Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos!! Um novo cap para vocês!



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Capítulo 30

Horace andava inquieto de um lado para o outro na frente dos homens que estava treinando para a batalha. Era uma tarde de puro frio, em que ele queria se enrolar em cobertores e esquecer de tudo. Mas, isso não era possível. Ele sacudiu a cabeça para parar de pensar em sono e fogueira, e focou sua atenção em dois homens que estavam treinando. Ele reparou que em um contra-ataque, a mão de um dos homens estava frouxa no cabo da espada. “Lá vou eu”, pensou o jovem indo até os dois. Ele tropeçou em uma raiz que estava de baixo da neve e quase caiu.

-Merda! – praguejou ele.

-Aconteceu alguma coisa, general? – perguntou um dos homens olhando para o rosto cansado do jovem.

-Não é nada – respondeu o jovem. -Nada a não ser o seu jeito de empunhar essa espada.

-Eu... senhor? – Horace percebeu que o homem estava confuso. “vou ter de demonstrar nesse frio?”.

Horace pegou uma espada de treino que estava empilhada no chão e se voltou para o homem.

-Me ataque – ordenou o guerreiro.

-Senhor?

-Me ataque! – Horace estava começando a perder a paciência.

O homem se assustou com o repentino mal-humor do general e resolveu atacar. – Horace que parecia distraído, bloqueou o golpe por cima de seu ombro com facilidade. – O homem atacou outra vez, e Horace desviou o golpe. Ele achou que era hora de atacar também.

O jovem foi para cima do homem com tanta rapidez, que o outro só teve tempo de bloquear a espada de Horace com um violento choque que fez seu braço ficar dormente até os cotovelos. – Horace recuou e abaixou a ponta da espada.

-É isso que está acontecendo – disse ele ao jovem a sua frente.

-Senhor? – perguntou o homem sem fôlego.

-Você está segurando a espada com muita força – ele pegou a espada e ajeitou a mão do rapaz no cabo. -Tente relaxar o aperto.

-Mas senhor... se eu afrouxar a espada, vão derrubá-la de minhas mãos...

-Segure mais firme quando estiver a segundos de receber o golpe – interrompeu Horace.

Eles ficaram se encarando por alguns minutos e Horace puxou a própria espada e foi em direção ao jovem.

-Pegue a sua espada e tente fazer como eu disse.

O rapaz puxou a espada e se preparou para bloquear o golpe de Horace. Sua mão estava leve ao segurar o cabo, e se firmou quando a levantou para parar a de Horace. As duas espadas se chocaram e a lâmina de Horace deslizou para o lado.

-Está vendo como é mais fácil? – perguntou Horace.

-Sim, Senhor! – respondeu o outro animado.

-Pois agora pratique com os outros – Horace fez um gesto na direção do resto dos homens.

-Quem será o próximo? – ele perguntou.

Um por um dos rapazes foi até o jovem para aprender a técnica, e depois voltavam para praticar com seus colegas animados. – Duas horas se passaram antes que Horace anunciasse o descanso.

-Podem parar! – ele ordenou.

Os barulhos de espadas pararam e todos ficaram em posição de sentido.

- 20 minutos de descanso – ele anunciou -, depois nos encontramos outra vez para lutar 2 contra 1.

Os jovens gritaram animados e deixaram suas espadas no chão, indo procurar alguma fogueira para se aquecerem. – Horace jogou sua espada de treino e começou a andar em direção a tenda de comando que Crowley havia criado para os capitães e e Horace que era o general. Lá também era o lugar de reuniões e encontros para discutir estratégias de guerra sem bagunçar a pequena sala de Malcoln.

Horace entrou na tenda e se jogou em uma cadeira de lona ao lado do fogo. “Graças a Deus”, – pensou o jovem.

A tenda era espaçosa – com um fogareiro em um dos cantos, uma mesa de reuniões para seis pessoas, uma outra mesinha com um mapa de areia da região, e como não poderia deixar de ter, um bule de café virado para baixo no fogo.

Horace se levantou com esforço, gemendo ao sentir as juntas de seu corpo gritarem em protesto, mas mesmo assim foi até o bule e pegou um copo de café com uma colher de mel.

-Delicioso – suspirou o jovem tomando um grande gole da bebida quente.

-Você está acabado – disse uma voz atrás dele.

Horace deu um pulo de susto e se virou para trás, dando de cara com Erak.

-Erak! – exclamou Horace indo apertar a mão do Escandinavo.

-Tudo bem por aqui? – perguntou Erak se sentando em uma das cadeiras.

-Tudo – respondeu Horace. –Vou chamar Crowley e os outros. – Ele terminou de tomar o café e saiu para a neve outra vez.

Erak se viu sozinho na tenda e começou a passar os olhos pelo espaço. Seu olhar caiu sobre um barriu de cerveja escura, que era a sua preferida.

-Svengal – resmungou o Escandinavo se levantando e enchendo um copo com a bebida amarga.

Logo depois, a aba da tenda se abriu e Horace entrou sendo seguido por Crowley e Malcoln.

-Erak! Cumprimentou o arqueiro se sentando em uma das cadeiras. –Como estão as coisas?

-Tudo bem – respondeu o Jarl.

Eles ouviram um barulho desajeitado na entrada da tenda, e logo depois a cabeça de Svengal entrando.

-Desculpe, estava treinando alguns homens – disse ele ficando de pé e reparando em Erak. -Erak!

-Como vai, Svengal? – Erak perguntou apertando a mão do amigo.

-Deixem para se cumprimentarem depois – disse Crowley puxando o braço de Svengal e o empurrando em uma cadeira. -Vamos lá, Erak! Nos conte como estão os nossos amigos Escoceses.

-Anciosos para a chegada do exército principal – respondeu Erak sobriamente.

-Creio que eles jamais verão esse maldito exército – falou Crowley com um sorriso perigoso nos lábios.

-Sim – ajudou Horace pegando outro copo de café e entregando ao arqueiro mais velho.

-Agora... – Erak começou e todos se viraram para ele –, O cardápio de Will e Halt melhorou.

-Que bom – aprovou Crowley.

-Isso prova que você está fazendo alguma coisa – resmungou Horace.

-Bom, o exército principal chega daqui a seis dias, e depois disso será praticamente impossível tomar o castelo.

-Eu já estou planejando tudo para daqui a cinco dias – informou Crowley pegando alguns papéis em sua pasta. –Nós iremos atacar pela muralha oeste, que fica mais próximo das árvores, assim dando mais cobertura.

-Eu posso dividir meus homens em dois grupos – disse Horace se levantando e indo até o mapa do castelo. –Um grupo pode escalar a muralha oeste, e quando os homens que estiverem na leste forem defender as outras, o resto escalam ela.

-Sem contar que temos 30 Escandinavos para ajudar – disse Svengal que até agora não tinha se pronunciado.

-Temos 30 Escandinavos e um espião lá dentro – apontou Malcoln.

-E dois arqueiros doidos para se vingar – falou Erak com a voz sombria. Ele não queria se quer imaginar o que Halt e Will iam fazer com Jhond e Thun.

Crowley deu um sorriso maldoso e se levantou para pegar outro copo de café.

-Um arqueiro nunca quebra a sua promessa – disse ele voltando ao lugar.

-Will disse que está ansioso para mandar pessoalmente um dos Escoceses para o inferno – Erak falou com a voz perigosamente calma –, E Halt diz que vai apresentar sua faca para outro.

-Coitados – resmungou Horace com uma nota de sarcasmo na vóz.

-O fato é – Crowley continuou –, Que nós vamos ter de planejar todos os detalhes agora. Ninguém sai daqui antes de termos um plano perfeito e outro se alguma coisa der errado.

-Eu não posso – Erak disse se levantando e depositando o copo na mesa. –Os nossos amigos estão me esperando. Além do mais, Halt e Will devem estar com fome.

-Vá – Crowley disse revirando seus papéis. -Mande um abraço para eles.

-Para quem? – perguntou Erak. -Para os Escoceses ou para Halt e Will?

Crowley parou de mexer em seus papéis e olhou carrancudo para o Oberjarl.

-Para Halt e Will. – Sua voz estava com um tom perigoso, que Erak teria feito bem em reconhecer.

-Agora vá! – pelo visto Crowley estava perdendo a paciência.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Reviews ou recomendações? Bjinhos!