P.O.V Allan:

Eu sabia que estava fácil de mais. Mas, para minha sorte, eu estava com a respiração travada por causa da rinite .

Tentei acordar Megan de varias formas. Dei tapas no ombro dela, sacudi, mas nada deu certo.

"ótimo". Pensei.

Coloquei a alça da mala no meu pulso e ajeitei Megan em meus braços . Caminhei em direção ao local de onde começamos e logo pude ouvir gemidos . Megan está acordando , ufa!

– A-Allan ? - Ela dizia fraca.

– Está tudo bem , eu te protejo. - Disse , colocando aos poucos ela no chão , ainda deitada.

– Eu estou com falta de ar, não consigo respirar . Estou me sentindo sufocada... - Ela dizia ainda mais fraca.

– São os efeitos do gás e... - me lembrei que muita gente com problemas respiratórios podem acabar morrendo .

Eu tinha que fazer algo. Chequei a pulsação de Megan. Estava lenta.

"Tudo bem, eu vou fazer algo. Ela não pode morrer." pensei

Decidi fazer respiração boca a boca. Me abaixei e encaixei minha boca na dela, foi uma sensação de outro mundo. Passei todo o ar que saía pela minha boca para a dela.

Notei que ela estava voltando a respirar normalmente , mas não parei. Não queria tirar meus lábios dos dela. Eu a queria tanto. Eu queria um beijo. Ela abriu os olhos e eu parei. Porém continuei com o meu rosto bem perto do dela.

– Allan . Você me salvou. - Ela disse e deu um sorrisinho.

– Você é minha...

– Parceira,eu sei. - Ela disse e revirou os olhos.

Ah , que se dane . Eu não tinha nada a perder. Novamente me aproximei até nossos lábios se encontrarem de novo. Então dei um beijo nela, aquele que eu sempre quis dar. Desde o momento que eu a vi. No começo fiquei com medo dela me empurrar, mas ela se entregou totalmente ao beijo. A cada segundo, eu gostava mais de estar ali com a Megan.

Mas eu ainda a odiava, certo?

P.O.V Megan:

Allan estava me beijando, tudo bem , eu estava adorando sentir os lábios dele nos meus. Mas eu ainda tinha namorado, não tinha?

Mas nesse momento, eu não conseguia pensar no Lucca ou em qualquer outra pessoa. Eu só conseguia pensar no momento que estávamos tendo. Sem ódio , sem brigas ou provocações. Apenas a paixão que sentíamos um pelo outro.

E eu sabia que gostava dele desde a primeira vez que tinha visto aquela cara de serio que ele fez pra mim. Eu me neguei todo esse tempo pra que ? Será que o que eu sentia pelo Lucca se foi ? Eu só sei que não queria que o Allan me soltasse mais.

Mas, de repente Allan se afastou.

- O que foi? - Perguntei.

- Não acredito que fiz isso. - Disse Allan se levantando rapidamente. - Quer dizer, você é uma Salvino .

- E o que isso tem de mais ? - perguntei, me levantando .

- Eu queria mas, não com você. Quer dizer , com você , mas não exatamente... - Ele coçou a cabeça - A sua família ...  A minha...

- O que tem a minha e a sua família ? - perguntei, confusa