When We Let It Happen escrita por Feh Camargo


Capítulo 5
Capítulo 4




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Pov Ian

      - ei calma lá, vamos devagar no nosso relacionamento. Você já está quase me obrigando a leva-la a minha mãe, não gosto de garotas mandonas- fiz biquinho.

       Cara, com essa eu quase matei a menina. Peg ficou mais vermelha que um tomate. Eu quase não segurei o riso, mas senti meu lábio tremendo. Como ela não viu que era brincadeira?

       - oh, d-desculpe é  q-que hã...

       - Hey! Calma eu estava brincando, é claro que eu vou te dar o cartão da senhora Marrie O’Shea que ela por acaso sempre me obriga a levar comigo – eu sorri. Ela só ficou boquiaberta.

     Tirei minha carteira do bolso e peguei um dos cartões da minha mãe e dei pra ela. Ela pegou ainda sem acreditar

      - você, hm, você... – ficou claro que, ou que ela estava procurando as palavras certas pra me agradecer ou me dar um fora daqueles por sei lá “achar que ela não é capaz de encontrar por si própria uma chance  como essa”, mas continuando – É.. você vai achar isso muito estranho mas... – ela fez uma cara esquisita (pelo menos não vai me dar um fora completo... ou não) – posso te dar um abraço? Você simplesmente acaba de dar a maior oportunidade que eu  já tive em toda a minha vida!

       Sabe aqueles emoticons  toscos que os adolescentes usam? Eu estava que nem um daqueles super fofos (mas especificamente o “ *--* ” ).

       - Claro – acho que meus olhos cintilaram

    Ela tirou cinto e praticamente voou no meu pescoço e ai ficou sussurrando abafado (acho que quase emocionada) “obrigada obrigada obrigada”

       Eu ri com aquilo, não é da minha natureza estar tão de bom humor, mas eu estava. E sempre quando tinha uma deixa para sorrir(seduzir porque eu sou um gatinho, só brincando galera), eu simplesmente o fazia.

       - hey, não foi nada, o talento não descoberto aqui é você.  Mas você não pode perder tempo, minha mãe está muito ocupada com o ultimo desfile do ano e logo logo irá parar as entrevistas. Se duvidar ela já deve estar com umas quinhentas propostas.

      - com certeza, quando você acha que ela vai estar livre?

     - hmm – livre? MINHA mãe?? HAHA pobre e inocente garota, minha mãe nunca está livre. Bom, não em um dia especifico...- o único dia que ela vai estar livre é...

      - qual?

      - hehe no dia em que chegaremos.

       Ela arregalou os olhos . Eu sei que não estava sendo totalmente honesto com ela, se fosse qualquer outra pessoa, teria que marcar uma hora com o baba-ovo da minha mãe, Victor. Argh como odeio esse cara, ele se acha a gatona do pedaço e é todo arrogante... é um otário mesmo. Mas enfim, eu sei que quando minha mãe ver Peg cara a cara vai ama-la, e se ela receber a aprovação direta dela, sem as dificuldades/ tratamento que o Sr Victor dá a todas as outras pessoas, ela vai conseguir o emprego, ou seja lá o que for (EU NÃO ENTENDO DE MODA TA LEGAL?)

     - aah- ela estava pensativa – mas não seria um incomodo? Quer dizer, o único dia que ela está livre só pra te ver... eu não quero incomoda-la com... com trabalho.

      - eu acho que ela não vai se incomodar quando conhecer você pessoalmente

     - não?

    - nããããão – simmmmmmm- - de jeito nenhum – com certeza

    - hmm acho que ok

 É oficial, eu estou ferrado com a minha mãe. Mas só se ela for com a cara de Peg o que é praticamente impossível não gostar de uma pessoa tão fofa e educada como ela, e já imaginou se ela trabalha com a minha mãe? EU IA TER MOTIVO PRA IR NA AGENCIA TODO DIA! Isso é simplesmente perfeito e... EU TO É FERRADO MESMO, minha mãe nunca que vai trabalhar no único dia do ano em que ela tirou pra não trabalhar, eu acabo de estragar qualquer coisa que eu poderia ter com ela

      - você está com seus desenhos ai?- O QUE QUE EU TO FAZENDO?

     - sim

     - ótimo – eu vou chorar

    Mas enquanto isso vamos analisar a situação, estou tendo uma conversa legal e descontraída com uma mulher linda e inteligente que por acaso tem os mesmo gostos que e pra tudo e que confia em mim (o que daqui a algumas horas isso vai mudar), bom mais ou menos

     - ei, já viu a cidade coberta de neve? – hã? Eu estou aqui quase pirando e ela vem falar de neve? Apesar que eu nunca vi do avião

     - hm, não. Está bonita?

     Ela apontou para a janelinha e eu me aproximei.

     Tenho que admitir, além do cheiro dela que era muito bom, a cidade que estávamos passando estava maravilhosa, pena que uma futura tempestade de neve provavelmente iria estragar tudo.

      - nossa – eu disse

     - não é? – ela riu e se virou pra olhar pra mim, mas ela não tinha percebido que eu estava tão próximo, e pra não bater a cabeça com a minha desviou e afundou na poltrona.

      Eu fiquei encarando a janelinha sem ter atenção na vista. Ela estava me encarando, me estudando. Quando percebeu o que estava fazendo, voltou a olhar para aonde supostamente estava  a minha atenção. Até que eu recuei e comecei a fazer a mesma coisa que ela a pouco fazia. Eu realmente  não sei porque eu fiz isso, estava quase obvio que eu queria saber mais sobre ela, queria me aproximar, queria saber sobre sua vida . Queria mais .


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