Era Uma Vez Um Talvez Felizes Pra Sempre escrita por Ana Bia


Capítulo 26
Capítulo 26




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Quando meus tios foram dormir, nós fomos pro quarto e deitamos juntinhas na cama. Beijei Nina e ela se empolgou e ficou em cima de mim.

-AAAAAAAAAAI. – Gritei.

- Mas que foi? Eu ainda nem fiz nada. – Ela riu.

- Idiota, to ardendo né.

- Ai, desculpa – ela riu mais.

Fiz bico e ela me deu um selinho.

- Sem sexo hoje então? – Ela fez bico.

Assenti.

- Poxa amor...

- Eu To ardendo mô – ri –, sério, não da.

- Vacilona. – Ela virou pro outro lado.

- Mas como to ardendo, acho que vou dormir sem roupa... – Provoquei.

- Vai tomar no cu, aquieta ai também e fica de roupa.

Ri dela.

Ela se virou e fez carinho no meu rosto.

- Vai, dorme logo...

- Boa noite.

Demos um beijinho e eu dormi.

Acordei com carinho dela. Acordamos cedinho, deviam ser umas 7h da manhã. Nos levantamos com a coberta e fomos deitar enroladas na rede. Hoje fazia frio.

Nem senti o tempo passar, ficar com ela era tão bom...

10h, minha madrinha acordou e nos viu. Ela colocou a mesa do café, meu tio acordou e ela foi nos chamar.

- Bom dia meninas, vamos tomar café?

Nós fomos e nos sentamos à mesa.

- Bom dia.

- Bom dia, meninas. – Meu tio respondeu.

Tomamos café, tiramos a mesa e eu lavei a louça.

- Meninas, nós vamos ao shopping, vocês querem ir? – Minha madrinha ofereceu.

- Vamos sim. – Nina concordou.

Nos arrumamos e partimos.

- Vocês vão pra um lado e a gente pro outro e depois nos encontramos, ok? – Minha madrinha disse. Tenho certeza que ia comprar meu presente de natal.

- Ok. Concordei e puxei Nina pro outro lado.

Fomos andando. Também iria comprar o presente dela, e depois me virar pra comprar o de Nina. Andamos, andamos, andamos. Acabei comprando uma blusa que a Nina escolheu e o perfume preferido dela, e pro meu tio, um relógio. Ele é colecionador.

Andamos mais um pouco e meu celular tocou.

- Alô?

- Oi Bella, encontra a gente na praça de alimentação.

- OK.

Desliguei e fomos até lá.

- Onde vocês querem comer? – Meu tio perguntou.

- Qualquer lugar menos Mc Donald’s. – Ri.

- Gostam de sushi?

Nos olhamos e sorrimos.

- Amamos. – Disse.

- Ótimo, vamos ao sushi então.

Fomos comer sushi. Comi muito, sai de lá explodindo. Fomos embora logo.

Quando chegamos, minha madrinha pediu ajuda pra montar a árvore de natal e enfeitar a casa. Montamos a árvore, eu peguei a caixa com os diversos enfeites e a enfeitamos, logo após, enfeitamos a casa por fora e por dentro. Ficou linda.

Nina e minha madrinha ficaram conversando enquanto eu e meu tio jogávamos videogame. Eu jogava com o Liverpool e ele com o Aztecs. Claro que eu ia fazer de tudo pra vencer. E venci de 5X3.

Comemos pipoca e vimos filme, e depois fomos todos dormir.

No dia seguinte, acordamos bem tarde, já passava das 14h.

- Amor, o que vamos fazer hoje? – Nina enrolou na cama.

Eu pensei. Pensei mais um pouco. E mais.

- Quero fazer uma tatuagem.

- Oi? – ela riu.

- É, ué. Vamos fazer uma tatto?

- Juntas?

- Se você quiser... – Sorri.

Ela mordeu o lábio e pensou.

- Eu quero!

Sorri de novo.

- Você faz o desenho, eu te ajudo com as ideias. – Ela levantou e me puxou da cama.

Levantei, fomos comer alguma coisa e voltamos pro quarto. Sentei-me à mesa, peguei papel e lápis e ela se sentou ao meu lado.

- Começa a dar ideia. – Ri.

- Hm... – Ela pensou. – Uma coisa que gostamos muito?

- Música.

- Não... Não é uma boa. Uma palavra que defina a gente.

- Não vou tatuar “fofura” amor...

Ela riu.

- Não, idiota.

- Que difícil.

- Pensa ai e para de reclamar.

-Hm... Amor. Amor me lembra eu e você. Amor me lembra coração.

- Livres. Nós somos livres. Nosso amor é livre. Livre me lembra voar, que me lembra asas. Vai anotando, faz um rascunho, anda. – Ela deu tapinhas apressados no meu ombro.

Desenhei um coração simples e asas de anjo super detalhadas e um pouco finas. Ficou bonita, modéstia parte. Mas ainda faltava algo.

- Ta incompleta. – Relaxei no encosto da cadeira.

Nina deslizou as mãos pelos meus ombros e cruzou a frente do meu corpo, deixando o rosto ao lado do meu e me deu um beijo na bochecha.

- Ficou linda – ela comentou –, mas também acho que falta algo.

- Não somos certas, não somos um padrão. – Pensei alto. – Somos erradinhas. – Ri.

- Um pouco tortas – ela pensou.

Mantive as asas perfeitas e apaguei o coração. O fiz um tanto torto, com um lado mais alto e outro mais gordo. Pronto, agora sim. Agora tava... Perfeito.

 Olhei pra ela sorrindo e ela me olhou do mesmo jeito. Nos beijamos.

- Ficou perfeita.

Sorri.

- Vamos, quero fazê-la agora! – Ela me apressou.

Ri.

Nos arrumamos e fomos pedir pro meu tio nos levar.

- Onde vocês querem ir? – Ele pegou as chaves do carro.

- Queremos fazer uma tattoo. Leva a gente no seu Studio.

Ele nos levou. Chegamos lá e o cara da recepção nos atendeu. Marcamos pra umas 2h mais tarde e fomos dar uma voltinha em L.A. enquanto isso. Meu tio nos levou nos melhores lugares lá por perto, e quando deu a hora, voltamos ao Studio.

O tatuador nos cumprimentou e se apresentou.

- Gostei bastante do desenho, nem precisei adaptar, a adaptação é perfeita.

- Ela que fez. – Nina me abraçou.

Ele sorriu.

- Então, vão fazer juntas?

- Sim. – Concordei.

- Pois bem, aonde pretendem?

- Na nuca.

Ele pensou um pouco.

- Vocês estão certas disso?

Nos entreolhamos e assentimos com a cabeça.

Ele respirou fundo. – Então vamos nessa.

Nina pediu pra eu ir primeiro. Sentei na cadeira e fiquei segurando a mão de Nina o tempo inteiro, enquanto estava sendo tatuada. Ficou linda. Eu amei.

Quando terminou, foi a vez de Nina, e dessa vez as minhas mãos é que foram esmagadas.

- Nossa cara, ta linda demais. Muito obrigada. – Ela o agradeceu e eu fiz o mesmo.

- Não há de que. Espero que o namoro de vocês dure. – Ele sorriu.

Nós sorrimos de volta.

Fomos jantar no BK com a minha madrinha e depois voltamos pra casa.

A noite estava fria, porém, agradável. Peguei Nina pela mão e a levei ao lado de fora da casa. Coloquei uma música lenta no iPod e o deixei em cima da mesinha. Segurei a mão dela e coloquei a outra na cintura dela, e ela pôs a dela no meu ombro, e dançamos assim, coladinhas, à luz da lua. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem ;) Beijos.



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