Leah Clearwater escrita por juuh_lautner


Capítulo 10
Bonus 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31837/chapter/10

Mudanças (Bonus 2)

 Muito tempo havia passado desde que saímos novamente. E Alex não havia me ligado. Eu não sou uma pessoa muito esperançosa sabe como é, alem do que ele devia ter coisas mais importantes pra fazer. As quais não estam incluídas, obviamente, me ligar.

 Cansei também. Aquilo já era demais, não era ele que havia pedido meu telefone? Oras, se não fosse ligar então que não pedisse.

Saí novamente, ignorando todos os inúteis em minha mente. Eu precisava me sentir querida novamente. Resolvi ir mais longe, escolhi Seattle. Longe, mas nem tanto quanto gostaria. Ainda os ouvia em minha mente. Mas de um modo ou outro, eu estava bem, era mais fácil ignorar Jacob sofrendo tanto porque a humana ia ter um filho quando eu estava longe.

Seattle é consideravelmente maior que Port Angeles, mais pessoas, mais lojas, mais movimento. Eu quase conseguia passar despercebida.

Usava uma camisa branca (de Seth) e um shorts jeans. Simples, mas que em mim pareciam roupa de desfile. Odeio ser tão alta. E magra.

Decidi que precisava de uma reforma. Já não dava mais. Meus cabelos gritavam por socorro e eu mesma já havia me machucado com as minhas unhas.
Eu estava trabalhando, acho que não comentei isso, mas sim, eu estava trabalhando. Uma lojinha pequena lá de La Push. Minha mãe adorava. Isso me dava dinheiro o suficiente pra cubrir meu suprimento de roupas. Se bem que, fazia muito tempo que eu não falava com mamãe, nem ia ao trabalho.

Comprei algumas coisas e fui atrás de um cabelereiro. Achei um bom no centro da cidade, o coitado quase teve um troço quando me viu entrar. Meu cabelo estava preso em uma trança comprida até o fim de minhas costas. Mas estava todo quebrado, seco e quantos mais adjetivos ruins existirem para o cabelo de uma lobisomem.

- Querida, você veio arrumar seu cabelo? - Perguntou ele com uma cara de preocupado.

- Sim, bom, eu pensei em vim por isso, algum problema? - Estranhei sua atitude.

- Nenhum - Um sorriso enorme pousou sobre seu rosto. - Meu nome é Andreas, prezer querida. Sente-se vou chamar uma manicure.

- Obrigada, eu acho - respondi sentando - a propósito, sou Leah.

Mas sinto que ele nem me ouviu. Para ele devia ser um insulto algo como eu andando por aí. Voltou com uma moça apressada e nenhum dos dois trocou uma palavra enquanto mechiam em mim. Me senti incomodada, muito contato físico.
Meu cabelo ficou curto, na altura do ombro, todo repicado pra frente, e minhas unhas em um tom vermelho berrante. Ótimo, mais coisas chamativas.

Saí de lá, decidida a voltar o mais rápido possível para casa, porque pelo menos lá eu não era tão diferente assim, quando meu celular tocou. Não reconheci o número. Atendi.

- Leah? Leah, é você? - Disse uma voz doce me chamando. Era ele.

- Oi Alex, sim sou eu - Não consegui ser doce, eu realmente estava chateada.

- Estou te ligando em casa a bom, muito tempo, e você nunca me atende. - Tá, aí foi estranho, como é?

" SETH SEU INFELIZ, O ALEX ME LIGOU, NÃO LIGOU?? " - Pensei no volume mais alto que minha cabeça aguentou, senti ela latejar.
" O nojento com a voz de mauricinho? Ligou sim."
" Eu te mato assim que chegar em casa, é bom você correr, e começar agora."

Voltei ao telefone.

- Oh, eu sinto muito Alex, meu irmão sempre esquece de me dar os recados. - Suspirei aliviada, não era eu, era Seth, vulgo o meu falecido irmão.

- Ah, imagino, sei como são irmãos. Está ocupada?

- De modo algum, estou passeando em Seattle. - respondi com um sorriso no rosto enquanto andava pela rua de volta ao meu carro.

- Melhor ainda, meu hotel é aqui, venha me encontrar - e me passou o endereço. Não tinha dúvidas de que eu ia.

Liguei o carro, e corri. Não que eu não corresse abitualmente, odeio coisas lentas, mas dessa vez eu realmente acelerei. Sentia o motor roncar em toda sua potência em baixo do volante e pressionava mais o acelerador. Essa chance eu não deixaria passar. Não de novo.

Cheguei então ao hotel. Me olhei no espelho retrovisor. Minha cara não deixava de transparecer meu canssaço, mas por outro lado, eu estava arrumada pelo menos. Quis trocar de roupa, estava tão dessarrumada, tão fuleira. Mas não daria tempo, ele já me ligava novamente no celular e podia ve-lo na janela. Saí do carro e entrei no hotel, avisando ao gerente que era visita de Alex Miranda Guerra. O tal me levou até os elevadores e me indicou o andar, por acaso o último.

Lindo. Sem outras palavras pra descrever o que eu vi. A porta do elevador já dava direto pra suíte master do hotel. Gente rica é outra coisa não? Uma sala enorme com uma tv de LCD maior do que a minha cama, se possível, e várias outras portas que davam para os outros cômodos.

Alex estava sentado em uma poltrona com o telefone na mão, olhando para mim, com uma expressão estranha. Interesse. Desejo.

- Oi - disse sem graça.

- Oi.

Silêncio. E ele continuava a me encarar. Se levantou e veio até mim, parando a centímetros de mim.

- Você está linda. - sussurou passando os dedos pelo meu rosto - Não, você está mais que linda, só que ainda não existe uma palavra pra te descrever.

Foi aí que eu não vi mais nada, e nem entendi também.

-----------------------------------------------------------------------------------------

Notas da autora.

Sejam felizes para me chingar a vontade ;*


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!