Acordei com meu celular tocando o peguei na cômoda acordando Vincent, olhei no visor e era Elena, logo atendi.

-Que foi Leninha? – perguntei de olhos fechados.

-Ally, o Jer e a Esthela sofreram um acidente de carro – disse desesperada.

-O que? – perguntei me levantando.

-Eu não sei direito o que aconteceu, vem para o hospital agora Ally – disse.

-Eu estou indo me de dez minutos – disse correndo para o chuveiro.

Ela desligou em menos de cinco minutos tomei um banho coloquei meu jeans e minha jaqueta de couro vermelha, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e desci as escadas.

-O que houve? – questionou Vincent.

-Esthela sofreu um acidente com o Jeremy – disse desesperada.

-Eu vou com você – disse ele.

-Me encontra lá Vincent, eu preciso falar com a Elena – disse saindo.

[…]

Nunca pensei que conseguisse dirigir tão rápido, já estava no hospital corri os corredores até que encontrei Elena que estava desesperada e com os olhos vermelhos, apenas ela estava lá.

-O que houve de verdade? – questionei – Onde ela está?

-Eles estavam voltando de Phonix, sofreram um acidente de carro eu os encontrei e chamei ajuda.

-Foi ela Elena, eu tenho certeza – disse desesperada.

-Ela quem?

-Eu, Abigail Grey – disse ela entrando sorrindo malignamente.

-O que está fazendo aqui?

-Eu disse para você ficar longe do Damon linda – disse – Como você é teimosa, eu vou acabar com tudo eu fiz uma vez e vou fazer de novo, Elisabeth morreu assim.

-O que você fez com a minha irmã? – gritei.

-Ela vai morrer meu amor, nem adianta dar sangue de vampiro aos dois porque isso não salva eles, eu como uma boa bruxa vou dissecar ela até que todos os órgãos parem de funcionar – riu maliciosamente.

Pronto, agora eu tinha me desesperado.

-Você tem que salvar minha irmã – gritei chorando indo pra cima dela.

-Querida, se depender de mim eles vão morrer assim – disse.

-Ela é sua filha como pode ser assim?

-Ela ou você, ou você Elena não são nada para mim nada – disse rindo.

-Por favor, cura eu irmão – disse Elena chorando.

-Miranda mal ligava para você projeto de vadia – disse ela – E você é como sua mãe Alyson uma puta que por onde passa causa desgraça.

-Por favor, eu estou te implorando salva minha irmã – pedi chorando.

-Vai para inferno Alyson – disse saindo rapidamente.

Eu e Elena nos olhamos desesperada, me sentei em uma das cadeiras coloquei a mão no rosto e comecei a chorar desesperadamente, ainda não podíamos ver eles e seja lá o ela tenha feito eles vão morrer.

-Eu sou uma péssima irmã – chorei.

-Ele é meu tudo Ally – disse Elena chorando.

-Alyson idiota – disse pra mim mesmo.

A sanidade tinha deixado meu corpo, estava desesperada como salvaria minha irmã de um feitiço? As lágrimas eram divididas entre raiva e frustração por não conseguir minha irmã e por me sentir impotente em não poder ajuda lá.

-Ah Stefan – disse ela chorando, levantei a cabeça para ver se apenas ele tinha chegado, mas, não Caroline, Klaus e Damon também estavam lá.

-Vai ficar tudo bem – sussurrou Stefan.

-Não vai não, eles estão sob um feitiço e eles vão secar até os órgãos pararem de funcionar – disse Elena.

Abaixei de novo a cabeça para chorar que nem uma criança desesperada, onde estava Vincent quando eu mais precisava dele?

-A culpa é minha – disse.

-Não é não Ally – disse Damon sentando-se ao meu lado e passando seu braço por trás, deitei minha cabeça em seu ombro.

-Deve haver um jeito – disse Caroline.

-Sempre a Sweet – disse Klaus.

-Vocês podem entrar – disse o médico.

Levantamos-nos e entramos no quarto onde eles estavam e como acharam que éramos parentes colocou os dois juntos.

Esthela estava pálida ao extremo com vários machucados e aparelhos ligados ao seu corpo assim como o Jeremy, sabíamos que ela não estava mais grávida ou pelo menos achávamos, não tínhamos certeza disso e o médico disse que as chances eram poucas de saírem vivos.

-Talvez Bonnie possa nos ajudar – disse Elena.

-Bonnie não nos ajudaria – disse Caroline com raiva.

-Carol você é minha amiga, mas, quem brigou com ela foi você e eu sei que ela errou feio, mas, se ela pode salvar meu irmão eu vou pedir a ajuda dela – disse Elena séria.

[…]

Ainda não tinha me conformado e nem me acalmado com a situação, Elena tinha ligado para Bonnie e ela estava no hospital com Tyler e Caroline evitando brigas ficou atrás do Klaus.

Já era noite estávamos todos exaustos.

-É um feitiço de dissecação – disse Bonnie.

-Dá para reverter? – perguntei.

-Nunca soube de ninguém que conseguiu reverter um feitiço desses, eles tem no mínimo quatro dias até que m mesmo, eu posso encontrar minha mãe ou pedir ajuda a minha avó, prometo conseguir a cura do feitiço – disse ela.

-Obrigada Bonnie – disse Elena.

-Vocês não precisam ficar aqui – disse um médico entrando – Vão descansar, se algo mudar eu ligo.

Decidimos então que iramos ao menos dormir e voltaríamos amanhã cedo.

-Vejo vocês amanhã – disse indo.

-É melhor ficar na mansão com a gente – disse Elena.

-Ela não foi convidada a entrar em minha casa – disse.

-Nós sabemos Sweet, mas, bruxas podem violar muitas leis naturais e bem você não a convidou, mas, não sabe a Esthela – disse Klaus charmosamente.

-Além do mais o Brian foi convidado a entrar em sua casa – disse Damon com raiva.

-Vai ficar tudo bem – disse.

-Quer ir andando ou carregada? – questionou Stefan.

-Acho que carregada – concluiu Damon irônico.

-Prefiro ir andando – disse com desdém – Eu vou só avisar ao Vincent.

Liguei duas vezes para ele, mas, ninguém atendia então desisti de ligar e fui com eles.

[…]

Fomos para a mansão Stefan havia me deixado escolher um dos quartos de hospedes enquanto Elena fez uma mala com minhas coisas e trouxe para a mansão, eles realmente não me deixariam entrar para casa, ao menos Brian não entraria aqui, pelo menos eu acho.

Damon tinha sumido, não disse onde ia apenas saiu apressado pela porta.

-Acho que Vincent morreu – disse olhando para o celular já que todos estávamos sentados no sofá.

-Então foi com a Lexi – disse Stefan com o telefone na mão.

-Sabe Klaus, ele me disse que era um hibrido – disse com o celular nas mãos.

-Hibrido? – perguntou Caroline surpresa.

-Pode ser de um humano e um vampiro – disse ele – Na época em que tudo aconteceu isso era bem normal.

-Mas, ele não é forte ou rápido como vocês são – disse.

-A maioria dos híbridos tem apenas a eternidade como lucro, não correm muito mais que um humano ou é tão forte quanto – disse sério – Mas, eu vou ver isso melhor Ally, pode ser que ele tenha se lembrado quando quase morreu como uma experiência pós morte.

Não escutava mais Klaus e tentei ligar mais uma vez e então ele finalmente atendeu.

-Onde está? – perguntei.

-Ally?

-Quem é? – perguntei não reconhecendo a voz.

-É para você Vince – disse alguém do outro lado da linha.

-Com quem você está Vincent? – perguntei nervosa.

-Eu posso explicar

-Não quero saber – disse desligando o telefone na sua cara.

-Onde ele está? – perguntou Caroline sem graça.

-Vocês ouviram, não preciso repetir, eu preciso de uísque – disse – Onde consigo?

-Só ir na adega vai encontrar as coisas do Damon por lá.

-Trás pra todo mundo Ally – disse Elena.

-Pode deixar.

Então fui até a adega que ficava na porta depois da cozinha e enquanto descia as escadas ouvia vozes mais não conseguia saber de quem era, terminei de descer e o que vi naquele momento ardeu dentro de mim em uma raiva de chama eterna que saíram em forma de lágrimas, por atirar ser crime.

Vincent e Lexi praticamente estavam se comendo na adega, beijavam-se vorazmente ele passava a mão por todo o corpo dela, ambos sorriam e quando ele já estava sem camisa notaram minha nobre presença.

-Ally – foi apenas o que ele me disse, vestiu-se rapidamente e começou a vir atrás de mim.

Sai correndo dali e assim que cheguei na sala todos ficaram com caras de interrogação perguntando o que tinha acontecido, então entenderam quando viram como Lexi apareceu e Vincent.

-Eu posso explicar – disse ele.

-Pode é o caralho – disse fazendo todos olharem para mim.

-Calma Ally – pediu Lexi.

-Eu estou calmíssima e para você é Alyson – rosnei.

Vincent vinha se aproximando de mim e eu ia para trás.

-Não toca em mim – gritei.

Mas, ele continuava insistindo e vindo em minha direção.

-Ela pediu para não tocar nela – rosnou Klaus – É melhor ir antes que eu mesmo quebre sua cara.

-Você também Lexi – rosnou Stefan – Acho que por hoje chega.

Então ambos foram embora e eu fiquei sem ação.

-Ally – começou Caroline.

-Por favor, não me digam nada – pedi com raiva – Eu preciso ficar calma e não me importar com isso.

-Como quiser durona – brincou Elena.

-Estarei no meu quarto despejando minhas magoas boa noite – disse subindo as escadas.

[…]

Eram duas da manhã e eu ainda não conseguia dormir, comecei a ouvir murmúrios vindos lá de baixo então coloquei meu roupão felpudo preto e longo e desci as escadas, mas, quando desci apenas Stefan e Elena estavam lá.

-Onde esteve Damon? – perguntou o Stefan ajudando o irmão a se sentar no sofá.

O Damon estava todo machucado e tinha um ganho atravessado em seu estomago, estava todo sangrando e eu não fazia idéia de onde ele tinha estado certamente lutando MMA.

-Meu Deus quem fez isso com você? – perguntei me sentando ao seu lado.

-Eu fui atrás da Abigail – disse ofegante enquanto Stefan tirava o galho dele.

-Você é louco? Está querendo se matar Damon? – perguntei séria.

-Eu iria obrigar ela a curar sua irmã e o Jeremy – disse com pausas parecia que estava sentindo dores.

-Porque foi atrás dela? Ela vai te matar Damon – gritei moderadamente.

-Eu fui por você – disse me olhando.

-De que adiantaria se estivesse morto?

-Você teria sua irmã viva – disse.

-E faltaria você.

Elena sorriu fez um sinal para o Stefan para que eles saíssem apenas eu notei.

-Não faça coisas idiotas por mim – pedi – Está todo machucado Damon.

-Daqui a pouco me recupero – tentou sorrir.

-Está todo cheio de sangue, vem eu vou te ajudar a se deitar – sorri.

POV Damon

Estava apoiado na Ally, meu corpo inteiro doía nós subimos escadas vagarosamente e lhe mostrei onde era o meu quarto, ela me ajudou a me deitar e pegou uma maleta de primeiros socorros que Elena dera a ela.

Sentou-se ao meu lado na cama e como se eu fosse um simples humano, ela limpou onde estavam os cortes e que ainda estavam se fechando, olhava para mim com um jeito piedoso.

Depois que terminou colocou a maleta no chão, estava levantando para ir quando eu a puxei pela mão forçando-a a sentar-se novamente, ela apenas me olhou e entendeu que eu queria que ela ficasse.

-Nunca mais me mate do coração desse jeito, chega em casa parecendo que veio da guerra – disse ela.

-Eu sou imortal, não morro – sorri apertando-a contra mim.

-Eu sei, mas, eu morro e se já se esqueceu eu tive um ataque cardíaco?

-Como eu iria me esquecer, mesmo não gostando da detetive metida naquela época eu queria ver você mandando em mim de novo.

Ela ficou em silêncio por alguns minutos e seus olhos se encheram de lágrimas escondeu seu rosto cobrindo o com o travesseiro.

-O que houve?

-Como o que houve, minha irmã está morrendo em um hospital.

-Eu sei Ally – disse tirando o travesseiro do seu rosto – Houve algo depois, eu conheço você.

-Você tinha razão, ele não me amava – disse chorando mais ainda.

-O que ele te fez Ally? – perguntei embora para mim fosse óbvio.

-Ele estava quase comendo sua irmã – disse.

-Eu estou aqui – sussurrei – Sempre e nada vai me fazer ir a outro lugar.

Apertei-a contra meu corpo ela apenas passou seus braços por mim e me abraçou, Lexi tinha conseguido e eu estava muito próximo de ter ela só para mim.

-Eu nunca mais vou duvidar de você – sussurrou.

-Não deveria confiar tanto em um vampiro – sorri.

-Você nunca mentiria pra mim não é Damon?

-Nunca – menti sentindo-me culpado.