O Reino Perdido escrita por Murilo Mike


Capítulo 4
Capítulo Quatro - O Tigre Sentinela Nesk


Notas iniciais do capítulo

Nesk é um nome esquisito né? Mas não achei nenhum nome de Tigre das neves para ele....

No Reino Voltare tudo é equisito mesmo então... Não tem problema =D



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Quando minha visão entrou em foco eu disse uma coisa muito inteligente do tipo: “Hã quem é?”. E bem quando eu disse aquilo eu percebi que estava de frente a uma criatura muito estranha. Era humano, mas o corpo parecia ser feito de sombras, e tinha olhos vermelhos que se destacavam sobre o corpo escuro. O cabelo parecia ter sido feito do espaço. Por que as formas que eu via no cabelo despenteado pareciam formar constelações. O cara também não tinha rosto.

Hã, quem é você? – Essas palavras soaram como alguém que faz uma pergunta idiota.

Naquele momento, naquela hora. Naquele instante, eu não sabia onde eu estava. Só sabia que estava no topo de algum lugar muito alto e que tinha nuvens espessas. O lugar era muito quente. Só podia ser o vulcão que Synni havia me falado.

Eu me levantei.

– Deixe-me apresentar – Disse o cara escuro – Eu sou Shadow. Sou filho de Darker o Rei das Sombras.

Bem qualquer um ficaria surpreso, ou teria um ataque do coração. Eu ao contrário comecei a pensa na música Scar Tissue.

– Não está surpreso? Rei do Fogo? – Perguntou Shadow.

– Oh... – Comecei a cantar a música – Share View... – e Shadow começou a repetir o solo com voz em falsete. – Share it´s lonely... – Ele continuou repetindo à medida que eu ia cantando.

Ele se abaixou como se estivesse preso à canção e começou a solar com os dedos, como se estivesse tocando uma guitarra. Eu continuei cantando, e ele continuava solando. Aquilo parecia ridículo, mas eu parecia estar enfraquecendo ele.

All it´s... – Cantei o ultimo verso. – Viewww – Ele fez o solo final como se estivesse em um show. Eu olhei a minha volta. Gritei “SYNNI” para ver se ele respondia, mas nada aconteceu. Eu não sabia como tinha ido parar ali, mas eu tinha que me livrar daquele cara, e daquele lugar.

– Adeus Shadow – Eu disse e corri até a beira... De uma cratera de vulcão.

As nuvens me engoliram. Eu mergulhei rezando.

Aquilo parecia ser o fim, mas depois eu me vi sendo puxado por alguma coisa, abaixo de mim a lava ia borbulhando. As asas de fogo tinham surgido nas minhas costas e me erguiam para o céu. O lugar parecia um forno e expelia muita fumaça negra que se misturava com as nuvens formando um Vórtex central em torno do Vulcão.

Levem-me até Synni – Ordenei as asas. E elas me levaram para longe dali.


Pousamos em uma praia.

As asas sumiram e Synni estava de pé olhando para o mar, com os braços cruzados, muito impaciente. Quando me viu me fuzilou com o olhar.

– Onde você estava? Para o Reino de Fawkes você é muito lento... Nenhum guerreiro chegou tão atrasado em uma aposta como você...

– Espera – Eu intervim – Não seja ridículo. Shadow me capturou, e me levou para o vulcão.

– Espera... Você o que? Como você escapou dele? Ah eu não acredito. Meu deus. – Synni olhava para mim e para o chão e do chão para mim.

– Você... Você chegou primeiro. Ele... Os céus.

– Do que você está falando, Synni, eu apenas comecei a cantar uma música e ele simplesmente começou a imitar os solos dela e eu escapei de lá. – Eu disse.

– Mike como é incrível! Como consegue escapar assim do Rei das Trevas?

– Eu não sei. Por que está tão surpreso? – Perguntei já furioso.

– Por que você conseguiu se libertar da Ilusão maligna de Shadow. Ele cria um clone das sombras e manda direto a você, se você estiver perdido. Ai você acorda no vulcão e se não conseguir se libertar de seu clone maléfico você é jogado no Vulcão como oferenda a Darker. O único que conseguiu se livrar do Vulcão foi Ryan, o guerreiro que veio antes de você.

– Agora tá explicado. Mas como eu fui parar lá em cima? Quando eu cheguei à praia eu não consegui parar as brocas giratórias de fogo nos meus pés ai eu acabei me jogando contra a areia para diminuir o impacto, mas causei uma explosão.

– Você provavelmente acabou caindo mesmo na armadilha dele. Nem tudo que você vê aqui é o que parece. Essa areia pode ser traiçoeira também, mesmo que seja de uma simples praia.

– Hahaha. Então se você diz... – Eu disse olhando o vulcão, o mar, o céu, e pensei como que aquilo tudo poderia ser apenas uma ilusão.

Lá em cima o vulcão agora expelia algumas bolas explosivas de lava.

– Que música você cantou? – Perguntou Synni.

– Scar Tissue.

– Há meu garoto, você aprendeu umas das habilidades mais importantes de uma fênix.

– E qual é?

– Você aprendeu uma técnica chamada canto dos antigos. Ela hipnotiza seu oponente com uma bela canção que você faz a fim de fazê-lo ficar sob o seu domínio. Mas esse efeito só causa confusão. A essa hora o clone de Shadow já deve ter sido destruído. Temos que ir para a Caverna do Dragão de Gelo Nesk.

Nesk. Eu tinha me esquecido completamente.

– Ok. Vamos.

E dali Synni me levou para uma floresta que ficava próxima ao vulcão.


O lugar parecia um paraíso comparado ao vulcão. Mas não era nem de longe assim tão belo. Tinha cristais de gelo em todas as partes e algumas árvores brilhavam com a fraca luz do dia que penetrava nelas. Algumas árvores pareciam ser feitas de vidro, por que eram translúcidas. A grama às vezes parecia conter rostos sombrios e o caminho pelo qual Synni estava nos guiando era por onde mais tinha luz. Com certeza daqui a pouco anoiteceria e teríamos de sobreviver à escuridão da floresta. Chegamos até um caminho que era reto. E levava até o topo de uma montanha. Bem o espaço a frente parecia à coisa mais linda que eu já tinha visto se não fosse pela montanha.

E acredite eu sei do que estou falando.

Synni apontou para a montanha e lá na extremidade de sua ponta erguia-se uma nuvem muito branca, que rodeava a montanha inteira. Na extremidade da montanha também, tinha um buraco. Não era um buraco qualquer. Se fosse olhasse de forma que a nuvem de neve a envolvesse você pensaria que a montanha teria a sua ponta arrancada, por que era totalmente translúcida. Aquilo me deixou tonto. Aquela nuvem branca que envolvia a extremidade da montanha lá no pico parecia estar protegendo a montanha, como se fosse uma mãe abraçando o filho.

– É aqui nossa próxima parada, meu amigo. – Synni disse para mim.

– Nesk, ai nos vamos.

Seguimos o caminho que só tinha neve. A minha volta tudo parecia ser um campo de pradarias, mas se não fossem aquelas arvores que pareciam fantasmas se erguendo ali naquele campo, eu teria achado o lugar mais bonito daquele lugar. Synni apontou para o céu e, naquele momento, estava faiscando a vermelho. “Não podemos falar nada lá dentro”. “Fique quieto e apenas faça o que eu mandar através de sinais de mãos”. Ele começou a se transformar em raio. Suas formas ficaram estranhas e eu entendi que ele estava se parecendo como um Falcão. Enquanto se transformava, não emitia barulho.

Tentei ordenar as asas para que reaparecessem.

Elas aparecerem, mas dessa vez estavam emitindo um fogo azul celeste. Synni foi à frente, e seus olhos pareciam dois holofotes de luz vermelha. Ele parecia estar focinhando o ar procurando uma corrente de ar ou algo do tipo. Como um rei dos céus ele pode fazer isto.

As minhas asas batiam levemente no ar como se fossem plumas de um animal exótico, que só se vê na televisão. Apesar de elas pegarem fogo, elas tinham sim, penas, que eram maravilhosas penas brancas e lustrosas.

Synni encontrou o que queria.

Fomos levados por uma correnteza que agora começava a dar voltas em toda a montanha. A montanha era imensa, e a corrente parecia estar se movimentando a 10 km/h. Demorou muito para chegarmos até o topo, por que a corrente de ar dava voltas no sentido anti-horário em volta da montanha.

Quando chegamos até o topo e pousamos em um lugar feito de vidro Synni ficou faiscando azul, como de costume, e as minhas azas voltaram a ser fogo vermelho, mas não desapareceram.

A onde havia chegado parecia ser o topo do mundo. Lá embaixo na floresta, a montanha parecia ser pequena. Mas aqui em cima era muito grande e aquelas nuvens brancas formavam rostos tristes que nos olhavam suplicantes. Synni, rápido como um gato, avançou o território. Ele continuava focinhando o ar até que ele achou uma espécie de parede invisível. Quando tocou nessas parece, algo a frente começava a se formar. Era uma espécie de caverna. As imagens iam entrando em foco como quando se apaga algo. O caminho a frente agora parecia um túnel fundo e fechado, que era coberto por gelo translúcido no chão. Synni fez um sinal para que eu o seguisse.

Chegamos até uma parte em que tinham quatro portas de saída.

Synni farejou o ar novamente e seguiu pela primeira porta, cujo somente empurrou, e este nos engoliu como um ralo.


Descemos até algum lugar em que ia ficando mais frio. Synni parecia ter controle daquilo, já eu ficava com algumas partes do meu braço e pernas congelando e os dentes trincando. À medida que íamos sendo sugamos, éramos puxados mais rapidamente pelo túnel de gelo. Quando chegamos, pousamos lentamente em uma pluma de neve branca. O lugar era uma sala enorme e branca com cortinas de seda branca e luz própria branca.

A nossa frente, o grande Tigre Sentinela, Nesk, deitado em uma cama branca de veludo.

Eu me apavorei. Comecei a flamejar. Synni me olhou e balançou a cabeça, querendo indicar que eu tinha feito tudo errado. Até ai já não tínhamos mais escolha, teríamos que lutar contra Nesk.

O Tigre de 20 metros de altura, de pelo totalmente branco e um focinho translúcido parecia um tigre exótico branco, daqueles no zoológico, rolou e coçou-se com a pata traseira. Farejou o ar. Quando nos viu apenas nos olhou fixamente. Synni não podia falar, e nem eu. E eu não sabia o por que.

Eu olhei para o meu bracelete e então vi que ele estava me mostrando o lugar em que o cristal estava. Dentro da barriga do Tigre Sentinela.

Ok. Eu avancei e comecei a me auto-aquecer para não perder calor. Eu criei uma bola de fogo com o punho e atirei no tigre. Ele apenas soprou o ar com uma fumaça brilhante azul e minha bola de fogo se congelou, caiu e espatifou-se. Nesk se levantou e num pulo já estava bem diante de mim com a boca aberta. Eu me lembrei que Nesk tinha sido um grande Rei ao lado de Clariss, mas agora era apenas um Tigre Sentinela em uma toca, preso. Eu ergui meu punho no ar e a espada-que-vira-chicote apareceu.

Eu lancei-a no pescoço de Nesk, mas ele apenas se transformou em pó e desapareceu.

Quando olhei para trás vi que Synni estava congelado.

Eu dei um salto. Comecei a atira bolas de fogo em todo o lugar tentando acha-lo invisível. Eu ordenei ao fogo que queimasse incendiasse todo o lugar. Aquilo não deu certo. A neve parecia consumir o fogo. Nesk reapareceu atrás de Synni que estava congelado como uma estátua branca de gelo na pluma de neve. Nesk estava pronto para abocanhá-lo. Eu não pensei duas vezes. Atirei o a espada que agora era chicote, e acoitei-o no Tigre. Eu consegui laçar ele, mas no fim das contasa estátua de Synni já não tinha mais a cabeça.

Enfureci-me.

Puxei a cabeça do monstro e acoite-a contra a parede. Ele uivou e fez o meu chicote se congelar no ar. Ah que ótimo. Eu sem alternativas ativei as minhas brocas de impulso aéreo e comecei a perseguir nesk. Minha espada reapareceu e na minha mão. Eu comecei a cutucar Nesk no traseiro, e ele começou a correr. O lugar ficava mais frio, à medida que eu tentava esquentar mais. Eu cuspi uma imensa bola de fogo (Como daquela chama que quase destruiu o rosto de sombras) E acertei Nesk. Há, achei sei ponto fraco. Seu ponto fraco era a cauda.

Eu acoitei o chicote e segurei a cauda. Usei o impulso das brocas para ir para trás.

Nesk uivou de dor.

Eu aproveitei a chance e prendi o meu chicote no suporte da cortina de seda, que começou a queimar. Dirigi-me até Nesk como um jato e comecei a golpeá-lo tentando achar um ponto fraco. Nada adiantava, a pele era como pedra.

Eu aqueci meu punho ao máximo, e dei um soco flamejante na barriga de Nesk, usei junto o impulso das brocas.

O monstro cuspiu duas coisas. Um era o cristal brilhante. E a outra a cabeça de Synni.


O pior de tudo foi que o monstro ficou vermelho sangue. E agora queria me comer.


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Notas finais do capítulo

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