Make It Change escrita por


Capítulo 21
Uma Dose


Notas iniciais do capítulo

GENTE, EU NÃO IA POSTAR ESSE CAPÍTULO, MAS ELE FICOU TÃO LINDO QUE EU PRECISO POSTAR E QUERO MUITOS COMENTÁRIOS PRO PRÓXIMO VIR LOGO OK?????????????????????/



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Lene’s POV

– Mamãe – Cassie resmungou do outro lado do sofá logo vindo engatinhando ao meu encontro, se deitando em meu colo em busca de atenção.

Larguei a papelada em cima da mesinha central e peguei minha filha direito no colo colocando sua cabeça em meu ombro. Eu tinha vindo mais cedo pra casa do trabalho e aproveitei para pegar Cassie com Minerva antes e traze-la para casa comigo com a decisão de ter mais tempo para meu bebê, mas não foi isso que aconteceu. Ocupei-me demais com o trabalho e atenção para minha filha que era bom, nada.

– Ah meu amor, desculpa a mamãe, sim? – pedi me levantando e indo em direção a cozinha. Já tinha passado das 7pm e eu nem tinha me tocado do horário.

– Pap... Papai! – ela balbuciou com um pouco de sono e me abraçou mais. – Papai, mamãe, papai.

– Você quer o papai, anjinho? – perguntei franzindo o cenho. Ela tinha visto Sirius ontem e já queria ver ele de novo? Isso era estranho para mim. Deixei Cass se apegar demais nele e agora tinha que aguentar esse negócio de ter que vê-lo quase todo dia.

Cassie balançou a cabeça positivamente e se debateu no meu colo querendo ir para o chão. Agachei-me e a coloquei no chão vendo a mesma correr pra sala em busca de alguma coisa. Voltei minha atenção para os armários. Precisava preparar alguma coisa para comer agora e mais tarde porque tenho certeza que ficaria trabalhando até madrugada e não descansaria tão cedo, a fome seria grande.

Enquanto pegava alguns ingredientes senti uma mão pequena puxar minha meia calça preta fina, pois ainda estava com a roupa que fui trabalhar. Quando olhei pra baixo, Cass estava com o controle remoto na mão, esticando o bracinho na minha direção. De primeiro momento não entendi, mas depois raciocinei e entendi que ela queria que eu ligasse para o pai dela.

– Ah pequena. O que eu não faço para te ver sorrindo em? – falei pegando o controle e indo em direção a sala com ela em meu encalço. Joguei o controle no sofá e fui até minha bolsa na estante de entrada do apartamento. Busquei pelo meu celular e ao encontra-lo tinha algumas mensagens das meninas e uma chamada perdida de Remo. Decidi ignorar isso primeiro e ligar para Sirius.

Alô?

– Oi Sirius, é a Marlene. – avisei olhando para Cassie que sorria abertamente ao perceber minimamente que o pai tinha atendido.

Oi Marlene, está tudo bem? – ele perguntou e achei estranho seu jeito de falar.

– Sim, está. Eu só queria saber se você poderia passar aqui mais tarde, ou o horário que for melhor. Cassie está agoniada para te ver. Novamente. – mordi meu lábio inferior ainda com o pensamento incomodo de que ele estava estranho. Minha filha pulava na sala a espera da resposta do pai.

Estou saindo do escritório agora. Posso dar uma passadinha rápida ai sim.

– Tudo bem, obrigada. – falei já desligando a ligação e não esperando por mais nenhuma resposta curta e seca. – Papai tá vindo, meu amor.

Cassie correu no sofá e com suas perninhas curtas deu um jeito de subir no mesmo sozinha e ficar sentadinha esperando o pai. Neguei com a cabeça rindo e voltei até a cozinha continuando a separar os ingredientes. Iria preparar um escondidinho de carne que tinha aprendido com minha mãe e que Cassie adorava desde que provara na ultima visita da avó.

Mal comecei a separar as batatas e ouvi a porta se abrindo por causa das chaves que fizeram barulho. Arregalei meus olhos batendo na minha própria testa me xingando mentalmente por ter esquecido de trancar a porta. Mas suspirei ao lembrar que poderia ser Sirius já que o porteiro dificilmente deixava qualquer pessoa subir.

Com o coração acelerado e me sentindo uma tremenda idiota segui até a sala e vi aquelas costas largas cobertas por um terno preto fechando a porta do meu apartamento. Respirei fundo e tudo parecia em câmera lenta como num filme de romance. Ele se virou sorrindo já pegando Cassie no colo, que antes estava abraçada a sua perna, a enchendo de beijos fazendo aquela gargalhada gostosa se espalhar por todo o cômodo.

– Princesinha. – ele disse contente. – Quer dizer que você estava com saudade de mim? Eu também estava morrendo de saudade de você!

Deixei os dois aproveitarem o momento deles e voltei para a cozinha já começando a preparar a massa e descongelar a carne e todas as coisas que precisava. Comecei a cortar alguns legumes para por junto, tinha que fazer Cassie comer tudo que era saudável desde cedo para não virar aquelas pessoas dependentes de fast food.

– MAMÃE! – duas vozes gritaram me assustando na porta da cozinha deixando com que a faca escapasse um pouco e fizesse um pequeno corte no meu dedo.

– Droga. – murmurei mordendo o lábio inferior correndo até a pia abrindo o registro deixando com que a água caísse em cima do ferimento levando o sangue que saia embora.

– Lene? Tudo bem? – Sirius perguntou vindo ao meu encontro com Cassie no colo.

– Sim, só cortei um pouco o dedo. Mas está tudo bem. – falei calmamente buscando minha caixa de primeiros socorros atrás de um curativo.

– Desculpa, não foi intencional. Ideia da Cassie! – Sirius falou me fazendo rir enquanto colocava um band-aid de bichinhos em cima do corte.

– Que coisa feia colocar a culpa na minha anjinha, Sirius. – brinquei com ele e mesmo não entendendo nada, Cassie ria.

Depois de conversar um pouco com ele e rir com Cassie, despejei os dois da cozinha e continuei o meu escondidinho. Levei mais ou menos uns 40 minutos para até que enfim, coloca-lo no forno.

Voltei a sala e vi os dois assistindo a algum desenho que Cass adorava. Fiquei apreciando a cena durante um bom tempo, mas Sirius me percebeu e sorriu, aquele sorriso que me desmanchava por inteiro há mais de três anos, e me chamou com a mão para sentar com eles. Neguei rapidamente me embasbacando apontando para a cozinha, como se avisasse que tinha que ficar de olho na comida.

Ele sussurrou algo no ouvido de Cassie e a menina logo me olhou confusa e sorrindo travessa, como se fosse aprontar algo com o pai. Olhei para eles não entendendo nada e logo os dois vieram na minha direção. Cassie corria com as perninhas pequenas quase tropeçando e Sirius vinha atrás a segurando pelos bracinhos. Quando eles chegaram perto, ele a levantou e a “jogou” no meu colo, nos fazendo rir.

– Amo a mamãe. – e eu juro que meus olhos se encheram de lágrima nesse momento. Abracei Cassie com força e beijei sua bochecha com aquele aperto chato de mãe.

– Também te amo, meu amor.

– Amo papai – ela falou toda boba de novo indo para o colo do Sirius.

– Amo você também, princesa!

– E papai ama mamãe! – ela falou comemorando como se fosse a coisa mais normal do mundo e como se ela soubesse que isso fosse verídico.

Sirius riu também achando normal e eu fiquei com cara de tacho sem saber se ria ou olhava estranho para Sirius. Decidi ignorar e dar um beijo rápido na minha filha antes de entrar na cozinha e dar uma olhada rápida no forno. Meus pensamentos agora giravam em torno da fala da pequena Cassie e do sorriso do grande Sirius.

– Fugindo da própria filha é? – senti uma respiração quente rente a minha nuca e estremeci prendendo a respiração. Aquele perfume ainda me mataria.

– N-Não... – respirei fundo antes de continuar. – Não fugi de nada.

– Aé? Se você diz – ele provocou novamente aproveitando a brecha que minha blusa, maldita, de fio caiu dos meus ombros e o beijou delicadamente fazendo minha pele se arrepiar. Porque ele não tem dó de mim? Maldito seja esse homem que me conhece por inteiro há muito tempo!

– Sirius... – tentei fazê-lo parar, mas os beijos estavam subindo devagar pelo meu pescoço até chegar a meu maxilar, onde ele deu uma pequena mordida logo me virando de frente para si. – Cassie. – foi a única coisa que consegui dizer antes dele atacar meus lábios com os seus.

Eu não consegui nem raciocinar direito, parecia que era a primeira vez que isso acontecia. Sua boca macia contra a minha me dando espasmos por todo o corpo. Sua língua massageando a minha com clareza e com delicadeza, como se eu fosse uma joia rara, uma coisa que ele não queria perder. Suas mãos estavam em minha nuca, enquanto as minhas estavam paradas ao lado do meu corpo, como se eu fosse uma trouxa que nunca tinha beijado na vida. Mas eu não sabia o que fazer a não ser retribuir o carinho.

Um som estridente, reconhecido como meu toque, nos fez separar as nossas bocas, vermelhas, e nos olhar por um breve segundo, pois no segundo seguinte eu estava com o celular na mão e o coração mais acelerado do que nunca.

Como era possível eu esquecer-me de Etiénne? Como era possível eu esquecer-me de que tinha um namorado na França e que nem me despedir dele eu o fiz? Sirius causava tudo isso em mim?

– Você não vai atender? – Sirius perguntou me tirando do transe de ficar olhando para a tela do celular. Olhei para ele e me perdi nas suas íris e foi ali que eu vi o que eu não deveria ver. Foi ali que eu vi o que me deixou com medo de atender Etiénne.

– Salut! – atendi tremendo e com o coração acelerado.

Marlene? Até que enfim! Você não tem noção do quanto me deixou preocupado, Belle! – seu sotaque carregado me deixou triste ao perceber que eu sentia uma saudade enorme dele e mesmo assim, tinha vontade de ter Sirius. Eu era uma ridícula!

– Etiénne, me desculpe. Eu...

Não se desculpe, Belle. Está tudo bem, falei com sua secretária essa semana e ela me contou tudo o que aconteceu com a revista. Fiquei preocupado com você e com Cassie. Como está a pequena? – Etiénne não negava ser um francês nato, mas seu inglês era perfeito. E essa sua maneira de ser tão de bem com tudo me deixava mal. Sirius estava me olhando com uma ruga na testa e eu não sabia como agir com meu namorado na frente dele.

– Ela está bem. Nós estamos bem. E você? Desculpe não avisar. Como foi sua viajem para a Alemanha? Seu pai falou algo? – engoli em seco ao perceber a cara de Sirius. Acho que ele estava entendendo algo, mas resolvi não comentar nada. Ele apenas fechou os olhos e respirou fundo antes de sair da cozinha me deixando com um aperto horrível no peito.

Foi tudo bem por lá. Ele não disse nada demais quanto à empresa, perguntou de você e de Cassie e lamentou por vocês não terem ido junto. – soltei um riso fraco ao lembrar-me do meu sogro. – Estou com saudade... Muitas! – uma lágrima solitária que tinha se formado rápido demais no meu olho rolou pela minha bochecha quando ele pronunciou sua ultima frase. Meu peito se apertou mais ainda e uma vontade gigante de me debulhar em lágrima cresceu em mim.

– Eu também estou com saudade, Etié.

Eu só liguei rapidamente para saber se estava tudo bem, preciso ir para uma reunião. Se der apareço em Londres nesse final de semana. Atenda minhas ligações, ok Belle? Eu te amo!

– Tudo bem. Também... Eu... Eu também te amo, Etié. – falei engolindo todo o orgulho e desligando o celular em seguida.

Fechei os olhos deixando todas as lágrimas caírem por completo. Minhas pernas fraquejaram e eu rapidamente me sentei na cadeira mais próxima, apoiando meus braços na mesa enquanto chorava copiosamente. Eu me sentia culpada, muito culpada. Primeiro por estar enganando Etiénne e segundo por estar usando Sirius. Porque querendo ou não era quase como usa-lo enquanto eu tinha outro na França.

– Cassie dormiu. Eu vou embora. – ele apareceu na porta todo esquisito, deixando meu peito mais apertado.

Eu rapidamente me levantei e limpei meu rosto seguindo em sua direção.

– Me desculpa. Me desculpa, por favor, Sirius! – supliquei já voltando a chorar. Eu estava em crise de TPM, só podia. Chorava como uma garotinha.

– Você não precisa se desculpar! Não me deve nada. – ele disse com o tom magoado. Eu sentia que ele estava magoado e eu me culpava muito por isso. Meu Deus, como eu podia me enganar tanto por tanto tempo?

– Sirius, eu preciso de você! Eu preciso de você não só pela Cassie. Eu preciso de você por mim!

– Você me tem Marlene, eu sou seu. Sempre vou ser seu!

– Então me faça sua! Sempre sua e só sua. Eu só preciso que você me faça sua, Sirius.

– Você também sempre foi minha, Marlene. Mas não posso aceitar ficar com você enquanto tem alguém lá em Paris que te espera... Quando eu te ter, novamente, quero te ter por completo, não quero te dividir com ninguém e não ser Cassie e não quero passar por amante. Eu te amo, Marlene. Eu te amo muito, eu te amo mais do que eu me amo, mas eu preciso que você me ame da mesma maneira e só me ame. Não ame outro cara. – ele falou sabiamente me deixando quieta e se aproximando de mim fazendo um carinho gostoso no meu cabelo enquanto me abraçava.

– Posso te pedir uma coisa? – perguntei baixinho temendo pela resposta.

– Tudo o que você quiser.

– Mesmo ainda não sendo só sua... Faça-me só sua essa noite. É tudo o que eu mais preciso Sirius. Eu preciso ser sua essa noite.

– Eu queria negar isso, Marlene, mas eu não consigo. – ele disse antes de tomar meus lábios novamente e me levar às cegas para o meu quarto, nos jogando na cama, enquanto ainda me beijava.


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Notas finais do capítulo

PFVR GNT, ESSE CAPITULO É MEU XODO DE TODA A FIC, ENTÃO QUERO COMENTARIOS, PFVR PFVR PFVR!!!!!!!!!!



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