-Sim?O que a senhorita quer?—Perguntou Lucy indo até a mulher.
-Saber um pouco mais sobre você.—Começou Ur em tom desconfiado.—Por quê seu pai não fala muito de você?
-Bom....porque....porque eu fui morar com minha mãe.—Disse Lucy.—E você sabe que um homem divorciado não gosta muito de comentar sobre a ex-esposa.
-Hum...então,por quê você veio trabalhar pelo seu pai?
-Porque ele está muito cansado e não tem tempo para um trabalho como esse.—Revelou ela um pouco emotiva.—Então eu me ofereci em seu lugar.
-Hum,e quantos anos você tem meu jovem?
-Tenho 16.—Mentiu,pois na verdade Lucy tinha 15 anos.
- Você é muito novo.—Comentou Ur suspirando de decepção.
-Sim,mas...—Lucy procurava uma desculpa para não ser demitida.
Nesse instante,Gray chega até onde eles estavam,com um sorriso torto.
-Hei,mordomo anão Gay...você vai estar aqui amanhã certo?—Perguntou começando a tossir.
Lucy apenas encara a mãe dele e espera a resposta de Ur.
-É claro que vai estar,agora vai voltando logo para a cama Gray.—Pediu Ur suspirando.
Assim que o moreno volta para seu quarto,Lucy solta um suspiro de alivio e manda um sorriso para Ur.
-Acho que mesmo sendo jovem,me saí bem no meu primeiro dia de trabalho.—Comentou.
-Sim,e agora você já pode ir.—Encerrou Ur dando um envelope há Lucy e caminhando em direção as escadas.
-Obrigado.—Disse Lucy com um largo sorriso.
“Não acredito!Consegui o dinheiro que paga nossas dividas esse mês inteiro!”Pensava ela alegre enquanto caminhava pela rua.
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Assim que chega em casa,Lucy dá de cara com o Tio.
-Onde você estava?—Perguntou.
-Tava,na biblioteca tio.A escola é puxada.—Disse ela fazendo um gesto para seus livros.
-Hum,desculpe é que fiquei preocupado.—Revelou dando a menina um sanduíche.—Aqui,eu comprei pra você.
-Obrigada.—Disse ela,comendo o sanduíche apressada.-Hum tio...—Começou.—Eu...encontrei esse dinheiro na rua enquanto voltava,e não encontrei seu dono...então...aqui está.
Lucy entrega o envelope ao Tio que fica contente em ver a quantia.
No Dia Seguinte...
Lucy ajeitava sua peruca enquanto seu tio se preparava para pagar ás contas.
-Aqui querida.—Disse ele entregando a bombinha de asma.
-Valeu.—Disse colocando um boné.
-Tem certeza de que não quer ir para a escola como uma “menina”?
Lucy o encara perplexa.
-Sim,tenho certeza.Além do mais.Eu me sinto mais confiante.—Garantiu-lhe quando fechou a porta e andava rapidamente pela rua.
-Arrume-se logo Gray!—Gritou Ur.
-Estou indo!—Disse colocando sua mochila nas costas.—Mas...cadê meu mordomo?
-Está atrasado.—Disse Ur.
-Ótimo,vamos esperá-lo.—Disse Gray se jogando no sofá e ligando a TV.
-Justo hoje que você tem prova!—Ur exclamou também se sentando no sofá.
-Eu posso ir sozinho sabe...—Começou Gray.
-Nem pensar!—Gritou ela.
De repente a campainha toca e a empregada da casa atende.
-Por quê demorou?—Perguntou Ur cruzando os braço indo até Lucy.
-É que...eu...
-Não quero ouvir!Ande logo!Leve meu tesouro pro colégio.—Disse ela fazendo gestos.
-Certo.—Disse Lucy correndo atrás de Gray que saíra correndo.
Os dois correm pelos quatro quarteirões sem dar uma pausa.
-Mais devagar.—Pediu Lucy já bufando.—Essa não.—Disse se sentando no chão,com uma mão no coração.—Minha bombinha....—Disse ela procurando o objeto em seus bolsos.
Nesse instante um grupo de jovens revoltados se aproximaram de Lucy.
-Í,olha lá,um anão invadiu nosso pedaço galera.—Disse um dos caras com um bastão na mão.
Lucy não ligara para eles,estava apenas a procura de sua bombinha.
-Hei seu anão,não ta vendo que a gente ta falando com você?—Perguntou um dos caras indo até ela e a pegando pela blusa.
Lucy não conseguia dizer nada,pois estava com falta de ar e tossia muito.O garoto já furioso estava pronto para dar um soco na cara dela,quando uma mão pega o braço do revoltado.
-Hei!O que pensa que está fazendo com meu mordomo?—Perguntou Gray irritado.
-Quem é você?—Perguntou o cara que tinha um bastão na mão.
-Fullbuster Gray!—Gritou ele dando um soco na cara do cara que segurava Lucy e a pegando pela mão,e saindo correndo.
Assim que ficam longe o suficiente daquele grupo,Gray solta a mão de Lucy e a menina despenca no chão,respirando pela boca.
-O que foi?—Perguntou Gray a menina que estava com o coração batendo lentamente.
-Minha bombinha.—Conseguiu dizer por fim.
Gray então põe a mão no bolso direito dela,e acha o objeto.Assim que toma o remédio,Lucy volta a respirar normal.
-Puxa...—Começou ela.—Obrigada.
Gray apenas lhe manda um sorriso.
-Vem,vamos quero te mostrar um lugar.—Disse ele caminhando.
Lucy o segue sem dizer mais nada.
-Espera.—Disse depois de um tempo.—Sua escola é por ali.—Disse ela.
-Sim,eu sei,mas só vou entrar no segundo horário.—Anunciou andando pela rua das “prostitutas”.
-E vai perder a prova?—Perguntou Lucy perplexa.
-Não tem prova hoje,eu menti.—Disse.—Nossa prova foi ontem.
-Hum,então...o que você quer me mostrar?—Perguntou a menina.
-Isso!—Disse ele apontando para uma nova boate que acabara de ser inaugurada.—Vamos nela hoje,e lá,você com certeza virará um homem lá!—Terminou Gray com uma mão no ombro dela.
-Virar homem?—Perguntou a loira com cara de nojo.—O que quer dizer?
-A noite você saberá.—Disse Gray caminhando.—Vem,eu quero tomar sorvete agora.
Lucy nada diz,apenas o segue.
Os dois tomam sorvete,depois vão para o fliperama onde ficam a tarde toda.
-Gray,você perdeu aula.—Disse Lucy quando terminaram um jogo de tiro,ela não estava gostando nem um pouco daquilo.
-Idai?—Perguntou colocando uma ficha em outro jogo.—Vamos lá!É divertido!
-Não obrigado.—Disse ela abrindo a mochila dele,e pegando um caderno que aparentemente deveria ser de matemática.—Gray....o que é isso?—Perguntou ela apontando para um desenho.
-É a minha professora de matemática.Senhor Gina.—Disse com veemência.
Lucy encarava o desenho de uma mulher com corpo de hipopótamo que caía de um penhasco repleto de facas afiadas.
-How,você odeia mesmo ela.—Declarou Lucy passando ás páginas e vendo mais desenhos.
-É.—Disse ele entre ombros.
Lucy então se senta num canto do local,e começa a estudar a matéria de Gray,por alguma razão ela gostava de estudar.Se sentia livre e gostaria muito de estudar numa escola,mas..era insegura demais...pois quando era mais jovem ela havia sofrido bullyng por usar sua bombinha  e desde então não se sentia a vontade em ir á escola.
-Hei!Mordomo anão gay.—Pode ouvir Gray a chamando.
Lucy levanta a cabeça e guarda as coisas dele.Coloca a mochila nas costas e caminha até ele.
-Anda logo,vamos á nova boate.—Disse ele indo na direção de Natsu.
-Certo.—Disse soltando um suspiro de cansaço.
Os três então caminham em direção a nova boate.Sem demorar muito,Lucy é paquerada por milhares de prostitutas que esfregavam seus peitos na cara dela.
-Meninas...—Começou sendo apalpada por elas.—Eu não quero.—Disse quando se esquivou de todas.
-Mas por quê lindinho?Estamos cheias de amor pra dar no nosso quarto.—Disse uma ruiva fazendo um gesto para que elas subissem ás escadas.
-Não....obrigada!—Disse Lucy tentando fugir dela.
-Vai logo mordomo!—Disse Gray a empurrando para a ruiva.
Antes de Lucy respondê-lo,as prostitutas a levam para um quarto.
-Vamos começar?—Perguntou uma delas tirando a roupa.
-Escuta aqui sua vaca..—Começou Lucy quase cuspindo fogo.—Nem OUSE chegar perto de mim pelada falô?Eu já tenho um problema do caramba pra resolver agora,porque caso não tenham reparado,EU SOU MULHER!—Gritou ela tirando a peruca.—E mulher não se deita com mulher!—Terminou colocando a peruca na cabeça e saindo do quarto.
-E ai?Como foi?—Perguntou Gray á ela.
Lucy apenas o empurra,e sai daquela boate.
-Hei,o que foi mordomo anão gay?—Perguntou indo atrás dele.
-É que eu não gosto de ser abusada!—Disse irritada.
-Abusada?—Repetiu Gray.
-Abusado!Abusado caramba!—Disse de imediato.
-Hum,então que tal irmos ver um show de stripetease?—Sugeriu Gray.
Lucy então se virá para o moreno e lhe dá um soco na bochecha,logo o pega pela manga da blusa e lhe dá um selinho.
-Eu sou Gay caramba!!!!Eu não gosto de mulher pelada!—Gritou o empurrando no chão.
Gray,ficou pasmo,estava verde de vergonha,Lucy havia o beijado em frente há muitas pessoas.
-Eu vou te matar!—Disse ele se levantando e correndo atrás dela.
-Não!—Gritou ela correndo dentre a multidão.
Eles correram em direção ao parque,e por mais estranho que parecesse,Gray não estava mais com raiva de seu mordomo,estava rindo.
-Cara!—Disse ele,se jogando no gramado.—Isso é muita maluquice.—Admitiu com uma mão na testa.
-Sim.—Afirmou Lucy se sentando ao seu lado.
-Eu estou bêbado só pode!Meu mordomo anão gay me beijou.—Disse soltando risadas.—Isso só pode ser um sonho.
Lucy soltou uma risada abafada.
-E sabe qual é o pior de tudo?É que eu acho que você tem peitos enormes.—Disse ainda rindo.
Lucy então encolhe,segura firme e aperta ás 3 blusas grossas que usava.
 “Não tem mais como ele ver meus peitos enormes!”Admitiu suando frio.
-E além desse sonho maluco todo,é que...acho que gostei disso.—Revelou um pouco sério.
-Do quê?
-Do beijo.—Disse por fim encarando o seu cheio de estrelas.
-Há...
-Isso me torna uma pessoa ruim?—Perguntou.
-Não.
Gray solta uma risada.
-É claro que me torna!Um cara me beijou!Isso é mais do que ruim!—Disse.
Lucy não diz nada.
-Obrigada.—Disse depois de uns minutos.
-Pelo o quê?
-Por ter me salvado antes...
Gray então solta um suspiro.
-Tá tudo bem mordomo anão gay.
-É que se não fosse por você...eu teria morrido.—Revelou engolindo um seco.
Gray então se levanta e a encara.
-Você ta falando sério?
-Estou.
O moreno então se levanta e estende a mão a Lucy.
-Caras não dizem obrigado a caras Luiz!Isso é coisa de Gay!
Lucy então abre um grande sorriso.”Você disse meu nome” Pensou quando estava de pé.”Ou quase”Admitiu.
-Ligue logo para meu motorista.—Disse jogando seu celular para a menina que revira os olhos na hora.—Há e anota seu número ai,pra você fazer umas coisas por mim enquanto você não estiver na minha casa...
-É que..eu não tenho celular...—Disse um pouco sem graça.
-Não?Então quando chegarmos em casa te dou um dos meus antigos.—Disse.
-Sério mesmo?—Perguntou sorrindo.
-Por que não?—Perguntou ele entrando em seu carro.
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Assim que chegam em casa,Ur já estava pronta para dar uma bronca em Gray por estar bêbado.Mas ela se surpreende quando vê que o menino,parecia “normal”.
-Vem,vou te mostrar meu quarto mordomo anão gay.—Disse subindo ás escadas.
-Meu nome é Luiz!O que aconteceu com o Luiz de antes?—Perguntou indo atrás dele.
-Gosto de te chamar de anão gay,falou?—Disse jogando um celular pra ele.—Esse ai já tem meu número gravado,então...até amanhã ás 6 da manhã.
-Claro...espera..ás 6?—Perguntou perplexa.
-Tchau mordomo anão gay.—Disse a empurrando e batendo a porta na cara dela.
-Espera!Gray!—Gritou,mas foi inútil.
Ela então descia ás escadas em silêncio.
-Bom,vejo que você fez um ótimo trabalho.—Pode ouvir Ur abrindo a porta pra ela.—Obrigado.
Lucy vai até a mulher.
-De nada.
Ur então lhe dá um envelope e então a menina vai embora,sem dizer mais nenhuma palavra.