Harry estava deitado em sua cama Gina. Eles haviam voltado para casa há umas duas semanas. Parecia estar seguro. Haviam se passado três semanas desde que os Comensais da Morte atacaram o Big Ben e que August King foi assassinado.

Dois dias depois de sua morte, ocorreu o funeral. Familiares, amigos e colegas de trabalho compareceram. Tudo ocorreu bem e Harry fez um lindo discurso em sua homenagem e tudo se encerrou com a música Let It Be, dos Beatles, uma de suas bandas favoritas. August adorava música, ela era sua inspiração, assim como Harry, já que tinham histórias de vida parecidas.

Três semanas se passaram e nada aconteceu, além de um ataque a três trouxas na semana passada. Mas Harry sabia que ainda não havia acabado. Muita coisa ainda está por vir.

- Bom dia, amor. – disse Gina ao acordar e ver Harry.

- Bom dia, Gi. – disse ele e a beijou.

- Vou fazer o café. – disse ele e se levantou.

Harry fez o mesmo e foi tomar um banho, e, depois que se barbeou e se vestiu, desceu para tomar o café da manhã.

- Bom dia, papai. – disse Lílian ao ver o pai entrar na cozinha.

- Bom dia, querida – e Harry a abraçou e a beijou na testa.

O café da manhã o esperava. Ovos e bacon. Harry adorava isso. Gina e Lílian se sentaram à mesa junto a Harry.

- Tem jogo essa noite, não tem Gi? – perguntou Harry.

- Sim. Começa às nove da noite – disse ela.

- Podemos ir, papai? – perguntou Lílian.

- Se tiver ingressos sobrando...

- Ah! Tem sim. Na verdade, tenho cinco. – disse Gina – Se quiser chamar o Rony, Hermione e Hugo, fique à vontade.

- Beleza. Vou chamá-los – disse ele.

- E avise ao Rony que ele ficará na torcida do Harpias e não do Chuddley Cannons, que, a propósito, vamos detonar.

Harry riu.

- Pode deixar. Vou avisá-lo. – prometeu ele – Rony ainda acha que você devia ter ido jogar com eles.

- Como esse meu irmão sonha – disse Gina, rindo.

- Lílian, pode colocar no jornal, por favor? – pediu Harry.

- Sim, papai.

Lílian se levantou, ligou a TV e colocou no canal do jornal. A repórter estava na frente na frente do Big Ben:

- Já se passaram três semanas desde o ataque de criminosos super dotados ao Big Ben, onde 13 pessoas morreram e 33 ficaram feridas, e já começaram a reconstrução. O governo alegou que queria ter o cartão postal de Londres de volta o quando antes – terminou a repórter.

- Obrigado, Kay. – disse o âncora do jornal chamado Stuart – É triste mesmo ver um monumento como esse destruído. E ainda pior, por criminosos que, pelo que parece, são super dotados.

- Realmente Stuart. – agora era Helen, a âncora que dividia o estúdio com ele – E você acredita que, esses dias, a rainha Joanne disse que eles eram bruxos e que, nem todos que estavam ali eram criminosos?

- Dá pra acreditar nisso? – debochou Stuart – O que ela acha? Que a saga de sete livros, que ela publicou ha algum tempo atrás, ganhou vida? – e ele riu – Agora, fiquem com a previsão do tempo, e parece que hoje será...

Harry se levantou e foi terminar de se arrumar sem terminar os seus ovos com bacon. Gina percebeu que ele não estava bem e foi ver o que houve.

Ele estava vestindo seu casaco quando Gina chegou ao quarto:

- O que houve Harry? – perguntou Gina.

- Nada.

- Harry Potter. Eu te conheço. Me diga o que houve.

- Você não viu? Somos criminosos, segundo a população.

- Não pense assim, querido.

- Mas essa é a verdade. Os trouxas sabem. E se não houver uma explicação clara para eles, vão continuar achando o mesmo. E o governo ainda incentiva tudo isso, assim como a mídia – disse Harry, nervoso.

- Mas Harry...

- Sem mais, Gina. – disse-lhe e saiu do quarto, foi para a lareira e chamas verdes o consumiram.

- O jogo do Chuddley Cannos contra o Harpias de Hollyhead? Sério? – perguntou Rony, incrédulo.

- Sério, Rony – disse Harry.

Eles estavam almoçando em um restaurante próximo ao Ministério. Resolveram sair um pouco, já que, não tiveram nenhum trabalho pela manhã. Nenhum se quer.

- Podemos ir, não é, amor? – perguntou Rony à Hermione, que foi junto com eles.

- Claro que sim. – disse Hermione, fazendo Rony abrir um largo sorriso e a beijar.

Harry queria pedir uma Coca-Cola, mas não estava vendo a garçonete que os havia atendido e, então, fez sinal para outra. A mesma olhou para Harry e fez uma cara de horror para Harry e entrou na cozinha.

Harry ficou confuso e decidiu continuar a comer. Ele ficou pensando na reação da garçonete até que:

- Você! – gritou um homem, que saiu da cozinha, e apontou para a mesa de Harry, Rony e Hermione – ou melhor, vocês dois!

- Nós? – perguntou Rony, confuso e corado, já que o restaurante inteiro estava olhando para ele agora.

- Como se atrevem? Eu vi vocês dois nos vídeos do YouTube, do ataque ao Big Ben. Vocês são terroristas! Peguem eles!

Quando os três se levantaram, não havia saída. Os funcionários e clientes pegaram cadeiras e facas e os encurralaram.

- Matem eles! – gritou um homem com uma faca na mão.

Todos partiram para cima deles. Hermione agarrou o braço de Harry e Rony e desaparataram.

Eles aparataram na sala de Hermione.

- Por que fez isso Hermione? Já não basta eles saberem sobre a nossa existência? – perguntou Harry, nervoso.

- Não havia saída Harry – disse Hermione, eufórica.

- Vocês podem me explicar o que é You... You... YouTube? – perguntou Rony, mas Hermione olhou feio para ele – O que? Eu só queria saber onde é que ele nos viu.

- Isso não vem ao caso, Rony – disse ela.

Os dois começaram a discutir sobre esse tal de YouTube, mas, Harry sabia que isso era irrelevante. Ele também sabia que, agora, eles eram os criminosos, não havia como negar.

- Então agora não vamos poder andar livremente pelas ruas?

- Não Rony. Agora nós somos os fugitivos – respondeu Hermione.