Megan e Peter chegaram ao apartamento dela em menos de uma hora, encontraram vários policiais e alguns peritos, tudo estava um verdadeiro caos.Bud surgiu em meio a multidão de marcadores de provas e veio em direção a Megan e Peter.

-Oi Doutora Megan, vejo que está bem melhor.

-Obrigada por se preocupar, onde está o corpo-Megan o encarou com um meio sorriso impaciente.

-Vejo também que não mudou nada.-Bud virou as costas e seguiu até o local onde se encontrava o corpo.-Não tocamos em nada, imaginei que você viria, resolvi esperar-Bud abriu a porta do quarto de Lacey, o corpo estava sobre a cama. Megan ficou em choque, agradeceu aos céus o fato de sua filha está com a sua mãe.

-Fez muito bem!-Respirou fundo e se aproximou do corpo.-Está aparentemente intacto.

-Disse bem, está aparentemente. -Bud se aproximou e apontou a boca aberta do cadáver onde se encontrava um papel.-Não quis pegá-lo.

-Eu faço isso-Megan olhou para Peter e fez um sinal pedindo um pá de luvas, ele as entregou e ela as vestiu rapidamente.-Deixe-me ver.-Megan retirou o papel delicadamente e o abriu.

-O que é?-Peter perguntou curioso.

-Uma espécie de bilhete-Megan tentava decifrar as letras um tanto quanto engarranchadas do bilhete.

-O que diz?- Bud se esticou para olhar.

-Não entendo bem, leia você.

-Ok-Bud recebeu o bilhete das mãos de Megan e o olhou-Diz: Isso foi apenas um aviso, eu estou por perto.

-O que ele quis dizer com: “Eu estou por perto?”-Peter franziu o cenho intrigado.

-Ele literalmente quis dizer que está por perto, e só pode está, quem mais além de mim e a Lacey tem as chaves do meu apartamento?Quem poderia entrar aqui com um corpo sem ser percebido, é quase impossível.-Megan balançou a cabeça imaginando como alguém poderia ter burlado a segurança do prédio.

-Bom, o porteiro disse que não viu nada, os seguranças disseram o mesmo e os vizinhos, a esses nem adianta perguntar, nunca sabem de nada, ainda assim perguntei a sua vizinha de frente, muito bonita por sinal e ela disse que ouviu um barulho estranho vindo do corredor a mais ou menos duas horas atrás, nada alem disso-Bud leu algumas de suas anotações.

-Algo não está batendo, estamos no sexto andar, ele não poderia escalar sem que alguém o visse, também não poderia ter passado desapercebido pela segurança ou pelo porteiro e mesmo que conseguisse, como ele conseguiria entrar sem uma chave?-Megan ainda não podia crer que sua casa havia virado a cena de um crime.

-Bom, quanto a chave, isso é simples. Ele simplesmente pode ter utilizado uma chave mestra, abre qualquer porta e se encontra em qualquer esquina.O que me intriga é o fato dele ter burlado o segurança e o porteiro, já olhei e reolhei as fitas de segurança e não encontro nada, nem uma fagulha fora do normal.-Bud coça a cabeça.

-Não me lembro de ter nos arquivos do caso alguém que morasse por perto ou até mesmo aqui no prédio.-Peter observou.

-É isso Peter, pode ser alguém que não está nos nossos arquivos, alguém de quem não suspeitamos.-Megan os olhou.-Bud, leve o bilhete, peça uma análise da letra, talvez por ela encontremos alguém e reveja as fitas da segurança, pode ter deixado passar algo, voltarei para o laboratório, verificarei se há algo no corpo que possa nos ajudar.-Megan retirou as luvas e deu as costas para os dois.

-Sim senhora!-Bud sorriu ironicamente- E você achando que ela havia sido sequestrada, pobre do sequestrador se tivesse essa ideia absurda

-Bom, o que importa é que ela está bem e melhor do que nunca.

-Você quer dizer, Pior do que nunca, certo?!- Bud sorriu

-É, isso também.