Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Demorei? Mas já estou de volta! Ah, por favor... deixem uma recomendação! Ah! Vamos lá... não demora nem um minuto! Podem me dar esse presente? Hem? Beijos, lindas (os)!



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Capítulo 28

Will e Halt estavam sentados dentro da sela no subsolo do castelo Macindaw a dois dias. Durante esse tempo, Halt contara a Will que quando eles foram presos, ele havia visto uma escadaria que continuava a descida até... bem, Halt não sabia onde daria. Os dois passaram esses dois dias tentando pensar em hipóteses do fim do caminho, mas como o treinamento dos dois os ensinou, Halt e Will só iam aceitar uma sugestão, depois que comprovassem a verdade. Só que, nenhum dos dois sabiam como poderiam fazer isso sem por a vida do outro em perigo. Os escoceses foram bem claros quanto a isso “se um fugir, o outro vai pagar com a própria vida”, – disse o general em uma de suas breves visitas aos porões do castelo.

Agora, os dois estavam inquietos, andando pelo minúsculo espaço em que foram confinados.

-Droga! – praguejou Will. – Eles tinham passado quase o dia inteiro sem receber as duas refeições do dia.

-Droga – repetiu Halt. -O que eles pensam que nós somos?

-Assassinos ferozes – respondeu Will. -Vermes nojentos, animais. Ou pior, acreditam que nos alimentamos da carne um do outro.

Halt bufou de escárnio. Ele estava morrendo de fome e a ponto de se descontrolar, mas, estava se contendo para ajudar Will. “se eu me descontrolar, não vou estar ajudando ele em nada”, – pensou o arqueiro. Foi até um canto da sela e sentou resmungando:

-Idiotas. Será que não percebem que quanto mais eles fazem, com mais raiva eu fico?

Will se virou para ele cismado.

-Acho que a sua lista está aumentando – comentou despreocupado. – Halt deu um sorriso maldoso para ele, aquele sorriso que Will só tinha visto quando Halt quase teve a chance de matar o temível Morgarath.

-Sim, ela está – confirmou Halt.

Will continuou sua interminável caminhada por dentro da sela, até escutar um barulho que o fez parar de imediato. Ele olhou na direção de Halt e apontou na direção que o barulho havia vindo.

-Sim – disse o arqueiro mostrando as palavras nos lábios. -É só o que faltava para completar nosso dia.

-Comida – sussurrou Will confiante.

-Espero que você esteja certo.

Will foi até onde Halt estava e se sentou ao lado do arqueiro.

-Agora é só esperar nossas visitas.

Depois de alguns minutos, o barulho estava alto – dois pares de pés andando em direção da sela. – Will colocou dois dedos no braço de Halt – um método que ele havia aprendido a fazer e a entender, quando estivessem em situações que não pudessem usar a fala. – Halt devolveu o gesto e esperou.

Um segundo depois eles ouviram um molho de chaves, e depois ela estava virando dentro do cadeado que prendia as correntes das grades.

-De pé! – ordenou a voz conhecida de Jhond.

Os dois homens se levantaram e encostaram na parede áspera.

-Vim apresentar o novo amigo de vocês – continuou o homem. –Já cansei de olhar para vocês.

“Que coincidência, nós também estamos”, – pensou Will.

-O nome dele é Rodrick – Jhond continuou. -Rodrick, esses são os dois porcos que estamos esperando crescer para mandá-los ao matador. O arqueiro e o pequeno arqueiro.

-Cala a sua boca – respondeu Will com a voz perigosamente baixa.

-Não ligue para ele, Rodrick – falou Jhond sem dar atenção a interferência de Will. -Bem, eles são seus. Divirta-se.

-Não se preocupe. Tenho certeza de que vamos nos dar muito bem.

Halt e Will trocaram um olhar de alerta. Esse homem, Rodrik, estava mentindo. Will conhecia essa voz em qualquer lugar.

-Você... é... – mas antes que terminasse, Halt lhe deu um olhar o repreendendo.

-Desculpe...

O homem abriu a sela e entrou com uma bandeja de comida velha e fria.

-São para os dois – falou em voz alta para que Jhond o escutasse. -Comam logo e de boca fechada.

Will e Halt trocaram outro olhar. O jovem arqueiro olhou em volta para se certificar que ninguém estava escutando – então se virou para o seu novo amigo.

-Eu não vou comer essa comida de rato – disse ele fazendo cara de nojo para a comida.

-Eu também não, Erak – Halt disse baixinho.

O escandinavo deu um largo sorriso para os dois amigos.

-Eu nunca achei que iriam – disse ele retirando a tampa da bandeja. – Nessa hora, Will se virou com ânsia de vômito.

-Nem pense nisso – disse Halt segurando o ombro do jovem.

Erak colocou a bandeja para fora da grade, e para a felicidade de Halt e Will, retirou o pano de cima de um prato, revelando pernas de galinhas temperadas com limão e cebolas e com um leve toque de vinho, pão acabado de sair do forno, arroz e um cozido de batatas, cenouras, carne fresca e com vinho e, é claro, uma jarra de café.

-Meu deus... sussurrou Will tomando um grande gole da bebida favorita.

-Graças – falou Halt pegando uma perna de galinha. – Will viu a ação e segurou seu braço.

-Eu quero metade disso – disse ele dando uma mordida na carne.

-Tem mais lá! – disse Halt irritado.

-Não igual a essa – retrucou Will.

O arqueiro o olhou com incredulidade, mas resolveu comer antes que o jovem quisesse outro pedaço.

-Vocês estavam com fome mesmo – comentou Erak se divertindo vendo os dois devorando as comidas. Ele deixou os dois brigarem para limpar o fundo do prato com o último pedaço de pão, que acabou sendo dividido, e pigarreou para chamar a atenção deles.

-Talvez vocês queiram saber – começou Erak. – Os dois olharam para ele.

-Saber o quê? – perguntou Will tampando a boca e soltando um discreto arroto.

-Que Crowley e Horace estão treinando todos os homens que podem para invadir o castelo – continuou Erak. –Ah, tem trinta Escandinavos com eles.

-Que bom – resmungou Halt. –Só que daqui a oito dias chega mais cento e cinqüenta homens.

-Quanto a isso não se preocupem – tranqüilizou Erak. -Crowley está no comando de tudo.

-Tomara – falou Will. –Eu estou com tanta vontade de mandar esse Jhond e Thun para o quinto dos infernos.

-Eu também quero cumprir a minha palavra – disse Halt.

-Sua palavra? – Erak perguntou.

-Sim – respondeu o arqueiro. –Eu prometi ao general que ia apresentar a minha faca para ele.

Will deu uma risadinha, e o olhar fulminante de Halt caiu sobre ele.

-Eu... eu quis dizer... bem, eu não queria estar na pele desse sujeito abominável – disse ele achando as palavras certas.

-Eu também não – concordou Erak. –Se tem alguma coisa que eu aprendi, foi que a sua memória é longa, Halt.

O arqueiro sorriu e olhou para o prato, tentando achar algum resto do jantar.

-A propósito – ele tirou duas bainhas duplas de um saco e estendeu para eles. -Acho que isso pertence a vocês.

Os dois pegaram as facas e as esconderam de baixo de alguns panos.

-Obrigado – agradeceu Halt.

-Tudo bem – respondeu Erak. -Mas, vamos ter que tomar cuidado. Eu me infiltrei aqui para transmitir informações para Crowley,e para melhorar o cardápio de vocês. – Nesse detalhe os dois sorriram. -Tomem cuidado para não me descobrirem. Terei de ser mal, mas é para o bem de todos.

-Nós entendemos – disse Will.

-Pode contar com a nossa discrição – falou Halt. –Se continuar trazendo o café, você pode contar com a gente.

Erak sorriu e estendeu a mão para apertar a deles. Depois, olhou para o prato de comida.

-Será que vocês permitem que eu leve o prato?

-Leve – disseram os dois juntos. – Pela voz, Erak percebeu que eles queriam mais.

-Preciso ir. Tchau – disse ele saindo da sela e trancando as grades outra vez.

-Por segurança – disse ele. –Vai que tentam fugir durante a madrugada.

Mentalmente, Halt mandou o enorme Escandinavo para o inferno.


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Notas finais do capítulo

Mais um cap! O próximo vem no final de semana... Beijos!