No meio da noite, escura e fria, a seu lado Tony via sua querida parceira, ele não tirara os olhos dela desde que entrou no carro, o qual ela insistiu em dirigi-lo. Tony ficara feliz por ela ter voltado, gostava de acordar de manhã e vê-la tomar café junto com ele, ou a noite assistirem a um filme juntos...

-Tony!.- Ele ouviu a voz dela. Logo parou de sonhar.

-O que?

Ela deu uma risadinha de leve- Sonhando longe?

-Não apenas... O carro!- Ele falou alto.

-Eu vi- Ela falou logo que desviou e ele começou a fitá-la como se quisesse dizer ''nunca devia ter deixado você dirigir''.

-Sinal vermelho!- Ele a corrigiu novamente.

-Eu sei dirigir!- Um silêncio pairou por pequenos segundos.- O que Gibbs quer conosco?

-Eu não sei. Disse que era importante.- Ela estacionou o carro.

-Eu espero.

Os dois seguiram até a porta da casa, que como sempre estava destrancada, Ziva foi na frente seguida por Dinozzo. Ela não esperava a enorme surpresa, quando entrou na sala, confetes voaram por todo lado e vozes gritaram Surpresa! seguidas por Abby. A gótica correu em direção a amiga e abraçou-a.

-Também senti saudades Abby- Ela falou retribuindo o abraço.

La ainda estavam McGee, Gibbs, e além deles Dinozzo Senior.

-Oi pai!.- Disse Tony com ânimo.

Ela logo se virou para ele- Você sabia?.

-Claro!- Abby disse.- Como não ha vemos mais Tony nos ajudou.

-E deixei você dirigir para garantir que não chegaríamos atrasados.

-É muito bom.- Disse Dinozzo Sr.- Te ver de novo. Ziva!

Ele também a abraçou.- Quero que saiba que eu fui embora...

-Nem mais uma palavra. Junior ja me explicou tudo. Inclusive que esteve doente.

-O QUE?!- Abby disse.- Tony por que não me contou?

-Ela ja esta bem...

-Exato- Athony Sr. cortou-os.- O importante é que você e a minha netinha estão bem.

-É bom te ver de novo Ziva- McGee finalmente falou algo.- parabéns.

-É bom estar em casa novamente. Obrigada.

Todos sentaram-se a mesa, comeram, conversaram e riram. Em momento algum eles falaram sobre Tony&Ziva, não, todos lidavam com aquela situação como se fosse normal ( o que tecnicamente era), mas não falavam sobre como seria a vida deles daqui em diante. E isso era o que a fazia pensar mais e mais, não poderia seguir em frente assim, fingindo que nada estava acontecendo, que o filho não era dele.

Eles passaram mais algumas horas ali, e por mais que a agente quisesse ficar seus olhos não mais aguentavam. 

Ela nem precisou falar nada, quando estava prestes a perguntar para Tony se poderiam ir ele levantou- Acho que ja vamos indo.- Ele pegou o casaco, seguiram em direção a porta- Pai!- Tony disse enquanto ajudava Ziva a colocar o casaco dele- Vamos?.

-O não Junior! Eu estou em um hotel, mas aceito carona.

Os dois agentes pegaram as chaves em cima da mesa ao mesmo tempo. Ela o olhou- Você bebeu. Não pode dirigir.

-E você esta cansada, não conseguem manter os olhos abertos.

-Ainda lembra que eu sou treinada, não?

-Devido as circunstâncias, acho que estou em vantagem.

-Ja matei um cara com um cartão de credito, você não seria difícil de derrubar.

-Era diferente- Ela o encarou- Não estava grávida

-Isso é descriminação- Ela disse.

-Não.- Ele finalmente tirou as chaves da mão dela.- É preocupação.

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Os três seguiram caminho até o hotel que ficava a uns dez minutos da casa de Gibbs. Tony tinha razão e ela estava quase dormindo com o balanço do carro.

-Então. Ja esta tudo pronto...

-Pai.- Tony disse rápido.

-OK. Boa noite.- Ele saiu do carro estacionado na frente do hotel.

Eles seguiram por mais alguns minutos em silêncio- Ele esta certo Tony.- Ela se virou para ele.

-Como?

-Ja foi longe demais. Não podemos continuar seguindo assim.

-Assim como?

-Fingindo que isso é normal.

-E não é?- Ele riu.

-Tony sério.

Passou-se alguns segundos de extremo silêncio- Podemos falar sobre isso uma outra hora?.

Eles foram para casa em silêncio, por mais que Tony não quisesse admitir ela estava certa, seu pai estava certo e inclusive Gibbs estava certo.

Tony não conseguira dormir, milhares de coisas se passavam em sua mente, ja era quase quatro horas da manhã e ele ainda não conseguira pregar o olho...

-Tony!...- Ele ouviu uma voz baixa, que o tirou de seu pensamentos.

-Tony!- Ele ascendeu a luz no exato momento em que a viu de pé do lado da cama com a mão em volta da barriga, tentando caminhar.

Ele saltou do sofá o mais rápido que pode.- O que houve?.

-Tony con...- Ela gemeu.

-O que?, mas é só para daqui a meses!- Ela novamente gemeu- Zi, fica calma eu....- Ele olhava de um lado para o outro, pegou as chaves do carro e voltou para ajuda-la a caminhar.- Vamos, vou te levar para o hospital.- Ela tentou caminhar, mas levava mais tempo para dar três passos do que uma tartaruga.- Espera.- Ele passou um braço atrás de seus joelhos e o outro em suas costas.

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Tony mais parecia Gibbs ao volante, o hospital mais próximo ficava a quinze minutos, mas ele corria tanto que chegariam em menos de dez.

-Eu não entendo.- Ele falou- É só pra daqui a meses!- Ele repetiu pela quinta vez.

-Tony!- Ela disse irritada.- Diga isso a ela, não a mim.- Ziva tentava respirar com calma mas era quase impossível.- Eu...- Ele a viu chorando quando foi obrigado a parar em um sinal vermelho.- Eu estou com medo Tony.

Ele se aproximou dela e pôs a mão sobre sua barriga- Vai ficar tudo bem... Eu juro.

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Ela estava deitada em uma cama de hospital, esperando Tony correr adoidado atrás do médico com o diagnóstico. Ele entrou um pouco cansado, mas ao menos vinha com um sorriso no rosto.

-Se sente bem?- Ele perguntou.

-Eu estou bem?.

-Sim.- Ele sentou-se em uma ponta da cama.- Você teve o que eles chamam de... preiston, preston, pritiston...

-Tony!.

-O nome não importa, disseram que é normal e que você pode ir para casa. Eu vou ligar para o Gibbs...

-Não! Tony não incomode-o.

-Mas...

-Você ja esta aqui, não precisa.

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Ele fechou a porta atras de si, tirou os sapatos que tinha posto apressado e quando ia voltar par o seu sofá, a viu parada em frente a porta.

-Ziva? É melhor você ir dormir.

-Eu não quero dormir.

-São quase cinco da manhã...- Ele parou ao chegar mais perto dela e ver como ela realmente estava.- Zi... esta tudo bem agora.

Ela virou e chocou-se contra seu peito, ele a envolveu com seus braços.- Tony, eu não quero, não quero.- Ela chorava.

-Esta tudo bem. Foi só um susto- Ele entendia agora como ela realmente estava se sentindo, mesmo sempre estando e parecendo forte e segura, ela estava com medo, uma coisa que ele nunca viu nela.- Tudo bem Zi.

-Você pode...- Ela se afastou um pouco.- deitar comigo. Só até um dormir.

-Claro- Ele disse calmo.

Ele se deitou junto com ela na que agora era uma cama de casal, que Tony comprar para que ela pudesse dormir melhor e com mais espaço. Ela chegou mais perto dele e pôs a cabeça em seu peito, ele por fim, secou a ultima lágrima que escorria em seu rosto.