O Resto De Nossas Vidas escrita por Tenteitudo


Capítulo 3
Mais Novos Começos


Notas iniciais do capítulo

Olá..

Queria agradecer a todos que acompanharam e comentaram e leram essa história, desde O Convite até aqui... Foi um prazer escrever e de certa forma viver o que Quinn e Rachel viveram nesse universo..

Espero que gostem desse epílogo e por favor, deixem um comentário..

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KMatos, eu gostei muito da sua ideia, mas já tinha escrito a parte dos nomes... e até contemplei mudar, mas eu teria que alterar muitas coisas e enfim, acabei não usando a sua sugestão, mas obrigada mesmo assim.. :)

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Deem uma olhada em À Prova de Som!

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Quase 3 anos depois... – Início de Abril.

Rachel pulou do sofá ao som da campainha e sorriu ao ouvir os passos de seu filho correndo no andar de cima.

"Olá!" Ela cumprimentou alegremente o trio de mulheres que aguardava do outro lado da porta, sendo abraçada por Brittany e ganhando um olhar suspeito de Santana.

"Por que você está sorrindo assim? Quinn deixou o pó de café em uma prateleira baixa novamente?" Perguntou a latina ao entrar de mãos dadas com sua filha. Rachel a ignorou, ainda sorrindo abertamente e se abaixando para abraçar Valerie.

"Oi, tia Rachel!" Exclamou a menininha de seis anos recém feitos, rindo no ouvido da pequena morena ao ser abraçada com força. "O Nate tá em casa?" Ela perguntou, olhando por cima do ombro da diva e sorrindo ao ver seu amigo aparecer no hall de entrada junto com Cetim, que latiu algumas vezes.

As duas crianças se abraçaram e correram para a sala.

"Ei, ei, ei! Cuidado!" A voz de Quinn veio de dentro do apartamento.

"Não reparem na bagunça, Quinn está terminando de classificar alguns arquivos e decidiu ocupar todo o chão da sala pra fazer isso..." O trio entrou na sala, onde a assistente social estava ajoelhada separando papeis em pilhas.

"Eu achei que você tivesse um escritório no andar de cima, Fabray..." Comentou Santana, deixando-se cair pesadamente em uma poltrona.

"Eu tenho..." Ela trocou um olhar com Rachel, que sorriu suavemente. "Eu tinha..." Ela limpou a garganta e sorriu também. "Ele está em reformas."

A latina arqueou uma sobrancelha, mas não disse mais nada, apenas se recostou melhor em seu assento. Brittany, por outro lado, olhou por cima do ombro de sua amiga antes de ficar de cócoras ao seu lado.

"Posso ajudar?"

Quinn sorriu. "Pode B... Você pode colocar cada uma daquelas pilhas em uma pasta verde."

A dançarina fez que sim e começou a trabalhar.

"Por que a minha esposa tem que ajudar enquanto a sua fica sentada?"

"Rachel está cansada." Quinn respondeu, sem levantar os olhos de seus papéis.

"Ela não parece cansada." Retrucou a latina, Rachel tinha os olhos bem abertos e ficava mudando de posição em cima do sofá enquanto observava Nathan e Valerie, que brincavam em um canto da sala.

...

"... e o seu Homem Aranha pode ser namorado do meu Ken e eles podem casar e ter filhinhos, que nem o tio Dave e o tio Kurt e..."

"Não!" Exclamou Nate, tirando seu boneco das mãos de Valerie. "O Homem Aranha gosta do Batman! Mas eles não vão ficar juntos por que ai eles iam ter que se beijar e beijos são muito nojentos!"

"Não são não! Minhas mães se beijam todos os dias e elas dizem que fazem isso por que se amam e amor não é nojento!" Respondeu a menininha, pegando o bonequinho de volta e fazendo com que ele beijasse seu Ken.

"Eeewww!" Fez ele, cobrindo os olhos com as mãos, mas sorrindo sem querer.

"As tuas mães também se beijam! Eu já vi!"

"Eu sei!" Ele pegou seu bonequinho de volta. "Mas é nojento!"

"Não é não!"

"É sim!"

"Não é, não é, não é!" Ela largou o Ken e abraçou o pescoço de seu amigo, dando um beijo estralado em sua boca.

"Eeeeca!" Ele limpou os lábios com as costas da mão. "Manhê! A Valerie me beijou!"

Rachel riu quando ele parou a sua frente e passou uma mão por seus cabelos encaracolados antes de puxá-lo pra perto e encher seu rosto de beijos também.

"Ahhh! Mãããe!" Fez ele, se esquivando de seus braços.

"Seja bonzinho com a sua prima, Nathan..." Disse Quinn quando ele passou por ela. "Se não eu, a tia Britt e a tia San vamos ter que te beijar também..."

O menininho apertou os lábios em uma expressão emburrada, mas fez que sim com a cabeça antes de voltar a sentar com sua prima e assistir a contragosto a cerimonia de casamento de seu bonequinho preferido.

...

"Desculpem por isso, mas eu estou agilizando algumas coisas que precisam ser repassadas para a minha substituta e é tanta papelada..." Comentou a assistente social, colocando a ultima pilha de papel dentro de uma pasta cor de rosa e empilhando todas as pastas para levar para cima.

"Por que você precisa de uma substituta?" Questionou Santana, vendo Rachel se levantar para ajudar, mas sendo dispensada pela loira com um aceno de cabeça.

"Ao contrário do que possa parecer, Santana, eu também tiro férias de vez em quando..."

"E quando vão ser as tuas férias?"

Quinn e Rachel trocaram mais um olhar antes que a loira respondesse. "Setembro."

"Nós estamos em abril."

"Eu sei." Santana a encarou como se ela tivesse algum problema mental. "Mas essas férias vão durar um pouco mais do que o normal." Falou Quinn, se encaminhando para as escadas com a pilha de pastas azuis.

A latina se levantou quando viu que ela ia desaparecer e a seguiu até o andar de cima. "Um pouco mais?"

"Pode abrir a porta pra mim?" A loira fez um gesto com a cabeça para a maçaneta de seu quarto e Santana abriu a porta. "Dois anos." Quinn disse rapidamente antes de entrar no quarto.

"O que?!" A neurologista a seguiu. "Por quê?"

"Por que não?" Perguntou a assistente social, voltando a descer as escadas. "O projeto está passando por uma fase fantástica, nós nunca tivemos tantos atendidos e uma quantidade tão grande de voluntários, eu tenho duas colegas muito competentes no comando comigo e depois de dez anos fazendo isso, eu tenho o direito de tirar uma licença de no mínimo um ano."

"Mas você é a Quinn!" Ela exclamou quando elas chegaram ao primeiro andar. "Antes da Rachel você nem ao menos tirava férias." Ela lançou um olhar para a outra morena, que conversava com Brittany sobre o que elas fariam para o jantar naquele sábado.

Quinn parou de andar e se virou para sua amiga, encarando seus olhos escuros profundamente. "Exato. Antes da Rachel eu não tinha motivos para tirar férias." Ela passou uma mão pelos cabelos que havia deixado crescer novamente. "Agora eu tenho uma família e ela é muito mais importante pra mim do que o trabalho. Por mais que eu ame o que faço."

Santana ficou quieta e examinou seu rosto por um segundo antes de desviar o olhar e pegar uma das pilhas de pastas. "Eu nunca imaginei que te ouviria dizer isso."

...

"... e agora a Barbie vai ficar grávida e os filhinhos do Ken e do Homem Aranha vão sair de dentro da barriga dela. Eles vão ter dois, um menininho e uma menininha, que nem o tio Dave e o tio Kurt." Disse Valerie, colocando sua Barbie no meio deles. "Você pode ser o filhinho e eu posso ser a filhinha!" Ela pegou a mão de seu amigo. "Agora a gente é irmão!"

Nathan olhou para seus bonequinhos e depois para sua mãe, Rachel, a tempo de ver Quinn parar atrás dela e depositar um beijo no topo de sua cabeça.

"Posso te contar um segredo?" Ele sussurrou.

Valerie arregalou os olhos e fez que sim com a cabeça, se inclinando para frente.

"Mas você tem que prometer que não vai contar pra ninguém!"

"Eu prometo!" Ela balançou em seu lugar com um sorriso no rosto e ele se inclinou um pouquinho, escondendo o ouvido dela com uma mãozinha e murmurando baixinho.

"Minha mãe está esperando um nenê." Ele fez uma pausa. "Mamãe disse que eu vou ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha daqui alguns dias..."

A menininha se afastou, seus olhos castanhos muito abertos e brilhantes.

"Mas é segredo! Mamãe disse que não era pra contar pra ninguém!"

"O que vocês estão cochichando aqui?" Perguntou Quinn, sentando de repente como índio ao lado deles e fazendo com que ambas as crianças corassem violentamente.

"Nada, mamãe... A gente só tá brincando!"

Valerie concordou com a cabeça veementemente.

"Sei..." Quinn apertou os olhos.

"Olha, tia Quinn, o Homem Aranha e o Ken se casaram!" A menininha falou, pegando os dois bonequinhos e fazendo com que eles se beijassem mais uma vez, o que fez Nathan esconder o rosto embaixo do braço de sua mãe.

...

"Aonde será que o Nate se escondeu, ein Val?" Quinn perguntou, piscando para Santana que entrava na sala naquele momento e passando pelo amontoado de almofadas que cobriam seu filho no canto do sofá.

A menininha de cabelos negros soltou uma risadinha. "Não sei..." Ela levantou o rosto e sorriu quando viu sua mãe, correndo na direção dela. "Mãe! A gente tá brincando de esconde-esconde!"

Santana se abaixou e pegou Valerie no colo. "E eu vim avisar que esta na hora de ir jantar! Vamos lavar as mãos?"

"Mas a tia Quinn ainda não achou o Nate!"

A loira, que havia se ajoelhado para olhar embaixo do sofá, levantou e colocou as mãos na cintura.

"Acho que vamos ter que jantar sem ele hoje..."

Valerie riu e escondeu o rosto no pescoço de sua mãe quando a pilha de almofadas se mexeu. Quinn estava prestes a sentar em cima de seu filho quando ele deu um pulo, abraçando seus ombros e jogando travesseiros para todos os lados.

"Bu!" Gritou ele, fazendo a assistente social sorrir e o abraçar de volta.

"Te achei..." Ela murmurou, colocando-o no chão.

Santana sorria levemente para a cena quando sentiu a boca de sua filha encostar contra sua orelha.

"Mãe? Eu posso ganhar um irmãozinho também? Que nem o Nate?"

A latina se endireitou, afastando o rosto do de sua filha e encarando os pontos negros que eram seus olhos. "O que?"

"O Nate disse que a tia Rach vai ter um nenê e a tia Quinn disse que ele vai ganhar um maninho..." A menininha explicou, ainda falando em seu ouvido. "Mas é segredo!"

Santana piscou algumas vezes e olhou para sua melhor amiga, que estava de cócoras removendo fiapos da roupa de Nathan.

"A janta está servida!" Rachel cantarolou ao entrar na sala. "E hoje de tarde eu e Nathan fizemos biscoitos para a sobremesa.." Ela falou para Valerie com um sorriso.

A neurologista apertou os lábios e inspecionou sua amiga de cima a baixo, percebendo pela primeira vez que Rachel usava um suéter azul mais largo que o normal, que tinha as mangas dobradas e chegava até a metade de suas coxas em comprimento. Seus olhos castanhos brilhavam de uma forma diferente e seu sorriso parecia mais leve.

"Vamos lavar as mãos." Disse Quinn quebrando seu transe e guiando as duas crianças ao banheiro.

"De quantos meses você está?" Santana perguntou, atônita, assim que a assistente social desapareceu.

Os lábios de Rachel se partiram com aquela pergunta e ela levou as duas mãos ao abdômen inconscientemente.

"Por que vocês estão demorando tanto?" Brittany apareceu na porta da cozinha a tempo de ver sua esposa encostar a mão na barriga da cantora suavemente.

"Rachel?" Santana perguntou mais uma vez.

"Como..?"

"Por que vocês não nos falaram sobre isso?"

Os olhos azuis da dançarina se arregalaram quando ela percebeu o que estava acontecendo. "Oh, meu Deus!" Ela olhou para a porta do banheiro quando Quinn voltou com as crianças. "Parabéns!" Ela exclamou, se movendo para abraçar a outra loira.

"Hum?" Quinn questionou, sentindo-se envolver pelos braços fortes de sua amiga.

"Quase quatro." Rachel respondeu, movendo a mão de Santana por sobre a pequena elevação que se formava em sua barriga. "Nós íamos contar, mas queríamos esperar o terceiro trimestre acabar por que..." Ela começou a explicar, mas foi interrompida por um abraço inesperado. "Ah..." Ela arfou. Demonstrações de afeto vindas de Santana ainda a deixavam um pouco desconcertada.

Valerie parou ao lado de Brittany e puxou a manga de sua camisa. "Mamãe, diz que eu vou ganhar um irmãozinho também?"

...

"Não foi tão ruim, não é mesmo?" Quinn perguntou, sentando na cama depois de ter colocado seu filho para dormir.

"Não..." Murmurou Rachel, fechando seu livro. "Elas iam ficar sabendo mais cedo ou mais tarde." Ela passou uma mão pela barriga por cima das cobertas. "Quero dizer, eu espero que minha barriga comece a crescer a qualquer momento."

"Você é tão pequenininha..." Comentou a loira, se ajoelhando ao seu lado. "Nosso bebê não poderia ser diferente." Ela afastou as cobertas e analisou a pequena curva no abdômen de sua esposa. "Mas já está aparecendo um pouquinho..." Ela se inclinou para baixo de depositou um beijinho acima de seu umbigo.

"Eu já estou com quase quatro meses.. A Santana estava enorme com quatro meses." Protestou a morena, prendendo uma mecha loira atrás da orelha de Quinn.

"Cada gravidez é diferente, meu amor..." Ela umedeceu os lábios. "Eu não fiquei muito grande quando estava esperando a Beth. Lembra?"

Rachel fez que sim com a cabeça. Era verdade.

"Boa noite, bebê..." Quinn murmurou carinhosamente, beijando a barriga da cantora mais uma vez. "Segunda feira a gente vai no médico e ai vamos poder parar de te chamar de bebê e te dar um nome de verdade." Ela falou, traçando estrelinhas e coraçõezinhos na pele de sua esposa com a ponta dos dedos.

"Eu queria falar com você sobre isso." Rachel murmurou quando a loira deitou embaixo das cobertas.

"O que foi?" A loira beijou sua testa e a puxou para perto.

A morena descansou a cabeça em seu peito. "Nomes..."

"Eu li a sua lista e marquei os que achei bonito." Respondeu Quinn, correndo as unhas para cima e para baixo nos braços da cantora.

"Eu vi, mas acho que uma lista é um método lógico demais para se escolher o nome do nosso bebê e eu queria saber os nomes que você acha bonitos também, não só os meus."

A assistente social ficou em silencio por um momento, encarando o topo da cabeça de Rachel até que a morena se virou um pouquinho, procurando seu olhar. "Eu gosto de Eric. Muito. E eu sei que você gosta também."

"Sim, era o primeiro da minha lista de meninos." Sorriu a cantora.

"Pra menina... Bom, da sua lista, o meu favorito é Avery." Os olhos dourados se desviaram dos castanhos por um breve momento.

"Mas?"

Quinn apertou os lábios. "Mas tem um nome que eu acho bonito e que não está na lista."

"Qual?" Rachel beijou seu queixo suavemente.

"É um pouco antiquado eu acho..." Ela se aconchegou um pouquinho mais a sua esposa. "Rose." O nome saiu como um suspiro.

"Rose." A morena repetiu. "É delicado." Ela piscou algumas vezes, tentando se imaginar chamando sua futura filha de Rose.

"Você gosta?"

Ela fez que sim com a cabeça. "Gosto mais do que Avery..." Ela murmurou pensativa.

Quinn acariciou sua bochecha com as costas da mão. "Não precisamos decidir isso agora... Ainda temos 5 meses."

"Eu sei." Rachel fechou os olhos. "Mas eu realmente gostei de Rose... E Eric foi uma sugestão minha."

"Que eu apoio totalmente."

"Rose e Eric."

...

Um mês depois..

"Quem vocês acham que vai ser?" A obstetra perguntou, espalhando o gel no aparelho de ultrassom e olhando para as duas mulheres que a encaravam ansiosamente.

Quinn e Rachel trocaram um olhar antes de responderem ao mesmo tempo.

"Eric."

"Rose."

Elas compartilharam uma risada.

"Eu sei que nós queríamos uma menininha, mas eu tenho essa sensação de que vai ser um menino..." Murmurou Rachel, apertando a mão de sua esposa suavemente.

"Eu realmente não me importo que seja menino ou menina, desde que se pareça com você..." Quinn sussurrou em respostas. "Não que eu vá deixar de amar nosso bebê por ele ser loiro, ou ter olhos claros, mas eu sempre sonhei que nosso filho teria os teus olhos e a tua voz..."

A cantora a puxou para um beijo delicado e elas trocaram um breve sorriso.

"Então, prontas?" A médica questionou, dobrando a camisa que Rachel usava com cuidado e encostando o aparelho gelado contra sua barriga.

A respiração da morena se prendeu na garganta aos primeiros sons do coraçãozinho de seu bebê ecoando pela sala. Ela já havia ouvido mais de uma vez, mas sempre tinha a mesma reação a ele.

"E aqui temos uma cabecinha, e... alguém já está chupando o dedo." Sorriu a médica, tirando uma foto da tela.

Quinn não sabia exatamente se devia rir ou chorar, por que sua vontade era fazer os dois ao mesmo tempo, e sair pela rua abraçando estranhos e dizendo para todo mundo o quanto estava feliz. Ela lançou um olhar para Rachel e beijou uma pequena lágrima que havia escapado de seu olho.

"E... Bem, hoje alguém decidiu cooperar..." A obstetra arqueou as sobrancelhas, aplicando um pouco mais de gel no aparelho. Nas duas visitas anteriores, o bebê estava sentado com as pernas cruzadas e elas ainda não haviam conseguido identificar o sexo. "Parece que o Eric gosta de sentar com as pernas abertas."

"Eric?" Respirou Quinn, se inclinando para frente e quase caindo da cadeira.

"É mesmo um menino?!" Rachel perguntou, realmente chorando agora.

"Sim, você estava certa... Parabéns! Vocês vão mesmo ter outro menininho."

...

"Um irmãozinho? Que legal!" Nathan sorriu, dando um soco no ar como seu tio Dave havia ensinado. "Quando que ele vai sair dai mesmo?" Ele perguntou, abraçando a cintura de sua mãe e descansando o rosto em sua barriga levemente protuberante.

Apesar de estar no quinto mês, Rachel ainda não parecia exatamente grávida. A morena passou uma mão pelos cabelos cacheados de Nate. "Em setembro, meu amor..."

"Isso é depois do começo das aulas, né?"

Ela fez que sim, sorrindo para Quinn, que tinha um braço em seu ombro.

"Antes ou depois do seu aniversário, mamãe?" Ele pediu para a loira. Ele sabia que ela também fazia aniversário em Setembro.

"A médica acha que é depois..." Ela respondeu, ficando de cócoras e abraçando seu filho. "Você quer ir ajudar a escolher alguns brinquedos pró Eric amanhã?"

Ele arregalou os olhos e fez que sim com a cabeça. "Posso ganhar um brinquedo também?"

"Podemos negociar..."

...

"Olha mãe! Um capacete do Homem de Ferro!" Nathan pegou o brinquedo e colocou na frente da própria cabeça. "Você gosta do Homem de Ferro, Eric?" Ele perguntou para a barriga de Rachel, tocando nela cuidadosamente e ganhando um sorriso da vendedora que os atendia.

"Eu acho que ele ainda é muito pequeno pra entender quem é o Homem de Ferro, Nate.." Rachel também sorriu. "Acho que aquele elefantinho de pelúcia é mais legal pra idade dele..."

"Ahh, mãe! O Dumbo é tão sem graça..." Ele resmungou, arrastando os pés até o brinquedo que Rachel apontara.

"Desde quando?" Questionou Quinn, arqueando uma sobrancelha e colocando um móbile de estrelinhas dentro do carrinho. "Até mês passado era o seu filme favorito..."

"Isso já faz muuuuuuito tempo, mamãe... Agora eu gosto do Homem de Ferro." Ele explicou, gesticulando amplamente e entregando o Dumbo para a morena, que o colocou no carrinho.

"Ok..." As duas trocaram um olhar divertido.

"Que tal você pegar aquele capacete então?" Sugeriu Quinn.

"Pra mim?" Nate piscou algumas vezes. "Posso mesmo, mamãe?"

Quinn concordou com a cabeça e o menininho disparou em direção ao capacete.

"Quinn..."

"Eu sei que tínhamos combinado que não daríamos nada muito grande, mas ele está entrando na fase de super-herois e.."

"Quinn!" Rachel pegou a mão de sua esposa e colocou sobre seu abdômen. O ar se esvaiu de seus pulmões quando ela sentiu o movimento sob seus dedos. Era a primeira vez que ela sentia o bebê se mexer. A morena alegava sentir movimentos desde o quarto mês, mas Quinn nunca havia conseguido percebê-los até então.

"Oi..." Ela murmurou, ficando de cócoras no meio da loja. "Oh, meu Deus, Rach... Ele é tão forte..." Seus olhos brilharam para sua esposa ao sentir um chute particularmente vigoroso.

"Acho que ele reconheceu a tua voz." Rachel murmurou, apoiando uma mão gentilmente sobre a da loira.

"O que que aconteceu?" Perguntou Nathan, colocando seu capacete no carrinho. Quinn fez um sinal para que ele se aproximasse e colocou a mãozinha dele embaixo do umbigo da morena.

O menininho fez uma careta. "Ta se mexendo!"

"É o seu maninho..." Explicou Quinn.

"Por que ele ta chutando a mãe assim?" Ele questionou, com uma expressão preocupada que fez a loira rir.

"Não sei, acho que ele quer sair logo pra poder brincar com você..." Ela sugeriu, se levantando e dando uma mão para cada uma das pessoas mais importantes de sua vida.

"E por que você não deixa ele vim brincar?"

"Por que ele ainda é muuuuito pequenininho..." Explicou Rachel.

"Que nem os bebes do tio Kurt?"

"Menor ainda."

"Noooooossa! Desse tamanhinho?" Ele mostrou o tamanho com seu indicador e polegar.

"Quase isso..."

Elas pagaram a conta e deixaram que Nathan empurrasse o carrinho pelo estacionamento enquanto andavam de mãos dadas atrás dele.

"Agora só faltam as mudanças hormonais e os desejos estranhos para a experiência da gravidez estar completa, de acordo com os livros que a Santana me deu para ler." Comentou Rachel, entrelaçando seus dedos a mão que Quinn mantinha em seu ombro.

"Hummm, eu ficaria feliz se pudéssemos pular essa parte." A loira tirou a chave do carro do bolso e o fez apitar. "Sabe, minha irmã não passou pelos desejos estranhos..."

"Ahh, eu acho que essa deve ser uma das partes mais divertidas... Te fazer acordar no meio da noite só para ir buscar comida pra mim! Parece fantástico!"

"Ou não..."

...

"Não chora, mãe..." Nathan falou, acariciando a mão de sua mãe por cima da mesa brevemente antes de voltar sua atenção para o Mc Lanche Feliz a sua frente.

"Por que isso tem que ser tão bom?" Perguntou Rachel entre soluços, com a boca cheia e atraindo a atenção das pessoas das mesas ao redor. "Desculpa, vaquinha... Desculpa..." Ela pedia a cada mordida do Big Mac.

Quinn mastigava uma batata frita, tentando decidir se deveria falar alguma coisa ou não. Rachel havia se tornado extrassensível de repente, especialmente depois que começara a desejar carne. Mais especificamente Mc Donald's.

Por outro lado, era quase engraçado ver o dilema estampado na cara de sua esposa.

"Eu não quero que nosso filho nasça com cara de Big Mac..." Ela havia dito como desculpa depois da primeira viagem noturna até a lanchonete.

Aquela já era a quinta vez em um mês e aquilo a preocupava, por que Mc Donald's estava longe de ser algo recomendado pela obstetra, mas ela estava feliz em comer ali. Durante a primeira noite ela percebera que não comia aquilo desde que começara a namorar a cantora e porcarias podiam ser tão deliciosas às vezes...

"Nosso filho vai ser carnívoro, Quinn! Eu vou dar a luz a um bebê comedor de carne..." Ela resmungou, colocando o ultimo pedaço dentro da boca antes de atacar as batatas fritas da loira. "Por quê?!"

Quinn deu de ombros, sabendo por experiência própria que era melhor não responder. Rachel parecia completamente maluca e meio descabelada, mas ainda assim conseguia fazer o coração da loira mudar de compasso. Ela riu consigo mesma, pensando no quanto realmente amava a sua maluca.

Ela sabia exatamente o que aconteceria quando elas chegassem em casa. Elas iriam colocar Nathan na cama com uma história e logo em seguida, Quinn iria estar no meio do processo de por os pijamas quando os hormônios de sua esposa simplesmente decidiriam surtar.

Rachel iria brigar.

Por que "Como você pode me deixar comer aquilo? Você sabe que vai contra os meus princípios!". E então ela iria chorar mais um pouco por que "Eu não reconheço mais meu próprio corpo, Quinn! E eu sei que estou ficando cada dia maior..." (O que não era verdade, mesmo com quase 7 meses, a barriga da cantora falhava em se fazer presente sob a maioria de suas roupas.) e também por que "Eu sei que você não sente mais atração por mim e o nosso filho gosta mais quando você lê para ele, por que aqueles contos de fadas sempre me fazem chorar...".

E Quinn não diria uma palavra, durante toda o discurso, apenas esperaria sua esposa por para fora todo o stress que sentia antes de envolve-la no abraço mais seguro e apertado que Rachel jamais sentira. A morena continuaria soluçando contra sue peito e a assistente social correria os dedos pro seus cabelos com todo o carinho do mundo, ao mesmo tempo em que depositaria beijos em sua testa.

Então Rachel iria parar de chorar e respirar profundamente o cheiro familiar da loira, antes de pedir em uma voz rouca:

...

"Faz amor comigo?"

Quinn sorriu e seus beijos desceram até os lábios da morena, capturando-os suavemente enquanto sua mão livre massageava a nuca dela, desfazendo todos os nós de tensão que haviam se formado de uma hora para a outra durante a pequena dramatização, já rotineira (quase todas as noites e sempre no mesmo horário, como uma bomba relógio...).

Peças de roupa logo encontraram o chão e Rachel sentiu os lençóis ainda frios contra suas costas enquanto a boca da loira explorava seu corpo inteiro. Já fazia algum tempo que o gosto da pele da morena parecia diferente, mais doce... Quinn não sabia explicar, mas atribuía a mudança a gravidez. Era uma mudança boa, pensou ela, deslizando a ponta de sua língua pela curva do pescoço da diva.

Tudo em que Rachel conseguia pensar era no quanto a pele de Quinn era macia contra a sua e em como tudo o que a língua da loira tocava parecia queimar.

"Você é a mulher mais linda que eu já vi, Rachel..." Quinn sussurrou contra seu ouvido em um tom de voz que fez a morena tremer, ao mesmo tempo em que a penetrava cuidadosamente com um único dedo.

Rachel choramingou baixinho, agarrando os cabelos dourados e puxando sua esposa para um beijo profundo.

"Cada vez que eu olho para você, Rach..." A loira murmurou dentro de sua boca, introduzindo um segundo dedo e fazendo os lábios da morena se partirem um pouquinho mais em uma onda de prazer. "Eu não consigo evitar me apaixonar cada vez mais..."

Os olhos escurecidos da cantora se abriram com aquilo e ela sorriu, acariciando o rosto de Quinn com uma mão enquanto a outra procurava desajeitadamente pelo clitóris da loira, querendo desesperadamente que sua esposa sentisse prazer também.

Quinn ofegou quando a morena teve sucesso em sua tarefa e Rachel capturou seus lábios para abafar seu próprio gemido, que sabia que viria assim que sentiu a assistente social deslizar um terceiro dedo em seu canal.

Durante os últimos meses de gravidez, elas fizeram amor todas as noites. Às vezes o ato era gentil e lento e cheio de palavras doces e às vezes era rápido e desesperado e cheio de beijos famintos, sem espaço para conversa. De um jeito ou de outro, sempre servia para o mesmo propósito, fazer com que as duas mulheres se sentissem mais próximas e também demonstrar por meio de gestos e toques o quanto sentiam e sempre sentiriam uma pela outra. O sexo servia para expressar todos os sentimentos que eram grandes demais para caber em palavras...

...

Foi depois de uma das noites mais passionais, na ultima semana de setembro (dia 28 para ser mais exata), que Rachel acordou com uma sensação estranha. Era uma espécie de desconforto entre suas pernas, uma umidade excessiva que não lhe era característica. Quinn a abraçava por trás e seus dedos estavam entrelaçados sobre seu abdômen (agora bem mais visível, na reta final da gestação).

Ela soltou a mão de Quinn cuidadosamente para não acordá-la e deslizou a própria mão para baixo, até o meio de suas pernas. Seus olhos se abriram completamente quando ela percebeu que estava 'vazando'. O líquido quente se espalhou por suas coxas e ela se sentou, acordando a loira no processo.

Quinn esfregou os olhos e girou na cama, deitando de barriga para cima para acender o abajur. Rachel hiperventilava ao seu lado, sentindo onda após onda de pânico percorrer seu corpo.

"O que foi?" A loira perguntou roucamente, sentando também e olhando para sua esposa, que estava tão branca quanto os lençóis embaixo delas. "Rachel?" Ela perguntou preocupada, apoiando uma mão no colchão para chegar mais perto e sentindo a poça de umidade contra seus dedos.

Seus olhos se arregalaram.

"Rachel.. Sua.. Sua..."

A morena fez que sim, engolindo com dificuldade. "Minha bolsa estourou..." Sua voz soou tão pequena e frágil e assustada que a primeira coisa que Quinn fez não foi se levantar e correr atrás de roupas e malas e alguém que pudesse ficar com Nathan como ela imaginara que faria. Ao invés disso, a primeira coisa que a loira fez foi segurar Rachel em seus braços.

Elas trocaram um beijo trêmulo e Quinn sorriu, fazendo Rachel sorrir também.

"Ele está vindo..." Sussurrou a cantora.

"Você está se sentindo bem? O que você quer fazer?" A loira perguntou calmamente.

"Eu acho que... Hospital..." Ela falou, ainda muito baixinho. "Um pouco tonta... Banho..."

"Você quer tomar um banho?" Quinn passou uma mão por seus cabelos. "Você não está tendo contrações?"

Rachel fez que sim e depois que não com a cabeça. "Acho que eu preciso de um minuto antes de me levantar."

"Eu vou buscar uma água para você.. E ver se Santana pode ficar com o Nate..."

"Sim, por favor." Depois do pânico inicial, Rachel se surpreendeu ao perceber o quanto se sentia calma. Ela viu sua esposa levantar e vestir uma camisola antes de desaparecer pela porta. A morena respirou fundo algumas vezes e apoiou uma mão em seu abdômen cuidadosamente. "Você ainda não quer sair, não é mesmo?" Ela perguntou suavemente. "Eu sei que deve ser muito confortável ai dentro, mas aqui fora também não é tão ruim.." Ela sorriu consigo mesma, percebendo que em algumas horas provavelmente estaria segurando Eric em seus braços pela primeira vez. "E eu e a mamãe já te amamos tanto... E o seu irmãozinho também..."

"Aqui..." Quinn voltou com a água. "Santana já está vindo pra cá."

"Me ajuda com o banho?" Rachel perguntou, devolvendo o copo vazio para sua esposa, que concordou com a cabeça.

Ela ajudou a cantora a se lavar com todo o cuidado, como se a qualquer momento Rachel pudesse quebrar (ou começar a ter contrações, no caso), e depois secou os cabelos escuros, trançando-os soltamente e beijando o topo de sua cabeça no final. Rachel já cheirava a bebê, pensou ela, sorrindo suavemente. Então o interfone tocou, anunciando a chegada de Santana e as três mulheres acordaram Nathan com as novidades.

...

"Lembra o que a gente conversou semana passada?" Perguntou Rachel, sentada ao lado dele na cama.

"Sobre vocês terem que ir para o hospital buscar o meu irmãozinho?" Ele perguntou, apertando o macaquinho de pelúcia que ganhara de seu tio há 3 anos atrás.

"Mhum..." Concordou a morena. "O Eric vai nascer daqui a pouquinho, e a mamãe vai ter que me levar para o hospital agora."

Ele lançou um olhar para Quinn, que estava de cócoras, o sorriso mais lindo do mundo plantado em seu rosto. Ela meio que parecia com um anjo naquele momento, pensou Nate. "E eu não posso ir junto?"

"Não, meu amor... A gente não sabe quanto tempo vai demorar e nem se vai ter lugar para você esperar no hospital... Mas a tia San vai ficar com você." A loira passou uma mão pelos cachinhos desgovernados em sua cabeça.

"E a gente vai ligar assim que ele chegar, está bem?" Perguntou Rachel, beijando sua testa.

"Tá bom, eu acho..." Ele olhou de uma para a outra, ficando de joelhos e abraçando as duas ao mesmo tempo. "Eu amo vocês..."

...

"Eu amo você." Quinn murmurou, beijando os lábios da morena, que acabara de sair da cadeira de rodas e estava sentada na cama de parto.

"Eu também te amo..." Respondeu ela, percorrendo o nariz pelo pescoço da loira suavemente.

"E você também, meu pequenininho..." Quinn pressionou sua palma contra a barriga de Rachel. "Eu mal posso esperar pra te conhecer."

A morena ofegou de repente, fazendo os olhos dourados voarem para cima. "Contração." Ela fechou os olhos. "Acho que estou tendo a primeira contração!"

"Dói muito?" Quinn perguntou preocupada, franzindo as sobrancelhas, pronta para apertar o botão que chamava a enfermeira.

"Não. Sim. Não sei." Ela riu. "É estranho, mas já passou."

A assistente social se espremeu, subindo na pequena cama também e apertando sua mão até que a médica chegou para fazer a avaliação.

Rachel praticamente não tinha dilatação nenhuma, então ainda iria demorar um pouco para o bebê nascer. As duas mulheres trocaram um olhar desapontado e a obstetra as deixou sozinhas, avisando que voltaria em meia hora.

Elas então ligaram para suas famílias e esperaram. Os pais de Rachel (que já estavam na cidade desde o dia 26) chegaram em uma hora e se surpreenderam ao encontrar as duas mulheres tão tranquilas.

...

"Ah, Estrelinha.. Você deve estar sentindo tanta dor..." Hiram a encarava com olhos arregalados.

"Na verdade não." Rachel respondeu, sorrindo e passando uma mão pelo abdômen. Ela tinha uma sensação quase sobrenatural de que tudo daria certo. E realmente, as contrações não doíam tanto quanto a TV fazia parecer.

"Você está tão bonita..." Leroy comentou, olhando para Quinn. "Ela não está linda?"

"Ela é linda." Respondeu a loira, um sorriso permanente se recusava a deixar seu rosto e havia um brilho nela que parecia refletir em Rachel, ou talvez fosse o brilho da morena que refletisse nela... Era difícil dizer.

"Vamos ver como as coisas estão indo?" A médica questionou, entrando na sala pela quarta vez. "Vou ter que pedir que os cavalheiros se retirem..."

"Mas ela..." Choramingou Hiram, não querendo deixar sua filha.

"Vamos querido..." Leroy abraçou seus ombros, guiando-o para a sala de espera e piscando para as três mulheres.

A obstetra fez seu exame e estralou a língua. "Quase lá... Como estão as contrações?"

"Longas e de cinco em cinco minutos." Respondeu Quinn, soando um pouco orgulhosa.

"Minha previsão," Começou a médica, olhando para fora da janela, vedo o sol que nascia preguiçosamente. "7 da manhã."

...

E ela tinha razão. Quinn apertou o botão das enfermeiras as 7:30, Rachel tinha os olhos fechados, suas contrações eram constantes e ela se sentia consideravelmente desconfortável, a médica entrou no quarto e ela foi levada para uma outra salinha, aonde Quinn teve que vestir uma espécie de jaleco e touca na cabeça e nos pés e uma mascara também.

Sua respiração era irregular e entrecortada e ela sentia tanto calor!

Apesar da demora para alcançar a dilatação, o parto foi tão rápido. Quinn não tinha um relógio, mas ela teve certeza que não se passaram mais de cinco minutos entre o tempo de entrar na sala de parto e ouvir o choro de seu bebê.

"Ele é loiro!" Ela exclamou, sentindo lágrimas mornas escorrerem por sua face e umedecerem a mascara. "Ele é tão lindo! Meu amor! Oh, meu Deus! Ele está aqui!" Seu coração batia acelerado e ela tremia descontroladamente.

Rachel apenas lhe ofereceu um sorriso cansado. "Posso ver ele?" Ela perguntou para a médica, que contornou a mesa e mostrou o bebezinho para as duas mulheres. "Oi..." Ela murmurou, encostando na bochechinha dele delicadamente.

"Vamos leva-lo para a avaliação, você pode vir junto se quiser..."

Quinn lançou um olhar para Rachel e a morena concordou com a cabeça, relaxando ao ver sua esposa seguir a médica para algum lugar desconhecido.

...

Alguns minutos depois, a loira estava de volta, com a máscara abaixada e segurando o pequeno montinho de cobertores azuis em seus braços.

"Ele é tão pequeno..." Ela comentou em transe, passando Eric para os braços da morena.

Rachel beijou os cabelos loiros quase brancos do menininho e ele abriu os olhinhos, que já eram muito escuros (não cinzentos como o da maioria dos bebês). "Ele é tão perfeito..."

"Como você." Quinn a beijou demoradamente, antes de mover os lábios para o rostinho de seu filho.

"Eu não quero soltar ele nunca mais..."

"Mhum..." Concordou a assistente social, descansando a cabeça contra a sua.

"Infelizmente você vai ter que soltá-lo por algumas horas." A obstetra as interrompeu. "Você vai ter que ficar na recuperação por um tempo, e esse moço vai para o berçário."

"Mas..."

"Eu vou ficar com ele." Quinn falou em seu ouvido. "E avisar seus pais que está tudo bem."

...

"Está tudo bem!" Quinn entrou na sala de espera, tirando a touca da cabeça e sentindo uma mini pessoa colidir contra suas pernas. "Nathan?"

"Estava demorando demais e ele quis por que quis vir quando viu que já tinha sol lá fora..." Explicou Santana, envolvendo sua melhora amiga em um abraço apertado. "Parabéns!"

A loira pegou seu filho mais velho no colo e de repente se viu envolvida por muitas pessoas que lhe faziam perguntas, Leroy, Hiram, Dave, até mesmo Beth e sua irmã estavam lá.

"Você veio..." Ela murmurou, apertando sua filha mais velha contra o peito com toda a força.

Beth riu. "Eu não podia perder o nascimento do nosso irmãozinho..." Ela cutucou o nariz de Nathan, que riu e passou para os braços da loira mais nova.

"Onde ele está?" Perguntou Olívia, apertando a mão de sua irmã suavemente.

A loira os guiou até o berçário e mostrou o pequeno bebê, que se mexia silenciosamente dentro de um bercinho perto do vidro.

As horas longe de Rachel custaram a passar e ela praticamente pulou da poltrona do quarto quando sua esposa apareceu. Ela deitou ao lado dela na cama e segurou a mãozinha de seu filhinho enquanto a morena dava de mamar. Ela estava completa e totalmente apaixonada por aquelas duas pessoas.

O amor que sentia não cabia em seu peito e tudo o que ela queria poder guardar sua esposa e seus filhos dentro de si...

"Eu te amo tanto..." Ela falou, tanto para Rachel quanto para Eric.

A morena virou o rosto para cima e a beijou docemente com um sorriso. Ela não falou nada simplesmente por que palavras eram desnecessárias. Ela sabia que Quinn entendia.

Quinn sempre a entendia.

Elas optaram por passar a noite no hospital, só por precaução, mas nada de ruim aconteceu. Beth e Nathan dormiam na poltrona, completamente emaranhados um no outro e Rachel e Eric também dormiam enquanto a loira acariciava os cabelos da diva quando a obstetra passou para dar a alta.

...

Foi tão diferente chegar em casa naquela tarde, era como se suas vidas tivessem começado novamente. E de certa forma, haviam. Quinn e Rachel sabiam, melhor do que ninguém, que a vida era cheia de novos começos, e o nascimento de Eric acabara de marcar o maior deles..

...

FIM?

FIM?


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Notas finais do capítulo


NA: Eu quero muuuuuito escrever mais um capítulo... Vocês leriam se houvesse mais um?

Essa foi a história que mais me mobilizou, de certa forma, por ter sido tão longa e pessoal também... Eu gostaria muito que vocês comentassem. E me avisem se quiserem o ultimo epílogo...

Um grande abraço!

A.