POV Bonnie

Havia feito à burrice da minha vida, começava a entender porque o amor é uma magia poderosa e nós somos refém dele e incapaz de controlar nossos pensamentos ou agirmos por nós mesmo.

Não devia ter traído minha amiga desse jeito, Carol e eu sempre tivemos nossas ernomes diferenças, mas, ela sempre esteve lá quando eu precisei mesmo que com seu jeitinho torto e eu como recompensa havia traído e lhe tirado a única coisa que ainda a mantinha humana.

-Tyler, não podemos continuar com isso – disse enquanto ele enroscava minhas mãos na sua.

-Ah, eu sei, mas, eu amo você – sorriu.

Estávamos em seu quarto, Tyler passava suas mãos pelo meu corpo fazendo eu me sentir estranhamente arrepiada, era uma ótima sensação eu e Jeremy não havíamos dado certo, mas, eu e Tyler… Era algo surreal.

Havia acontecido meu amor repentino e incomum pelo o Tyler, Caroline passava tanto tempo tentando ter uma vida normal apenas conversando com Elena e metida nos problemas que ela mesmo criava, que havia se esquecido do Tyler.

Nós dois sempre ficávamos excluídos dos “planos” que ela, a Elena e os Salvatore criavam, só me chamavam quando precisavam de uma magia e fora isso não me chamavam para mais nada.

Fomos nos conhecendo melhor, aos poucos fora virando algo a mais, nos beijamos pela primeira vez enquanto ajudávamos a arrumar as decorações do baile de máscaras e nós havíamos transado e eu nunca havia sentido mais feliz em minha vida inteira.

Mas, as coisas saíram do nosso controle Tyler e eu sempre tentávamos dizer a Caroline que estávamos juntos, mas, sempre a víamos sorrindo e era quase impossível lhe dizer algo assim.

E agora ela havia descoberto tudo da maneira mais cruel possível e eu sua melhor amiga tinha sido responsável por isso.

-Tyler, sabe que quando isso chegar aos ouvidos da Elena e dos Salvatore nós não vamos mais ser mais vistos como os amigos deles.

-Eu só preciso de você Bonnie, vamos embora eles não são nossos pais para dizer o que devemos ou não fazer.

-Ir embora? Não posso deixar tudo que construí aqui e nem você, sua mãe jamais deixaria isso acontecer.

-Eu te amo e só isso.

-Eu perdi minha melhor amiga – disse – Nós precisamos nos desculpar com ela.

-Sabe tão bem quanto eu que ela não vai nos desculpar não sabe?

-Sei, Tyler.

Ele pegou meu rosto em suas mãos e beijou docemente minha boca.

POV Caroline

Não conseguia acreditar que Klaus estava parado na minha frente e acima de tudo sem fazer uma ameaça contra a vida dos meus amigos, ele sorria de uma forma maléfica, porém irresistivelmente simpática rapidamente limpei minhas lágrimas e assumi minha posição defensora.

-O que você faz aqui? – perguntei.

-Desde quando um homem que tem casa na cidade não pode voltar apenas por saudade? – disse sínico.

-Eu perguntei a verdade, não a mentira que você vai contar a todo mundo.

-Vamos fazer um acordo – disse ele.

-Ah, nada disso eu não faço acordo com os vilões – disse firme.

-Mas, você nem sabe o que é – riu ele, dizendo cada palavra com aquele seu sotaque incomum – Se me der à honra eu poderia lhe dizer.

-Levando em consideração todo mundo que você matou, tem cinco minutos – disse.

-Porque você não aceita tomar uma bebida comigo e então você me conta quem te fez chorar e eu te conto o que vim fazer aqui em Falls.

-Eu aceito… só porque quero saber o que veio fazer aqui, não vai me matar não é mesmo?

-Não Sweetheart, não planejo sujar minha sala de sangue hoje.

[…]

Klaus havia me levado para sua grande mansão, do qual eu nunca tinha conhecido outro cômodo a não ser o grande salão onde houvera o baile quase fatal, estávamos em uma sala com luz ambiente havia duas poltronas pretas de frente para o fogo que queimava na lareira.

-Você me confunde – disse aceitando o copo de uísque que ele me oferecera – Um dia está me ameaçando e no outro me servindo uma bebida.

-Carol, não guarde magoas do passado, acredite não estou em missão suicida dessa vez – sorriu.

-Então me conte o que veio fazer aqui.

-Bem, digamos que há uma garota nova na cidade e ela me deve algo.

-Alyson Grey? – arrisquei dizendo.

-A conhece?

-Digamos que ela tem trazido alguns problemas solucionáveis – sorri – O que ela te deve? Ela sabe sobre vampiros?

-Ela não, mas, a mãe dela sabia, aquela garota é uma caixinha de surpresas.

-O que quer com ela então?

-Posso lhe confiar um segredo? – sorriu – A mãe dela era minha amiga.

-Você tinha uma amiga? – perguntei surpresa.

-Às vezes você me ofende Caroline – riu ele – Tinha e ela está morta porque sabia de mais assim como os pais da sua amada Elena.

-O que têm eles?

-Você me perguntou o que eu iria fazer aqui Love – sorriu – Já lhe respondi agora me diga você quem a fez chorar?

- Ex-namorado e ex-melhor amiga – rosnei apenas de lembrar o que tinham me feito.

-Lembra que lhe disse Love que o Tyler, não servia para você? Você merecia coisa muito melhor do que um hibrido de criação, mas, se posso lhe perguntar o que ele lhe fez? – sorriu.

-Ele estava namorando com a minha melhor amiga pelas minhas costas, Bonnie, como pude ser tão ingênua?

-Oh, Caroline acredite de ingênua não tem nem o rosto, mas, posso lhe dizer uma coisa – sorriu – Se ele não foi homem para ver a mulher que tinha ao lado dele, lhe afirmo que quem teve sorte foi você de poder continuar e ver como o mundo é cheio de planos para você.

Fiquei quieta apenas observando as feições doces e rústicas de Klaus, ele era bonito nunca havia pensado o contrário, algo naquela solidão misturada a leve e doce irônia o fazia ficar atraente, mas, NÃO Caroline ele era o inimigo e nada mais que isso.

-Você não fica intimidada comigo, gosto disso em você – disse sínico.

-Você não me dá medo Klaus, apenas não gosto das suas atitudes.

-Ah, Love tudo tem um porque – sorriu – Você poderia me dizer onde a Alyson mora, não poderia?

-Klaus, ela já é bem infeliz com ela mesma não torne a vida dela ainda pior, por favor – disse séria.

-Nem que eu quisesse eu poderia machucar essa garota pelo qual você tem uma grande afeição.

-Por quê?

-Eu prometi a mãe dela – sorriu – Mas, as coisas saíram um pouco do meu controle.

-Admiro isso em você, é sempre leal as suas promessas – disse pensando alto de mais e o fazendo sorrir.

-Eu não seria tão baixo a ponto de quebrar minhas promessas, elas são a única coisa que faz com que você fique ligado a uma pessoa, mas, me diga a irmã dela ainda é viva?

-É sim, a Esthela – sorri.

-Ela estava tão assustada da última vez que a encontrei.

-Como a conhece?

-Eu a salvei do “acidente” dos seus pais – disse fazendo aspas na palavra acidente – Pergunte a ela o que se lembra dessa noite e ela vai lhe dizer que apenas lembra-se de acordar em casa e que precisava procurar a irmã.

- Porque você a salvaria?

-Eu lhe respondo se você aceitar ir ao baile comigo – disse sorrindo – Sei que os Lockwood vão dar o tradicional e famoso baile de máscaras e também sei que está desacompanhada.

-Porque não? – sorri o que eu tinha a perder afinal?Tyler já não me queria mais mesmo.

-Você deveria aproveitar mais a sua vida Sweetheart – disse ele.

-Aproveitar? Acabou tudo – disse triste.

-Só acaba tudo quando você decide que acaba tudo, está mesmo desistindo apenas pelo hibrido? Com sua beleza genuína você poderia ir longe Caroline.

-Às vezes eu esqueço de que você não é dessa época – sorri.

-Me acha um velho antiquado?

-Não, acho que sabe bem mais do que todos que eu conheço.