Little Rose escrita por juuh_lautner


Capítulo 8
Aeroporto


Notas iniciais do capítulo

Vocês podem comentar mais né galeeeeera ? Ultimo capítulo aqui, vamos lá, só com muitos comentários eu posto o epílogo.



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  Aeroporto
"Baby, baby, when we first met
I never felt something so strong"

  As horas pareciam correr mais rápidas do que o relógio podia andar. A música alta e a bagunça que a ruiva fazia pareciam deixar o tempo como último detalhe.

Infelizmente, nenhum dos oito vampiros da casa tinha o poder invejável de parar o tempo, e a hora tão temida pela menina já havia chegado.

Encontravam-se todos no aeroporto, faltando meia hora para o embarque de Jacob. Quieta, sentada ao lado do menino, Nessie era a perfeita máscara da indiferença. Não ia dar o braço a torcer no último momento com seu lobo.

As lágrimas que escorriam pelo seu rosto não faziam em nada sua expressão mudar, mesmo que por dentro estivesse quebrada.

Ao seu lado, sua mãe, sofrendo com todas as lágrimas que queria ser possível derramar, suas tias indiferentes a partida do lobo, mas sentidas pela perda da caçula e os homens da família que em nada acrescentavam.

-Nessie, eu...
-Shh Jake, está tudo bem. Se prepare para o embarque, sim? - respondeu atropelando a tentativa do menino de dizer algo. O qual se contentou em acenar com a cabeça.

Continuaram assim, nesse silêncio desconfortável por mais alguns minutos. Por mais que estivessem acostumados com o silêncio e a falta de movimentos, a situação não ajudava muito. Pigarreando, Edward passou a mão pela cintura da esposa e a arrastou no sentido da lanchonete. Sendo seguidos pelos outros vampiros ali presentes.

- Nessie, eu não aguento mais esse silêncio. Eu embarco em quinze minutos, quer, por favor, falar comigo? - soltou após alguns segundos, desesperado, virando o rosto da menina para si.

- Falar o que Jake? - soltou com a voz fraca, embolada no meio do choro, conseguindo colocar um sorriso torto no rosto – Que eu te amo? Que você é a minha vida e fui lerda demais para reparar isso só agora? Que se você entrar naquele avião, eu irei padecer lentamente até você voltar?


A menina alterou o tom de voz, junto com seu desespero eminente, sacudindo os braços com força e saindo de perto do menino, pondo-se em pé. As lágrimas escorriam cada vez mais e mais, manchando todo o seu rosto e retirando ainda mais a maquiagem impecável feita pela própria.

Era maldade, muita maldade o que ele estava fazendo com ela naquele momento. Triste, ela não saber que talvez pior fosse para ele, que durante esses sete anos, seguiu com ela, ao seu lado, cuidando e protegendo, esperando pelo dia em que – talvez – ela o visse como mais de um irmão e agora que obteve isso, largaria tudo pela sua família de sangue.

Os sentimentos de perda, de abandono, a tristeza ali emanada pelos dois era tamanha que mesmo distante Jasper sofria para controlar o que o próprio deveria sentir.

Receoso, o lobo levantou, andando calmamente em direção a menina, não querendo provocar um mais um alarde. Postou-se na frente da ruiva, erguendo as mãos em um claro sinal de paz enquanto seu rosto se contorcia na mesma careta de dor que o dela estava. Foi como se quisesse dizer exatamente o que ela queria ouvir. “Eu sinto o mesmo que você”

Em um movimento só, a menina se jogou nos braços do lobo, agarrando-o com força e soluçando tudo aquilo que com palavras não saberia dizer.

- Eu te amo minha pequena ruiva. Você não faz ideia quanto... - pausou a frase respirando fundo quando as lágrimas já caiam- Você não faz ideia do quanto me dói ter que te deixar sozinha.

Afastou um pouco, a menina de si, segurando-a pelos ombros e analisando seu rosto perfeito manchado. Sorriu de lado, um sorriso triste enquanto passava as mãos pelo rosto da menina em uma tentativa boba de secá-lo enquanto mais água descia pelos olhos chocolate de 'sua ruiva'.

- Assim não dá Nessie, meu trabalho está sendo inútil – comentou em um falso tom de bravo fazendo-a rir – Aí sim, é do seu sorriso que eu gosto. E é só ele que me dá forças pra pegar esse avião, sabia? Eu só vou embarcar se eu souber que quando eu voltar, esse sorriso vai continuar sendo meu e de nenhum outro capitão do time de futebol ok?

Rindo mais a menina fez que sim com a cabeça, os batimentos do coração voltando a um ritmo quase normal.

- E eu sei bem que no colegial esses mauricinhos brotam dos armários então é bom você prometer que vai SÓ me amar ok? - brincou de novo, sacudindo a menina e recebendo em troca alguns soquinhos no braço.

- Sim senhor, alpha! Você é quem manda – respondeu no mesmo tom, batendo continência, sorrindo sem nenhum esforço. A resposta foi suficiente para que o lobo sorrisse também e voltasse a abraçar a menina.

Alguns instantes depois, ele a soltou, depositando um beijo demorado em seus lábios, arrancando as últimas lágrimas que os olhos da menina suportariam soltar.
- Eu te amo Nessie – completou a olhando nos olhos, dizendo tudo que sempre quis nesses sete anos, para depois virar de costas e caminhou lentamente pegando a bagagem nas mãos.

- Jake!! Não! - gritou a menina assustada com a possibilidade de ele já estar partindo.

O menino se virou com uma expressão desconfiada no rosto enquanto a via correr em sua direção desesperada mais uma vez.

- Calma! Não to indo embora não, só vim pegar um presente que eu te fiz e deixei na mala – disse acalmando-a mostrando um embrulho que tinha nas mãos – Eu hein.

A menina fechou o rosto, cruzando os braços e batendo o pé. Aquilo tinha sido maldade maior. Rindo, ele se aproximou esticando o braço para entregar o embrulho.

Com as mãos trêmulas ela aceitou e abriu o laço com certa dificuldade, tirando de dentro do saquinho, um colar, com o pingente de um lobo.
- É igual.. o que mamãe tem... - comentou rouca, segurando mais lágrimas que nem a própria sabia de onde saiam.

- Não, não é, tire de dentro do saquinho.

Obedecendo ela puxou o resto do cordão que ainda estava escondido, e reparou que junto com o lobo, viera uma... cobrinha?

- Uma cobra Jake? - perguntou desconfiada olhando para o menino.

- Você faz ideia de como é difícil talhar em madeira um monstrinho? É só para ilustrar, nem comece – respondeu se fazendo de ofendido.

A menina com os olhos brilhando afastou o cabelo, esticando o colar para o lobo, pedindo que o colocasse em seu pescoço. Nunca mais, ele sairia de lá. Nunca.

Abraçou o menino pela última vez, vendo no telão acima de suas cabeças um “Ultimo embarque” brilhar ao lado no número de seu voo.

Antes de soltá-lo, lembrou-se de algo que teria facilitado e muito, a sua vida se tivesse sido mais esperta. Tirou a luva que vestia, levando sua mão ao rosto do menino, encostando de leve em sua bochecha, deixando transpassar tudo aquilo que nenhum dos dois era capaz de dizer com palavras.

Todos os momentos, as risadas, os choros, as brigas e as reconciliações. Desde quando era pequena e podia se lembrar, até mesmo das lembranças borradas como um filme antigo da primeira vez que se viram, quando ela ainda era um bebê no colo de Rosalie (n.a: Inocência vamos ler?).

Da primeira vez que ela caçou sozinha com ele e como isso causou problemas para toda a sua família. Do modo como ele a protegeu na clareira nessa vez, fazendo-a segurar cada vez mais forte em seu pelo. Do mesmo modo como ele a segurou atrás de si quando os Volturi voltaram para avaliá-la.

Tudo aquilo que a importava, o cheiro, o modo de andar, o modo de sorrir, o jeito de abraçá-la, de colocá-la para dormir. Todas as pequenas coisas que a deixavam com borboletas no estômago e ela nunca entendeu por que. Até descobrir que ele iria embora voltar para a reserva com todas as mulheres bonitas que lá moravam.

Ele riu, nessa parte, vendo o ciumes doentio que ela tinha de Leah e de todas as outras mulheres com as quais ele poderia ter contato.

O menino retirou a mão dela de seu rosto, sorrindo como nunca havia feito em sua vida. A felicidade que sentia agora sabia, que guardaria pelo resto dos seus dias, porque era com ela que ele estaria. Era com a menina linda a sua frente que ele passaria mais um milhão de momentos bons e ruins para ela se lembrar.

Depositou um beijo na testa da menina, sorrindo ainda e deixando mais lágrimas escorrer pelo rosto que nunca se cansaria de recebê-las. Virou as costas, dessa vez caminhando para longe, aonde se podia ver a placa que dizia “Embarque”. Deixando para trás a coisa mais valiosa de sua vida, juntamente com toda a felicidade e todo o amor que podia lhe ser proporcionado.

Sorriu por fim, uma última vez, vendo-a correr em direção as cordas das quais não podia ultrapassar, chorando, gritando pela sua volta, gritando seu nome pela última vez.


•••


Carregada, exausta e sem vontade nenhuma de continuar nesse plano. Foi assim, que a menina voltou para casa. Os cabelos bagunçados o rosto com marcas de todos os tipos, as mãos trêmulas, presas em um novo acessório que jazia em seu pescoço.

Os olhos fechados não de cansaço, não por dormir, mas sim por não querer ser incomodada, repassavam os últimos momentos que teve com o novo centro de sua vida, agora já a milhares quilômetros de distância.

Foi delicadamente posta na cama, enrolando-se em uma bolinha mais uma vez, absorvendo o cheiro que ficara impregnado em suas coisas. O cheiro do seu namorado. Do Alpha perfeito que era somente dela.

Adormeceu perdida em pensamentos, com mais lágrimas, mais algumas últimas escorrendo de seu rosto.

O dia seguinte seria importante. Tinha matrículas a fazer, tinha de arrumar o quarto, mudar-se para um no andar de cima, agora vazio, mas que com certeza traria as melhores lembranças que ela poderia ter, até formar novas.


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n.a: Meus olhos se encheram de lágrimas, juro ! Nunca, em nenhuma fic minha eu chorei, mas essa foi tão do coração que eu não me contive. Foi triste.

Eu virei a madrugada (escrevendo essa nota EXATAMENTE às 01:26 da manhã) sabendo que eu vou acordar cedo amanhã, terminando esse capítulo que me aperta o coração só de pensar.

Não reli nem pretendo. Minha beta que faça esse trabalho por mim, porque eu sei que se eu o fizer, metade do que está escrito vai ao lixo, porque vou achar que está meloso demais, mesmo para o fim de uma fic.

Agradeço a TODOS os meus leitores, por terem me acompanhado até aqui.
Nos vemos no EPÍLOGO e nos AGRADECIMENTOS.

Comentem e leiam minha outras fics haha, acabei com o momento triste, eu sou mara;


PS: Minhas mãos doem e se eu ficar com tendinite e não tiver comentários o suficiente eu caço todos vocês até a morte u___u


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