Cinderela escrita por katnisschase


Capítulo 6
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Espero que gostem.



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Chegamos em minha casa para cuidar de Prim, com o sermão de meu Padrasto Haymicth.

– Ora, mas que demora! Eu disse meia noite, e não meia noite e quinze! Francamente, você tem o que nessa cabeça? –  diz estressado.

– Vamos querido, não perdemos nada em quinze minutos de festa. – diz minha mãe tentando me defender.

Thalia só ficava olhando numa mistura de riso por eu estar levando sermão e raiva pelo fato de Haymitch ser tão mesquinho.

– Tudo bem, vamos logo, e cuide bem de sua irmã. – diz meu padrasto.

– Certo.

Os dois saiem para ir a festa e fico em casa sozinha com Thalia. Bom, não totalmente sozinha. Minha irmã, Primrose, obviamente estava em casa. Mas ela estava dormindo em seu quarto.

– Então, dançando com Peeta? – diz Thalia

Meus olhos brilham ao lembrar da cena. – Oh Tha, foi tão perfeito! Passamos a maioria da festa juntos... – digo sonhadora. – E quase nos beijamos.

– Bom saber que a noite deu certo para você, Kat. Por que não se beijaram? – pergunta minha amiga.

– Bom, pois você chegou gritando feito uma louca dizendo que era meia noite. – digo segurando o riso ao lembrar do desespero da minha amiga.

– Nossa! Me desculpa, juro que não reparei. Mas então... Será ótima a segunda feira para você. Vocês dois se encontrando... – diz Thalia com um sorriso safado estampado no rosto.

Abaixo a cabeça, um pouco triste. – Ele não sabe que sou eu Tha. Ele não me reconheceu com a máscara.

– Mas você não contou? Por quê?

– Se ele soubesse que sou eu, provavelmente nem teria ficado comigo a festa inteira... – digo cabisbaixa.

Thalia me olha enfurecida. – E por que não ficaria? Você é bonita, legal e divertida. Não existe motivos para tal coisa, não fale uma coisa dessas! Amanhã eu não quero nem saber. Você VAI falar com ele, e contar que era você.

Olho para ela cética. – Se eu fosse do jeito que você disse, por que Cato, Glimmer e seus amigos fazem aquelas coisas comigo? E... eu não tenho coragem. Acho melhor deixar assim. Deixar as lembranças perfeitas como foram na minha mente. E ainda tem a probabilidade dele nem lembrar mais direito do acontecido. E se não foi tão perfeito assim para ele? Minha vida não é perfeita como nos contos de fadas, Tha... – digo com os olhos marejados de lágrimas.

O que estava acontecendo comigo? Eu nunca fora tão sentimental como eu estava neste momento. Mas a ideia de que o Peeta nunca será meu como fora hoje me deixava muito, mas muito mal.

– Não fique assim, Kat. Não chore, por favor. Eu tenho certeza de que ele se lembra, se ele for tão perfeito do jeito que você diz. Você é uma das melhores pessoas que eu conheço, merece o melhor. Se ele não lembrar, então com certeza ele é que não te merece. – Ela diz me olhando como se estivesse sentindo a minha dor e me abraça.

E eu começo a chorar. Chorar por vários motivos. Chorar por ter uma amiga tão boa como a Thalia. Por não saber o motivo de ser mal tratada por Cato e Glimmer. Por gostar tanto de Peeta. Por ele não ter me reconhecido. Por não saber se ele se lembrava da festa. E por ser tão covarde e não ter contado a ele enquanto era tempo.

Ficamos o final de semana todo assim. Thalia tentando me deixar mais animada, nunca tocando no assunto baile, para me deixar mais feliz e menos ansiosa pela segunda feira. Ficamos domingo inteiro assistindo filmes melosos, filmes de terror, filmes de comédia. Comemos muita porcaria e brincamos muito com a minha querida irmãzinha.

E finalmente chega a segunda feira. Eu e Thalia chegamos ao mesmo tempo, por ela ter dormido na minha casa esse final de semana todo. Sentamos num lugar na quadra da escola, esperando  o sinal tocar, e começamos a conversar sobre coisas banais, como por exemplo como o nosso professor de matemática era chato.

– E ele ainda acha que é engraçado com aquela touquinha de marginal... – diz, mas parece ser interrompida por algo. – Ai meu deus. – diz Thalia assustada.

– O que? – pergunto confusa.

Ela apenas aponta para a frente. E eu vejo Peeta entrando na quadra com o meu sapato. Quer dizer, o sapato de Thalia, mas era eu quem estava usando. Droga.

– E agora? – pergunto a ela.

– Agora você pega o maldito sapato, sua tapada. – diz Thalia me dando um tapa na cabeça de brincadeira.

– Mas... – começo.

– Mas nada! Vai lá e pega o sapato!

– Tudo bem. – digo.

Vou em direção a Peeta e meu coração começa a bater forte. Borboletas no meu estômago é o que não me falta. Era a primeira vez que eu iria falar com Peeta de verdade sendo "eu".

– O...O sapato... – digo.

– É seu? Então, Katniss... Você é a garota que estava no baile de máscaras comigo. – diz Peeta com a sua voz doce e maravilhosa, fitando-me.

Acho que se Thalia estiver escutando nossa conversa, ela me amaldiçará e explodirá o meu crânio, por ser tão covarde. – O sapato é de uma amiga.

Peeta me olha cético. – Não, eu tenho certeza de que este sapato é seu, Katniss.

Olho desconfiada para ele. Como ele saberia disso? Afinal, ele mesmo havia dito na festa que não sabia quem eu era, certo?

Esqueci do fato de que estava com muita vergonha de falar com o homem que eu amo depois de termos passado uma noite juntos e quase nos beijado. – Como você saberia?

Ele me olha com seu sorriso, que é a coisa mais linda do mundo. – Porque... Eu reconheceria você em qualquer lugar e em qualquer roupa do mundo, Katniss.

E depois disso ele começa a se aproximar de mim. Mais, e cada vez mais. Despois que nossa distância está quase nula, ele fita os meus lábios e me beija. Eu fecho os olhos.

Engulo a vontade de falar que realmente, o sapato não era meu apesar de ser eu quem estava usando ele na festa, e se ele sabia que era eu, porque então havia mentido, para aproveitar o beijo.

Fora o meu primeiro beijo. E com toda a certeza do mundo, o melhor. Também não liguei do fato de que estavamos no meio da quadra da escola, e provavelmente todos que estavam lá estava nos encarando. Nossas línguas se entrelaçavam com perfeita sincronia, e no momento senti como se nós dois fossemos apenas um só. E depois disso, senti como se a minha vida estivesse completa.

~

Eu enfrentei muitas tristezas, decepções e até mesmo irá. Minha vida por isso, sem sombra de dúvidas não fora e nem é um conto de fadas. Mas agora eu tinha Peeta. E isso bastava.


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Notas finais do capítulo

Fim! Ficou pequeno, porque na ideia inicial era para ser uma oneshot, mas deu preguiça de fazer tudo em um dia só. (Meses para fazer uma "oneshot", bota preguiça em haha) Por isso que não tem desenvolvimento dos personagens na história, por ser muito curta. Gostaram da fic? Comentem o que acharam do final.