Um Minuto Pro Fim escrita por Claire Waters Mellark
Notas iniciais do capítulo
Uhum, uhum, eu sou louca. 4bjs xx
Ele me olhou e eu só continuei focada no meu livro, quer dizer, mais ou menos, já que ele ficava olhando para mim. Aquilo estava irritante. Eu comecei a mexer nas minhas unhas, elas pareciam tão interessantes agora. A professora de artes entrou e geral ficou tipo “WHAT THE FUCK?”. Incluindo eu, que fiquei tipo “cadê a professora de química? Ela mandou desenhar?” . A professora botou sua caixa de materiais na mesa ofegante e começou a falar com aquela voz irritantemente irritante.
— A professora de química não pôde vir. – Ela fez uma carinha triste. – E hoje nós vamos fazer uma aula diferente. Nós vamos cantar.
— Então pra quê o material, fessora? – Alguém perguntou.
— Eu tenho aula depois daqui. – Ela rosnou. – TODOS, eu disse TODOS vão cantar, faz parte da nota de artes e química.
Bufei e abaixei minha cabeça querendo morrer. Minha voz é uma droga, minha vida é uma droga, meu padrasto é uma droga, minha professora é uma droga. Levantei a cabeça e a professora foi chamando uma por uma as pessoas da minha fileira enquanto eu pensava que música cantaria. Eu pensava em cantar Wings (Little Mix) até que a Jessie – patricinha metida a alguém na fila do pão – cantou. O menino se safou por estar com uma infecção na garganta ou coisa do tipo e a professora pulou pra mim.
— Srta. Madison, por favor. – Ela pediu e eu fui até o centro da sala. – O que você manda?
— DNA, Little Mix. – Falei meio imparcial.
— Ok, vamos lá. – Ela disse e eu comecei a cantar.
(Ignorem o vídeo ok? É só a voz)
http://www.youtube.com/watch?v=ii6yGzlK1zY
Assim que terminei de cantar, todo mundo bateu palma e eu senti minha cara virar um pimentão.
— Nossa, Madison. Você poderia cantar outra música para nós? – Ela pediu.
Não, não, não, não sua vaca!
— Posso sim, claro. – Sorri. – Alguém me empresta um violão?
— Aqui. – Jonathan me deu seu violão.
— Obrigada. – Agradeci e comecei.
http://www.youtube.com/watch?v=td6FDrLAvic
— Belo modo acústico. – A professora sorriu. – Bom, próximo.
Eu sentei na minha carteira e abaixei a cabeça. Comecei a ler o livro de cabeça baixa e as aulas passaram como um foguete. Bateu o sinal do recreio e todos saíram correndo, menos eu. Peguei meu pacote de doritos e meu livro favorito e depois saí. Fui até o parque, não havia ninguém lá. Sentei no playground e comecei a comer meu doritos enquanto lia meu livro brasileiro, estava em português e como eu sempre morei lá, sabia ler. O nome era ‘Fala sério, mãe’ que meu pai me mandara a algum tempo. Eu estava quase no meio. Ouvi o balanço balançar e ignorei, era o vento. Ele fez um barulho e eu olhei, não havia ninguém.
Suspirei e continuei a ler meu livro atentamente enquanto comia meu doritos. Ouvi outro barulho, agora atrás de mim. Arrepiei. Eu não me atreveria a olhar para trás nem a mexer um músculo sequer. Fingi não ter escutado e continuo pondo meus doritos na boca até que sinto um ar quente no meu pescoço. Meu coração acelera como nunca e eu arrepio.
— Vai ignorar minha presença até quando? – Ouvi uma voz. – Você cantou muito bem na aula.
— Ah, obrigada. – Agradeci para o garoto ao meu lado. – Qual é o seu nome?
— Nathan. Muito prazer. – Ele estendeu a mão. – E o seu?
— Madison... – Falei sorrindo. - Esperaaaaaaaaa, para tudo. Eu não te vi na aula. – Falei.
Ele era branco, pálido, na verdade. Seus olhos claros e seus cabelos lisos, era bonito. Usava uma blusa xadrez preta com vermelho e uma calça jeans. Ele ficou em silêncio.
— Nathan? – Perguntei. – Oi?
— Oi. – Ele disse. – Ah,me desculpe, tenho que ir.
— Nathan, volta aqui! – Gritei saindo correndo atrás dele. O alcancei e ele se virou.
— O que é, garota? – Me surpreendi quando ele disse aquilo.
— Esquece, seu grosso. – Sai andando para onde estava o meu doritos mas ele me segura pelo braço. – Me solta seu... seu... cara pálida. - Ele riu.
— O que que você quer?
— No momento que você me solte. – Ele me soltou fazendo cara de “desculpa”. – Bom, eu queria saber COMO você me ouviu cantar.
— Vem cá. – Ele saiu me arrastando. – Senta aqui.
Ele apontou para o play e eu sentei-me. Ele se sentou ao meu lado.
— Eu sou um...meio espírito. – Ele disse e eu ri demais. – Que que foi?
— Ah, por favor, Nathan. – Falei. – Fala logo quem você é.
— Tá bom, tá bom. Eu sou novo na escola, tava ouvindo pela janela. Satisfeita? – Ele disse pegando meu doritos.
— Ei, ei ei, meu doritos não! – Peguei de volta com cara de cachorrinho. – Eu tô com fome, tá!
— Ai meu deus, coitada! – Ele disse pegando meu doritos.
— Caralho, Nathan, larga meu biscoito! – Gritei e ele começou a rir.
— Tá, tá. Come sua esfomeada.
Comecei a comer de novo e deitei no play para ler meu livro e de repente ouço o sinal bater.
— Aff. Adeus mundo, olá inferno. – Falei fechando o livro e amassando a embalagem do doritos.
— Não pode ser tão ruim assim. – Ele disse olhando para os pés.
— Você sonha demais, menino. – Falei descendo. Saí andando e ele continuou lá no play. Ainda dava para vê-lo e ele olhava para mim. Sinto alguém pular em mim, seguro a pessoa rapidamente.
— Maaaaaaaaaaaaaaaddie! – Minha melhor amiga Alison disse. – Onde você tava sua louca?
— Tava no... no... balanço. – Falei coçando a nuca. – Você quer me matar de susto, garota? – Falei a colocando no chão.
— Claro que não, você prometeu me ajudar em Biologia. – Rimos.
— Hm, hm. Qual a fofoca? – Perguntei para ela e ela fez cara tipo “Eu? Fofoqueira? Imagina”.
— Eu não sou fofoqueira, você sabe. – Ela disse enquanto subíamos as escadas. Fiz cara de “sei, claro.” E ela prosseguiu. – Mas, a Jay e o Austin estão ficando F-I-C-A-N-D-O.
— Eu entendi, Aly. – Falei e rimos. – O Austin não se sente repulsivo?
— Ah, fala sério, a Jessie é bonitinha. – Ela disse e eu revirei os olhos. – Tá, desse tamaninho, mas é. – Ela disse e eu assenti.
— É, também acho. Mas o conteúdo vale bem mais que a embalagem. – Falei entrando na sala e de repente vi que todos já estavam na sala e olhavam para mim.
— Profundo, Srta. Mason. – O professor disse olhando-me nos olhos.
— Posso... me sentar? – Alison perguntou e ele disse um “claro” e nós sentamos.
— Vou dar as notas. – O professor disse.
Ele começou a falar os nomes aleatoriamente e não em ordem alfabética como ele sempre fazia. Ele ia passando e entregando as provas. Eu abaixei minha cabeça e comecei a pensar na vida. Quando eu digo vida eu digo: “mãe” “espiguento” “ meu cachorro” “minha casa” “minha escola” “Alison” “Nathan” , peraí, Nathan? Uma voz rouca interrompe minha briga mental.
— Madison Mason. – Ele disse bem mais alto que o normal e eu senti uma enorme vontade de gritar “Fala mais alto, acho que a One Direction lá em Londres não ouviu ainda, querido”. – Você tirou a melhor nota da sala, minha cara.
— Jura? – falei zero 0 Z.e.r.o Z*e*r*o Z(e)ro Z_e_r_o empolgação.
— Sim. – Ele disse. – Você canta extremamente bem.
Isso que dá fazer aula de música, Maddie. << pensei.
E o tempo foi passando bem devagar até que o sinal da última aula bateu. Todos se levantaram e saíram correndo, eu apenas peguei minha mochila e saí andando. Eu fazia curso de fotografia depois das aulas e eu já estava atrasada. Saí correndo portão afora até chegar a meu destino. Entrei e subi até minha sala, bati na porta e entrei. O professor tagarelava e eu anotava tudo, minha memória é ótima.
— Então, alunos, o dever de casa é fazer um álbum com fotos espontâneas! Sem familiares, ok? – ele disse. – Dispensados.
Saí as pressas com minha câmera em mãos e ia atravessar a rua quando vejo um garoto desenhando escorado no muro do curso. Bati uma foto e ele sorriu.
— Hey, boy. – Sorri. – Sou uma estudante de fotografia... posso usar a sua foto no meu álbum? – Pedi bem rápido e ele fez cara de “repete”.
— Me mostra a foto? – Ele pediu e eu mostrei. – Pode, claro.
— Ah, obrigada. – Olhei pros lados. – Então, é isso. Quando meu álbum ficar pronto eu te mostro sem falta! Espera, espera, espera, para o mundo. Qual o seu nome? – Ele riu.
— Meu nome é Harry, prazer. – Ele estendeu a mão e eu a apertei. – Isso é muito clichê. – Ele me puxou para eu abraço e eu cedi, né. Maior gato a gente não deixa passar.
— Ah, então tá né. – Rimos. – Bom, fica muito chato se eu pedir seu telefone?
— Não. Fica chato se eu não passar. – Rimos e ele anotou no desenho.
— Seu maluco, anota em outro lugar! – Olha a intimidade da pessoa, já vai chamando o cidadão de maluco. Vai que ele me estapeia, sei lá né.
— Toma, para você. – Ele disse, me dando o desenho. Era um lobo lindo, tinha uma garota do lado seus cabelos eram meio ruivos, parecia “Amanhecer – Parte II”, o Jacob e a Renesmee.
— Não creio, sério? – Falei com meus olhos brilhando, era lindo. – Awn, obrigada! – Dei um beijo na sua bochecha.
— O beijo já pagou o desenho. – Rimos.
— Então “Harry do desenho que deixa uma pessoa totalmente desconhecida usar uma foto sua”, eu vou indo. – Rimos.
— Você não é uma pessoa normal. – Ele disse.
— Entendi a indireta, seu bobo! Me chamou de E.T – Rimos.
— Você sabe que não foi isso que... – Eu também sua boca com meu dedo.
— Eu sei. Tenho mesmo que ir.
— Eu odeio quando fazem isso. – Ele bufa.
— Que bonitinho. – Aperto suas bochechas e ele cora levemente.
Ele ia dizer alguma coisa mas eu saí correndo e deixei ele lá sozinho. Fui andando até a minha casa. Abro a porta com um estrondo e vejo o espiguento deitado no sofá só de cueca vendo futebol e tomando algo desconhecido que parecia sei lá, Ice.
— Você podia se vestir apresentavelmente pelo menos na casa dos outros. – Rosnei pegando uma maçã na cozinha. Subia as escadas quando ouvi um “eu sei que você gosta da visão” desci na hora.
— Parou a palhaçada. – Falei rindo sarcasticamente. – É pra rir né, qrido.
— Não. – Ele fez cara de sério. – Vem cá.
— Sonha, amor. – Falei subindo de novo e indo até meu quarto. Joguei tudo em qualquer lugar e me joguei na cama que fez meio que um “gemido”.
— Que bela vida hein? – Ouvi alguém dizer. – Eu podia te seguir até aqui mais vezes.
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Quem será? o-o xx