Speed With Danger escrita por LittleFairy


Capítulo 32
Capítulo 13 - Discovered


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vocês estão? Espero de coração que bem!
Ano novo começando e eu resolvi retomar a história. Sei que fiquei, muito, muito (...) muito tempo mesmo sumida, sem dar uma satisfação.
Bem a questão é que quando eu comecei a escrever essa história eu tinha tempo, depois começaram a acontecer vários problemas e meio que minha inspiração acabou, morreu e eu abandonei.
Até que um dia eu recebo uma atualização de uma história que eu acompanhava a MUITO tempo e que finalmente tinha sido postado um capítulo novo e pensei que não era justo com quem sempre leu a história, comentou e enfim.
No final eu explico mais algumas coisinhas, mas já adianto que a fic está TOTALMENTE escrita. Então postarei todos os capítulos e espero que gostem.
Beijos.



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“O futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros” (Alvin Toffler).

No capítulo anterior

Jazz não aguentando pegou a moto e saiu sem rumo pela cidade e achou um penhasco, estava tão atordoado que nem notou que o carro da amiga estava ali e ao aproximar-se notou a mesma sentada na beira do precipício conversando com a mão na barriga

— E agora meu bebe? – falava entre soluços

— Alice eu vou ajudá-la – a voz de Jasper saiu sem que ele percebesse assustando ela – desculpa o susto – começou a se aproximar vendo o olhar de raiva que ela lhe direcionava – entenda, não queria ser pai agora, mas não irei fugir de minhas responsabilidades.

— Jasper não falei ou inventei isso para que fique comigo, se é isto que está pensando – olhou para ele magoada – eu só não esperava aquela reação ou aquelas palavras... - Naquele momento as lágrimas escorriam de seus olhos foi então que percorreu o olhar por um Jasper imóvel a sua frente e voltou a abaixar a cabeça ainda triste por tudo que tinha acontecido.

— Alice entenda, não posso simplesmente dizer que eu te amo se não sei o que de fato sinto por você – suas palavras pareciam ser ditas ao vento, de tão baixo que era seu tom de voz, mas ela conseguiu escutar.

— Tudo bem Jazz, eu entendo – disse triste e acariciando a barriga entrou no carro, dirigindo de volta para casa e distraída nem notou quando Jazz a seguia de moto.

Assim que entrou em casa foi recebida por Esme e por uma Isabella preocupada. Contou para elas onde estava e o que conversou com Jasper, em seguida subiu dizendo que precisava descansar.

Quase que sincronizado o loiro entrou e olhou pros amigos com lágrimas nos olhos, então notou quando a Bella aproximou-se dele, tocou seus ombros e com um tom de voz suave tentou confortá-lo.

— Ela vai acabar te perdoando Jazz, sabe como a fadinha é sentimental, só que as emoções dela estão afloradas por conta da gravidez, vai ser difícil, mas vai passar, confia – sorriu docemente e lhe abraçou.

— Espero Bells – disse se levantando e indo para seu quarto, o restante ficou na sala, uns jogando vídeo game, outros conversando sobre o encontro que teriam em breve.

Aos poucos os amigos foram em direção aos quartos e o silêncio tomava conta da mansão.

Sexta havia chegado e o clima começava a normalizar após a descoberta da gravidez de Alice. Logo anoiteceu e todos se prepararam para o encontro com a irmã de Klaus, exceto aqueles que ficariam em casa por precaução.

— Nervosa? – Katherine se aproximou de Isabella que olhava fixamente para a entrada do galpão, o olhar das duas era um misto de ansiedade, curiosidade e preocupação.

— Sim – respondeu direcionando seu olhar para a amiga – agora temos que ter mais cuidado com toda a situação da Alice, fora os ânimos entre ela e Jazz que não está lá essas coisas – Bella fez uma pausa e colocou as mãos na cabeça como se estivesse muito cansada e suspirando prosseguiu – então o fato de estarmos expostos, de certa forma, me incomoda e preocupa – sua voz era calma, apesar do seu olhar dizer o contrário.

— Verdade, por isso não trouxe os demais? – a morena encarou Isabella, que respondera com um aceno de cabeça – não confia nela, não é mesmo? – um sorriso da jovem foi o bastante para confirmar a pergunta.

— As donzelas vão conversar ou vamos partir pra ação? – Emmett falou com certa empolgação, fazendo com que elas rissem.

— Calma grandão – Nessie retrucou rindo – não está indo para a terceira guerra mundial – ele riu e assim que Isabella passou por eles em direção ao galpão os demais a seguiram – acha que foi boa ideia deixar alguns em casa? – ele questionou ao ver Rebecca com alguns caras mal encarados.

— Finalmente pirralha, poderia ser mais pontual da próxima vez não? – Rebecca demonstrava impaciência, e tinha o mesmo olhar frio de Klaus.

— Desculpe, mas meu relógio não é britânico – Isabella a olhou com petulância e seu tom era sarcástico, as duas se aproximaram ao mesmo tempo e ficaram frente a frente se encarando – diga logo porque me chamou aqui!

— Vejo que só vieram alguns de vocês, por quê? – Becca passou os olhos por Damon, Nessie, Emmett e Katherine e voltando por fim para Isabella a sua frente, um pouco mais baixa que ela, só que tão desafiadora quanto à própria Rebecca.

— Acha mesmo que eu iria nos expor tão facilmente? – um sorriso prepotente surgiu nos lábios da morena – mas diga, porque me ligou e o que quer de uma vez – dessa vez o tom de Bells foi autoritário.

Rebecca se afastou e cruzou os braços enquanto encarava o grupo a frente – Klaus é nosso inimigo em comum – fez uma pausa - ou acha mesmo que ele não vai mata-la quando, ou melhor, se me entregar pra ele? – sua voz começou a suavizar e seu rosto mostrou todo o cansaço por trás daquela postura fria e dura, apesar de jovem ela aparentava ser mais velha do que realmente era.

— O que a faz pensar que pode confiar em mim? – Isabella olhou atenta e cruzando os braços.

— Você assim como eu tem uma família e vai lutar por ela – um sorriso de canto surgiu nos lábios de Rebecca – escuta Isabella, aquelas nossas briguinhas no passado por conta de boneca devem ser postas de lado. Entenda que tudo isso é muito maior do que você imagina, e não sou o único alvo do Nick – respirou um pouco antes de continuar – seu pai havia feito negócios com o meu, ainda não tinha fugido quando isso aconteceu...

— Sim, disso eu me lembro, mesmo que pequena. Foi nessa época que você passou a frequentar minha casa – falou com uma sombra em seus olhos, lembrar-se desse tempo a machucava.

— Quanto mais Aro ganhava, mais se afundava na escuridão sem volta. Ele queria absolutamente o mundo aos seus pés. Foi então que meu pai começou a ficar com medo de perder seu posto no parlamento e quis sair – ela encarou a jovem a sua frente, mas era como se olhasse além, como se visse o passado rodando ali, como um filme - seu pai ameaçou entregar ele, meu pai disse que iria perder de qualquer forma e que iria entregar todo o esquema – um suspiro saiu de seus lábios – naquela noite meu pai voltou transtornado pra casa e Klaus tentou convencê-lo a continuar no esquema, afinal nossa família havia enriquecido muito desde que se aliara a Aro.

— Minha mãe havia me dito algo sobre isso – o tom de voz de Bella ficou mais suave, afinal, Rebecca tinha razão e ela a entendia mais do que nunca agora. Apesar disso sua postura atenta continuou enquanto a outra prosseguia a história.

— Meu irmão convenceu meu pai a sumir de Londres, disse que assumiria o lugar dele nos negócios, dava mais dinheiro do que trabalhar no parlamento e também o esquema já estava todo armado – outra pausa – logo seu pai adotou o meu irmão como seu queridinho e eles ganharam o mundo, Klaus sucumbiu ao poder do dinheiro e tornou-se sombrio. Um dia seu pai decidiu que iria romper as coisas com meu irmão e simplesmente tentou se livrar dele – Rebecca fechou os olhos, como se aquilo que fosse contar a machucasse demais, mordeu os lábios e com uma respiração funda prosseguiu – foi então que as coisas começaram a sair do controle...

— Como assim? – Damon que até então estava quieto ao lado dos demais se pronunciou.

— Simples Salvatore, Klaus não é do tipo que leva desaforo pra casa e com a parceria rompida ele perdeu muito dinheiro – encarando-o respondeu – ele começou a enlouquecer. Meus irmãos fugiram com medo, meus pais tinham ido muito antes disso, nunca mais falei com qualquer pessoa da minha família.

— Mas e você, o que a fez ficar? – dessa vez foi Katherine quem perguntou.

— Caroline – aquela resposta, apesar de um nome, começava a fazer sentido para Isabella e atenta continuou a ouvir a história – a única pessoa que pôde colocar um pouco de juízo na cabeça de Klaus. Ela foi morar conosco após a morte dos meus tios e meu irmão apaixonou-se por ela, mas não o tipo de amor que vejo em vocês – apontou em direção ao único casal naquele momento – era um amor possessivo, doentio. Não demorou e ela começou a se afastar – seus olhos ficaram embaçados com as lágrimas que começavam a vir – como eu já disse, ele não aceita perder e no ápice da sua loucura, bateu nela a ponto de quase matá-la – a voz dela era tremula e as lágrimas caiam sem permissão – então comecei a perceber que ele estava mais parecido com Aro Vonturi do que imaginava.

— Sinto muito – a voz de Isabella foi sincera, mas o olhar de Rebecca deu a sensação que não acabava ali.

— Apesar de assustada com a reação dele, ela também o amava – um riso abafado saiu dos lábios da loira – amava tanto que chegou a dizer que esqueceria tudo se ele fugisse com ela, que largasse mão de tudo e fossem juntos para qualquer parte do mundo – Nessie queria correr e abraçar a jovem a sua frente – mas meu irmão não enxergava, ele não queria ver eu acho, ou já havia sido dominado pela loucura, e então bateu demais em Caroline, ela não aguentou e desmaiou – sua voz tornou-se mais dura naquele momento e secando as lágrimas com rapidez prosseguiu – naquela noite eu decidi que a protegeria do monstro que meu irmão se transformou, eu apaguei nossos rastros, mas parece que ele não foi por muito tempo, e ele nos encontrou.

— Nossa, que filme de horror – Emmett falou chocado com a história, Isabella não tinha palavras e Damon segurou sua mão que estava trêmula.

— A última surra que Carol levou a deixou sem memória, é como se aquele tempo não existisse e é assim que vai continuar sendo – a determinação de Rebecca fez os Cullens sorrirem brevemente – por isso sei que posso confiar em vocês.

— Quem te garante isso? – o tom de voz de Isabella saiu brincalhão enquanto se aproximava com as mãos estendidas para Rebecca que brevemente sorriu, segurando a mão estendida e a apertando.

— Mas ainda existe a outra parte da história, que é onde entra você – ela encarou o olhar surpreso da morena a sua frente.

Nesse momento um frio cortante tomou conta da jovem e ela sentiu que as próximas revelações seriam um tanto que decisivas para seu futuro.

PVO Isabella

— E o que eu teria a ver com esse circo todo? Seu irmão apenas nos contratou pra te entregar junto com a Caroline – falei tentando parecer calma, mas algo em mim dizia que os dias que viriam seriam estressantes, me lembrando de quando meu pai era vivo.

— Se o seu pai tivesse honrado o compromisso com Klaus ele não teria perdido tudo, na cabeça dele, Aro deveria morrer em suas mãos – eu não sabia se gostaria de saber o restante, mas ela continuou – você matou seu pai antes que Klaus o fizesse, para ele você assumiu a dívida do seu pai – aquilo me atingiu como um tiro, e não pude deixar de me arrepiar – meu irmão já deve ter planejado tudo, ele vai querer te torturar, a única forma que eu imagino que ele vá te atingir é matando a sua família antes de matar você – aquilo estava sendo demais para mim, senti Damon se aproximar e me puxar pela cintura, o olhei agradecendo mentalmente, as palavras dela giravam na minha mente.

— Certo – ouvi Katherine falar ao meu lado – nos motivou a unir forças com você – eu não estava me sentindo bem, mas afirmei com a cabeça concordando que apoiava também – só temos um probleminha...

— Qual? – Rebecca deu um olhar inquisitivo para ela

— Klaus está monitorando cada passo nosso, ele vigia a gente, na primeira sombra de traição estaremos todos mortos – ela pausou e continuou – incluindo você.

— Eu já pensei em tudo – jogou um celular para nós – e você disse bem, ele vigia vocês, não vigia a mim. Fora que ele não sabe o que sabem até agora – ela me encarou um pouco divertida – está na hora de jogar esconde-esconde com o meu irmãozinho – ela soltou uma gargalhada antes de continuar – vamos nos comunicar por esse aparelho, afinal, Klaus não sabe do nosso contato e admito que deixar os outros em casa foi um tanto quanto inteligente.

Pensar em Alice grávida no meio dessa turbulência me deu vontade de vomitar, não me sentia assim há muito tempo, desde que pensei ter perdido James. Senti o aperto de Damon em minha cintura e uma onda de calor tranquilizar o meu corpo.

Fizemos os últimos acertos com ela, combinamos de nos encontrar antes da aula e em uma semana colocaríamos Klaus em seu lugar e voltamos pro nosso carro. Tínhamos ido só com o carro de Damon, entramos e seguimos para casa.

A viagem foi silenciosa, a frase de Rebecca não saia da minha cabeça – ele vai querer te torturar, a única forma que eu imagino que ele vá te atingir é matando a sua família antes de matar você — e foi quando senti uma mão sobre a minha, fechei meus olhos como que tentando organizar meus pensamentos, ninguém se atreveu a dar algum palpite, ninguém ali na verdade tinha absorvido o que ouviu no galpão.

Damon estacionou, mas eu estava alheia demais a tudo para notar que tínhamos chegado, foi quando senti que ele me puxava para um abraço me tirando do carro no processo – me leva pro quarto, não quero falar com ninguém – ele falou algo pro Emm que saiu na frente e pegou no colo como se fossemos recém-casados, não contive o riso – eu ainda sei andar sabia?! – ele riu fraco.

— Eu sei, mas eu quero te levar assim já treinando pra lua de mel – aquelas palavras me atingiram e me fizeram pensar no que estava por vir, como que lesse meus pensamentos Damon respondeu – vai dar tudo certo, você sempre dá um jeito – e sorriu para me dar confiança, sorri fraco em resposta e fomos pro quarto evitando olhar pro restante na sala, não queria encarar Alice agora, ou até mesmo Rose e Jacob, nem mesmo a minha mãe, me sentia fraca para passar qualquer dose de coragem a eles.

Naquela noite eu dormi agarrada a Damon, não falamos mais nada, apenas nos abraçamos até que peguei no sono.


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