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Essa era sem dúvida a notícia mais comentada dessa década. Imagina você acordar um dia e saber que o maior herói dos últimos tempos se matou por causa da culpa. E ele ainda era o pai da sua melhor amiga. Realmente pior que tá... Fica, porque agora forças do mal estão retornado em busca de vingança e se já não tava ruim o suficiente a Minerva me chamou em plenas férias pra eu ir até a escola. Ela disse que é realmente importante. Então aqui estou. Na frente da gárgula com meus pais esperando algo que eu ainda não descobri.

De repente ouvimos uma voz:

– Harry Potter. – A gárgula de passagem e uma escada surgiu.

Com um arrepio na espinha logo reconheci aquela voz. Apesar de nós não convivermos muito, eu sempre a reconheceria: Alvo Severo Potter.

Me virei bem a tempo de ver um borrão ruivo pular sobre mim.

–Lily... – sussurrei – Vai ficar tudo bem.

Ela soluçou em resposta e correu para os braços do irmão do meio. Ele olhou pra mim e assentiu, como um cumprimento. Em resposta lancei a ele um olhar de conforto.

Reparei um pouco mais tarde numa figura alta encolhida junto à outra cabeleira ruiva. Parecia com ele, mas com certeza não era. Faltava um sorriso, a alegria costumeira. Aquele não era James S. Potter. Estava mais maduro e sério. E foi com essa postura que ele indagou:

– O que fazem aqui?

– A Minerva nos chamou James. –respondeu meu pai. – E vocês?

– Idem. – dessa vez quem falou foi o Alvo.

Um clima tenso se propagou por todos e eu achei melhor acabar logo com isso.

– Vamos subir logo. Ela já deve estar esperando. – falei.

Todos acenaram e começamos a subir. Chegamos em frente a porta da diretora e minha mãe deu duas batidas.

– Entrem! – ouvimos a voz abafada da professora, parecia preocupada e chorosa ao mesmo tempo.

Entrarmos, sentamos e aguardamos a Minerva começar.

– Hoje é um dia triste, pois morreu além de um herói um garoto extraordinário. E eu lamento. – disse ela - Mas temos mais coisas pra nos preocupar. Eu creio que sem ele nós não vamos conseguir. Ele era o maior representante do poder do bem, era um espelho e precisamos dele. Conversei bastante com outros diretores, principalmente com Dumbledore, e chegamos à conclusão que pra vencermos essa guerra, precisamos dele de volta.

– O que quer dizer? – perguntou a senhora Potter.

A professora McGonagall pegou uma espécie de colar de ouro parecido com um vira- tempo. Eram dois.

Uma súbita compreensão me veio.

– Você que alguém volte no tempo e impeça Harry Potter de se matar? – perguntei.

– Sim e não. A minha proposta é que a senhorita e o senhor Alvo Potter voltem no quinto ano do Harry e impeça que as pessoas que ele ama morram.

– O que!? – exclamaram todos se levantado.

– Por que ele? – perguntou meu pai.

– Porque são os mais adequados. – respondeu tranquila.

– Mais adequados? – perguntou a senhora Potter.

– Você não pode dar a crianças uma tarefa dessas Minerva. –falou minha mãe.

– É a única solução!

Então eles começaram discutir, até que Alvo enfurecido se levantou e gritou, assustando a todos:

– Ninguém perguntou a nossa opinião. Mesmo a missão sendo pra gente!

– Concordo com ele! – disse.

– Vocês não vão e pronto. – disseram nossas mães ao mesmo tempo.

Eu tinha que ir. Além de salvar o mundo bruxo, seria uma oportunidade única de salvar... De o ver pelo menos uma vez... Eles tinham que deixar.

Olhei pro meu pai suplicante e acho que ele entendeu.

– É o que você quer? – perguntou cauteloso e eu assenti.

– Ela não vai! – se exaltou minha mãe.

– Ela já está grande o suficiente pra tomar suas próprias decisões. Além disso, ela é uma Black. E nós não aceitamos ordens. Somos marotos de nascença.

– Ela ainda é muito nova... – disse minha mãe inconformada.

– Mãe vai dar tudo certo. Eu prometo! – disse a abraçando.

– Tome cuidado! – falou.

– Pode deixar. – respondi.

Olhei pro Minerva e confirmei com a cabeça.

Enquanto isso Alvo conversava com a família dele. Ele parecia ta contornando a situação muito bem.

Foi até a mãe e deu um abraço apertado, depois foi até o James e o abraçou também, dizendo algo no seu ouvido. Após isso se virou pra Lily, que no momento chorava. Ela pulou no seu colo e desabou.

–Eu não quero que você vá. – falou em meio a lagrimas.

– Vou voltar logo. Prometo!

– Eu vou com você! – disse chorosa.

–Não! – respondeu ele.

–Eu vou, Alvo!

–Não dá Lily. Você e o James são muito impulsivos. Fique segura. Prometo que vai dar tudo certo.

–Te amo Alvo.

– Também te amo baixinha.

Eles se abraçaram mais uma vez e ele depois ele veio até meu lado.

– Vocês vão entregar essa carta a o professor Dumbledore, e vão ser apresentados como viajantes do tempo. Não contem o que vai acontecer no futuro, nem de que tempo são. Vocês só devem impedir que o fato ocorra. Vocês voltam só depois da batalha final. Quando a missão estivar concluída. – Falou ela e nos assentimos. Ela pegou os colares e nos deu. Colocamos e nada aconteceu. – Bom, esse é um objeto de Godric Gryffindor e só dois Grifinórios podem usar. Para ativar vocês devem fazer ago ousado e corajoso. – terminou a Minerva.

– Como o que? – perguntou Alvo.

Uma ideia brilhante me ocorreu e um sorrisinho brotou dos meus lábios.

– Ousado e corajoso? -perguntei e a Minerva confirmou com cabeça.

Então eu fiz algo realmente ousado e bastante corajoso. Joguei os meus braços em volta do Alvo e o beijei. Primeiro ele ficou surpreso, mas logo retribuiu. Paramos de nos beijar com o grito da Minerva.

– Muito bem. Funcionou. Dentro de alguns segundos vocês vão voltar no tempo, então boa sorte!

Depois disso tudo começou a girar e eu senti meus olhos ficando pesados. Logo depois eu apaguei.