondeu Gina – Acho que não devemos usá-la por um tempo.

- Não devíamos ter ido a Godric’s Hollow. Foi minha culpa.

- Não foi sua culpa – respondeu Luna – Todos concordamos em ir. Foi um tiro no escuro.

      Harry se levantou num salto.

- Eu vou vigiar.

- Você precisa descansar! – exclamou Gina pondo as mãos no peito do garoto o fazendo se sentar outra vez. - Vocês também. Onde esta minha varinha?

      Gina e Luna se entreolharam.

- Onde esta minha varinha? – repetiu.

      Gina a pegou ao lado da cama e lhe estendeu o objeto. Estava partida ao meio.

- Ai meu Merlin! – exclamou Hermione – Acho que fui eu. Atingi a cobra com um feitiço detonador, ele voou para todos os lados. Desculpe-me.

- Concerte-a.

      Hermione se aproximou e apontou sua varinha para a quebrada.

- Reparo! – ordenou, mas nada aconteceu.

- Reparo! – exclamou Gina com convicção

      A varinha voltou a se remendar.

- Expelliarmus! – anunciou Harry para a varinha de Hermione.

      Ela se mexeu, mas não caiu da mão da morena.

- Harry, me desculpe.

- Foi um acidente – respondeu automaticamente – Acharemos um jeito de concertá-la.

- Acho que não, Harry – disse Luna – Lembra do Ron? Quando a varinha dele se partiu no segundo ano? Ela nunca mais foi à mesma.

- Como sabe disso?

- Eu contei – disse Gina.

- Bom, vou precisar de outra para vigiar.

      Luna lhe estendeu a sua rapidamente, Harry a pegou, agradeceu com um olhar e saiu da barraca.

- Nem pense nisso – disse Draco para Hermione de repente.- O que?

- Você não vai me servir de escudo humano. Nem pensar.

- Temos que ir! – anunciou Harry de repente adentrando a barraca – Ele sabe onde estamos, viu a fazenda em minha mente. Temos que ir!

      Hermione se levantou em um salto, seguida pro Draco. O mais rápido possível eles guardaram a barraca, e sem se quer apagar seus vestígios, aparataram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unidos pelo Destino 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.