A Ultima Fuga escrita por DM


Capítulo 66
Capítulo 66- A despedida


Notas iniciais do capítulo

Pessoal obrigado pelos comentarios



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A refeição foi barulhenta. Ela se encontrou rindo com o Spencer das coisas engraçadas que as crianças diziam, e da maneira como descreviam sua vida na índia e os criados que tinham lá.

Peter contou que seu pai sempre se zangava com o menino encarregado de balançar o abanador.

– Ele só vivia dormindo!- diz Peter

Carol elogiou a comida e a prata da casa. Observando Biron a menina disse com ar crítico: Se ele fosse nosso criado na índia, teria que usar um turbante!

Era inpossível ser solene com as crianças presentes. Emily terminou desistindo de mandá-las ficar quietas e comer. Em vez disso ria e as encorajava a divertir Spencer.

Agora, pela primeira vez, Spencer parecia muito jovem. Provocava Emily como fazia com as crianças, animando-as a dizer coisas extravagantes. Não se importou quando Carol virou seu copo de limonada, Peter deixou o garfo cair e Taylor não deixou por menos e se divertiu muito.

Somente quando Emily mandou as crianças para cima, para descansarem antes da chegada de Aria, foi que ficou a sós com Spencer, por um momento. Estavam na biblioteca.

– Vai sair agora? perguntou Emily

–Quero dar uma olhada nos cavalos antes que escureça. Isso quer dizer que devo partir imediatamente.- diz Spencer

–Vai voltar amanhã?- diz Emily

–Acho que sim. Stavordale, de quem vou ser hóspede, convidou-me para ficar duas noites. Mas é provável que eu regresse amanhã à tarde.- diz Spencer

–Espero que sim- diz Emily, involuntariamente.

Spencer encarou-a, e Emily falou, depressa: Desculpe... não pense que estou sendo maçante. É a primeira vez, desde que cheguei, que você vai viajar. Não posso deixar de me sentir apreensiva.

–Preferia que eu não fosse?- diz Spencer

–Não, claro que não! Eu nunca iria pensar nisso! Por favor, esqueça o que disse... Foi uma idéia.- diz Emily

– Você não deve ter medo. Sua Baba vai chegar, e a casa está cheia de criados.- diz Spencer

– Você parece que está falando com Carol!... -disse Emily- Vá e divirta-se. Se quiser ficar duas noites, não se incomode comigo. Eu compreendo. E depois, não iria fazer-lhe companhia esta noite. Quero ajudar Ella com as crianças.

Emily teve a impressão que Spencer ia dizer alguma coisa. Mas ela pareceu mudar de ideia. Calou-se por um momento e falou com firmeza:

– Está bem. Até amanhã, Emily. Mas quando eu chegar vamos conversar tenho um assunto serio para tratar com você- diz Spencer seria

Emily queria saber o que era mas não perguntou. Spencer deu um selinho em Emily. Emily e saiu da biblioteca e foi cuidar das crianças.

Spencer logo saiu junto com Caleb.

Emily deitou Carol e Peter, disse-lhes que procurassem dormir, e fechou as cortinas. Martha alimentara Thomas e o colocara em seu berço. Taylor foi ver a pequena Pam. Os quartos tinham sido limpos, o fogo brilhava na lareira.

Não achando nada mais a fazer, Emilydesceu ao andar térreo. Como esperava, Spencer já tinha saído. No entanto, ela gostaria de ter falado com ela novamente.

Spencer fora muito gentil à noite passada na verdade ela sempre era gentil. Emily não lhe tinha agradecido o suficiente, por ele ter desistido do jantar em Stafford House, para jantar em sua companhia e conversarem até o fogo da lareira enfraquecer.

Tinham conversado sobre muitas coisas. Sobre a França e a Itália, que Spencer conhecia, sobre a Grécia, que Spencer visitara apenas uma vez. Sobre Veneza, onde Emily nunca estivera.

– Um dia, vou levar você lá -dissera Spencer, casualmente, como se Emily fosse de fato sua mulher- Você vai gostar dos canais estreitos, da beleza das casas, do esplendor das igrejas, e acima de tudo da sensação de viver em um mundo muito diferente do nosso. Não há movimento nas ruas, nem ruído de carruagens e cavalos. Apenas o arrulho dos pombos e o riso das pessoas.

– Deve ser maravilhoso! -exclamara Emily

–Acho que é o lugar ideal para se estar com quem se ama -dissera Spencer

– Já esteve lá com alguém a quem amava?- diz Emily

– Não, nunca, e não sei por quê. Sempre que estive lá, fui sozinho ou com amigos. Talvez seja a única cidade que visitei sem ter ninguém ao meu lado- Diz Spencer fizera uma pausa.

– ...a quem pudesse amar -completara Emily.

– É uma maneira bonita de dizer as coisas - comentara Spencer, sorrindo.

– Ninguém devia ficar sozinho em lugares bonitos. Nem apreciar paisagens maravilhosas, sem ter um amigo com quem compartilhar o entanto!- diz Emily

– E, naturalmente, a pessoa certa seria alguem que se amasse -dissera Spencer.

– Para a maioria das pessoas, sim. Eu tinha meu pai e estar com ele era tudo que eu desejava.- diz Emily

– Tudo?- diz Spencer

Emily estivera a ponto de responder afirmativamente. Mas lembrou-se de que, uma vez, estando em Atenas, desejara ter alguém a seu lado para lhe dizer as palavras de amor que os gregos pronunciavam desde a Antiguidade. E em Roma, novamente, ela sentira a mesma sensação ao contemplar as fontes brilhantes sob os raios do sol, e o Fórum iluminado pelo luar.

Era uma menina, então. Mas tinha sonhado com o amor. Em amar e ser amada, sentindo os olhos de um homem nos seus, e os braços dele acariciando-a...

Mais tarde, ela aprendera que os homens eram grosseiros. O amor era apenas um nome bonito para alguma coisa sórdida, que ela tremia só de pensar!

De súbito, lembrara-se que o Spencer esperava uma resposta. Spencer a observava. Emily não compreendera que seu rosto era muito revelador, sob a luz da lareira.

De repente, Spencer mudara o rumo da conversa.

Emily pensara que Spencer se preocupava com seus sentimentos, imaginando que ela tivesse lembranças desagradáveis. Mas, depois, Emily se convencera de que a conversa a tinha aborrecido.


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Notas finais do capítulo

Pessoal eu li uma fic muito boa e pra quem curti Emaya eu recomendo
http://fanfiction.com.br/historia/357199/Emaya_Forever

Bjs