Aqui estou eu, sentada no colo do Príncipe Diamante. Ele sabe que pertencemos um ao outro, somos um só. Ele tenta beijar-me, mas eu recuso, dizendo-lhe:

- Meu amor, porque é que estás assim? Tão… tão carente…

- Quero mudar o que sou. Eu tenho escondido muitas coisas de ti.

- O que se passa, Diamante?

- Bem, desde que te tenho, desde que descobri o amor, senti-me melhor. Já não quero saber do poder ou da fama, basta-me ver um sorriso teu.

- Tão querido…

- Deixa-me terminar, senão não consigo dizer as palavras certas. Eu sei que tu, estando a estudar, me deixas muitas vezes para trás, eu sei que não é por mal, mas eu entendo a tua necessidade de amor. Eu também a tenho. Eu quero passar a estar mais contigo, como estamos agora aqui…

- Oh… Diamante…

- Eu acho que tens dado todo o teu amor para mim e eu não consigo corresponder.

- Amor, eu amo-te tanto… Eu sou feliz contigo! Durante todo o dia sinto falta do teu toque, dos teus beijos intensos, do teu calor… Mas quando vejo que estás bem, eu consigo ficar tranquila.

- Eu também te amo, minha princesa.

Inesperadamente, ele toca-me na mão e faz uma carícia, como que pedindo autorização para prosseguir. Ele beija-me uma única vez de uma forma carinhosa… Não entendo o que se passa com ele. Acho que há algo que o aflige, e por isso, antes de ele me tocar no meu vestido, paro e olho-o nos olhos. Sinto que aquele olhar está muito vago e distante.

- Diz-me o que se passa, por favor…

- Eu não te quero perder. Nunca. Mas há algo que tenho de fazer e que me vai custar muito.

- O que é? Estou a ficar preocupada, querido.