O Despertar! escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 11
Antes do Amanhecer-parte 1




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Sangue e olhos dourados!

 

Cortes profundos
Sofro por amor
Pensamentos profundos
Esqueço com a dor

 

Autor: Ultimo Anjo

Retirado do sate: http://br.geocities.com/poesiasgoticas/index1.html

 

Augustus estava sentado em uma das cadeiras nobre que se encontravam no quarto de Victoria, ele não sairá do seu lado já fazia dias, ele ansiava que ela despertasse, que ela melhorasse, que abrisse os olhos verdes e olhasse para ele sorrindo com seus lindos dentes brancos, que voltasse a ser a menina por quem ele e seu irmão tinham se apaixonados, ele queria que ela melhorasse rápido para que ela pudesse ir com ele e o irmão para Vampirilles.

Eduardo tinha decido levar Victoria para Vampirilles para que ela pudesse ter melhores cuidados e também porque é nessa cidade que mais parecia ter parado do século 18 era onde se encontrava todo clã mais forte do mundo vampiristico, incluindo sua família.

Vampirilles é uma cidade que ficava no sul de Santa Catarina entre as mais altas colinas e protegidas por criaturas antes no século 18 consideradas  aterrorizantes mais agora no século 21 consideradas fascinaram com sua beleza de tirar o fôlego e a inocente que proteger o ser das trevas que se esconde em baixo de sua pele de carneiro.

Augustus se remexeu na cadeira se sentindo mal com tudo aquilo, ele sabia que teria que apresentar Victoria para sua família como sendo a destinada a ser dele e de seu irmão, ele já podia ver o rosto de sua mãe assustado, o rosto de seu pai com fúria, balançou a cabeça para os lados, tentado fazer aqueles pensamentos caírem em decadência, olhou para Victoria que tinha em cima de sua cabeça ao lado uma bolsa de suro que na verdade era um liquido azul, em sua veia azul se podia ver uma pequena agulha ligada por uma linha de algo que ele não sabia.

Ele passou a mão pálida do rosto de Victoria já um pouco corado pelo tempo em que recebia a tão famosa  true blood”, uns liquidam que controla a transformação, o doutor Carlos achou melhor mantê-la viva com o liquido enquanto ele pesquisava o que ela tinha, ele achou aquilo tudo fascinante como se fosse um psicopata em serie.

-Como ela esta?-Augustus parou estático olhando para o rosto sereno de Victoria, depois passou a olhar para seu peito que subia e descia calmamente.

-Ela esta bem!

-Ainda bem, porque agora a Victoria vai conhecer suas crias!-ele ouviu a jovem Raquel falar sorrindo, na hora ele parou de alisar a linda pele pálida de Victoria e olhou para fora.

Ele não queria se lembrar que ele e o irmão  teriam que dividir Victoria com suas crias, só de pensar em ter Victoria alimentado suas crias com seu sangue, já era de tirar a razão dos jovens Cesarianos, eles não queria ter que dividi-la com ninguém.

Que droga será que mesmo ela estando brava com a gente será que se entregara para a sua cria?

 Pensou enquanto seus pensamentos iam a direção ao jovem que estava acorrentado nas masmorras no subsolo da casa de Dominique, ele com aquela pele mais ou menos clara, belo com seus cabelos negros e olhos azuis.

Ele sentia a raiva subir por sua espinha e chegar a sua cabeça, a raiva e a dor de algo que talvez nem viesse a acontecer brincavam em seu peito, ele pegou um pequeno rasco de cristal gordinho e de tampa em forma de um lindo diamante.

Não é verdade aquela historia de diamantes são os melhores amigos das mulheres?

Pensou enquanto visualizava Victoria coberta de diamantes que com certeza a faria brilhar por onde ela passa-se, mais de repente esse pensamento foi se transformando em uma bolha brilhosa com  enormes esmeradas.

Não, Victoria não assim!

Pensou quando se deu conta que Victoria não era como a maioria das jovens humanas ou vampiras que ele tenha conhecido na vida, ela era diferente uma jovem que não se importa com as aparecias enquanto as outras jovens se importam com a aparência, às festas luxuosas que teriam, dos jovens lindos que apareceriam em suas vidas, Victoria não era como essas jovens vulgares que acham que tem tudo.

Ele ouviu a porta se abrir e virou o rosto para trás para ver quem estaria ali, quando viu Dominique parada na soletra da porta olhando triste para Victoria, Dominique parecia uma morta viva há semanas, ficara no quarto de Victoria alguns dias olhando para sua menina que agora passara a ser sua filha.

Ela sabia que Victoria não teria chances se ficasse ali na casa rodeada pela natureza como Dominique foi, Dominique podia ser considerada uma menina vulgar mais seu coração era tão nobre que a fazia parecer uma santa, ela tinha tudo que uma mulher gostaria de ter desde de vestidos a jóias que custavam mais do que um salário normal e magnífico, ela era filha do luxo e do glamour mesmo vivendo em uma floresta onde não se via pessoas a milhares de milhas.

-Eu me sinto tão culpada por tudo isso!-Dominique falou sentido sua garganta fechar e seus olhos se encherem de lagrimas, mais ela sabia não podia chorar.

 Augustus pode senti como era ver alguém muito importante estiver entre a vida e a vida-morte, mais algo dizia para ele tomar cuidado, algo o fazia recuar quando devia andar para frente, ele não era o único que recuava, seu irmão também, os dois sentiam a mesma coisa mais não sabiam o porque, mais ali na sua frente estava a causa de tudo.

-Eu não queria que tudo isso se acontecesse!-Dominique falou colocando sua cabeça entre as mãos deixando seus lindos cabelos fazerem uma cortina na sua frente.

-Não foi culpa sua, não foi culpa de ninguém!-Augustus disse se levantado.

Ele podia agora ver como Dominique era com Victoria, a garota que tinha roubado seu coração junto do seu irmão, agora teriam que mantê-la viva e segura, mantê-la...

-Como não foi minha culpa?-Dominique perguntou caindo no chão.

Seu coração doía como se alguma lança de anjo estivesse ultrapassado seu coração morto, mesmo ela sendo morta ela amava a pequena Victoria, a tinha como uma filha e não queria perdê-la, não agora.

-Não foi sua culpa, porque isso é normal!-Augustus falou fazendo Dominique levantar a cabeça confusa.

-Como assim?-perguntou.

-O doutor Carlos falou que Victoria é uma raça rara de vampiro, mais ele não soube informar o que pode ter causado isso, a única coisa que ele dize foi que para ela ser mais bem tratada ela teria que ser mandada para Vampirilles.

-Como?Porque?-Dominique levantou bruscamente.

-Porque lá tem o remédio!-Augustus falou como se fosse a coisa mais importante do mundo.

-Não, não vocês não podem levá-la para aquela cidade!-Dominique falou desesperada.

-Porque?

-Porque lá os vampiros sangue puro vão matá-la, esqueceu da caça as Angel?-Dominique perguntou olhando para seus olhos negros.

Augustus ficou estático, não tinha imaginando isso, a cada estante mais coisas complicavam a ida deles para a cidade mestra dos vampiros, Augustus via nos olhos de Dominique a preocupação com sua suposta filha, mais algo mais estava ali, encapuzado por uma camada de azul turquesa, era o medo.

Medo de ver sua filha, a Victoria sendo tortura ou morta pelos sangues puros enquanto ela ficava ali olhando algemada, imagens de Victoria queimando na fogueira da perdição brincavam na sua cabeça, Augustus sabia que mesmo no mundo vampiristico existiam igrejas que matariam Angel, só porque eles são diferentes.

-E agora como vamos levá-la sem eles saberem quem ela é?

-Eu sei como!-Augustus e Dominique viraram a cabeça para a porta.Ali encostado na porta estava Eduardo sorrindo.

-Como?

-Já ouviram falar a droga vampire Angel?-Eduardo perguntou olhando para cada um ali no quarto, se desencostou da porta e andou ate a cadeira do outro lado do quarto, a puxou ate a cama de Victoria e se sentou nela.

-Não!

-É uma droga muito rara, são pode ser encontrada com as Wicca as antigas bruxas que se tornaram nossas ajudantes.

-Com as wiccas, as tão famosas virgens brancas?-Augustus perguntou atraindo para si a atenção dos dois outros vampiros-Que é?Eu tive que estudar isso na sociologia vampiristica!

-Nossa, as escolas vampiras estão aumentando seus níveis!-Eduardo falou sorrindo.

-Sim, as tão famosas virgens brancas, elas foram tão poderosas que passaram a extrair sangue vampiro para suas porções, sabiam que as Wiccas foram as primeiras vampira a surgir no mundo?Pois bem, elas foram a tão famosas filhas das trevas, a filha da deusa vampira, que dava para elas o poder de mudar o mundo.

Deu uma pausa e olhou para Victoria que já estava mais um pouco corada, sua pele não brilhava mais ao contato da luz do sol, agora ela era normal, quase uma vampira pura ao não ser um fator, ela era filha de uma vampira com um humano.

-Por as Wiccas possuem a droga?-Augustus perguntou.

-Porque elas são as filhas da deusa.-Eduardo falou olhando para Victoria.

-Mais porque precisaríamos da droga?

-Porque a droga é a única coisa que mudaria seu sangue para sangue puro para algumas horas, é claro que a droga poderia viciar mais talvez seja a única forma da gente ir para lá sem eles saberem que Victoria é uma Angel.

Augustus e Dominique não conseguiram acompanhar o raciocínio de Eduardo que sorriu para eles, é claro que eles não conseguiriam acompanhar seu raciocínio enquanto ele pensava, ele falava.

-Bem, em outras palavras, para salvar Victoria precisávamos da droga!

-Mais onde conseguimos a droga?-Dominique perguntou com seus olhos brilhando de esperança, a única coisa que para ela importava era salvar sua filha.

-Com qualquer vampiro sangue puro!-Eduardo falou olhando para Augustus que levantou o dedo para seu peito com seus olhos arregalados.

-Sim, você pode dar seu sangue para Victoria!-Eduardo falou sorrindo.

-Mais, como isso é possível?

-Simples, há muito tempo os Angel eram os guardiões dos vampiros e nos éramos sua fonte de alimentos.

-Ta, vou fazer isso!-Augustus falou determinado.

Eduardo sorriu e se levantou da cadeira, tirou da blusa preta uma pequena adaga de osso e de lamina afiada e brilhante, andou ate Augustus e puxou seu branco pálido, a camisa branca de seda foi rasgada ate o ombro, Eduardo passou a ponta da fria adaga no pulso do braço dele.

-Repita comigo essas palavras: te dou meu sangue!

-Te dou meu sangue!-Augustus falou sentida a ponta da adaga queimar sua pele como a mordida de um lobo, Eduardo passou a ponta da adaga em seu pulso e depois a cravado em seu pulso que cotejou sangue escuro e escaldante.

-Quando Victoria abrir os olhos não se assuste, porque a agora seus olhos estão diferentes!-Eduardo falou levando o pulso de Augustus um pouco acima da boca de Victoria virou seu pulso para baixo deixando que as cutículas de sangue caíssem em seus lábios.

Victoria sentia um gosto estranho e delicioso, era como se aquele gosto fosse algo novo e antigo que aquecia o seu interior enquanto ela sentia seus lábios ficarem molhados e sua garganta fechara, abriu os olhos e olhou para o pulso ensangüentado que se encontrava na sua frente.

-Eu quero!-falou cravando seus olhos no sangue escuro e maravilhoso.

-Pode tomar!-Eduardo falou sorrindo enquanto sua neta se inclinava para o alto e pegava o pulso de Augustus para levar na boca.

Ela cravou seus dentes no pulso sentindo o sangue sendo sugado, o gosto diferente e maravilhoso, ela queria mais e muito mais, seus olhos não saiam do braço pálido enquanto ela tomava o sangue, a cada estante era como se o sangue estivesse a cada momento mais delicioso.

-Pare, vai matá-lo!-Eduardo falou arrancando o braço de Augustus dos lábios de Victoria.

-Eu quero mais!-Victoria falou com seus lindos olhos verdes se transformando para negros e depois para dourados.

Todos naquele quarto olharam assustados para Victoria que mantinha seu olhar pregado no pequeno filete de sangue que escorria do pulso já cicatrizado de Augustus, ela se inclinou para cima olhando diretamente para os olhos negros de Augustus com seus lindos olhos dourados, ela passou a língua nos lábios sujos de sangue enquanto mantinha seu olhar em Augustus que puxou o pulso das mãos de Eduardo e andou ate Victoria que ria como uma louca.

-O que?Mais que droga!-Eduardo falou tentado puxar Augustus de volta, mais quando Victoria olhou para ele, ele foi jogando contra a parede que possuía uma linda tela de arte.

Dominique gritou enquanto Augustus andava ate Victoria que sorria como uma deusa, seus lindos olhos dourados pareciam duas bolas de ouro, suas mãos pequeninas eram lindas e suas unhas estavam maiores dados um ar de condensa para ela.

-Victoria!-Dominique gritou olhando para Augustus que se sentou ao lado de Victoria inclinado seu pulso na direção dos lábios da jovem.

Victoria sentiu a subida vontade de sangue se apoderar de si como se aquele liquido fosse sua fonte de vida, seus dentes caninos cresceram e suas unhas arranharam o pulso do jovem que começou a gemer, ela já podia sentir o cheiro de hortelã  que vinha do sangue dele,quando suas unhas atravessaram a pele do jovem ela cravou seus dentes afiados naquela carne macia.

Dominique sentiu o desespero se apoderar de si.

-Pare, Victoria!Você vai matá-lo assim!-Dominique falou desesperada quase chorando.

Victoria soltou o pulso de Augustus que caiu do seu lado exausto como se tivesse corrido mil vezes em volta da quadra.

-O que eu fiz?-Victoria perguntou olhando para a pequena poça de sangue que se encontrava em cima dos lindos lençóis.

-Não foi sua culpa!-Dominique falou se aproximando de Victoria com cautela.

Victoria colocou a cabeça entre as mãos, suas lagrimas caiam em ambulância, seus soluços estavam altos e suas mãos tremiam, ela levantou a cabeça que viu seu avô caído do outro lado do quarto.

Suas lagrimas caíram cada vez mais, como se tudo aquilo fosse um pesadelo não acabado, ela sentia a sede de sangue cada vez mais forte como se fosse uma amiga, mais quando experimentou o sangue de Augustus sentia a vontade cada vez mais, era como se o sangue de Augustus fosse uma droga e ela a viciada.

-Victoria...-Dominique não conseguiu terminar, ela podia ver uma pequena camada de vermelho sangue brincar ao redor de Victoria.

A pequena camada de nuvem vermelha sangue brincava entre redemoinhos e runas ao redor do corpo de Victoria, era como aquela pequena camada de vermelho sangue fosse sua aura, ela fazia pequenos e delicados desenhos ao redor como se estivesse aprendendo a desenhar.

Dominique sabia que podia ver auras, era um dom eu ela recebera antes de ser transformada em vampira, sua mãe era uma alta sacerdotisa na sua antiga cidade.

-Mamãe o que esta acontecendo?-Victoria perguntou olhando para Dominique que ainda olhava para a agora densa camada de vermelho sangue que brincava ao redor de Victoria.

-Nada querida nada!-Dominique falou abraçando Victoria que deixou sua cabeça prender entre seus seios.

-Mais, eu sinto que algo muito ruim esta por vir!-Victoria falou olhando para a pequena pintura de igreja gótica antiga que se encontrava na sua frente.

Dominique passava as mãos macias e lindas pelas costas de Victoria que se sentia em com aquilo, era como um ato maternal, era como se Dominique fosse sua verdadeira mãe, Dominique não queria pensar em como seria a vida da pequena Victoria em Vampirilles.

-O que aconteceu?-Augustus falou colocando a mão n cabeça como se tivesse recebido um corte profundo na cabeça.

-Augustus!-Victoria falou sorrindo o que fazia seus lindos olhos dourados parecerem ouro derretido.

-Err...Acho que sou eu sim!-Augustus falou sorrindo e coçando a cabeça o que fez todos rirem.

-Bem, agora acho melhor deixar Victoria descansar porque daqui a pouco você vai conhecer suas crias!-Dominique falou sorrindo para Victoria que sorriu de volta.

Augustus fechou as mãos com força quando ouviu a palavra cria, ele não precisava se lembrar que agora teria que dividi-la não só com o irmão, tudo agora estava se tornado cada vez mais difícil de levar o fator dele se sentir bem ao seu lado.

-Minhas crias?-Victoria perguntou ingênua como sempre.

-Sim!-Dominique falou puxando tanto Eduardo como Augustus para que saíssem do quarto - Mais agora você precisa descansar um pouco.

Assim que Dominique bateu a porta, Victoria encostou a cabeça na almofada de penas de ganso com um sorriso, tocou os lábios e sentiu o gosto de sangue ali ainda presente, ela viu tudo e sentiu tudo que Augustus sentia, era como algum elo estivesse se abrindo para eles dois, mais forte que qualquer outro elo que ela tenha já conhecido.

Olhou para o lado e viu o livro que ela tinha encontrado antes dessa bagunça ali do lado da cama embrulhando em um pedaço de seda vermelha, pegou o livro e passou a mão em cima do pentagrama de ouro sentindo uma energia jamais vista ou sentida na vida.

Era como se a energia estivesse brincado ao seu redor.

Chegou à hora, minha criança...

Chegou à hora de saber seu destino!

Ela pode ouvir a voz aveludada e macia como uma pluma sussurrar no ar para ela, era como se ela e a deusa estivessem interligadas através de algo, sorriu olhando para o pentagrama e o livro preto de paginas amareladas.

Sentiu o cheiro de grama molhada e ouviu o barulho de assas, era como aquilo tudo viesse de algum lugar, as paginas foram viradas pelo vento que entrara pela janela,Victoria passou seus lindos olhos verdes pelas paginas e quando o vento parou ela viu uma pequena pagina suja de sangue e com varias letras estranhas,mais ela parecia entender.

“Quando as trevas surgirem, haverá aquela que nascera para domar os cinco elementos com força e coragem, mais para isso ela precisara de seus escudeiros, como o rei Arthur precisou da tabua redonda, ela precisara de todos os elementos”.

Victoria não estava entendendo o que aquelas palavras significavam, passou os olhos pelas palavras muitas bem trabalhadas, suas mãos pareciam macias e belas em contato com a pagina velha, ela levantou a mão para a luz do sol que nem parecia queimar ou fazer sua mão brilhar que nem diamante.

Estranho, essa era a palavra para expressar o que ela sentia, algo novo parecia ter surgindo dentro dela, era como se o sangue de Augustus e o amor de Gabriel a manteve-se viva, sorriu com aquilo tudo, agora ela fazia tudo diferente.

Alguém bateu na porta a fazendo desviar seus pensamento e colocar o pequeno livro debaixo do travesseiro, a porta foi aberta e por ela passou uma jovem ruiva de olhos azuis como água, Victoria sorriu para ela.

-Sim?-sua voz saia como água cristalina, ela podia ver os pequenos redemoinhos azulados que saíram de sua boca.

-taõ te chamando para que possa conhecer suas crias!-a jovem falou olhando para o chão do quarto, ela não conseguia olhar para a beleza de Victoria sem deixar o queixo cair, não podia ser verdade, Victoria parecia à deusa Afrodite.

-Obrigada!

-De nada, minha senhora!-a jovem falou fazendo uma reverencia como nos tempos medievais.

Victoria sorriu para a jovem que sentiu sua face esquentar como se estivesse envergonhada, ela sorriu de volta só que um pouco tímida.

A jovem saiu do quarto deixando Victoria sozinha, ela se se encostou ao travesseiro atrás de si, um sorriso apareceu entre seus lábios enquanto o pensamento de quer saber qual seria o gosto do sangue de Gabriel apareceu em sua mente.Algo dentro dela se remexeu como se concordasse com aquilo.

-Talvez seja esse meu destino!-falou olhando para suas mãos pálidas e pequenas.

Ela não queria antes saber do destino e nem de onde essa palavra vinha, mais agora parecia que seu destino estivesse traçado e precisasse só de alguém para ajudá-la abrir os olhos e ver que seu destino era ligado aos Cesarianos, mais ela conhecia a historia sobre casos de Angel com vampiro.

Não, ela não queria declarar a morte deles.

Talvez só por uma noite ela deixaria que seus sentimentos fossem a flor da pele e se desaflochasem, ela olhou pela janela e viu que não se passavam das cinco horas da tarde, talvez aquele fosse o momento dela agir.

Ela andou ate o guarda-roupa e pegou uma calça djean e uma blusa preta de renda, se olhou no espelho e viu como ela ficara cada vez mais bonita, sua pele antes sedosa agora estava quase em cor de leite, seus lindos olhos verdes pareciam ganhar vida e seu rosto em forma de coração parecia mais lindo, ela parecia a própria beleza em carne e osso.

-Victoria, você já esta pronta?-Dominique perguntou com a mão na maçaneta.

-Sim, mamãe!-Victoria falou sorrindo, ela ainda não se acostumou a chamar Dominique de mamãe, mais aquela sensação de amor maternal era boa, linda e quente, a fazia perceber que mãe pode ser de sangue ou de laço.

-Então vamos!-Dominique falou sorrindo, quando ela ouviu Victoria a chamar de “mãe” algo dentro de si se aqueceu.

-Sim!Quero conhecer minha crias!-Victoria falou maliciosamente.

Dominique sorriu e puxou Victoria escada abaixo enquanto se dirigiam para uma pequena porta de madeira muito bem trabalhada que mais parecia uma porta de algum sótão, Dominique pegou uma pequena tocha e a acendeu, o ar foi tomando de cheiro de lavanda e erva-doce, ela puxou Victoria escada abaixo.

-Tome cuidado Victoria, a sua visão vampira ainda não esta muito boa!

-Ta!-Victoria falou antes de tropeçar numa pequena pedra.

 Elas andaram por uma escada em forma de caracol, as paredes eram feitas de tijolos negros e brilhantes, Victoria parecia não acreditar mais seus olhos antes nublados agora pareciam ver tudo nos mínimos detalhes.

-Mamãe...

-Sim, eu sei!Sua visão vampira já voltou!

-Isso, como você sabe?-Victoria perguntou desviando de uma pedra preta que se encontrava do seu lado da escada.

-Porque, eu também já passei por isso!-Dominique falou parado e virando para Victoria que pode ver seu lindo sorriso de mãe.

Dominique puxou Victoria escada abaixo enquanto ela via que Dominique ainda escondia muita coisa, era como se fosse segredos nacionais ou de segurança máxima, mais era como segredos que ela tinha medo de revelar, Victoria sentiu um calafrio passar pela sua espinha, mais não ligou.

-Chegamos!-Dominique falou fazendo Victoria sair do seu mundo de pensamento e observar o lugar, era escuro e possuía varias prisões e um pequeno lampião em cima de uma mesa grande.

-Bem, então como todos estão aqui!-Victoria ouviu uma voz muita bem conhecida, mais por extinto ela se encolheu ao lado de Dominique.

-Anda, logo com isso eu quero comer!

-Cala a boca, Alfredo!

 -Vocês dois calem a boca, antes que eu mande vocês dois para uma visita a toca do “lobo mal” -Victoria reconheceu a voz como a de seu avô.

Um silencio reinou no ambiente antes que todos pudessem se prepararem algo caiu no chão chamando atenção de Victoria que se abaixou e olhou com seus novos olhos para as celas que tinham ao seu redor,algumas estavam sujas de sangue antigos e duas tinham pessoas.

-Vovô, quem são eles?-Victoria perguntou olhando para a pequena cela que estava ao seu lado.

-Suas crias!

-Como?-Victoria perguntou erguendo os olhos para seu avô que a olhava como se a examinasse.

-Isso, você os transformou quando você fez a passagem!

 Victoria olhou para os jovens pálidos e lindos, os corpos magros e as respirações ásperas a fez andar ate a pequena porta da cela e olhar para o cadeado que na hora se desfez em vários pequenos pedaços, ela entrou e trancou a porta com uma pequena corda de aço.

-Victoria?-Dominique perguntou colocando a cabeça na grade que a separava de Victoria.

-Venham minhas crianças...Bebam de meu sangue!-Victoria falou com seus olhos dourados.

-Não!-Dominique falou agarrando a grade e tentado arrancar a grade que a dividia de Victoria.

Dominique sabia o que Victoria estava preste a fazer, ela daria a sua vida pelas as vidas de suas crias, não ela não podia fazer isso, dar a vida e o sangue para a cria era um crime sem retorno que a faria ser queimada na fogueira com suas crias.

-Victoria não faça isso!-Dominique falou escorregando pela grade e caindo de joelhos no chão, sujando seu vestido vermelho sangue.

Victoria não ligou para nada que estava ao seu redor, ao não ser suas crias.

Elas pareciam francas e sem vida, a pele em osso e sem vida as faziam parecer lindas mesmo assim, claro, o fator vampiro agora estava correndo nas veias deles, o que os faziam parecer mais vampiros?

Ela andou em passos lentos como se fosse uma câmera lenta e sem vida, a pequena luz do lampião iluminava seu andar, a fazendo parecer uma alta sacerdotisa, seus olhos dourados eram duas bolas de ouro em meio a escuridão, ela andava como uma alta sacerdotisa.

-Venham minhas crianças!-Victoria falou levantando a mão pálida que parecia brilhar em meio à escuridão.

Os dois jovens se levantaram afastando as correntes pesadas atrás deles em direção a Victoria, ela sorria para eles como uma mãe a sorrir para seus filhos,ela passou as unhas afiadas na veia azul de seu pulso fazendo um pequeno filete de sangue escorrer e assim atrair a atenção dos jovens.

Os outros do outro lado da grade pareciam estarem em estado de choque sem acreditar naquilo que estavam vendo.

Ela pegou as cabeças de suas crias e direcionou para seus pulsos já sujos de sangue, eles cravaram seus dentes afiados em sua veia a fazendo gemer, enquanto acariciava os cabelos deles, seus olhos rodavam nas órbitas e um sorriso surgiu nos lábios dela.

O chão ao redor deles foi enchendo de sangue que escorria.

Ali naquele momento Victoria teve a certeza que talvez eu seria uma ótima  mãe, já que ela tinha duas crias que ela passaria a chamar de filhos.

 

Continua...

                     

Próximo capitulo: Love blood

                                                            

 


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