Perfect Lonely escrita por Dayane Alves de Oliveira
No dia seguinte: sabado, ele resolveu levar a sobrinha ao central parque para patinar, e quem sabe “passar” no apartamento de Emilly para vê-la.
Enquanto andava com Mel em direção á pista de patinação, viu de longe, Emilly, em roupa de caminhada, e com fones de ouvido, mostrou para Mel e resolveram ir até ela, mas ao caminharem, Dan parou ao ver que ela tirou os fones para cumprimentar alguém. Ela chegou perto de um homem, jovem e também em roupa de caminhada. Se cumprimentaram animadamente, ela o abraçou e conversou com ele sorridente, e assim também com o rapaz. Dan ficou incomodado com a cena, até com um pouco de ciúmes mas relevou e foi superior se aproximando pra vê-la.
-Oi Emilly. –Disse ele serio.
-Oi Dan.
Ele sorri e diz:
-Tudo bem?- Olhando para ela, para o rapaz e pra ela de novo.
-Tudo... Dan esse é o John, John esse é o Dan.
-Prazer- Falaram os dois ao mesmo tempo. E silêncio.
John percebendo o clima entre Dan e Emilly resolve ir, se despede de Emilly como no inicio (abraços e beijos) e sai. Ela fica com Dan e Mel.
Tentando disfarçar o incomodo ele disse:
-Que bom te ver no parque de novo.
-É, minha semana de extras acabou. Agora posso voltar ao normal.
-Sei, eu trouxe minha sobrinha para patinar.
-Ahh, desculpa, oi Mel. Como vai?
-Bem, você vai patinar com a gente?
-Eu.. não trouxe patins.
-O meu tio aluga né tio? (ardilosa 6’)
-É, você quer ficar?
-Eu adoraria, mas, eu tenho muita coisa pra fazer em casa, acho que tenho que ir. Fica pra outro dia ta princesa?
Mel dá de ombros.
-Tchau Dan.
-Tchau.
Inacreditavelmente Dan não discutiu nem foi atraz dela, apenas á observou indo embora, até que Mel pisou no pé do tio:
-Aiiiiii
-Você é bobo!
-Você ouviu, ela tem muito que fazer.
Ela revirou os olhos e os dois saíram e foram patinar.
Em casa Emilly ligou o som alto, e ficou pensando no que tinha acontecido, e sua cabeça estava cheia de perguntas.... Porque Dan agiu estranho ao vê-la com outro cara, uma vez que eles são apenas amigos? Porque ela deu uma desculpa qualquer pra não ficar com ele e a sobrinha? Será que era pra evitar dar explicações, coisa que ela realmente detesta? Ou simplesmente não queria ter que encara-lo depois da demonstração de ciúmes da parte dele?
Resolveu parar de pensar tanto e foi tomar banho.
Após o longo banho, ainda de toalha, ficou deitada em sua cama, ainda estava pensativa, mas viu que as paredes precisavam de pintura, fez uma rápida conta de cabeça e viu que daria pra comprar alguma tinta, foi se arrumar para ir á loja de materiais de construção.
Se arrumou com o estilo de sempre, pos uma calça jeans escuro, uma blusa com a estampa da bandeira da Inglaterra de ombro caído mostrando a alça do sutiã e uma sapatilha, pegou o casaco e a bolsa e quando abriu a porta para sair, Dan estava lá.
-Oi?- Disse ela
-Oi- Respondeu ele, passando a mão na nuca, como olhar de menininho mimado e inocente de quem pede algo só com o olhar. Mas ela não entendeu o que ele estava “pedindo”
Ficou parada olhando para ele, e ele também não dizia nada.
-Dan?-disse ela impaciente.
-É, que... você não quis patinar com gente aquela hora porque tinha muito que fazer, vim ver se você precisa de ajuda.
Ela riu, achou engraçado a habilidade dele em mudar de assunto, evitando assim, dar explicações sobre a cena de mais cedo.
-Eu estava saído pra comprar uma tinta, pra pintar o meu quarto.
-Ahh- disse ele aliviado- Eu vou com você então.
-Tá bom- ela sorri.
Ela tranca a porta e eles vão ao shopping, indo diretamente a uma loja de materiais de construção.
Lá, ele pergunta:
-Então, qual vai ser?
-O que? –responde ela que estava distraída.
-A tinta. Que cor você quer?
-Ahh, não sei, meu quarto é branco, eu queria alguma cor, mais não mudar muito.
Nesse momento uma atendente da loja, visivelmente muito jovem, os interrompe:
-Posso ajudar?
-Ah! Oi, nós estamos procurando uma tinta de parede.- Diz Dan assumindo o controle da situação.
-Que tipo de tinta?
-Suave, cores frias...- Diz Emilly também participando,
-Sei, pra quarto de bebê? Eu tenho ótimas sugestões que os pais estão levando muito.
Dan e Emilly se olham assustados mas querendo rir, e Emilly diz:
-Não. Não é pra quarto de bebê.
-Ah- diz a atendente decepcionada- mesmo assim vocês vão gostar.
Eles acompanham a moça que mostra varias opções das cores suaves que Emilly queria, que por fim escolheu: um rosa bebê (kkk)
Ela vai até o caixa e paga, logo depois Dan leva a tinta pra o carro pra ela. Já estava escurecendo, quando Emilly entrou no carro, Dan começou a rir, e Emilly sem entender nada disse:
-Que foi?
-A vendedora.
-Que que tem?
-Perguntou se era pra quarto de bebê.
-E daí, eu disse que não.
-É, mas você viu que cor escolheu?
-Rosa.
-Rosa “bebê”
Ela sorri e vê a ironia.
-Vamos logo vai.
Ao chegar no apartamento dela, ele põe a tinta no chão :
-Você quer que eu venha te ajudar amanhã?
-Que?
-A pintar.
-Ah! É pode ser, mas vem á tarde, porque eu tenho que tirar as coisas do quarto pra poder pintar né?
-Não tem problema, eu te ajudo.
Ela sorri e agradece, enquanto vaí á copa beber um pouco de agua. Ele se senta num banco de frente pra ela.
-Você quer?
Ele diz que sim com a cabeça.
Ela poe um pouco pra ele, que bebe. E fica á observando.
Ela dá um ultimo gole, e pergunta:
-O que foi?
-Nada.
-Você ta me olhando assim o dia inteiro.
-Não é nada.
-Fala!
-Éhh... uma coisa.
-O que?
-é que..., eu sei que não é da minha conta, e eu sei que você também não gosta de se explicar, mas... aquele cara que você me apresentou...
-O John?
-É, quem é ele?
Ela fica seria, vendo que realmente era ciúmes, mas responde:
-Era um integrante da banda do meu Ex.
-Ahh..., Banda?–responde ele aliviado
-É, ele era baterista numa banda.
-Hum.
Ela continuou seria, e ele continuou:
-É que você fala de poucas pessoas quando a gente conversa.
-Gosto de falar de coisas importantes.
Ele ficou pensativo, então ela não considera ninguém importante?-pensou ele, já que das poucas vezes que ela falou de alguém foi apenas seu ex-namorado e sua família. Replicou:
-Pessoas são importantes.
-Depende da pessoa.
Ele concordou com a cabeça, e ela completou:
-Aquele rapaz do parque por exemplo, não é o tipo de pessoa que eu gastaria uma conversa pra falar dele.
-Vocé organiza as pessoas na sua vida por ordem de importância?
-Não exatamente, mas cada uma tem o lugar que luta pra conseguir. Eu não sou amiga das pessoas que não se esforçam pra isso.
-Hum. Emiily?
-O que?
-Em ordem de importância, em que lugar eu estou na sua vida agora?
Ela que continuava seria ficou um pouco em silêncio antes de responder:
-Esse é o tipo de pergunta que eu odeio que me façam.
Ele á encarou com o olhar.
E ela foi andando pro quarto dizendo:
-Boa noite. Tranca a porta antes de sair.
E se tranca no quarto, ele fica parado um pouco e fez o que ela disse.
Ele vai pra casa pensativo
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!