Volte Pra Mim, Mione escrita por Jujuba Granger


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Ficou curto, mas ficou emocionante por assim dizer. Obrigadinha por lerem lindos :3



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Ela estava intacta sobre os meus braços. Grossas lágrimas escorriam sobre meu rosto, fazendo-as pingar nela. Normalmente ela gritaria comigo, me socaria por molhá-la... Mas não hoje. Não agora. Ela estava com os olhos abertos, por causa do espanto que levou. As últimas palavras que eu recordo foram “Ron, não”. Lembro-me perfeitamente dos últimos minutos que passamos juntos, pelo menos os últimos minutos felizes que passamos juntos. Ela estava com um vestido branco em um domingo de sol. Passeávamos pelos jardins... Sim, Hermione Granger estava de vestido. Seus cabelos estavam trançados perfeitamente. Ela cheirou uma linda rosa branca, apreciando seu perfume natural. Ela dançava em meio às flores e ria. Ria muito, pois se percebia que ela estava feliz. Ela dizia “Quem sabe qual vai ser a próxima vez que farei isso?”. Como se ela já soubesse o futuro que a aguardava. Ela estava apaixonada... Sim, ela estava. Era notável, mas nunca falou para Harry e nem pra mim. Ficávamos na dúvida. Poderia ser Simas, Dino, Cedrico (O lufino popular da escola) ou até mesmo o próprio Harry. Notava-se que não era por mim que o coração da Granger batia... Até alguns minutos atrás, nós estávamos amigos.

Acabei uma conversa com Harry e fui passear sozinho... Quem sabe pensar. Dei a volta nos jardins, e fui para trás do colégio onde havia uma boa árvore para eu descansar antes da próxima aula, e vi um casal se beijando. Algo comum, pois estamos no 6º ano de Hogwarts, né? Eu estava calmo como a brisa hoje. Um sorriso se abriu eu meu rosto, um sorriso maroto. Eu queria a todo custo saber quem era aquele casal, e não perdi a oportunidade de ir atrás de uma árvore para espiar.

Eles pararam de se beijar, mas a garota cujo cabelo era moreno e levemente ondulado ficou de perfil e observei o garoto. Era Malfoy. Estranhei... Mas logo reparei na garota.

_HERMIONE! – Me ouvi gritar, e a morena se virou. Era Hermione. Minha Hermione. A garota da qual eu sempre amei, desde o 3º ano. Ou quem sabe desde sempre.

_Acho melhor você sair daqui, sujeitinho ralé. – Malfoy disse fazendo pouco caso.

_É, Rony. Por favor, vá embora. – Hermione disse com piedade na voz.

PIEDADE? Desde quando eu preciso de piedade? Essa é sem dúvida a palavra que eu mais odeio. Meu sangue ferveu da cabeça aos pés. Corei ferozmente, mas não de vergonha. De raiva. Não sei bem o que aconteceu, a não ser que eu parti pra cima de Malfoy e o soquei até ele cair no chão desacordado. Virei-me para Hermione, que estava desesperada e saquei minha varinha. Não me lembrei de nenhum feitiço bom. Bom, me lembrei de um. Mas não era o feitiço que gostaria de usar em ninguém. Meu orgulho falou mais alto.

_RON, NÃO. – Ouvi Hermione gritar.

_CALA BOCA, SUA SANGUE-RUIM. – Ofendi. – AVADA KEDAVRA.

Quando percebi que Hermione caiu no chão na mesma hora, eu me lembrei do que havia acabado de dizer. Entrei em pânico e joguei minha varinha ao mais longe possível. Corri em direção à Mione e a peguei em meu colo. Julguei-me, condenei-me. Eu preferiria morrer em seu lugar, mas não deixaria barato para eu mesmo. Quero correr, gritar, chorar. Eu realmente chorei, e muito. Gritei? Muito. Corri? Não. Não tive capacidade de abandonar o corpo do meu amor ali, atrás da escola e fingir que não sabia de nada. Alguém descobriria mais cedo ou mais tarde... Eu a amava, e fiz isso. Eu a amo. Ainda a amo. Agora, me sinto tão só. Quais são meus motivos para viver? Toquei em sua face, gélida como gelo. Acariciei sua face macia, minhas mãos tremendo o bastante para quase não a tocar direito. De não a sentir. Fiquei com tanto medo, preferiria que fosse um pesadelo terrível do qual Harry iria me acordar e eu a encontraria na Sala Comunal lendo um livro. Mesmo ela sendo tão irritante pagando a Sabe-Tudo de Hogwarts, eu a amava. Amava aquele jeito dela de ser. Hermione, minha doce Hermione. Minha Mione... Volta. Por favor, meu amor. Por favor, minha vida, volta.

Ela estava intacta sobre os meus braços. Gélida, pálida... Morta.


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