Amando Meu Sensei escrita por GHOST, SasuSaku


Capítulo 8
Genjutsu


Notas iniciais do capítulo

Não ficou muito grande esse capítulo mas foi o que eu consegui.
Boa leitura!!



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 Lá estava eu, acordando naquele quarto escuro e pequeno. Procurei respostas do por que estar naquele lugar, até que me lembrei do dia anterior. Minha mente vagava naquelas lembranças que me assustaram por um certo tempo. Mas, novamente, achei a resposta do por que estar na sede da Akatsuki: eu estava por minha família, para descobrir quem eu realmente sou.

 Levantei da cama de solteiro macia e olhei para os lados. Havia apenas uma vela, bem gasta, ainda acesa. Entrei na porta à esquerda, era um banheira. Fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa preta e depois me cobri com a capa longa da Akatsuki. Peguei minha mochila, coloquei alguns livros e armas e saí do quarto. Fui até a sala que diria ser a sala de reuniões, onde ficamos ontem, mas não havia ninguém. Olhei para a direita e avistei uma porta, e ouvi algumas vozes vindas daquele lado. Andei até a mesma com certa rapidez. Era uma sala de estar, com três sofás de três lugares, uma mesa no centro, e algumas almofadas jogadas no chão. Todos estavam sentados, me encarando.

 – Bom dia, Helena. – Disse Konan, sentada no sofá mais próximo de mim, entre Pain e Deidara.

 – Bom dia. – Eu disse com calma.

 – Pode me ajudar a preparar o café da manhã? – Konan perguntou, levantando-se.

 – Claro.

 Segui Konan até uma porta a nossa esquerda, e quando estava prestes a entrar, ouço um assobio e uma voz irritante:

 – Ficou bem sexy com essa capa, gata. – Sim, era o irritante do Deidara.

 Com um sorriso falso no rosto, virei e caminhei até ele, chegando bem perto do rosto, depois o peguei pela gola e o levantando, com um olhar ameaçador e sem o mesmo sorriso falso.

 – Sabe, eu ainda estou com o bracelete. – Mostrei o bracelete no braço direito. – E não tenho mais o antídoto para o veneno que uso. Ou seja, se eu usar uma única Senbon envenenada, você não sobrará para contar história. Entendido? – Eu disse, em um tom bem ameaçador. Ele assentiu e afirmou com a cabeça. – Ótimo. Não quero mais nenhuma gracinha.

 Foram ouvido alguns “uhhh” enquanto eu o soltava. Andei até Konan, que ficou olhando a cena com um sorriso discreto. Entramos na cozinha e ouvimos alguns murmúrios, mas que pude adivinhar que eram sobre o que acabara de acontecer. A cozinha era ampla e bem limpa, com alguns armários, uma geladeira, uma pia e uma mesa grande.

 – Como aguenta ele? – Perguntei à Konan, com certa raiva na frase.

 – Não aguento. – Ela suspirou.

 Fizemos algumas coisas para o café da manhã. Não sei como ainda eram magros, era muita comida só para o café da manhã. Konan chamou todos e logo eles foram para a cozinha, sentando-se na grande mesa.

 – Konan, tem algum rio ou lago por aqui? – Perguntei, enquanto Konan juntava-se a eles na mesa.

 – Tem uma afluente ao sul daqui. Por quê? – Konan disse, me fitando.

 – Eu tenho que fazer algo. – Inclinei-me para a mesa e peguei uma maçã. – Obrigada por me dizer.

 Quando estava virando para sair da cozinha, lembrei “eu não sei onde é a saída”.

 – Onde é a saída? – Perguntei.

 – Sete portas antes do seu quarto. Na sala tem duas portas. Entre na porta da esquerda, nunca entre na porta da direita. Suba as escadas, e quando tiver apenas uma parede, tire o selo que há. Depois coloque o selo no mesmo lugar e saia pela passagem que aparecerá. – Konan disse.

 – E para voltar?

 – Algum de nós irá traze-la de volta. – Ela respondeu novamente.

 – Por favor, qualquer um, desde que não seja o loiro idiota.

 Saí dali e fui em direção ao meu quarto. Quando cheguei na porta que Konan me falou, abri-a, entrei na porta esquerda e fitei a alta escada de terra. Comecei a subir. Somente as tochas iluminavam o corredor extenso. Parei em frente a uma parede de pedra e tirei um selo da mesma. Uma passagem abriu-se. Coloquei novamente o selo no mesmo lugar em que estava e saí rapidamente. A passagem fechou-se atrás de mim. A claridade fez meus olhos arderem. Quando me acostumei com aquela forte luz, olhei para os lados. Haviam apenas árvores, flores e uma grama bem verde. Deixando de me importar com o lugar, fui para o sul, onde Konan disse que havia uma afluente. Levou alguns minutos para chegar, mas logo avistei uma afluente com água cristalina. Havia poucas árvores perto da mesma, mas eram árvores grandes.

 Então, se eu tentar ficar sobre a água, posso molhar toda a minha roupa. Mas se eu tentar concentrar chakra na minha mão e socar uma árvore, vai doer. Qual é pior: roupas ou ossos? É, acho melhor eu ficar com a parte da afluente. Tirei a capa da Akatsuki,a coloquei em baixo da árvore mais próxima da afluente e tentei concentrar ao máximo meu chakra nos meus pais. Fui até a afluente e andei sobre ela em passos lentos e cuidadosos. Consegui ficar alguns segundos caminhando sobre a água, até eu cair e me afogar, mas consegui voltar à margem, ainda tossindo. Quando me recuperei, voltei a caminhar sobre a água e, inúmeras vezes, acabei caindo.

 – Você foi péssima. – Ouvi uma voz fria. Olhei em direção à árvore mais próxima e avistei Itachi, sério, com aqueles olhos vermelhos.

 Fui até a árvore e peguei a capa. Me cobri com ela, tremendo pelo frio que a água me causou. Sentei em baixo da árvore e me encolhi, tentando esquentar-me um pouco.

 – Há quanto tempo está aqui? – Perguntei sem encara-lo.

 – Muito tempo. – Itachi respondeu, estendendo as mãos para mim, uma com uma erva estranha e outra com uma garrafa de água. – Konan mandou. Como você estava demorando, ela presumiu que precisasse dessa erva para controlar o fluxo de chakra.

 – Mas, não preciso fazer um chá com a erva? – Eu perguntei, pegando a erva e a garrafa das mãos dele. Olhei aquele anel vermelho no anelar direito de Itachi. Era um dos anéis da Akatsuki.

 – Ela disse que essa erva é diferente. Ela tem um rápido efeito, e se você beber como chá, ela irá demorar para fazer o efeito. – Itachi explicou.

 Coloquei a erva na boca e engoli com a água. Até que não era ruim, mas era meio estranho o gosto. Estendi a garrafa para Itachi, que a pegou em pouco tempo.

 – Obrigada. – Eu disse.

 – Por nada. – Ouvi aquela voz. AQUELA voz. Mas não podia.

 Levantei bruscamente e olhei em direção à voz. Onde deveria estar Itachi estava quem eu menos esperava. Arregalei meus olhos e dei um passo atrás.

 – Obito? – Sussurrei.

 – Você foi embora da vila sem dizer nada, não é? Esperava que eu não descobrisse? – Ele falou com certa agressividade. – Mas tudo bem. Já tenho companhia. – Ele acalmou a voz. E logo saiu aquela mulher de cabelos negros, que estava o abraçando no distrito Uchiha naquele dia, e dizendo aquelas coisinhas que me irritaram.

 No momento em que vi aquela garota,eu cerrei meus punhos, tentando me controlar para não dar um soco bem na cara dela. Mas, ao mesmo tempo, eu mordia meu lábio inferior, tentando engolir a vontade de chorar. Mas também tinha o lado covarde, o meu lado que queria dizer tudo que eu pensava no momento e tudo que sentia, mas não tinha coragem.

 A garota enganchou seu braço no dele e depois deu um selinho nele. E eu ali, parada, praticamente anestesiada, sem sentir nada, apenas um buraco fundo e frio no meu peito. Eu fiquei sem saber o que fazer. Não sabia se eu chorava, gritava, brigava, e tudo que me viesse em mente. Eu não tinha forças para falar uma palavra, não tinha forças nem para me mover. E apenas naquele momento percebi que já derramava lágrimas. Eu tenho certeza que se eu continuasse ali, seria mais doloroso. Mas eu não tinha forças para dar um passo.

 E foi aí que eu raciocinei: como Obito me encontrou? Ou seja, não tinha como. Eu fui muito discreta enquanto procurava Sasuke, não deixei nenhum tipo de pista, afinal, não queria que Orochimaru me encontrasse. Mas como ele poderia estar aqui? Vamos ser lógicos: Itachi não está aqui, mas ele estava com o Sharingan ativado; isso não é lógico? Ele apenas usou o Sharingan em mim, só para usar um maldito genjutsu.

 Limpei as lágrima que teimavam em cair e tentei controlar o chakra. Como Itachi me disse, a erva tinha um efeito rápido, então eu já deveria conseguir controlar o chakra. Demorei alguns minutos, mas logo voltei à realidade. Eu estava em pé, em frente a Itachi, que continuava no mesmo lugar que estava antes, mas agora com aquele olhos negros. Sem muita paciência, concentrei chakra na minha mão direita e dei um soco na barriga dele, foi o soco mais forte que já dei em alguém. Ele foi parar em uma árvore um pouco longe de onde estava. Eu olhei para ele, com a boca sangrando. E foi aí que vi o que eu tinha acabado de fazer. Fui correndo até ele, com algumas lágrimas nos olhos, causadas por aquele maldito genjutsu.

 – Desculpa, eu fiquei zangada. – Eu disse, com a voz chorosa.

 – Antes que me bata mais uma vez, tenho que te dizer que foi ideia do Deidara. – Itachi disse, apoiando-se em mim para andar. – Agora, pode me curar?

 – Precisamos voltar. Eu não sei fazer um jutsu ainda. Mas eu tenho alguns livros e posso tentar.

 Ele fez alguns selos e nos teletransportou até o forte. Quando chegamos, estávamos na sala de reuniões. Todos nos olhando. Eu continuava apoiando Itachi para que ele conseguisse andar. Konan correu até nós e ajudou Itachi a andar.

 – Leve ele para um lugar onde eu possa cura-lo. – Pedi á Konan.

 Konan foi em direção aos quartos. Eu olhei para todos na mesa, com a vista embaçada. Quando meus olhos encontraram Deidara, eu fui até ele e o peguei pelo pescoço. O segurei contra a parede e o avaliei. Ele me olhava de forma nervosa e culposa. Apertei mais minha mão contra seu pescoço.

 – Eu te avisei que se fizesse mais alguma coisa, eu iria te matar. E é o que eu vou fazer agora. – Eu declarei. Apertei mais minha mão no seu pescoço, até ele arfar.

 – Helena. – Ouvi uma voz sombria atrás de mim. Era Madara. – Nós precisamos dele. Será que pode larga-lo.

 – Não. Ele irritou muito. Eu avisei para ele não se meter comigo, mas não adiantou. – Eu disse.

 – Se não me obedecer, eu mesmo vou fazer as honras. – Madara disse com a maior calma.

 – Eu estou cansada. Não consigo ficar nem 24 horas em um lugar sem que um idiota como ele me incomode. – Eu disse e logo soltei Deidara. Ele tossiu por algum tempo. – Se meter-se comigo outra vez, não vou me importar com ninguém, vou mata-lo. Esse é meu último aviso. – Declarei.

 Saí dali e fui para meu quarto bem rápido. Peguei um livro de medicina e voltei para o corredor escuro. Konan me esperava em frente ao seu quarto. Ela me guiou até o quarto de Itachi. Quando cheguei, ela saiu e me deixou com ele. Ele não estava tão ruim, mas estava machucado e dolorido. Peguei o livro e procurei um jutsu médico fácil para iniciantes e o fiz. Depois disso, Itachi estava bem melhor. Quando peguei o livro e me levantei, ouço a voz dele:

 – Obito é seu sensei, certo? – Ele perguntou.

 – Sim. Mas você não deveria ler meus pensamentos.

 – Como sabe que eu fiz isso?

 – Estudei o Sharingan por um tempo com meu irmão.

 – E meu irmão? – Itachi perguntou em um tom baixo.

 – Se preocupa com ele? – Perguntei surpresa.

 – Ele é meu irmão.

 – Ele quer se vingar de você e Orochimaru está o “ajudando”.

 – Eu sei.

 Me despedi e saí dali. Fui para meu quarto e comecei a ler os livros de medicina até cerca de 17 horas. Então fui procurar por Konan. Quando cheguei na sala de estar, estavam todos lá, sentados nos sofás.

 – Konan, posso falar com você? – Eu disse gentilmente, ignorando a presença de Deidara. Ela me seguiu até a cozinha e eu continuei: – Você mandou aquela erva para mim?

 – Sim. Funcionou? – Konan disse.

 – Sim. Obrigada. Mas, como sabia o que usar?

 – Provavelmente selaram seu chakra sem você saber. – Ela explicou.

 – Obrigada.


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Notas finais do capítulo

Quem mais ta com vontade de matar o Deidara? arrrrg



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