Misterios De Datacity escrita por Marshall Lee


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora gente.



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O despertador começou a tocar rispidamente.

Já eram sete e quinze da manhã, as aulas começavam às nove horas então eu não tinha muito que fazer até lá. Caminhei vagarosamente até o banheiro, então me despi e entrei no chuveiro, de olhos fechados eu deitei minha cabeça na parede enquanto a água fluía deliciosamente quente. É na hora do banho que eu costumo pensar.

Eu me chamo Davis May, tenho 16 anos e estou condenado a viver o resto da minha vida acadêmica nessa cidade, eu estou indo cursar o sexto ano na famosa “Academia Para Estudos Paralelos” e só estarei livre desse colégio quanto completar o décimo ano. Não tenho pais, ou melhor, prefiro dizer que não tenho, não posso chamar eles assim já que eles não me aceitaram do jeito que eu sou, um mutante. Não consegui me esconder, na verdade, o que seria de uma família política se os eleitores soubessem que um dos filhos deles é uma aberração? Fui obrigado a viver nas ruas até bater nas muralhas que rodeiam essa enorme cidade.

Minha vida virou de cabeça pra cima, não tinha onde morar e agora tinha um apartamento só pra mim, não tinha dinheiro e agora tinha cartão de credito e uma poupança no banco, não tinha estudo e agora estava matriculado em um das cinco melhores escolas do país. Incrível como tudo melhora de repente, mas eu tenho um breve pressentimento de que essa sorte logo se transformara em azar.

Fisicamente, eu sou um pouco alto, aproximadamente de 1,76m, tenho a pele clara, meu cabelo liso e ondulado é penteado para o lado e tem a cor castanha. Meus olhos são azuis como um oceano escuro, o formato do meu rosto é retangular e meu queixo bem desenhado, minha dobra nasolabial não era visível e tenho as sobrancelhas bem separadas. Minhas bochechas tinham um leve tom de vermelho e minhas maçãs eram bastante salientes. Meus ombros são largos, não sou muito forte e tenho preguiça de malhar.

Sou um pouco inteligente, tenho facilidade pra memorizar locais, sons e palavras. Gosto de ler pra passar o tempo e me entedio fácil. Quanto ao resto de mim... Não sei me descrever. Minha habilidade mutante é controlar, absorver, produzir e transformar vetores de energia. Só o fato de a água deslizar pelo meu corpo já faz com que meu corpo produza energia.

Saí do banho e fui para a pia. Desembacei um pouco o espelho com a mão e encarei meu reflexo, analisando cada detalhe. Há no mínimo dois dias atrás, eu estaria com uma leve barba e bigode, cabelo grande e completamente imundo, foram três meses difíceis para quem tinha quase de tudo em sua casa.

Fui à cozinha, chequei a dispensa e a geladeira e não tinha muito que olhar, tinha que arrumar um dia livre pra ir fazer compras ainda nessa semana, como eu odeio responsabilidades!... No meu guarda-roupas tinha apenas algumas camisas cinza e calças jeans pouco justas para mim, eu não iria conseguir viver por muito tempo vestindo isso. Sorte que minhas roupas e outras coisas essenciais chegariam hoje mais tarde.

O apartamento era bastante espaçoso para apenas uma pessoa, tinha uma suíte, uma sala de jantar, uma cozinha espaçosa com dispensa, uma sala de estar, uma varanda e uma sala de televisão, tudo isso bem dividido e arquitetado, além de moderno. Os apartamentos do prédio tinham inibidores de som que faziam com que os sons não fossem tão altos se ouvidos nos andares mais altos e mais baixos, assim, não haveria reclamações.

Quando pronto, eu peguei um mapa em cima de um centro na sala de estar e sai depois de trancar o quarto. Desci do oitavo andar até o andar térreo em pouco tempo, pois os elevadores daqui eram bastante eficazes. Fui seguindo o desenho no mapa e à medida que ia deixando o bairro Flander’s, um bairro com muitos jardins no qual era considerado um bairro nobre, a qualidade e a beleza dos edifícios iam diminuindo.

Passei por três quarteirões até chegar onde minha escola ficava e ela parecia ser maior que qualquer um deles. O terreno era cercado por um muro de pedras matematicamente bem encaixadas que guardava arvores de diversos tipos e tamanhos espalhadas pelo campo e sob elas, havia um ou dois bancos. O lote não era plano, tinha elevações aqui e ali, sendo que a maior delas era no centro, onde era possível ver três prédios: a diretoria, as salas de aula e o refeitório. A escola em si tinha cinco entradas, nas quais caminhos de pedra levavam os alunos até o centro ou se bifurcavam, levando também até o ginásio poliesportivo e ginásio de natação, ao prédio dos clubes, a um lago, ao centro das aulas de campo e as torres de observação. O muro de pedras tinha um anel interior, feito de pedras brancas com entalhes vermelhos e tinha apenas uma abóbada com vitrais góticos que davam entrada ao centro. Os prédios tinham detalhes semelhantes ao do muro, eram feitos de mármore branco amarelado com alguns detalhes vermelho, sendo o maior deles o da direita, que era o prédio dos alunos, tinha aproximadamente sete andares com janelas customizadas em madeiras e cortinas que pareciam impedir a luz muito bem.

Segui pelo caminho de pedras acompanhado de alguns outros alunos que estavam muito bem fardados, enquanto eu usava uma camisa cinza e uma calça jeans. Ao chegar ao anel inferior, eu fui em direção à diretoria, um prédio de dois andares no mesmo estilo do local, falei com uma das atendentes que estava digitando de maneira rápida com facilidade até me ver e abrir um largo sorriso. Ela tinha uma pele branca e lábios excepcionalmente vermelhos, seu cabelo era bem penteado e preto, assim como seus olhos, ela parecia ser natural da Ásia. E a outra atendente era ruiva e estava ocupada com seu trabalho.

- Sr. May, seus pares de farda e seus materiais estão aqui – ela disse mostrando seu exímio sorriso branco e largo de um modo irritantemente feliz com dois pacotes na mão enquanto cerrava os olhos que antes brilhavam com certa intimidade e empinava a cabeça para o lado, demonstrado cordialidade. Eu agradeci fazendo o mesmo gesto, e peguei meus utensílios – o numero do seu armário é 332.

Sai de lá com um pouco de pressa, o sorriso dela estava realmente me incomodando. Fui em direção ao meu armário, colei um dos horários que tinha na mochila na porta e guardei os livros que não ia necessitar, depois fui ao banheiro e pus um dos pares de farda. Como estávamos no inverno, ela era composta de uma camisa social azul clara com um blazer de camurça azul escuro, uma gravata branca e uma calça preta, tudo isso um pouco justo. Deixei os dois primeiros botões do terno abertos, pois eles incomodavam um pouco.

Saí do banheiro em a passos largos, estava começando a ficar nervoso para o meu primeiro dia de aula, eu sentia uma ansiedade na barriga que sabia que só ia cessar quando todos desviassem os olhos de mim e eu pudesse sentar em paz sobre uma carteira para assistir a aula. Quando eu estava prestes a empurrar a porta, infelizmente, a professora de Historia pôs a mão em meu ombro com um largo sorriso estampado na face e não era menos irritante que o da recepcionista. Era regra sorrir assim para os alunos novatos? Aparentemente, as duas estavam querendo me acalmar, o que poderia vir a seguir de tão amedrontador? Perguntas como esse soavam em minha mente.

– Sr. May... – ela pôs a outra mão no meu ombro oposto e começou a massagea-los, ela deu um fundo suspiro e pude notar um certo brilho nos olhos dela, como se quisesse me confortar – Você já deve saber que vai fazer um teste pra determinar seu nível certo?

Ela era uma mulher alta, era dois centímetros mais alta que eu seus traços faciais demonstravam meia idade e indicavam severidade, seriedade e responsabilidade. Ela tinha o cabelo castanho claro enrolado num coque por uma varinha branca, ela usava um óculos de armação retangular pequena com as laterais tingidas de preta e com alguns diamantes que combinavam perfeitamente com seu rosto. Ela era morena, usava um salto preto e vestia a mesma farda que eu usava, a não ser por um lenço branco em volta do pescoço e um colete que usava coberto pelo blazer. No inferior, usava uma saia social preta que cobria o joelho.

– Perdão...? – eu estreitei um pouco minhas feições, indicando duvida.

– O teste de nível – confirmou ela piscado os olhos duas ou três vezes.

– Desculpa senhora, mas eu não fui informado de nenhum teste – indaguei.

Ela comprimiu os lábios e olhou para o lado com certa voracidade enquanto suas bochechas tornavam-se levemente rosadas, ela estava envergonhada e provavelmente iria descontar isso em alguém com medidas severas.

– Oh, desculpa Sr. May, presumi que sua carta já estivesse sido entregue – resmungou num tom ácido e indignado – Por favor, Siga-me até a sala de testes.

Ela partiu em minha frente empinando o queixo enquanto seus saltos estalavam sobre o chão. Alguns alunos riam da postura dela, já outros olhavam para mim com um pouco de pena, o que estava começando a me assustar.

Chegamos a uma sala pequena com uma cadeira iluminada por uma luz com trancas para o pescoço, braços, abdomens e pernas. Era uma cadeira de tortura. Um frio começou a percorrer pelos meus ossos e tive dificuldades para andar. Não sabia o tamanho do quarto, não sabia se tinha alguma fenda para eu me esconder ou fugir, só sabia que estava com medo e vontade de fugir.

Ela se sentou na mesa do birô e eu sentei na cadeira com trancas, ela então inclinou seu corpo e apoio os cotovelos na mesa do birô enquanto cruzava as mãos.

– Perguntas? – indagou ela com um sorriso fechado.

– Porque todo mundo me olha assim, como se eu fosse morrer ou algo do tipo? – perguntei e depois mergulhei num largo suspiro.

– Simples – ela sorriu maleficamente até que seu sorriso transformou-se em algo bobo – É uma Tradição da Academia Para Estudos Paralelos.

Me senti derrotado por uma senhora de 34 anos... E pelo resto do colégio também.

– Então Sr. May, me fale sobre seus poderes. – ela disse enquanto seus olhos pareciam se focar em mim.

– Eu posso manipular vetores de energia. – falei com um pouco de pressa, ela moveu o dedo indicador desenhando círculos no ar, indicando que eu continuasse – Posso absorver, produzir e transformar também.

– Interessante – ela tirou um Tablet do bolso começou a escrever, pintar, o que for, na tela do aparelho – Pode demonstrar? – em seguida ela digitou algo na maquina e um portão no final da sala se abriu, dando ares a uma arena. Ela foi na frente e eu a segui, era uma espécie de ringue circular com piscinas, alvos e outras coisas que eram uteis para testes. – Pode acertar ali? – ela indicou um alvo no meio da piscina, eu fiz que sim com a cabeça.

De inicio, senti as cargas de energia que fluíam pelo meu corpo, logo canalizei a energia elétrica para a palma da minha mão e concentrei a energia ali, quando reuni o suficiente, estirei os dedos e um projétil azul de eletricidade cortou o céu, fazendo o centro do alvo explodir. Ela olhava com atenção e anotava cada detalhe de poder que demonstrava.

Ela pediu para eu intensificar a força e logo eu estava fazendo raios destruírem qualquer alvo que flutuavam em movimentos circulares no céu da arena. Depois fui usando os outros tipos de energia até ela me mandar parar. Ela analisou o meu corpo, o quanto eu estava cansado, depois testou meu fluxo de energia, o quanto eu ainda aguentaria e depois de um tempo, ela me deu uma nota.

– Sr. May – ela disse em um sorriso esplendido, não o irritante com o qual ela me deu as boas vindas – Parabéns, você é um nível A.


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Notas finais do capítulo

esse capitulo 1 ia ter a maioria das fichas, porem, se eu fizesse como o programado pro capitulo, ia dar 7000 ~12000 palavras por ai, por isso resolvi dividir os caps, desculpa por nenhum de voces não terem saído nesse cap, desculpa pelos erros ortograficos tambem, desculpa mesmo, prometo melhorar no proximo. Na verdade eu to muito triste por não ter botado voces, mas eu achei que eu deveria postar isso logo... Agora, falando dos personagens, tem uma equipe manera pronta *U*, eu amei a kath, fico o dia todo imaginando rimas pra ela, tbm arrumei um bfriend pra ela, mas vcs vão so saber cap que vem. Quero avisar pra leitora que fez a ficha da trinny que ela vai ter uma irmã e amigas muito legais. E vai ter um casal de irmãos tambem, com qualidades opostas e to muito excitado pra escrever tudo isso, obrigado a voces. tem outra surpresa tambem, mas só saberão quando entrarem novos personagens. Brigado =];