A paciente tem recebido visitas constantes da pessoa que a trouxe aqui. Suspeito que tenha mentido ao dizer que não a conhecia e tenha inventado a história de tê-la encontrado “ao acaso”. Tentai forçar uma conversa para me aprofundar no que possa ter causado a quebra mental da paciente, mas o máximo que consegui foi a confirmação de que de fato a pessoa a conhecia. Ela se recusou a dar nomes, mas me explicou que algo muito grave que fez levou ao que a fez ficar naquele estado e por isso se sentia culpada. Por mais que tivesse a obrigação profissional de obrigá-la a revelar toda a história ou então levá-la às autoridades, simpatizei com seus sentimentos por motivos pessoais. Escrevo aqui esse relato de má conduta profissional sem temor de reprimendas pois estou certa dos bons resultados que meus métodos trarão. Se me aproximas dessa pessoa com cuidado poderei saber todos os detalhes e quem sabe tratar a paciente de modo mais apropriado ao seu caso.

Levei a pessoa comigo para visitá-la e pedi que explicasse que eu não era a Vanessa pela qual ela nutria algo contra. A pessoa fez como pedi, mas solicitou que eu usasse sempre meu sobrenome ou que da forma que eu achasse melhor não repetisse meu nome perto da paciente.

Ela disse que eu dividia meu nome com alguém que deveria ser esquecida.