Veneno De Rosas escrita por Annabel Lee


Capítulo 14
Boas Notícias!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar um novo capítulo, gente! Mas esta aí, mais dois!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318606/chapter/14

O Treinamento realmente me ajudou e muito. A única coisa que ocupava minha mente era o calor do deserto de mentira, ou o esforço bem conhecido de caçar na floresta com uma lança. E depois as facas. Caindo nos olhos dos bonecos, em suas testas, em seus peitos e pescoços. Facas. Facas.
Ouço palmas.
Você está ótima nisso aí! diz Haymitch atrás de mim.
Você deveria estar cuidando do Tordo não acha?
Ela levou uma injeção e está relaxando no hospital.
Nossa, que disposição!
Quer viajar de aerodeslizador?
Aquilo chama minha atenção.
O que?
Gale Hawthorne e mais uma equipe de soldados vai viajar para a Capital. Salvar algumas pessoas.
E eu posso ir?
Só pode ficar dentro do aero...
Está ótimo!
Largo a faca e abraço Haymitch.
Eu disse para o Boggs que você ficou interessada, e ele disse que você seria útil para tomar conta do aero deslizador enquanto eles partissem.
Eles vão agora?
Ele assente. E ergue o polegar para minha treinadora.
Então Haymitch me leva até a Garagem, onde Patrick não tira os olhos de mim. Pisco para ele.
Gale vem até mim. Pelo visto nada feliz.
Ela vai?
Vou respondo antes de Haymitch.
Você vai morrer!
Obrigada pela preocupação. Mas eu só vou tomar conta do aerodeslizador de vocês. Eu queria ajudar em alguma coisa! minto.
Gale não discute. Então vai até Boggs, e posso ouvir ele falando quase aos berros com ele.
Se você a deixar sair daquele aerodeslizador ele disse ficando vermelho de raiva vai provar minha bota de novo!
Boggs apenas sorri, como se fosse divertido ver Gale todo irritadinho.
Haymitch deu tapas no meu ombro.
Vê se aprende como se dirige aquilo!
Pode deixar! retribuo seu sorriso e me junto a eles.
Sabe lutar, Camilla? pergunta Boggs quando entro.
Sim. Sou boa com facas. E lanças.
Perfeito.
Ele assente para um sujeito que se vestia de cinza como nós. Ele volta com uma lança de aço negro. E com máquina mortífera.
Obrigada digo sorrindo.
Toma diz colocando uma pílula roxa no bolso de cima de minhas vestes cinza engula caso seja capturada!
Faço que sim com a cabeça. Ele começa a apertar os botões. Aperto o cinto... E não tiro os olhos nos botões que ele apertava.
Foram 2 dias até chegarmos na Capital. Cronometrei cada segundo em mente. Se eu tivesse um caderno, certamente seria melhor... Mas não importa. Tudo estava repassado e seguro.
Tive que trocar de roupa. E usar uma roupa de camuflagem que também protegia os pontos vitais do meu corpo. Todos usavam uma roupa parecida.
Quando pousamos, no alto de uma montanha perto da prisão da Capital, Boggs repassou o que eu deveria fazer:
É simples disse é só ficar e tomar conta. Caso alguém te ache, tente mata-lo. Caso te capturem, engula a pílula. Não podemos ter nenhum de nós capturado.
Balanço a cabeça, concordando e lhe desejo boa sorte.
Todos pegam suas armas e começam a descer. Observo Gale pegar o arco, mas ele é o último a sair. E antes de sair, ele diz:
Por favor, tome cuidado.
Então pula da nave e segue os outros.
Aquilo fica na minha cabeça. Tome cuidado. Ele se preocupa? Menos Camilla, tudo o que ele pensa de você é só... Físico. Fico amargura ao pensar nisso.
Mas então por que ele se preocupa tanto?
Fico passando horas e horas relembrando os botões para pousar e decolar.
Então ouço um barulho nos arbustos lá fora. Não é possível que sejam eles, está cedo demais para sair de uma fuga da cadeia.
Agarro máquina mortífera com toda a força. Quando olho, era só um esquilo se movendo nos arbustos.
Então só me resta repassar de novo e de novo os botões de decolagem e pouso.
Depois de horas (sem exagero horas!) posso vê-los voltando, corriam e atiravam em pessoas que viam correndo atrás deles.
Não esperei a ordem de Boggs, assim que começam a subir eu começo a apertar os botões de decolagem (agora muito bem gravados) e espero até o último subir para decolar de fato.
E quando percebo, estamos subindo. Eu estava nos fazendo subir.
Tá todo mundo aí? pergunta Boggs.
Eles vão chamando os nomes. Não presto muita atenção, porque meus olhos estavam no caminho que percorremos para chegar na Capital, inverso.
É, eu era boa em gravar as coisas.
Muito bem, soldado Clearwater diz Boggs.
Em resposta faço um som agudo com a garganta, talvez de nervoso.
Deixa que eu assumo daqui diz Boggs, e eu finalmente largo o volante e observo meus dedos vermelhos de tanto apertá-lo.
Posso finalmente ver os prisioneiros liberados. Um garoto loiro com olhos cinza-azulados altamente perturbados, uma garota com cabelos castanho-escuros e olhos azuis muito bonitos e uma mulher... Familiar. Com cabelos pretos e olhos cor de mel, assim como todos do Distrito 7. Johanna Mason.
Johanna? chamo. Ela olha para mim. Parecia triste, mas não tão perturbada quanto os outros.
Então ela franze o cenho, como se me reconhecesse.
Milla todos meus vizinhos do 7 me chamavam assim, assim como meus pais.
Abro um sorriso. Depois fico séria e preocupada.
Pensei que estava morta... Não vi os últimos episódios da 75ª edição.
Ela nega com a cabeça. Depois força um sorriso malicioso.
Acredite, fizeram algo muito pior que a morte comigo...
Não é hora de falar disso censura um dos soldados cujo nome desconheço.
Então fico em silêncio. Olho de relance para Gale, havia um ferimento em seu ombro. Mas ele olhava o garoto loiro. Olhava ele com algo misturado de ódio e tristeza. Então eu o reconheço. Peeta Mellark. O amor da Katniss Everdeen. Só que muito mais perturbado do que quando eu o vi na TV.
Então só me resta observar a janela. Porque, de repente, fiquei triste.

Quando chegamos de volta à Garagem do Distrito 13 eu percebi que não tinha forças para ficar e continuar vendo Gale triste e depressivo porque o rival dele havia voltado (se é que dá para me entender). Apenas agradeci Boggs pela chance e ele sorri satisfeito. Então vou correndo para o meu Compartimento.
Assim que chego no Compartimento entro embaixo do chuveiro. De roupa e tudo. Só tiro minha carta do sutiã e a navalha da perna e começo a chorar.
Mas o que é isso? Por que ligo tanto com os sentimentos do Hawthorne? Só com dois beijos que ele me deu? Isso não era eu. Eu não chorava por ninguém que não fosse meu pai ou minha mãe. Eu não sentia nada positivo que não fosse por eles.
Alguém bate na porta. Rezo para não ser o Gale.
Camilla diz a urgente voz de Haymitch abre a porta.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E quero recomendar a minha outra fanfiction, original.. A Profecia (a capa é uma foto de Valfenda)!