Sempre aqui escrita por Mossad


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a a demora, eu tive prova e não conseguia acabar esse capítulo. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320117/chapter/14

Tony não descansou aquela noite, depois de impedir que sua parceira caísse ele a levou novamente para o quarto, deixou-a sob a cama, adormecida. Passou o resto da noite, ou madrugada, observando-a, deixou a luz o mais fraca possível para não acorda-la e sentou-se em uma ponta ao ladodela na cama. Via como seu rosto estava tenso com algumas linhas de expressão que já sumiam por causa das lágrimas mas como sua postura estava relaxada ao invés de alguns minutos antes quando estava rígida e assustada. Ele chegou até a toca-la, passava a mão pelo seu rosto com a maior delicadeza possível, sentia sua pele fria e sua respiração constante.

Mesmo ela estando ali, na sua frente, ele podia jurar ainda estar ouvindo sua voz. O modo como ela mudou de tom de uma hora para outra, como repetia diversas vezes que não iria suportar perde outro filho, que não queria atrapalhar a vida de seu parceiro. Mas o que mais tocou ele foi que ela iria embora e ele não saberia da existência desta criança, ele não a veria ao decorrer dos meses, não saberia a sensação de vê-lo crescer se não fosse por Gibbs.

Ele passou o resto da noite a seu lado,  pensava ou a essa altura decidirá que não queria uma vida assim, não queria uma vida sem Ziva, sem te-la por perto, sem poder incomoda-la de vez em quando, sem ver seu sorriso cada vez que ele colocava super cola no teclado de McGee, ou nunca mais ver aquele cabelo cacheado, aquele sorriso encantador, forte e segura, ele iria sentir falta , mas também sem saber que era pai, sem ter a oportunidade de ouvir as pessoas dizerem como se parece com a mãe ou lembra tanto o pai, não ele não queria isto, já passara a vida toda longe do próprio pai, vendo-o poucas vezes e com a morte da mãe não tinha mais ninguém, ele sabia que não era este o destino que ele gostaria para seu filho, nem para qualquer outra criança.

Ele chegou novamente mais perto dela, seus rostos bem juntos, ele chegava a sentir a respiração dela contra sua pele, via como ela parecia preocupada. A vontade dele naquele momento era de acorda-la e abraça-la o mais forte e se possível nunca mais solta-la. Ele chegou com o braço perto de sua cintura. Mas antes que ele pudesse chegar mais perto com um grito assustado ela se levantou, pálida, com a respiração irregular, o peito arfando pronta para atacar. Ele só conseguiu segurar um de seus braços, o outro veio em sua direção com um punho fechado que por sorte apenas acertou seu braço esquerdo porque ele havia se virado para tentar segurá-la. Após uns instantes ele a soltou e ela relaxou um pouco.

Os dois se entre olharam e ela desviou o olhar por um minuto e depois voltou a encará-lo mas agora sim, pálida.- Não foi um sonho, foi?- Ela disse olhando em direção a seus pés ele achou, mas quando se virou para ver o que ela tanto encarava viu que ela olhava para sua própria barriga, mais especificamente para a mão do parceiro sobre ela.

-Não, não foi.- Ele respondeu logo que se tocou.- Sera que podemos conversar agora?- Ele falou muito calmo. 

Os dois foram para a cozinha, ele esquentava água para o chá enquanto esperava seu café esfriar um pouco.

- O que quer saber?

Ele sorriu, um sorriso meio bobo e involuntário.- Sei lá. Quando foi que descobriu?

-Duas semanas depois... que nós enchemos a  cara assistindo filmes... Você ainda se lembra? Eu tenho só alguns fleches de memória.

-Sim- Ele sorriu.-De quanto tempo então?

Ela desta vez esboçou um pequeno sorriso- Um mês e alguns dias.- Ele sentou-se ao lado dela entregando-lhe uma caneca com chá.

-Mais alguém sabe?- Ele falava com tanta paciência. Ela estava calma, parecia que aquilo não passava de uma conversa normal.

-Gibbs.

-Contou pra ele? Sério?- Ele parecia um pouquinho espantado, mas logo tentou voltar a postura.

-Ele descobriu sozinho.

-Mas foi ele que pediu para você me contar. Não foi?.-Ele falava com um tom baixo, como se ela ainda estivesse dormindo.

-Mais ou menos...

-Você... você ia mesmo embora?.

-A oportunidade surgiu na hora certe e...

-Ziva. Você ia mesmo embora?- Ele olhava para seu rosto, provavelmente tentado encontrar seus olhos ,mas ela abaixou a cabeça. Segurava a caneca com tanta força que as pontas de seus dedos estavam brancas

-Eu... eu não sei. Já estava tudo pronto.

-Você não quer sair do NCIS.... Eu sei.

-Não. O NCIS, vocês... são a coisa mais próxima que eu tenho de uma família.

-Não somos apenas próximos.- Ele acariciou seu rosto, fazendo-a levanta-lo- Somos sua família. Eu... eu não quero que você vá. Por favor.

-Tony eu...

-Por favor. Eu sei que fiz coisas horríveis, que você não deve nem querer olhar na minha cara- Ele sorriu novamente. Era assim que ele lidava com os problemas, como uma piada, mas por dentro ele estava se dilacerando de dor- mas essa é a única coisa que eu te peço, não por mim, mas pela Abby, Tim, Gibbs, Duck e se me permite por você e por ele. Eu já tirei muita coisa de você, não deixe eu fazer isso de novo.

-Não fique assim.- Ela tentou reconfortá-lo, mas não havia como.

-Não tem outro jeito. Ziva me perdoe- Ele não se segurou, laçou os braços ao redor da parceira em um abraço. Ele estava péssimo, não chorava por pouco.- Eu... eu sinto muito. Se eu soubesse, se não tivesse encrencado tanto sobre o Rivikin. Talvez você nunca tivesse passado por tudo isso.

Ela o afastou apenas alguns centímetros- Se não tivesse se preocupado tanto comigo, talvez eu não estivesse nem aqui. A culpa não foi...

-Não diga isso, por mais que você tente, eu sei que é mentira. A culpa foi toda minha e eu...- Ele olhava profundamente em seus olhos.- eu nunca vou poder me redimir...- Ele voltou a abraça-la- Também entendo se você nunca quiser que eu chegue perto desa criança...-Ela o afastou, apenas um pouquinho.- Mas por favor fique- Ela pareceu que ia falar alguma coisa, mas ele a cortou.- Fique.

-Esta bem- Ela disse para sua surpresa.- Mas... tem que me prometer uma coisa.

-O que quiser.

-Não vai se afastar dessa criança.- Ele a encarou com um sorriso enorme no rosto- Eu sei como é ter um pai horrível... mas não ter pai algum me parece pior ainda.

-Sério?- Ele tinha uma cara de bobo alegre- E eu posso levar ele pra passear, ou ir no parque ou...

-Tony.- Ela também estava sorrindo.- É uma criança não um cachorro.

-Então a minha brilhante ideia de colocá-lo em uma coleira para não o perder  não vai rolar.

Os dois se entre olharam.

-Acho que vou voltar a dormir. Enquanto ainda tenho tempo.- Os dois se levantaram. Ela voltou a se deitar e ele foi para a sala.

Ela pensava agora que não teria que abandonar mais o NCIS, poderia ficar e mostrar para seu filho todas as pessoas maravilhosas que ela chamava de família, mas principalmente ela estava feliz por não ter de se afastar dele, de seu parceiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sempre aqui" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.