Capítulo 16

Em uma estrada paralela da principal que ligava todos os feudos, dentro de uns arbustos, uma mulher jovem estava deitada totalmente sem forças.

Ela tinha se livrado de seus captores, mas isso tinha levado todo o seu fôlego e seu raciocínio.

"Tenho que me controlar um pouco, ou meu filho estará correndo riscos", ela pensou.

A sua mão desceu instintivamente  até a barriga, e ela murmurou baixinho:

-Está tudo bem, logo estaremos em casa.

Ela não sabia se tinha dito isso ao bebê ou a ela mesma.

Nos últimos três meses acontessera tantas coisas em sua vida, que era até difícil acreditar. Em três meses ela casou, engravidou, saiu em uma missão diplomática e quase morreu.

Ela deu um sorriso cansado e seu sub conciênte a levou para um sonho profundo.

A alguns quilômetros dali, a comitiva de Nihon-Jin tinha acabado de desembarcar em Araluen. O imperador tinha vindo para uma visita aos amigos, mas no meio do caminho ele recebeu o convite de casamento.

-Reito-san! chamou Shigeru. -Venha até aqui. Parece que estamos nos dirigindo para um casamento!

Reito, que estava conversando com alguns Kikori que tinham os acompanhado na viagem, se levantou e foi a passos largos para o outro lado do convés.

-Aconteceu auguma coisa, meu senhor? Perguntou sério.

-Chocho irá se casar! Disse ele surpreso.

-Chocho? Com aquela moça? Perguntou curioso.

-Não..., ele irá se casar com a princesa! Respondeu Shigeru confuso.

-Mas... começou Reito sem entender.

-E como fica o Kurokuma? Perguntou Mikeru que tinha ouvido a conversa e foi se juntar aos dois.

-Eu não sei, disse Shigeru ainda confuso. -Pelo que sei, era para Kurokuma ser o noivo...

-Será que aconteceu auguma coisa entre os dois? Perguntou Eiko.

Shigeru apoiou o rosto nas mãos e pensou por alguns segundos.

-Bom, nós só vamos descobrir se apressarmos essa banheira que chamam de barco! Disse o imperador alegremente.

-Vamos! Gritaram os Kikori. -Issho-ni!

E juntos, eles começaram a desprender a vela que estava presa ao mastro. No segundo em que afrouxaram as cordas, a grande vela se encheu de ar e o navio começou a deslizar sobre a água azul-clara do mar, em direção ao por-do-sol.

Quando eles desembarcaram em um terreno deserto, os 40 guardas Senshis se arrumaram em suas posições de escolta, e depois que todos estavam

Montados, partiram em direção leste, para o Castelo de Araluen.

Reito conduziu seu cavalo até emparelhar com o do imperador.

-Essas paisagens são muito bonitas, comentou distraidamente.

Shigeru, que estava distraído observando um pássaro azul no céu assima deles, olhou para Reito.

-Desculpe, o que disse?

-As paisagens. São muito bonitas, repetiu o senshi.

Shigeru sorriu para ele. -Está explicado o por que Chocho e Halto-san usavam aquelas capas manchadas de verde e cinza, disse ele com a sugestão de um novo sorriso. -Aqui tem muito verde, e é fácil para eles serem confundidos com a paisagem.

-Sim, isso não é difícil para aqueles dois, falou o senshi.

Eles cavalgaram durante as próximas duas horas em um bom rítimo. Trinta minutos de um galope rápido, e dez de trot lento. Quando o sol começou a se por, os homens foram observando a estrada com mais atenção, aprocura de um bom lugar para acampar.

Depois de uns bons metros, Shigeru puxou as rédeas de seu cavalo e parou abruptamente. Reito freiou ao seu lado e fez a pergunta que todos queriam saber.

-Meu senhor... mas antes que prosseguisse, Shigeru levantou uma mão pedindo silêncio.

Todos pararam de fazer qualquer tipo de ruído, e Shigeru inclinou a cabeça na direção que vinha o pequeno barulho.

Eles ficaram parados durante uns segundos, e então, o imperador ouviu de novo. Desceu do cavalo e com todo cuidado, retirou o sabre da bainha de couro, fazendo um leve barulho de raspar. Ele se amaldiçoou por isso e deu um passo a frente. Mas nesse momento Reito segurou em seu braço e o virou em sua direção. Os lábios de Reito formaram a seguinte frase: -Não seria melhor voltar a montar? Shigeru devolveu a resposta da mesma forma. –Tenho que descobrir o que é isso. Reito estendeu as mãos em forma de derrota e disse: -Tenha cuidado.

Shigeru fez um gesto afirmativo com a cabeça e se virou para o lugar de que o barulho vinha. Com um gesto, o imperador fez Reito e dois senshis o acompanharem.

Quando entraram no meio dos arbustos, uma figura se levantou e tentou correr, mas a mão firme de Shigeru a segurou pelo ombro. Ela tropessou, e se não tivesse sido segurada pelo imperador teria caído no chão.

A moça apesar de estar suja e um pouquinho assima do peso, era alta, loira e esbelta. “Eu conheço essa moça”, ele pensou. E quando a reconheceu, o próprio Shigeru se assustou.

-Você... você é..., mas foi interrompido por Eiko que terminou a frase para ele.

-Arris-san! Ela é Arris-san! A moça que acompanhava Chocho e Halto-san!

-Sim, é ela mesma! Disse a voz alegre de Mikeru.