Era Uma Vez Um Talvez Felizes Pra Sempre escrita por Ana Bia
Quando meus tios foram dormir, nós fomos pro quarto e deitamos juntinhas na cama. Beijei Nina e ela se empolgou e ficou em cima de mim.
-AAAAAAAAAAI. – Gritei.
- Mas que foi? Eu ainda nem fiz nada. – Ela riu.
- Idiota, to ardendo né.
- Ai, desculpa – ela riu mais.
Fiz bico e ela me deu um selinho.
- Sem sexo hoje então? – Ela fez bico.
Assenti.
- Poxa amor...
- Eu To ardendo mô – ri –, sério, não da.
- Vacilona. – Ela virou pro outro lado.
- Mas como to ardendo, acho que vou dormir sem roupa... – Provoquei.
- Vai tomar no cu, aquieta ai também e fica de roupa.
Ri dela.
Ela se virou e fez carinho no meu rosto.
- Vai, dorme logo...
- Boa noite.
Demos um beijinho e eu dormi.
Acordei com carinho dela. Acordamos cedinho, deviam ser umas 7h da manhã. Nos levantamos com a coberta e fomos deitar enroladas na rede. Hoje fazia frio.
Nem senti o tempo passar, ficar com ela era tão bom...
10h, minha madrinha acordou e nos viu. Ela colocou a mesa do café, meu tio acordou e ela foi nos chamar.
- Bom dia meninas, vamos tomar café?
Nós fomos e nos sentamos à mesa.
- Bom dia.
- Bom dia, meninas. – Meu tio respondeu.
Tomamos café, tiramos a mesa e eu lavei a louça.
- Meninas, nós vamos ao shopping, vocês querem ir? – Minha madrinha ofereceu.
- Vamos sim. – Nina concordou.
Nos arrumamos e partimos.
- Vocês vão pra um lado e a gente pro outro e depois nos encontramos, ok? – Minha madrinha disse. Tenho certeza que ia comprar meu presente de natal.
- Ok. Concordei e puxei Nina pro outro lado.
Fomos andando. Também iria comprar o presente dela, e depois me virar pra comprar o de Nina. Andamos, andamos, andamos. Acabei comprando uma blusa que a Nina escolheu e o perfume preferido dela, e pro meu tio, um relógio. Ele é colecionador.
Andamos mais um pouco e meu celular tocou.
- Alô?
- Oi Bella, encontra a gente na praça de alimentação.
- OK.
Desliguei e fomos até lá.
- Onde vocês querem comer? – Meu tio perguntou.
- Qualquer lugar menos Mc Donald’s. – Ri.
- Gostam de sushi?
Nos olhamos e sorrimos.
- Amamos. – Disse.
- Ótimo, vamos ao sushi então.
Fomos comer sushi. Comi muito, sai de lá explodindo. Fomos embora logo.
Quando chegamos, minha madrinha pediu ajuda pra montar a árvore de natal e enfeitar a casa. Montamos a árvore, eu peguei a caixa com os diversos enfeites e a enfeitamos, logo após, enfeitamos a casa por fora e por dentro. Ficou linda.
Nina e minha madrinha ficaram conversando enquanto eu e meu tio jogávamos videogame. Eu jogava com o Liverpool e ele com o Aztecs. Claro que eu ia fazer de tudo pra vencer. E venci de 5X3.
Comemos pipoca e vimos filme, e depois fomos todos dormir.
No dia seguinte, acordamos bem tarde, já passava das 14h.
- Amor, o que vamos fazer hoje? – Nina enrolou na cama.
Eu pensei. Pensei mais um pouco. E mais.
- Quero fazer uma tatuagem.
- Oi? – ela riu.
- É, ué. Vamos fazer uma tatto?
- Juntas?
- Se você quiser... – Sorri.
Ela mordeu o lábio e pensou.
- Eu quero!
Sorri de novo.
- Você faz o desenho, eu te ajudo com as ideias. – Ela levantou e me puxou da cama.
Levantei, fomos comer alguma coisa e voltamos pro quarto. Sentei-me à mesa, peguei papel e lápis e ela se sentou ao meu lado.
- Começa a dar ideia. – Ri.
- Hm... – Ela pensou. – Uma coisa que gostamos muito?
- Música.
- Não... Não é uma boa. Uma palavra que defina a gente.
- Não vou tatuar “fofura” amor...
Ela riu.
- Não, idiota.
- Que difícil.
- Pensa ai e para de reclamar.
-Hm... Amor. Amor me lembra eu e você. Amor me lembra coração.
- Livres. Nós somos livres. Nosso amor é livre. Livre me lembra voar, que me lembra asas. Vai anotando, faz um rascunho, anda. – Ela deu tapinhas apressados no meu ombro.
Desenhei um coração simples e asas de anjo super detalhadas e um pouco finas. Ficou bonita, modéstia parte. Mas ainda faltava algo.
- Ta incompleta. – Relaxei no encosto da cadeira.
Nina deslizou as mãos pelos meus ombros e cruzou a frente do meu corpo, deixando o rosto ao lado do meu e me deu um beijo na bochecha.
- Ficou linda – ela comentou –, mas também acho que falta algo.
- Não somos certas, não somos um padrão. – Pensei alto. – Somos erradinhas. – Ri.
- Um pouco tortas – ela pensou.
Mantive as asas perfeitas e apaguei o coração. O fiz um tanto torto, com um lado mais alto e outro mais gordo. Pronto, agora sim. Agora tava... Perfeito.
Olhei pra ela sorrindo e ela me olhou do mesmo jeito. Nos beijamos.
- Ficou perfeita.
Sorri.
- Vamos, quero fazê-la agora! – Ela me apressou.
Ri.
Nos arrumamos e fomos pedir pro meu tio nos levar.
- Onde vocês querem ir? – Ele pegou as chaves do carro.
- Queremos fazer uma tattoo. Leva a gente no seu Studio.
Ele nos levou. Chegamos lá e o cara da recepção nos atendeu. Marcamos pra umas 2h mais tarde e fomos dar uma voltinha em L.A. enquanto isso. Meu tio nos levou nos melhores lugares lá por perto, e quando deu a hora, voltamos ao Studio.
O tatuador nos cumprimentou e se apresentou.
- Gostei bastante do desenho, nem precisei adaptar, a adaptação é perfeita.
- Ela que fez. – Nina me abraçou.
Ele sorriu.
- Então, vão fazer juntas?
- Sim. – Concordei.
- Pois bem, aonde pretendem?
- Na nuca.
Ele pensou um pouco.
- Vocês estão certas disso?
Nos entreolhamos e assentimos com a cabeça.
Ele respirou fundo. – Então vamos nessa.
Nina pediu pra eu ir primeiro. Sentei na cadeira e fiquei segurando a mão de Nina o tempo inteiro, enquanto estava sendo tatuada. Ficou linda. Eu amei.
Quando terminou, foi a vez de Nina, e dessa vez as minhas mãos é que foram esmagadas.
- Nossa cara, ta linda demais. Muito obrigada. – Ela o agradeceu e eu fiz o mesmo.
- Não há de que. Espero que o namoro de vocês dure. – Ele sorriu.
Nós sorrimos de volta.
Fomos jantar no BK com a minha madrinha e depois voltamos pra casa.
A noite estava fria, porém, agradável. Peguei Nina pela mão e a levei ao lado de fora da casa. Coloquei uma música lenta no iPod e o deixei em cima da mesinha. Segurei a mão dela e coloquei a outra na cintura dela, e ela pôs a dela no meu ombro, e dançamos assim, coladinhas, à luz da lua.
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Espero que tenham gostado. Comentem ;) Beijos.