Terra Firme. escrita por Florence


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Um beijo pra katherine, leitora incansável.
Enjoy Sweetheart :*



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O crepusculo ja anunciava o inicio da noite quando Beckett teve alta. Os rapazes ja haviam ligado e a xingado, poupando um pouco do falatorio por parte de Castle.

–Ai. -gemeu ela ao sair da cama. -Minha cabeça doi.
–Não se mova, vou chamar a enfermeira. -disse Castle num tom de preocupação que a fez sorrir.
Kate o segurou belo braço o impedindo de sair correndo. -Estou bem. Me disseram que isso vai acontecer. Não precisa chamar a enfermeira.
–Voce não devia sentir dores. -comentou ele, enquanto a ajudava a sair do quarto. -Voce quer que eu pegue uma cadeira de rodas?
–Castle, eu estou com um corte na cabeça e ao não ser que eu esteja dopada, sim eu vou sentir dores. E pare de me tratar como criança, sou uma garota crescida e ... ai.
–Viu? de novo! -Sussurrou ele. -Voce vai pra minha casa!
–O que? -perguntou ela mais alto do que pretendia. -Eu vou pra minha casa!
–Não vai não! -cantarolou Castle cumprimentando alguns pacientes.
–Estou bem! Só tenho um corte na cabeça. - grunhiu ela.
–Voce precisa de supervisão e não pode se auto-supervisionar. Então não discuta.
–Voce não pode me obrigar a ir para a sua casa. -disse ela enquanto assinava uns papeis de alta na recepção.
–Certo, então eu vou para a sua casa! -disse ele, com seu melhor sorriso no rosto.


Kate revirou os olhos e entrou no taxi. Castle entrou logo em seguida e se acomodou. Mantinha seus olhos nela, vigiando-a, o que a irritava profundamente.


–Pare de olhar para mim Castle! -pediu ela sentindo suas bochechas corar.
–Hmm certo. -concordou ele, desviando o olhar de vez em quando.
–E sua mãe e Alexis? -perguntou Kate, distraida.
–Elas chegam amanhã de manhã dos Hamptons. -respondeu ele. -Não adinta detetive, voce não vai se ver livre de mim tão cedo.


Ela colocou sua mão sob a dele e sorriu. Sem nenhuma palavra ele entendeu a gratidão que ela queria expressar. Eram dois seres tão conectados que conseguiam conversar sem dizer uma palavra. Alguns minutos depois chegaram ao predio dela. Desceram do taxi de mãos dadas num silencio confortavel. Subiram pelo elevador, mesmo contra a vontade de Kate, que insistia em querer ir de escada, e chegaram, enfim, em casa.


–Em casa detetive. -disse Castle. -Quer que eu lhe prepare alguma coisa?
–Não, só quero tomar um banho e dormir. -respondeu ela entrando logo no banheiro.
–Quer que eu te supervisione no banho? -gritou ele, sorrindo maliciosamente.
–Eu ainda tenho uma arma e ainda me lembro das minhas aulas de tiro Castle. -gritou ela em resposta.

Um cheiro de café tomava conta do flat quando, depois de uma eternidade, Kate saiu do banho. Vestia seu pijama que ela classificava como "nada sensual" e mesmo assim, aos olhos de Castle, ela estava mais linda do que nunca.


–Fiz café, e um macarrão que, por falta de ingredientes, deve estar parecendo um macarrão instantaneo.
–Eu disse que não precisava. -disse Kate, se sentando á mesa.
–Devo garantir que voce coma depois de passar o dia dormindo. Te deram aquelas gelatinas no hospital?
–Deram!. -respondeu ela, rindo. -Acho que ainda estou a base de remedios, porque parece que não durmo á dias.
–Quer que eu durma com voce? -Perguntou ele, inocentemente. -Assim, so pra supervisionar...                                                                                               Silencio. Agora eles dançavam numa linha tênue, que por ele, nem existiria.
–O cheiro está muito bom. -comentou ela, mudando de assunto.
–Espere ate comer...

Jantaram em meio a risadas. Castle contou sobre Esposito e Ryan que estiveram com ele e não perdeu a oportunidade de xinga-la por ser tão teimosa. Depois de sessões paralelas de risos e xingos, Kate se levantou da mesa e buscou um colchão para colocar na sala.


–O que é isso Kate? Eu durmo no sofá. -gritou Castle da cozinha.
–O sofá é muito pequeno. Quer domir na minha cama? -perguntou ela, corando logo em seguida. -Quero dizer, voce dorme lá e eu aqui.
–De jeito nenhum. -respondeu ele. -Vá para sua cama que já passou da hora de dormir. Eu me acomodo aqui.


Ele se aproximou e a beijou na testa, o que a surpreendeu. Ele estava sendo extremamente protetor, e a cada segundo ela se pegava o amando mais. Por algum motivo ela esperou que ele apagasse as luzes da sala para se deitar. Dormia profundamente ate que no meio da noite algo a fez acordar. Ela não sabia ao certo o que, mas sentiu um medo súbido que percorreu cada centimetro do seu corpo. Se levantou mais silenciosamente possivel e foi ate a cozinha.


–Kate? -chamou Castle sonolento.
–Volte a dormir Castle.
–Esta tudo bem?
–Está. Volte a dormir. -repetiu ela.
–Sua cabeça doi? -perguntou ele preocupado.


Não houve resposta. Ela apagou a luz da cozinha e em segundos ele sentiu alguem se ajoelhar no colchão e se deitar na frente dele.


–Kate? -chamou ele num sussurro.
–Shhh. -sussurrou ela. -Volte a dormir.
–Esta tudo bem? -perguntou ele cheirando o cabelo dela.
Beckett pegou o braço dele e colocou na frente dela, como se ela quisesse que ele a abraçasse. -Apenas durma Castle.


Ela se acomodou numa conchinha com ele e se permitiu sorrir. Isso tudo era culpa era dela e de uma forma ou de outra ele sempre acabava se sentindo culpado.


–Castle, eu não quero que pense que tem obrigação de me proteger. -disse ela por fim.
–Não é obrigação. É o que os parceiros fazem. -sussurrou ele. -Pretegem uns aos outros.
–Obrigada por estar lá comigo e me desculpe por... por te envolver nessa confusão.
–Voce não precisa agradeçer ou se desculpar, apenas deixe de ser tão teimosa.


Ela se virou para ficar de frente para ele. Podia sentir a respiração quente dele em seu rosto e o calor que emanava do seu corpo.


–Obrigada. -sussurrou ela novamente, lhe dando um selinho. -Por se minha terra firme nesse mar instavel que é minha vida.
–voce esta realmente bem Kate? -perguntou ele desconfiado.
Kate lhe deu outro selinho e sorriu. -Acho que nunca estive melhor. Boa Noite Castle.
–Boa noite sweetheart. -sussurrou ele.


Ambos se acomodaram numa conchinha novamente e, abraçados, cairam num sono profundo. Depois de quase morrer duas vezes, Beckett enfim entendeu que existem mais coisas importantes do que uma busca ás cegas por justiça. Estava perdendo a oportunidade de ser feliz por uma causa que a mataria, cedo ou tarde. Esquecer os fantasmas era tudo o que ela faria agora. Esquecer e seguir em frente ao lado do homem que a tirou das trevas e, magicamente, a apresentou á luz.


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Notas finais do capítulo

Enfim, é isso ai. Espero que tenham curtido lindamente ;*



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