Corretamente Errado escrita por Frostwinkle


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Heey (: li uma one shot da Merida e do Hiccup, e eu shippo muito eles, então decidi me aventurar um pouquinho também. Espero que gostem.



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- Como você consegue ser tão idiota, Hiccup? - Merida dizia irritada.

– Eu não sou idiota coisa nenhuma, você que não gosta de ninguém. - Hiccup retrucou.

– Estamos perdidos nessa floresta graças a você e seu dragão burro. - A ruiva disse.

– O quê? - O garoto dessa vez se irritou - Tá legal, pode me xingar o quanto quiser, mas não xingue o Banguela!

O dragão rosnou seguindo Hiccup.

– É tudo culpa de vocês dois, vamos demorar uma década pra chegar em casa. - Ela bufou. - Se você não tivesse perdido a calda que fez para o Banguela poderíamos voar e chegar em um minuto. Olha só pra mim, estou toda suja!

– Você continua bem, Merida.

Eles tinham ido pescar, de acordo com Hiccup em um 'lugar conhecido', porém na hora de voltar, ninguém sabia o caminho de volta.

Os três continuaram vagando pela floresta, já estava escurecendo e eles não faziam ideia de onde estavam.

– Hm, Merida? - Hiccup disse.

– O que foi? - A garota respondeu, ainda estressada.

– Vamos achar algum lugar pra passar a noite aqui e amanhã de manhã vamos pra casa, Banguela já está cansado e eu com sede. - O viking sugeriu e Merida suspirou.

– Tudo bem. - Ela respondeu. - Vamos procurar alguma caverna pra ficar.

Os dois acharam uma caverna que, aparentemente, estava abandonada.

Merida jogou seu arco no chão e desmoronou exausta.

– Vou fazer uma fogueira, e nós cozinhamos aqueles peixes ali, está bem? - Ela sugeriu e Hiccup assentiu.

– Ótimo. - A jovem ainda estava extremamente irritada com Hiccup mas sentindo que já era hora de perdoá-lo.

O garoto foi tirando os peixes da cesta de palha que usaram pra carregá-los enquanto ela estava juntando alguns gravetos.

Pouco tempo depois já tinham uma fogueira e a comida pronta.

Hiccup olhava as estrelas fascinado.

– O que tanto olha? - Merida perguntou curiosa.

O garoto sorriu e olhou pra ela.

– Eu gosto de formar desenhos no céu com as estrelas. - Ele respondeu. - Quer ver? Olha só!

Hiccup deitou na grama e apontou pro céu.

– Juntando aquelas quatro ali, fazendo um movimento circular e mais aquelas ali forma-se um sorriso. - Ele dizia animado.

Merida deitou ao seu lado e tentou acompanhar o raciocínio do garoto. Logo após sorriu.

– Não, Hic! - Ela disse rindo. - É um arco, olha só.

A garota apontou para o céu.

– Juntando aquela fileira de estrelas acima do sorriso dá o elástico do arco, e aquela outra ali do lado dá uma flecha!

Hiccup sorriu.

– É verdade Merida. - Ele respondeu. - Olha! Aquele ali dá um dragão igualzinho o Banguela!

– E ali dá um urso!

– Olha só, ali parece uma coroa.

Os dois riam e se divertiam juntos, ficaram ali por muito tempo, descobrindo desenhos fascinantes no céu.

– Hic, posso te perguntar uma coisa? - Merida disse meio corada.

– Claro que pode. - Ele respondeu.

– Tá bom, mas se não quiser não precisa responder, ok? - Ela disse. - Por que o seu nome é esse?

O garoto riu e olhou pra ela.

– Os vikings acreditam que dando nomes do tipo para os filhos nos afastamos os dragões, e é uma tradição colocar esse nome para o mais... Frágil da família. - Ele disse. - Mas a verdade é que eu não quero afastar os dragões, eles são diferentes. Tudo o que sabemos sobre eles está errado.

– É por isso que você esconde o Banguela? - Merida perguntou.

– Exatamente, se meu pai descobrisse dele seria algo terrível. - Hiccup respondeu. - O Banguela não gosta da palavra m-o-r-t-e. - Ele disse soletrando.

– Sua vida deve ser difícil. - Ela disse.

– É difícil mas eu sou do tipo que passa despercebido, então ninguém desconfia muito de mim, mas se eu passeasse com um dragão pelas pessoas seria um caos. - Hiccup respondeu rindo com a situação. - A sua vida deve ser fácil.

Merida bufou e riu.

– Na verdade é mais difícil do que você imagina. - Ela respondeu pegando um graveto e desenhando na terra.

– Como assim? Você é uma princesa e mora num castelo, cozinham pra você, fazem suas roupas... - Hiccup disse indignado.

– Acontece que eu não quero nada disso. - Ela respondeu. - Eu não quero ser uma princesa, eu não quero um bando de criados trabalhando pra mim... - A garota desabafava. - Minha mãe me obriga a ter etiqueta, e modos, e blá blá blá... Mas o que eu quero é me aventurar por aí, quero descobrir o mundo e praticar com meu arco. O que mais me irrita é essa obrigação de me casar, eu não quero ninguém na minha vida a não ser eu mesma.

O sorriso de Hiccup tinha desmanchado após a última frase, apesar de não conviver direto com a garota, a conhecia desde pequena, e gostava muito dela.

– Deve ser complicado... - Ele disse chateado.

– E é, muito! E.. - Merida pausou quando viu a expressão do garoto. - Hic, você está bem?

– Estou sim. - Ele respondeu e deu uma leve risada. - Vou dormir está bem? Até amanhã.

Merida ficou com uma expressão confusa até Hiccup entrar na caverna. Até notar que ele tinha deixado seu caderno do lado de fora.

Quando ela ia pegá-lo pra entrar pro garoto, Banguela rosnou.

– O que é? - Ela perguntou. - Tem algo aqui que eu não possa saber?

Teimosa a garota abriu o caderno e viu anotações de vários dragões, principalmente Banguela. Merida ficou surpresa com tamanho talento e inteligência de Hiccup de pensar e raciocinar tudo aquilo.

Folheando mais e mais viu uma folha amassada entre as páginas, a garota abriu e viu um desenho que o viking tinha feito dela, e na legenda escrito:

o sorriso mais lindo do mundo

Então, seria aquilo? Hiccup gostava de Merida? E ela não havia percebido todo esse tempo.

– A mudança de humor depois de eu falar que não queria me casar, o desenho, a frase, os elogios de manhã... - A jovem sussurrou e colocou as mãos na boca surpresa com as pistas.

– O que eu faço, Banguela? - Ela perguntou pro dragão que a observava. - Ele ficou chateado não ficou?

O dragão assentiu e abriu sua asa, deixando Merida se deitar debaixo dela.

A garota nunca havia contado pra ninguém, mas ela se sentia bem apenas com o viking, ela nunca tinha confiado em mais ninguém.

E quando pequena, ela gostava muito dele.

De manhã, Merida acordou sozinha e viu que, em cima dos galhos da fogueira estava um pedaço de papel.

Fomos no lago - Hiccup

A garota sorriu. Era a oportunidade perfeita pra se desculpar com o viking, saiu correndo em direção ao lago.

E lá, encontrou o dragão brincando na água e o garoto na borda.

– Bom dia. - Ela disse.

Hiccup virou-se e olhou pra garota atrás de você.

– Bom dia. - Ele disse sorrindo. - Dormiu bem?

– Sim e você? - Ela respondeu.

– Também.

A ruiva engoliu em seco.

– Hic? - Ela disse baixo.

– Sim? - Ele respondeu.

– Lembra que ontem falei sobre não querer me casar e não queria ninguém na minha vida além de mim mesma? - Ela disse corando.

– Me lembro sim, por quê? - Ele perguntou.

Ela soltou um riso tímido.

– Tenho apenas uma exceção.

O garoto ficou confuso.

– E qual é essa exceção? - Ele perguntou.

– Você. - Ela respondeu e o garoto corou e olhou pra baixo.

– Eu.. eu gosto muito de você. - Hiccup disse.

– Eu também gosto, e se isso não for certo, eu prefiro estar errada. - A ruiva respondeu corada também.

E então os dois tiveram um beijo doce e inocente que foi interrompido por Banguela e fez os dois rirem.

Hiccup a abraçou forte e os dois continuaram a caminhada para suas casas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? :D



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