E então assim foi. Regressámos a casa, fomos a conversar, o Diamante contava piadas e ria de uma forma contagiante. Eu ansiava o momento em que……..

- Então, que foi?

- Nada, Diamante. Lembrei-me do Safira.

Eu  estava a sentir muitas emoções ao mesmo tempo, que não conseguia controlar. Sabia que o amor me confortava, mas a vinda do irmão do Diamante estava a deixar-me angustiada.

- Amanhã será um novo dia, e isto é uma coisa entre irmãos. Não te quero envolver mais, minha borboleta.

Finalmente chegámos a casa. Depois de termos comido algo, eu vesti a minha camisa de noite e ele vestiu uns boxers. Eu atrevi-me e perguntei:

- Diamante, isso é para me provocar?

- Hoje apetece-me dormir assim. E bem chegadinho a ti. Se te sentires provocada, tens de estar mais livre… Pensa no nosso passeio, por exemplo. Não te esqueças, que, como me disseste no outro dia…

- …eu ainda não estou preparada. Eu sei, mas parece que fazes de propósito para eu ficar assim… Contigo eu não tenho medo de nada, e sinto que posso voar até ao infinito…

- Gosto muito dessas tuas doces palavras. Agora, vamos dormir?

Não respondi. Entrei na cama, mas ele tinha ido lavar os dentes. Deixei-o ir. Olhei com saudade para a janela, de onde se via a Lua. Nem sequer me apercebi de que o Diamante já estava na cama.

- Para onde estás a olhar, princesa?

- Para a Lua, amor… Estou a pensar no que me disseste, e estou com muitas saudades delas…

Aguentei uma lágrima. O Diamante estava cansado, mas ainda foi muito amoroso:

- Eu sei. Mas agora estamos juntos. Não penses tanto nisso. De certeza que agora elas nos estão a ver e querem que sejamos felizes. Mas o luar está lindo…

Virei-me para o Diamante, queria sentir de novo os seus lábios. Ele não deixou.

- Não te quero ver a chorar por nada. A Lua realmente está muito  linda…….

Foi nesse momento que ele se aproximou e me beijou. Um beijo debaixo do luar, protegido pelas Navegantes. Percebi que o Diamante se estava a entusiasmar, e fiquei com medo.

- Diamante… por favor…

-Desculpa-me, é mais forte que eu. Tu és tão linda. Quero ter-te para toda a eternidade. O meu nome é Diamante, mas tu sim, és quem dá vida ao meu nome.

Emocionei-me e comecei a chorar sem parar. O Diamante não gostou, mas fez uma cara de brincadeira:

- O que é isso? Ainda agora te disse que não te quero ver a chorar.

- É só que… as Navegantes… sem elas eu… eu… não podia estar a viver este amor tão intenso. Já viste, se elas não tivessem aparecido no momento certo? Eu iria continuar na minha busca interminável pelo genuíno amor…

- E eu nem sequer estava aqui.

- Diamante…

- Carla…

Sem nos apercebermos, estávamos os dois emocionados a beijar-nos. Só que num olhar percebemos que tudo estava bem. Ele puxou-me para si e eu, sem hesitar, enrosquei-me nele, deixando que os seus braços me tocassem na cintura. Ele aconchegou-me e esteve muito tempo a olhar para mim, embora eu já estivesse a dormir. Acordei de repente, com um pesadelo. Sem querer, o Diamante também acordou. Eu não disse nada e então aí é que conseguimos dormir…