Entre Anjos E Demônios escrita por Nubia


Capítulo 16
revelações em meio a perseguição!


Notas iniciais do capítulo

o segundo do dia. aproveitem...



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O dia seguinte amanheceu nublado e medonho. Uma estranha paz celestial reinava por toda escola, não se ouvia nem se quer um ruído. Uma voz ou o canto de um pássaro talvez. Camila levantou da sua cama e ficou de frente para janela, observando o céu cinzento.

-Algo está errado. – Camila falou para si mesma.

E um velho ditado passou por sua mente. DEPOIS DA TEMPESTADE, É QUE VEM O FURACÃO.

Camila balançou a cabeça tentando esquecer o dia anterior. Ela tinha que esquecer o depravado do Caio. Ela tirou seu pijama ficando só de roupas intimas e caminhou em direção ao banheiro, quando voltou e parou em frente ao espelho na porta do guarda-roupa.

-Mas que merda é essa? – Camila perguntou para o nada, vendo os riscos pretos em sua barriga.

-Temos que contar para sua mãe, David. – Bruna repetia essa frase pela vigésima vez. – Ela tem que saber que Camila está nos ajudando e que temos uma grande chance de encontrar sua irmã. Imagine como ela vai ficar feliz com a notícia.

-Ainda não podemos. – David respondeu serio e de saco cheio de ouvir a voz de Bruna. – Se for mais uma tentativa inútil, não vou suportar vê-la sofrer.

-Eu o apoio em você querer proteger sua mãe. – Jessica falou sentando ao lado do namorado. – Mas com a ajuda dela e de seu pai, nossas chances são maiores. – Jessica completou.

-Não, eu já disse que não. – David falou irritado com todos.

-Pense bem, David. – Marcelo apertou o ombro de David. – Pense bem. Sabe que temos razão.

-Com licença. – Camila disse ao entrar na sala em que havia sido mantida presa. – Sabia que os encontraria aqui. – ela falou evitando em olhar a sua volta.

-Aconteceu algo? – Bruna perguntou alarmada. – Você deveria esta na aula agora.

-Vim aqui para avisar vocês. – Camila começou a falar, ignorando Bruna. – Ontem, Caio me procurou e já sabe que eu estou o ajudando a encontrar sua irmã. – Camila contou e David estremeceu com a revelação.

-Mas como ele a encontrou? – Marcelo perguntou desconfiado. – Ninguém que esta do lado de fora da escola, pode nos localizar ou entrar aqui. – Marcelo falou pasmo. – A escola é protegida com magia.

-Tem alguém aqui de dentro que esta passando informações a ele. – Camila falou aquilo como se fosse obvio. – Se ele quisesse já teria entrado aqui há muito tempo. Se não o fez é porque estar esperando o momento certo para fazê-lo. – Camila falou e David ficou vermelho de raiva.

-O que ele disse a você? – David perguntou.

-Ele me levou a um lugar que ele chamou de ´´seu paraiso`` e disse que se eu contasse a localização da sua irmã, ele tiraria os meus poderes e ainda apagaria minha memoria para que eu voltasse a ter uma vida normal. – Camila contou. – Mas eu não poderia dormir pensando que ajudei um maluco a matar uma garota. – Camila procurou emendar. – Mesmo que eu pensasse que tudo não passou de um sonho. – Camila disse pensando nos pais do David e de como eles sofreriam. - Ele fez isso quando recusei. – Camila levantou a blusa e mostrou as grandes marcas pretas em sua barriga que parecia formar um desenho de um circulo com algo escrito dentro.

-Ele a marcou. – Marcelo falou ao ver as marcas. – Agora ele pode acha-la aonde for.

-Agora temos que encontrar minha irmã o mais rápido possível. – David falou cerrando os punhos.

-E tem mais uma coisa... – Camila chamou atenção de todos. – Caio disse que a noticia de que posso ver o passado, especialmente o da sua familia se alastrou. Colocaram minha cabeça a prêmio para quem conseguir os meus poderes, e ainda disse que estarei segura se ficar dentro da escola, mas só por enquanto.

-Temos que tirar você daqui e leva-la para um lugar com proteção mais forte para mantê-la escondida. – Marcelo falou quando os outros ficaram em silencio.

-Espere. – Camila falou quando Marcelo fez menção de sair da sala. – Antes de tudo isso continuar, quero saber de toda a verdade e sem rodeios. – Camila disse segurando o braço de Marcelo.

-O que você quer saber exatamente? – David perguntou calmamente.

-Como seu tio pode ser um humano se ele é um anjo caído? – Camila perguntou cruzando os braços. O próprio Caio havia falado que já foi um humano.

-Por que antes deles se tornarem anjos, eles eram humanos. – David respondeu. Camila não sabia o que dizer, então preferiu ficar quieta. David interpretou como um sinal mudo para que ele continuasse. – Em 1820, meu pai e Caio viviam aqui, nessa escola que antes era uma residência familiar. – David respirou fundo e continuou. – Eles morreram salvando as vidas de pessoas em uma aldeia durante uma chacina. Foi aí que eles se tornaram anjos e ganharam poderes, mais eles preferiram continuar aqui na terra para ajudar os humanos diretamente, sem ter que precisar de uma intervenção divina. Mas o poder subiu a cabeça de Caio que despertou o desejo de ser o mais forte e poderoso. E em 1870 eles se juntaram aos meus avós para fundar a escola para aqueles que estivessem sendo perseguidos pelo lado negro. Aí minha mãe nasceu e os dois se apaixonaram por ela, mas ela quis ficar com meu pai. Caio não suportou e se entregou de vez ao lado negro, mas quando soube que minha mãe estava gravida pela segunda vez e que essa criança herdou a metade dos poderes dos dois lados, ele viu aí uma chance de se vingar e ainda por cima ficar mais poderoso do que já era. E o resto você já sabe. Agora você entende por que preciso da sua ajuda? – David perguntou depois do resumo da historia da sua familia.

-David, sei que não quer que sua mãe entre nessa historia, mas precisamos da ajuda dos seus pais. – David estreitou os olhos para Camila e bufou. E de novo o mesmo assunto. – Sei que não quer dá falsas esperanças para sua mãe, mais precisamos da ajuda dela. – Camila insistiu. – Caio sempre esta a dois passos a nossa frente, e ainda com a ajuda do informante dele não teremos a menor chance contra. – Camila tentava faze-lo ver a melhor opção.

-Não posso fazer isso. – David cruzou os braços para esconder as mãos tremulas. – Não quero vê-la sofrer ainda mais.

-Sua mãe sofrerá ainda mais se sua irmã morrer. – falou Camila sem rodeios e David arregalou os olhos. – Não me olhe assim, você sabe disso.

-Eu sei que vocês tem razão. – David admitiu.

-Vá para o seu quarto e faça suas malas o mais rápido possível, cuidaremos da sua segurança. – Bruna ordenou para Camila.

-Vá para lá e nos espere por lá. – David completou a ordem. – Não saia para nada. Quando tudo acabar você poderá voltar.

Camila obedeceu e caminhou para fora do esconderijo. A porcaria da marca em sua barriga coçava e provocava uma leve irritação em sua pele, e isso estava a tirando do sério. Camila caminhou em direção aos dormitórios e viu Marcos parados na entrada de braços cruzados vestido com uma jaqueta de couro preta com tarraxinhas prateadas pontiagudas e uma calça jeans surrada, e acelerou o passo. Camila o abraçou bem forte e depois o beijou desesperadamente quando se aproximou dele. Marcos estranhou a atitude dela, mais correspondeu à altura. Camila encerrou os beijos com vários selinhos e se afastou o olhando com um olhar triste.

-O que foi isso? – ele perguntou surpreso mordendo o lábio inferior dela.

-Só estou fazendo estoque. – Camila respondeu dando outro selinho em Marcos. – Vou ter que viajar por alguns dias.

-Viajar? Pra onde? – Marcos perguntou preocupado.

-Minha tia ligou e quer que eu vá encontra-la para que eu faça uns exames por causa do meu quase afogamento e também ficar alguns dias com ela. – e mais uma mentira para acrescentar a sua lista.

-Pensei que você só estivesse com dor de cabeça. – Marcos falou a examinando

-Já falei para você como a minha tia é. – Camila disse o lembrando. – Não vai sossegar enquanto eu não for a um medico e ele dizer que está tudo bem comigo. Irei em algumas horas, tenho que passar no meu quarto para arrumar minhas malas. – Camila saiu dos braços de Marcos. – Vou aproveitar a carona, já que o Marcelo vai naquela direção e vou aproveitar para ir com ele. – Camila mentiu.

-Então nem precisou você se despedir de mim, pelo menos não agora. – Marcos comentou rindo. – O Marcelo também vai me dar carona até o aeroporto. – ele falou e Camila uniu as sobrancelhas em confusão. – Ficarei fora por alguns dias e vim para me despedir. – ele falou um pouco triste.

-Aconteceu alguma coisa seria? – ela perguntou surpresa com a notícia.

-Meu pai... Humm... Ficou doente e foi internado numa clinica. – ele limpou a garganta. – Estou indo visita-lo.

-Ele está bem? É grave seu estado? – Camila perguntou preocupada. Ele se afastou e sorriu para ela.

-Não. – ele respondeu. – Parece que quebrou uma perna quando saia de casa para trabalhar. Só isso. – Marcos mentiu.

No esconderijo, David estava encarando para o lado de fora pela janela, pensando em como Caio havia descoberto sobre Camila. Ele passou a mão pelo cabelo e respirou frustrado.

-Camila está se arriscando muito para ajuda-lo. – Bruna falou ficando ao lado dele. – Ainda acha que ela esta do lado dele? – Bruna perguntou e fez David se sentir mal por ter feito o que fez com ela no cemitério.

Mais alguma coisa dentro dele, dizia para que ficasse desconfiado de Camila, que ela tinha um grande segredo para ser revelado. A essa altura do campeonato, David não podia se dar o luxo de errar. A vida da sua irmã que está em jogo. A irmã que nem chegou conhecer. Talvez ela tenha passado por ele na rua e ele nem sabia quem. Não. Ele não podia se arriscar com uma estranha.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Meia hora depois, Camila estava sentada no banco de trás com Marcos, e Paula sentada no banco do passageiro na frente. Marcelo ligou o carro e deu a partida saindo de Amélia Albatroz. 10 minutos depois na estrada, começou a chover por vinte minutos. Tudo que Camila viu foi árvores e mais árvores que foi lhe deixando com sono e bocejou alto. Marcos percebeu e a puxou para perto dele e encostou a cabeça dela em seu ombro, sem se importar que sua ex- estivesse no mesmo carro e os observando. Marcos fez cafuné em sua cabeça e Camila se rendeu ao sono.

-Queimem a bruxa. – as pessoas com seus rostos desfigurados gritavam. – Queimem a bruxa. Não deixem ela escapar. – gritavam em meio à multidão.

Camila olhava para todos assustada, todos seguravam tochas acessas na mão direita e com ceifões na mão esquerda. Corriam na direção de Camila como se fossem uma onda de um tsunami arrastando tudo e todos os obstáculos em sua frente. Quando tentou correr daquele povo furioso, percebeu que estava presa em uma estaca de madeira com cordas grossas

-Queimem a bruxa. – o povo continuava a gritar. – Queimem-na. A bruxa tem que morrer.

-Espere, o que estão fazendo? – Camila perguntou apavorada quando um deles ateou fogo na palha que estava em volta dela formando um circulo. – Não façam isso. – Camila implorou.

O fogo consumiu seu corpo queimando sua pele, a dor era insuportável e o cheiro de carne podre entrava pelo seu nariz. Camila gritou pedindo por socorro, mais tudo que via era aquelas pessoas com seus rostos desfigurados rindo e gritando: ´´Queime bruxa.``

Camila acordou apavorada assustando a todos dentro do carro.

-O que foi Camila? – Marcos perguntou.

-Nada, foi só um pesadelo. – Camila respondeu mais calma quando soube que tudo tinha sido um sonho e voltou a se encostar no ombro do Marcos.

Mais sua barriga começou a doer, ela levantou sua blusa azul claro e viu as marcas que Caio tinha feito que antes eram pretas agora estavam ficando douradas. Marcos arregalou os olhos ao ver aquilo.

-Camila, você foi... – Marcos começou a dizer, mais se calou quando Marcelo freou o carro bruscamente e derrapou na estrada, fazendo o carro virar e ficar de lado para o sentido que iam. Camila acabou batendo a cabeça na porta do carro que fez um corte em sua testa.

-Estão todos bem? – Marcos perguntou olhando em volta. – Você esta sangrando Camila. – Marcos falou ao ver o filete de sangue. – Marcelo, temos que voltar. Marcelo? – Marcos o chamou.

Paula e Marcelo apesar do susto, olhavam fixamente para a estrada e para o homem de sobre-tudo preto que estava parado os encarando. Ele começou a andar na direção deles e Marcelo apertou o volante.

-Tira a gente daqui agora, Marcelo. – Paula gritou assustada. – Vai logo. – Paula gritou aflita.

-O que esta acontecendo? – Camila perguntou sentindo dor na sua testa. Mais ninguém respondeu.

Marcelo ligou o carro e deu marcha ré e virou o carro para voltar para a escola, mais o homem apareceu de novo no meio do caminho e Marcelo correu pela margem da estrada na mata e depois voltou para estrada para tentar voltar para a escola, onde estariam em segurança. Camila estava apavorada e começou a gritar de dor e o carro diminuiu a velocidade.

-Esta doendo muito. – Camila falou ao se dobrar em duas para apertar seu estomago e Marcos ficou aflito com os gritos de Camila.

-Por que você esta parando? – Marcos perguntou alisando as costas de Camila. – Não podemos ficar aqui, ele está atrás da Camila.

-Não sou eu. – Marcelo disse pisando no acelerador com toda força. – O carro está parando sozinho. – o carro parou de vez e ficou parado no meio da estrada. Marcelo tentou

Liga-lo mais ele não ligava. Uma neblina espessa surgiu rapidamente em torno deles, os deixando incapaz de se enxergar qualquer coisa do lado de fora.

-Isso não é bom. – Paula disse olhando para todos os lados tentando enxergar através da neblina.

De repente, o vidro da porta do motorista quebrou e Marcelo foi puxado para fora, Marcos e Paula tentaram puxa-lo de volta para dentro mais não conseguiram e Marcelo desapareceu na neblina e tudo que ouviram foi um grito.

-Se abaixem. – Marcos ordenou para as duas. Tudo ficou silencioso, até demais.

Marcos e Paula se assustaram quando o vidro da porta do carro onde Camila estava, quebrou e uma mão branca agarrou o cabelo de Camila e a puxava para fora. Marcos pegou um caco de vidro no chão do carro e cravou na mão de quem a puxava, que a soltou depois de um grito de dor.

-Você esta bem? – Marcos perguntou angustiado, mais Camila não conseguia falar nada.

-Temos que sair do carro. – Paula anunciou. – Aqui estamos encurralados e vulneráveis a qualquer ataque. Temos que nos esconder em algum lugar, assim ficará mais difícil dele nos encontrar.

-Você tem razão. – Marcos concordou. – Mais quando saímos, teremos que correr bastante rápido. – Marcos disse para as duas.

-Correr? – Paula falou confusa. – Pra quê vamos correr se podemos... – ela se calou ao notar o olhar de suplica de Marcos para que ela não revelasse seu segredo. – Correr bem rápido. – Paula mudou de assunto.

Paula abriu à porta dianteira da direita e Marcos a traseira do lado esquerdo e Camila à direita. Os três saíram do carro e correram em direção à mata. Eles correram até entrarem na floresta e correram por entre as árvores. Camila queria parar, sua barriga doía bem aonde às marcas estavam. Mais ela não podia parar, tinha que correr e fugir.

Quando Camila e Marcos passaram por um riacho, pararam ao ouvir Paula gritar e olharam para trás, viram Caio a suspender com uma só mão e a arremessá-la contra uma árvore a fazendo cair inconsciente no chão.

-Venha Camila, vamos. – Marcos a puxou pelo braço para voltarem a correr, mais Marcos fora arremessado para longe pelo Caio que segurou Camila pelo punho em seguida para que ela não fugisse.

-Eu disse que você não iria me querer como inimigo. – Caio falou com um meio sorriso nos labios. – Eu sabia que meu sobrinho a tiraria da escola, se soubesse que não era mais seguro para você. Até que foi fácil. – Caio gargalhou alto.

-Já lhe dei a minha resposta, o que mais você quer? – Camila perguntou furiosa ainda sentindo dores na barriga que ficaram mais intensas com o toque de Caio. Ele levantou a blusa dela e desenhou um S aonde as marcas estavam as fazendo voltar ao normal e também às dores cessar.

-Você se parece tanto com ela. – Caio falou a olhando de um jeito desconfortável que deixou Camila com mais receio dele.

-Me solta! – Camila gritou tentando se soltar. – Você já sabe que não vou ajuda-lo a matar uma garota por causa do seu ressentimento, o que mais você quer comigo? – Camila encheu o peito para conforta-lo.

Caio a olhou e sorriu ao ver a inocência dela e bateu as costas dela contra a árvore a fazendo gemer de dor. Ele aproximou seu corpo contra o de Camila, fazendo que Camila pudesse sentir sua respiração em seu pescoço.

-Você é igual a ela. – Caio voltou a repetir e entrelaçou sua mão no cabelo de Camila o segurando firme, puxando alguns fios no processo. – Você é a copia dela.

-Não ouse me tocar desse jeito. – Camila falou com medo de que Caio tentasse forçá-la a fazer alguma coisa. – Tenho nojo de você. – Camila falou e tentou empurra-lo para longe dela mais não conseguiu.

-Você virá comigo! – Caio falou e levantou o rosto a olhando serio. – E me ajudará a encontrar o meu pote de ouro. Carlos e Amélia não terão nenhuma chance contra mim, com você me ajudando a encontrar a filha deles. – Caio riu.

-Não vou a lugar nenhum com você. – Camila disse e com a outra mão livre, o esbofeteou com tanta força que a palma da sua mão ficou vermelha.

-Você não tem medo de mostrar as garras. – Caio falou massageando o lugar em que Camila o tinha batido. – Gosto disso. – Caio sorriu malicioso e arqueou suas costas e suas asas douradas se desenrolaram. Camila arregalou os olhos ao vê-las. Ela queria toca-las para saber se eram reais ou se eram uma miragem de tão lindas que eram pessoalmente. Caio agarrou a cintura de Camila, tirando-a de seus devaneios.

-Não. – Paula gritou e empurrou Marcos e Caio para lados diferentes e Camila para o lado de Caio.

-Você está do lado dele por acaso? – Marcos perguntou furioso pela intromissão e levantou rapidamente do chão pegando a seringa com o liquido vermelho.

-Você sabe muito bem que não. – Paula respondeu se sentindo ofendida. – Mas você o ouviu, é ela que esta ajudando os Albatroz. Você sabe o que temos que fazer. – Paula falou.

-Vejo que os pestinhas também estão atrás do meu pote de ouro! – Caio zombou. – Mas devo avisar que ninguém além de mim vai encontra-la, e seus poderes serão meus.

-E devo lhe avisar que nós somos mais fortes e mais velhos que você! – Marcos rebateu serio. – Solte a garota se não quiser ter uma morte bem dolorosa e lenta. – Marcos disse com firmeza.

-Você também está atrás da irmã do David? – Camila perguntou desconfiada de que Marcos não era um garoto tão bom afinal.

-Mais nós não queremos mata-la. – Marcos respondeu a Camila.

-Mas querem o poder dela. – Caio se intrometeu. – E quero saber como vão fazer isso, sem mata-la. – Caio falou rindo.

-Você enganou a todos, Marcos. – Camila o acusou. – David é seu amigo. – Camila disse se sentindo uma tola por tudo que aconteceu entre eles.

-Não é bem assim, Camila. – Marcos disse triste.

-Você esta apaixonado pela humana? Que fofo. – Caio continuou zombando da situação.

-Solte-a, é o meu ultimo aviso. – Marcos disse criando uma bola de fogo verde em sua mão direita.

-Quero ver você tentar. – Caio falou não crendo na ameaça de Marcos.

-Vocês humanos são corrompidos pelo poder facilmente. – Paula falou dando uma indireta para Caio.

-Acho que é melhor esperar aqui, enquanto eu acabo com seu namoradinho patético. – Caio falou e tocou na casca da árvore atrás deles, que ganhou vida e engoliu Camila para dentro de seu casco.

Camila não conseguiu enxergar mais nada a não ser a madeira da árvore, e tudo que se do lado de fora era sons de luta.

Ela tentou quebrar a casca da árvore mais acabou ferindo suas mãos, mais mesmo assim continuou a tentar quebrar a casca com sua mão sangrando. Os sons de luta cessou e Camila ficou quieta para tentar escutar quem tinha vencido, quando foi cuspida pela árvore para fora de seu casco e se assustou quando alguém tocou em seu ombro.

-Sou eu. – Marcos disse a prendendo em seus braços.

-Onde Caio está? – ela perguntou preocupada.

-Ele esta desacordado. – Paula respondeu e Camila viu o corpo de Caio estirado no chão com duas seringas vazias em sua costas. – Temos que sair daqui antes que ele acorde e chame sua gangue aqui para ajuda-lo. – Paula falou.

Marcos ajudou Camila a se levantar e não notou que as mãos de Camila estavam sangrando.

-Não dá tempo para fugir de carro, temos que voar. – Paula comentou.

-Você tem razão. – Marcos concordou. – Não queria que você descobrisse dessa forma, Camila. Queria te contar antes. – Marcos falou de cabeça baixa.

-Que você também está atrás da irmã do David? – Camila perguntou seca.

-Isso também. – Marcos respondeu notando a forma seca que ela falou. – Mas eu estou falando disso. – Marcos ficou ereto e as asas brancas da visão de Camila saíram de trás de suas costas fazendo dois rasgos na blusa de frio preta que Marcos vestia.

Camila se afastou do Marcos espantada ainda segurando a mão dele.

-Marcos, você... – as palavras fugiram da boca de Camila.

-Camila não tenho tempo pra explicar agora. – Marcos falou aliviado por finalmente libertar suas asas. – Primeiro temos que sair daqui. – Marcos falou a puxando para perto do seu corpo.

-Você... Você mentiu pra mim. – Camila apontou magoada.

-Você também mentiu pra mim. – Marcos franziu a testa. – Você não disse que tem poderes.

-Você sabe que tive os meus motivos. – Camila disse fria.

-Será que podem deixar essa discursão idiota para depois? – Paula os interrompeu batendo suas asas negras. – Não estou mais em clima para lutar e o meu cabelo está todo encharcado e meu vestido preto que comprei ontem está sujo. Então será que dá pra resolverem isso depois? – Paula falou aborrecida. Fútil! Marcos e Camila pensaram.

-Por favor Camila, temos mesmo que ir. – Marcos falou impaciente. – Outros viram para ajuda-lo e não sei se poderemos dar conta de todos.

Camila depois de um segundo hesitação, abraçou Marcos com força. Ela não tinha contado a ele, mais morria de medo de altura. Paula vendo os dois agarrados, desenrolou suas asas brancas com manchas rosa voou por cima deles espalhando o cabelo de Camila em seu rosto e no de Marcos.

Marcos abraçou Camila com mais firmeza e bateu suas asas e subiram para o alto rasgando o céu, com Camila com seus olhos fortemente fechados.


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Notas finais do capítulo

e então? comentem e recomendem. mais um capitulo e no outro, a primeira vez do nosso casal. não será nada muito perverso, será algo romantico, já que será a primeira vez da camila.
postarei na sexta ou no sabado, mais não vou prometer. até mais.



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