Veneno De Rosas escrita por Annabel Lee


Capítulo 22
Paraquedas Prateados


Notas iniciais do capítulo

Passando aqui para recomendar uma fanficiton muito interessante e cheia de mistérios antigos, chamada Dark Princess - Princesa da Escuridão. Se passa no período da INquisição em resqupicios da França e na Antiga Roma... Não vão se decepcionar ao ler!



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A floricultura estava vazia e abandonada. A janela de vidro rosa estava estilhaçada, como se alguém tivesse atirado nela centenas de vezes. Havia sangue no chão, e tudo o que eu via começava a se distorçer e se tornar a visão da morte de meu pai.

Gale vinha logo atrás de mim. Óbviamente preocupado. Mas eu não me preocupava com isso naquele momento.

Assim que entro, começo a tirar minha roupa. Foda-se se alguém na rua passava. Duvido que, em meio a toda essa rebelião e tiros, alguém quisesse parar para ver uma mulher trocar de roupa.

- Camilla, o que você está fazendo?

Vaculho a loja inteira só de calcinha e sutiã. E quando encontro as roupas dos entregadores de flores, começo a vesti-las.

- Melhor você se trocar também, se quer que isso dê certo - eu digo. Minha voz saía extremamente vazia, do mesmo jeito que eu me sentia por dentro.

Assim que troco de roupa vou até a cabine das rosas.

- Camilla, você ainda não me disse o que planejava!

- Termina de colocar essa roupa e eu te falo.

Então eu as vejo. Intactas e perfeitas. Prontas para serem servidas e bem postas sobre uma mesinha de madeira perto do sofá. Rosas. Lindas rosas brancas. Tal como o Presidente gosta.

Eu pego o vaso inteiro. Umas 15 rosas, talvez. Abro a cúpula com a Trombeta de Anjo e calculo o tempo que eu provavelmente vou demorar para concluir o plano.

Sim, dá tempo. Dá tempo de eu correr até a mansão, convencer algum guarda a entrar dentro da estufa do Snow (de onde ele quase nunca sai) colocar as rosas e o veneno se espalhar... Sem que eu morra envenada.

O máximo que pode acontecer é minha mente me pregar peças com visões horrorosas... Mas isso já está acontecendo.

Gale se aproxima.

- Quem está de guarda na mansão do Snow? - pergunto.

- Os rebeldes. Eles já a tomaram.

- A Coin é conhecida por toda a Capital?

- Não.

- Ótimo.

- Nada que você diz está fazendo sentido, sabia?

Procuro por uma máscara de cirurjia. Mas só encontro uns panos velhos. Então faço duas máscaras de improviso.

Estendo uma para Gale.

- Use! - ordeno.

- Por que?

- Se não quiser morrer envenenado é melhor que use!

Ele a coloca. E eu também, logo depois.

- Temos que ir até a Mansão Presidencial. - eu digo olhando nos olhos cinzentos dele.

- Sei um atalho.

Nós dois saímos da floricultura. E assim que nós o fazemos, consigo ver ao longe vários paraquedas prateados, como os dos Jogos Vorazes, caírem de um aerodeslizador. Era uma cena muito bonita, e quase me trazia esperança... Se não fosse a expressão facial do Gale.

- O que foi? - pergunto.

- Não - ele babulcia - ela não pode.

Então ouvimos o barulho de uma enorme explosão. Bem onde os paraquedas caíram.

Gale parecia a ponto de morrer.

Coloco a mão em seu ombro.

- Gale, o que houve?

- Ela não pôde... Não era esse o plano - lágrimas desciam de seu rosto. Seu olhar era tão desesperado como o meu quando eu soube que meu pai tinha morrido.

- Gale... Que plano?

- Os paraquedas! Não eram parte do plano. Ela é uma mentirosa!

- O que? - estou quase gritando, desesperada por ver seu desespero.

- Ela usou a ideia de forma errada!

- Quem?

- COIN!


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