Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 31
Capitulo 31 – A Flecha Do Cupido.


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o capitulo que o amor da Bianca aparece, e eu estou ansioso pela opinião de vocês, sério. E não é só nisso que o capitulo foca, ele também mostra um pouco do que Zay pensa e mostra o estado emocional da Zoë agora.
Espero que gostem.
e espero que gostem da música também, é uma das minhas preferidas. OBS.: NÃO ESQUEÇAM DE ESCUTAR A MÚSICA!
MÚSICA:
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Bianca. 

Eros.

Eros e Bianca.

As camas eram de ouro com confortáveis colchões de penas de avestruz e travesseiro com plumas de gancho, os lençóis eram todos brancos e as camas incrivelmente confortáveis, na janela do quarto delas dava pra ver o lindo Vilarejo de Bóreas em Quebec, toda casa era colorida e com o teto triangular numa cor que combinava, nevava muito e fazia muito frio.

Todas vestiram roupas de frio, pois estavam quase virando picolés humanos. Elas tomaram um banho quente com sais, ah, aquele hotel era um sonho, e até Isabelle esqueceu a história do francês e resolveu relaxar. Zoë ainda estava tensa porque toda a história no Campo havia sido ontem, ontem ela enfrentou Zay e Alícia que queriam mata-la e hoje estavam dividindo um quarto de hotel, e também toda a história com Zay ainda pesava, ninguém se atreveu a perguntar o que houve.

– Meninas, amanhã precisamos ir a uma loja de perucas para confortar a Zoë – brincou Isabelle.

– Há-há-há, que engraçado – retrucou Zoë entediada.

– Mas o que houve com seu cabelo? Trocou o travesseiro por uma tesoura? – disse Isabelle e todas riram menos Alícia porque achou a piada sem graça.

– Não, eu estava cansada de amarrar aqueles cabelões toda hora e por isso cortei, e ficou muito bom – disse Zoë.

Isabelle deu uma risada gostosa que contagiou todas as outras, até Alícia.

– O que foi? Corte Joãozinho, ficou bom – disse Zoë passando a mão atrás dos cabelos.

O que estava deixando-a mais feia era o raspão encima da orelha esquerda para fazer o curativo, mas o restante dos cabelos também estavam feios, umas mexas maiores que as outras, alguns buracos visíveis, e estava muito pontudo indo para todas as direções.

– Ah entendi, você cortou para fazer uma audição para os Peppers não foi? – brincou novamente Isabelle, insinuando que Zoë iria entrar para a banda das elfas com cabelos raspados.

– Não Isabelle, e para a sua informação eu atingi meu objetivo – disse Zoë.

– E qual era? – perguntou Isabelle.

– Nada que lhe interesse! – respostou Zoë e todas riram inclusive Alícia.

– Eu vou tomar banho, com licença – disse Alícia e foi para o banheiro enquanto as outras já tinham tomado banho e estavam se penteando.

– E você não estava namorando o príncipe Zay? – perguntou Carly.

– NÃO! Eu nunca namorei ele, estávamos apenas nos conhecendo melhor, mas vi que a coisa não ia pra frente, que saco! Já basta a Isabelle me perturbando toda hora! Eu tenho que dar satisfação da minha vida pessoal para vocês! – disse Zoë com raiva.

– Hum... E por acaso isso tem a ver com o seu corte de cabelo? – perguntou Isabelle mesmo já sabendo a resposta.

– Pela ultima vez... Não é da sua conta! – disse Zoë fingindo delicadeza.

– Você e o príncipe fizeram uma aposta e você perdeu e cortou os cabelos? – palpitou Camilla e todas riram.

– Ah droga! Por favor, Camilla você também não! – disse Zoë levando as mãos ao rosto.

– Bem gente, vamos descer? Eu já estou morrendo de fome – disse Camilla.

Todas terminaram de se arrumar.

– Você não vem Zoë? – perguntou Bianca.

– Vão na frente, eu já vou – disse Zoë.

Ela queria ficar sozinha para chorar um pouco, não podia chorar na frente das irmãs, ela era a líder das meninas naquela missão, não podia deixar transparecer fraqueza, e além do mais todos suspeitariam do que Zay fez com ela e ela não queria isso, não queria que as pessoas soubessem que ela foi tão bruscamente enganada novamente por um garoto. E se a história de Boggs já a atormentava todos os dias a de Zay atormentava muito mais.

Ela ficou chorando abraçada ao seu travesseiro e olhando para o lindo Vilarejo. Ela queria muito um colo, talvez de alguma das irmãs, Bianca por exemplo. As duas sempre foram muito próximas, Bianca conta tudo a Zoë e já Zoë não tem como fazer o mesmo, tudo o que tem são fortes lembranças de dores e poucas lembranças felizes e não gosta de chorar perto de Bianca, pois Bianca chorava também antes mesmo de saber o motivo, e ela não queria que Bianca chorasse nem queria preocupa-la com seus problemas.

Alícia saiu do banho e trocou-se em uma cabine, enquanto enxugava seus cabelos viu que Zoë estava chorando, aproximou-se e sentou na cama que Zoë estava.

– Argh! Você ainda tá aí – disse Zoë enxugando as lágrimas.

– Seu cabelo tá uma droga! – disse Alícia sincera.

– Valeu! – disse Zoë, era exatamente o que ela queria ouvir, queria que as pessoas achassem-na feia.

– Eu sei o que tá acontecendo entre você e o meu irmão, mas eu te avisei lembra? Eu tentei ser uma boa amiga – disse Alícia penteando os cabelos.

– Eu sei, mas se não se importa, eu não gostaria de uma amiga agora – disse Zoë.

– Tudo bem, só acho que o Zay não merece as suas lágrimas – disse Alícia e desceu do quarto.

Alícia estava certa, pensou Zoë. À uma hora dessas Zay não estaria chorando, e ela estava sofrendo e de graça, claro ela não quis sofrer desde o começo, mas ficar chorando não ia adiantar nada, se ela conseguia disfarçar na frente de todos ela conseguia disfarçar de si mesma e ofuscar aquele sentimento. Ela colocou uma touca de lã nos cabelos e desceu as escadas de cabeça erguida.

Assim que estava descendo topou com Zay na ultima escada descendo lentamente, ela voltou para as outras escadas em espiral e esperou-o descer. Ah, mas que droga! Você estava seguindo em frente lembra Zoë? Disse a si mesma. Não era pra ela ter feito aquilo, era para ela ter passado por Zay com elegância e superioridade, para mostrar que ele não conseguiu o que queria.

Ela desceu as escadas depressa e seguiu Zay até o salão restaurante, em várias mesas de ouro com toalhas brancas estavam sentados os caçadores de relíquias, havia dezenove pratos e dois lugares vagos próximos, que eram o de Zoë e Zay. Zoë engoliu em seco. Mas foi sentar ao lado de Zay, para fingir que não tinha ressentimento e que tinha esquecido tudo e que era uma garota feliz e feia, muito bem obrigado.

Era muito difícil sentar ao lado do neto de Deméter. Droga, ela ainda sentia muita atração por ele, por aqueles cabelos dourados e aquela postura galante, e sempre fugia do seu belo olhar verde escuro. Ele parecia não estar mais ligando para ela, e ela também fez o mesmo, mas estava gritando por dentro, como um leão faminto com carne ao lado da jaula.

Zay sentia uma coisa estranha, inicialmente ele ficou interessado na princesa loira, Isabelle, mas levando em conta que seus dois novos amigos, Pedro e Edmundo eram cortejadores dela, era melhor se afastar, principalmente agora que ele estava ali no meio deles e precisava se enturmar. Não foi nenhum sacrifício seduzir Zoë, até porque foi uma tarefa pela qual ele gostou, e aprendeu com o irmão mais velho que trapacear é uma arte. Droga, agora ele está muito mal por Zoë ter cortado os cabelos por causa dele, mas ele não tinha culpa se as garotas o adoravam, cara, isso não tem nada a ver agora, ele estava mesmo gostando de Zoë ela era uma garota magnifica, legal, forte, com personalidade, ah cara, que droga!

Ele não teria feito isso com Zoë, mas estava desesperado para ganhar os jogos e se tornar rei, mais até que Alícia. E desde pequeno o irmão mais velho trapaceava com ele, e ele sempre ficava com muita raiva, e a raiva foi ajudando-o a crescer mais esperto, Tristan fazia a bagunça e sobrava para Zay, e ele aprendeu que o mundo é trapaceiro, não só o seu irmão.

Ele está sentindo alguma coisa a mais por Zoë, depois de uma semana de beijos e encontros ele se acostumou a ficar com Zoë, não precisava mais fingir o sorriso ao vê-la, ao ver aquela linda garota cherokee, com olhos castanhos vivos, cabelos castanhos lisos ondulados e escuros que a deixavam tão bela... Ultimamente ele estava pensando em Zoë mais do que gostaria, ele falhou em conseguir o arco e sua relação com Zoë tinha acabado, ou era pra ter acabado. Ele queria esquecer Zoë, mas seus beijos eram tão bons... e era tão bom estar com ela...

Os pratos foram servidos, um delicioso peru de frango, lagosta, costeletas de porco ao molho, macarronada, purê de batatas, batatas doces e de sobremesa uma delicia de morango.

Depois do jantar, Quione foi mostrar a casa para eles, nenhuma garota estava gostando de Quione, ela era fria do olhar até a beleza, mas os garotos estavam babando por ela, uma garota linda e fria que ficava dando em cima dos garotos fazendo seus queixos caírem. Ela mostrou o salão de festa, o playground, a biblioteca, e é claro o que eles mais gostaram o salão de jogos, era uma diversão em forma de luxo.

Jogos de baralho e azar, e competições de jogos de tabuleiro por todos os lados, eles preferiram ficar por lá. Os gran cards eram fichas usadas para usar tudo no hotel, tinha a logo do hotel, um castelo vermelho e verde e para abrir portas, usar brinquedos e etc. você precisava de um.

Caspian foi jogar cartas com Zay e Nico. Theo e Mimí foram jogar sinuca. Bianca foi jogar um jogo de combine os casais, você juntava casais que combinavam só pelas fotos, Isabelle queria jogar com elas, mas teve uma ideia melhor. Alícia e Zoë ficaram experimentando sucos no bar, junto com Camilla que estava deprimida por saudades de Apolo. Susana estava brincando com Alêx numa área dedicada a bebês junto com Liliandil e Rilian. Todos estavam se divertindo de alguma maneira.

– Esse com o guarda chuvinha é de que sabor? – perguntou Zoë.

– Banana com abacaxi – informou o barman que era um garoto muito atraente com um forjado sotaque francês.

– Vem cá me dá um de morango com maçã e néctar por conta da casa, por favor, lindinho? – disse Alícia com um sorriso malicioso e uma piscadela atraente.

Aquilo fez Zoë rir, a garota que fez cara ou coroa para ver como iria mata-la agora estava paquerando um barman só por diversão, ela pode ser noiva, mas não gosta do noivo, e Zoë duvida que ela goste do barman, e ela tem os gran cards para pagar, mas quer se divertir, não é o tipo de coisa que Zoë faria, mas achou engraçado.

– Me dá um de maracujá com néctar, por favor – pediu Zoë, nas condições de seu cabelo ela estava incapaz de jogar charme, e também ela é contra o charme, até agora; na verdade ela é contra o charme para conseguir as coisas de proposito e aceitou uma nova possibilidade de jogar charme por diversão.

– Então... Eu ouvi sobre um novo tratamento capilar de Hécate incrível... – brincou Alícia.

– Sem piadinhas sobre o meu cabelo o.k.? – retrucou Zoë irritada.

– O.k. – disse Alícia levantando as mãos em tom de rendição.

– Aqui está o seu morango com maçã e néctar e o seu maracujá e néctar – disse o garoto.

– Awnnn! Seu sotaque francês é maravilhoso lindinho! – disse Alícia e Zoë não pôde conter o riso.

Camilla estava debruçada sob o balcão do bar, com o olhar distante e o garçom queria limpar o balcão.

– Com licença mademoiselle – disse o barman em sotaque francês.

Camilla o ignorou.

– Camilla! – chamou Zoë.

– Um leite com tequila, por favor, lindinho – pediu Alícia.

– Leite com tequila? – indagou Zoë com cara de nojo.

– É o que as minhas amigas tomam quando os namorados delas vão pra guerra, sei lá, ajuda mesmo! – disse Alícia encorajadora.

Camilla bebeu o leite com tequila de um gole só e depois de dez minutos vomitou no “lindinho” do bar, Alícia e Zoë caíram na gargalhada.

– É o seguinte meus heróis, quem ganhar ganha um beijo! – disse Isabelle com um sorriso de orelha a orelha.

Pedro e Edmundo estavam numa disputa acirrada de xadrez, com uma vibrante Isabelle na torcida. Bispos, peões e cavalos já estavam fora da jogada, Edmundo estava em desvantagem quando... Cheque mate!

– Esse moreno combina bem mais com essa loira você não acha? – disse Carly mostrando a foto de um príncipe pálido com cabelos negros.

– Acho que esses loiros combinam muito – disse Bianca estendo na mão a foto de uma garota e um garoto, loiros.

– Eu acho que o moreno combina com essa loira – falou uma voz sedutora do garoto mais lindo que Bianca já vira.

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Ele era loiro magro e uns dez centímetros mais alto que ela, tinha incríveis olhos castanhos, e cabelos dourados, com toda a certeza o garoto mais bonito que Bianca já viu na vida. Ela ficou coral da raiz dos cabelos até os dedos dos pés, Carly deu risadinhas abafadas.

– Você gosta de juntar casais? – perguntou o tal e lindo garoto.

– Um-rum, a-até que é divertido – disse Bianca.

– Sério? Isso é tipo o que eu mais gosto de fazer – disse o garoto olhando sedutoramente para Bianca.

– Qual o seu nome? – perguntou Carly.

– Meu nome é Eros, ou em romano, Cupido – disse Eros.

– Você é o... Você é um deus do amor! Ai, você é Cupido o filho de Vênus, ou melhor, Eros filho de Afrodite! Me dá um autografo? – disse Carly. – Eu sei quem você é, por que a minha irmã me conta uma história sobre Atena e Ares, quando Ares mandou Hefesto criar o arco e flecha e aí veio você pra usá-lo pra uma coisa melhor, como fazer casais... Ah... – suspirou Carly.

– Essa é uma das minhas versões favoritas dos contos, mas você gosta da história? – perguntou Eros para Bianca.

Ela não conseguia mais tirar os olhos daquele garoto, ou melhor, deus. Eros filho de Afrodite, ou Cupido filho de Vênus. A lenda falava sobre um filho de Afrodite que atirava flechas nas pessoas e as faziam se apaixonar pela primeira pessoa que viam.

– Sim, eu adoro a história – disse Bianca.

– Você quer tomar um suco comigo? – perguntou Eros sedutoramente.

Bianca não hesitou antes de falar sim, estava completamente envolvida com aquele cara tão lindo que a fazia suspirar, ela não queria dizer não a Eros, queria se envolver com ele e a cada momento aquilo ficava mais forte, ela queria segurar na mão de Eros, queria ouvir a voz dele, tinha alguma coisa naqueles olhos e naquela voz e naquela beleza que... Era indescritível a maneira com que ele estava seduzindo-a, era indescritível a beleza dele... Ela se sentia submetida às vontades e aos mandados daquele deus, afinal, ele é um deus do amor, e não dizem que o amor move montanhas?

Bianca foi até o bar com Eros e sentou-se a umas quatro cadeiras de distancia de Zoë, Alícia e Camilla. Ela estava hipnotizada por aquele belo rosto lindo... ah meu Deus... ela estava caidinha por ele.

Alícia e Zoë puseram o olhar neles dois.

– Quem é aquele lindinho ali? – perguntou Alícia, e o lindinho não queria dizer lindinho.

– Eu não sei, nunca vi... – disse Zoë examinando o garoto como se estivesse prestes a reprova-lo por não ser bom o bastante para a sua irmã.

– A Bianca me deixou sozinha dá pra acreditar? – disse Carly feliz sentando-se num banquinho entre Alícia e Zoë.

– Por acaso você sabe quem é o brigadeiro beijinho com quem ela está? – perguntou Alícia.

Zoë riu do “brigadeiro beijinho”.

– É Eros dá pra acreditar? Eros o deus do amor, em pessoa, ele é mais lindo do que nas histórias... – disse Carly suspirando.

– Quê? – disse Zoë incrédula.

– Ahhh... a sua irmãzinha se deu bem! – disse Alícia ranzinza.

– Põe bem nisso – observou Carly.

– Ah não, eu não vou permitir isso... – disse Zoë.

– Argh! Aquele história do “odeio os garotos de novo e vocês podem odiar também”, o.k. já sabemos que você os odeia, mas não significa que nós temos que odiar – protestou Carly.

– Não é isso, eu permiti o namoro da Camilla e do Apolo lembra? E isso já foi um sacrifício, e eu não quero outra irmã namorando um deus – disse Zoë mal-humorada.

– Ah, qual é, a Bianca nunca namorou ninguém, coitadinha – disse Carly com pena.

– E você já? – perguntou Alícia.

– Já – respondeu Carly.

– O.k. gente, ele é um deus do amor e da beleza! O que significa que ele é mais sedutor que os outros deuses, e quando eu digo “amor” é todos os tipos de amor até aqueles mais impróprios – disse Zoë preocupada.

– Ah não Zoë, você disse a mesma coisa á Camz e ela não fez nada de impróprio com o Apolo, não que a gente saiba, fez Camz? – perguntou Carly.

– Lólo... – choramingou Camilla.

– Bom, voltando ao assunto, a Bianca é a mais inteligente de nós todas, acha mesmo que ela faria isso? – disse Carly.

– Ah, por favor, se dependesse dela isso nunca iria acontecer, mas e se depender dele? – disse Zoë.

– Ah, mas pra essas coisas acontecerem tem que depender dos dois não? – disse Carly.

– O problema é que os filhos de Afrodite podem ser muito perigosos, ele pode seduzir ela e sabe lá o que mais, e nem sempre essas coisas dependem de um – disse Alícia tomando um gole do seu suco.

– Ei peraí, onde você aprendeu sobre isso? – perguntou Zoë a Carly.

– Bom, a Isabelle me ensinou que um casal tem que amar muito um ao outro pra fazer isso – disse Carly.

– Ah claro, Isabelle! – disse Zoë em tom de repreensão.

– E afinal cadê ela? – perguntou Carly tentando mudar de assunto.

– É, faz tempo que não a vejo... – disse Zoë procurando pelos lados.

Bianca estava que nem manteiga derretida admirando Eros falar, tinha alguma mágica na voz dele muito forte, talvez fosse o hálito de algodão doce? Isso também fazia parte, mas era como se... ela só estivesse ali com ele, e mesmo nunca tendo conhecido nada sobre ele, ela já podia dizer que o ama, mesmo sem saber nada sobre ele, é claro tudo que ela sabia estava nas histórias.

– Então... Eu fui dar um passeio com alguns amigos na Ilha Paco e... É o melhor lugar do mundo – disse Eros bebendo um suco de morango.

– Nós estivemos na ilha paco duas semanas atrás, foi bem legal, e perigoso, alguém estava tentando ativar todos os vulcões do mundo – disse Bianca tentando impressioná-lo, ela estava gostando tanto daquele cara...

– Eu ouvi dizer que você é princesa do maior reino existente certo? Flyre? Eu nunca tive a oportunidade de estar lá – disse Eros.

– Então um dia você tem que ir! – disse Bianca animada. – Você precisa conhecer os teatros, e as Olimpíadas anuais são lá todos os anos, e os doces são magníficos, a manteiga de lá é mais doce o que faz os doces serem tão bons...

– Parece incrível, assim como você – elogiou Eros.

– Obrigada – disse Bianca escarlate, da raiz dos cabelos até a unha do pé. – Agora vamos falar um pouco de você.

– Ah é, só vou procurar resumir minhas histórias a você porque são três mil anos de vida – brincou Eros e Bianca deu uma risadinha.

– Você é filho de Afrodite? Ou é adotado segundo algumas versões? – perguntou Bianca.

– Eu sou filho de Afrodite com Hermes, as versões de que eu sou adotado são bem comuns, mas eu sou filho de Afrodite sim, e dela herdei o poder do amor e da beleza, só que ela me encarregou de um trabalho a vida toda, tenho que fazer trezentos casais que combinem durante um ano, e todos os anos eu venho tirar férias aqui – disse Eros.

– Nossa! Não é um pouco exaustivo? – perguntou Bianca com pena.

– Ah não, tiro cinquenta anos de férias – sorriu Eros.

– E aquelas histórias sobre você ter casado com Psiquê? – perguntou Bianca tímida.

– Eu nunca cheguei a casar com Psiquê, só namoramos algum tempo – respondeu Eros.

– Porque você escolheu esse lugar para tirar férias? – perguntou Bianca.

– Eu adoro Quebec, e adoro o Vilarejo de Bóreas, aqui se domina o francês sabia? A língua do amor, e é uma cidade tão linda... – disse Eros.

– Concordo, é mesmo linda – disse Bianca, mas seu tom de voz estava se referindo a Eros.

– Você já veio aqui alguma vez? – perguntou Eros.

– Não, nunca estive; é a primeira vez, e estou adorando – disse Bianca sem tirar os olhos de Eros.

– Você conhece o Vilarejo? – perguntou Eros.

– Não, ainda não tive a oportunidade, mas por quê? – perguntou Bianca já imaginando a resposta.

– Porque eu adoraria te levar pra conhecer – disse Eros.

– Eu adoraria – disse Bianca com um sorriso de orelha a orelha.

– Ótimo... – disse Eros. Seu olhar penetrou no de Bianca e o rosto dela foi se aproximando cada vez mais do dele. Ele a beijou.

Alícia, Zoë e Carly estavam observando para onde ia aquele papo e viram Bianca e Eros se beijando, não era um beijinho qualquer, era um beijo de livro de aventura e romance, quando a mocinha acha que o mocinho morreu ou ao contrário, e eles se reencontram e se beijam.

As entranhas de Zoë se reviravam. Alícia e Carly sorriram felizes.

– Hm, sua irmãzinha é rápida – disse Alícia.

– Não, ela não é, na verdade ela é muito enrolada isso sim! – disse Zoë.

– Não é o que parece – disse Alícia.

– Ah Zoë, é o primeiro beijo dela sabia? A coitadinha sempre foi azarada no amor – disse Carly feliz pela irmã.

– E porque será que até agora esse é o primeiro? – perguntou Zoë sabendo a resposta. – Se toquem ele está seduzindo ela, ele é um deus do amor e da beleza!

– É só a Camilla que pode namorar um deus? – perguntou Carly.

– Isso é bem diferente, o Apolo não seduziu ela, pelo menos eu acho que não, e Apolo não é um deus da sedução, mas Eros é – disse Zoë.

– Apolo poderia ter seduzido Camilla, assim como Eros também podia ter feito – disse Carly.

– E quem garante que ele não o fez? E o poder de sedução de Eros é maior que o de Apolo – disse Zoë.

O ardente, intenso e calmo beijo sessou, o que deu a Bianca um sensação de vitoriosa. Aquele era seu primeiro beijo, e fora melhor do que ela conseguia imaginar, aquele hálito de algodão doce, a envolveu e realmente tocou seu coração e fez seus pulmões pararem, ela estava adorando aquilo, fazia tempo que tentava se envolver com um cara e tal, já teve alguns encontros mas foram desastrosos.

– Com quem você veio pra cá? – perguntou Eros.

– Com as minhas irmãs e meus dois irmãos – disse Bianca.

– Eles se importam se você voltar um pouquinho mais tarde hoje? – perguntou Eros, o hálito de algodão doce e o olhar ficou mais forte.

– É claro que eles não se importam – disse Bianca.

– Vem, eu quero te mostrar o meu lugar preferido no Vilarejo – disse Eros.

Os dois saíram do salão e Zoë ficou atordoada, pra onde é que eles iam? E o mais inquietante, o que eles iriam fazer?

– Zoë, você não vai segui-los o.k.? – disse Carly.

– Mas Carly, eu tenho que fazer isso é pelo bem da nossa irmã... – protestou Zoë.

– Por favor Zoë, esse é o primeiro encontro romântico dela que não foi por água abaixo, pelo menos ainda – disse Carly.

– Mas e se eu me esconder e não for vista, o que acha disso? – disse Zoë com irrelevância, parecia estar pensando num modo de seguir a irmã sem ser vista.

– E se você estragar tudo o que acha disso? – protestou Carly em tom de desafio. – Ela vai te odiar pra sempre Zoë, e você não quer isso quer?

– O.k. tá bom, mas só lembre que se ela voltar com uma lágrima no rosto a culpa é sua – disse Zoë infantilmente.

– O.k. eu assumo a culpa – disse Carly.

Os dois vestiram roupas de alto frio. Bianca vestiu um casaco de pele vermelho e verde e Eros um casaco de pele cor de rosa, os dois saíram do hotel e estava muito, mas muito frio, as pessoas andavam empacotadas no meio das ruas, o céu estava negro e sem estralas, as ruas eram escuras exceto pelos lampiões em cada esquina, as casinhas tinha uma cor e o teto outra, aquilo era realmente lindo.

Havia bares, lojas, e salões de festa abertos, os dois foram até um movimentado café, chamado “Café do Amor”. Jovens e belos casais sentados conversando apaixonadamente eram facilmente encontrados nas mesas, uns se beijando outros de mãos dadas, e vários gnomos horrorosos com asas de fada cor de rosa serviam os cafés.

Eles sentaram numa mesa bem no meio do pub de casais. Aquele lugar era quente e aconchegante, eles tiraram seus casacos e conversaram, riram e se beijaram a noite toda.

No outro dia pela manhã, Eros já estava pronto para leva-la para um lugar especial, ele iria leva-la para a Oficina do papai Noel que ficava há duas horas do Vilarejo, e ela aceitou ir, os dois pegaram um trenó coletivo para turistas do hotel e partiram para conhecer a fabrica de brinquedos do papai Noel.

Durante o caminho só era encontrado neve e mais neve, e nem era inverno em Quebec. Durante a viajem eles conversaram e tomaram chocolates quentes. Bianca estava adorando aquilo tudo, era tudo tão mágico, tão romântico, e ela nem podia acreditar que estava vivendo aquilo, pela primeira vez ela estava conhecendo melhor uma pessoa e todas as suas tentativas anteriores tinham dado errado.

No seu primeiro encontro não deu muito certo por que o garoto a levou para uma lanchonete e ela pediu um salgado de camarão e ele estava muito apaixonado e pediu o mesmo que ela esquecendo que era alérgico a frutos do mar, e o lanche da tarde não terminou muito bem. O segundo encontro foi com um cara que ela lanchava todos os dias na Escola, e quando eles marcaram o primeiro encontro ele ficou doente e depois morreu de pneumonia, depois ela chamou um garoto que mal conhecia para sair e ele aceitou, quando os seus olhares se cruzaram pela primeira vez os dois pensaram que estavam apaixonados, só que na sorveteria outra garota o chamou para sentar com ela e ele foi, deixando-a no vácuo. E a vez mais recente faz muito pouco tempo, um garoto a chamou para jantar e no final o garoto tinha esquecido o dinheiro e ela pagou a conta do restaurante. Essa ultima foi altamente constrangedora.

Tudo isso sempre a fez pensar que era uma completa azarada no amor. Tinha catorze anos e ainda não tinha dado seu primeiro beijo. Até ontem, e tudo isso também a fez pensar que o melhor estava aguardando-a, foi tão especial, tão bom, igualzinho como ela queria que fosse. E ainda mais num lugar especial e romântico.

A Oficina do Papai Noel por fora parecia uma fábrica, era vermelha com teto verde coberto por neve, tinham duas chaminés ativas, e muitas janelas. Eles entraram pela porta da frente, e dentro havia uma quantidade infinita de duendes, uns verdes, uns amarelados, uns avermelhados, uns azulados iguais aos Smurfs, todos com roupas de frio e gorros vermelho e branco. A recepcionista era uma elfa doméstica com o mesmo uniforme dos duendes, em seu crachá de ouro polido lia-se, Winky a recepcionista.

Eles pegaram os crachás de prata polida que dizia Visitante. Afastaram-se dos demais casais do tour e foram para a casa das fadas. Dúzias de fadas de cores diferentes como os duendes trabalhavam em artesanato de bonecas, casinhas, lacinhos e diversos brinquedos de meninas, depois foram para um arsenal maior onde os duendes trabalhavam e artesanatos de brinquedos para meninos. Aquilo tudo era muito fantástico. Foram para o deposito de brinquedos, e para o setor de embalagem, e por fim tomaram chá no restaurante. Eros a envolveu em mais um beijo apaixonado, Bianca não sabia mais o que queria, tudo o queria era estar com Eros e depender dele e ser dele.


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Notas finais do capítulo

DICA: Antes de deixar o review, não leia as perguntas, comente o que você quiser, o que mais gostou e o que não gostou, depois você verifica as perguntas e vê se comentou tudo que eu pedi, se faltou alguma coisa, você pode incrementar.
— Perguntas.
— O que achou da música?
— O que achou das capas?
— O que achou da Isabelle zuando a Zoë?
— O que acharam do pensamento de Zay?
— O que achou da Camilla?
— O que achou do emocional da Zoë?
— O QUE ACHOU DA MÚSICA?
— O que achou da Alícia?
— O que achou da música?
— O que achou do novo amor da Bianca?
— O que achou da música?
atenciosamente, Jaz.



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