A Seleção escrita por Kel Price


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!! E se gostarem comentem!
Bjus meus fanfic-maniacos



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Naquela manhã tudo parecia cinza, meu quarto, minha casa, minha rua, até o sol parecia que havia perdido o brilho.

Hoje era um dia importante, seria o dia da “seleção”, neste dia nós garotas jovens de 16 a 19 anos, somos escolhidas por 1 ou mais seres sobrenaturais, para sermos suas companheiras, e eu é claro não irei comparecer a esse evento, nem que a vaca tussa.

A seleção ocorre nas escolas, cada sala é chamada e os diretores nos apresenta aos nossos “companheiros” (mais alguém ai notou o sarcasmo?) e também ficamos quinze minutos conversando para nos conhecermos, foi o que eu tinha ouvido pelos boatos, na verdade era meu primeiro ano.

Me vesti com uma calça jeans velha e escura, meu par de All Star preto, minha blusa vintage branca estampada que tinha um decote discreto e que a barra da blusa ia abaixo da linha do meu quadril, e coloquei meu óculos de sol estilo aviador com lente degrade marrom e aro dourado (ele tinha me custado 3 meses de trabalho). Peguei meu moletom da Gap e sai de fininho, para não acordar ninguém, afinal eram 6:00 da matina. Com meu skate em mãos andei até a pista comunitária da cidade. Andei um pouco na pista com o skate que por sinal estava deserta e depois me encaminhei para a escola para buscar minha amiga. Andar de skate foi a melhor coisa que me aconteceu, com ele eu podia ir para qualquer lugar quando eu quisesse.

                                                                               *********

A área escolar de Laguna Beach Hight School era ampla, com várias rampas que davam acesso aos corredores da escola e até para outros lugares, o chão era liso e sem buracos, o que certamente me convinha.

Deslizei silenciosa mais rapidamente com o skate pelos corredores fantasmas da escola, mas também conseguia ouvir o burburinho das falas dos alunos dentro das salas, muitos estavam agitados, nervosos e apavorados. Meu celular vibrou em meu bolso de trás e lá tinha uma mensagem da minha amiga Ariane:

“ Onde vc tah?!” escreveu

Respondi:

“No corredor entre o ginásio e a cantina”.

“ Vc não vai entrar na sala?” Mandou ela 2 minutos depois.

“ Nem morta” respondi.

Corri pro banheiro mandei uma mensagem para Ariane:

“Fique calma vou tirar nós duas daqui”.

“Tenha cuidado”. respondeu

Você deve estar se perguntando como eu consegui entrar, apesar de toda a parafernália de segurança que a escola colocou em volta para garantir que ninguém saísse.

 Pedi ao meu amigo confiável (uma bicha assumida, mas não tenho preconceito e o adoro mesmo assim) Miles que colocasse baterias velhas nas câmeras do corredores ontem a noite, os guardas estavam numa salinha jogando baralho, e quase fui pega por um vigia mais sai inteira e sem ser vista.

Uma buzina soou anunciando a hora da apresentação aos companheiros de cada uma de nós, dei um pulo me escondendo em uma das cabines do banheiro feminino; os segundos se passaram, dez se transformaram em vinte; quando notei que a escola estava silenciosa novamente, sem o som de passos e vozes, me esgueirei pra fora do banheiro. Verifiquei que não havia ninguém e fui olhando pelas fechaduras das portas, tentando achar Ariane.

Uma voz me interrompeu em minha busca e dai eu soube que estava ferrada de vez:

- Ora, Ora se não é Raquel Evans, a garota rebelde e que não se encaixa na escola, aquela que não liga para algumas regras ou quando a mandão que fiquei quieta e obedeça...

“Claro que não panaca, não sou um cachorro treinado!”- gritei mentalmente encarando o diretor e seus comparsas.

Sem que eu raciocinasse aqueles caras que acompanhavam o diretor Russo, agarraram-me pelos meus braços e pernas e me levantaram, me debati contorcendo-me e gritando a pleno pulmões para que me soltassem, e que eu nunca seria a companheira de desconhecidos, nunca.

Os armários ambulantes que me seguravam apertaram ainda mais meus braços e pernas, enquanto eu ainda contorcia e urrava de raiva; e por fim o diretor abriu uma porta, os caras me jogaram no chão como seu eu fosse um saco de arroz, minhas costas bateram contra o chão gelado, me levantei cambaleante em direção a porta que se fechava, mais bati de cara com ela já trancada. Chutei, soquei, forcei a maçaneta, e tentei até empurrar a porta forçando meu peso da maçaneta, mas era inútil aquela porta era revestida de metal e dura demais para ser forçada por uma simples humana.

- É melhor parar, Anjo, vai se esforça e se cansar a toa...- uma voz rouca e sexy me fez dar um pulo e me encolher contra a porta, e olhei para o outro lado da sala.

Havia 5 deles, todos ele eram altos e aparentavam ter minha idade ou talvez fossem mais velhos; analisei o garoto ou seja la o que ele era, que havia falado comigo, ele tinha cabelos realmente escuros e olhos negros que continham um brilho diferente que eu não consegui identificar, sua pele era morena, e sua boca era uma perdição...opa o que você esta fazendo Raquel Para já com isso. O segundo possuía feições delicada e angelicais ao que parecia seus olhos eram violetas, cabelos louros e leve bronzeado na pele. O terceiro se parecia como o primeiro, seus cabelos eram lisos e um pouco bagunçados, enquanto do primeiro o cabelo era um pouco bagunçado. O último deles tinha feições italianas, o nariz reto e arrebitado, os olhos verdes cor de folha, a pele branca uma beleza sobrenatural residia em cada um deles.

Me senti estupidamente ridícula e ignorei o comentário, bufando encostando-me na parede, olhando pros meus ténis, a sensação de estar sendo observada tomou conta de mim irritando-me. Para começo de conversa eu nem queria estar ali, pra ser sincera.

E segundo eu não conhecia e nem queria conhecer ou falar com algum deles, grande coisa, não vou ser dobrada pelas regras da sociedade. Não mesmo.

Pulei pra frente quando senti a porta sendo aberta, atrás de mim, e me virei e o diretor Russo me encarava com um sorriso malicioso no rosto:

- Bom parece que não houve um progresso muito bom, não é? Não se preocupem Rapazes - ele virou-se e encarou os garotos que olhavam pra mim, e depois voltaram sua atenção a ele - , ela é assim mesmo indócil, rebelde, selvagem mas acho que com esse incentivo ela mudara de ideia tenho certeza- disse ele olhando para a porta aberta.

Olhei chocada para a porta, os capangas seguravam minha mãe e meu irmão Dean junto com Anne a minha futura cunhada, eles estavam com armas apontada na cabeça de cada um deles, meus olhos lacrimejaram e senti a raiva arder em mim, pronta pra descer o cacete em Russo mas me contive, se eu fizesse algo contra Russo minha família morreria, ou se eu não fosse com eles, minha mãe e Anne e Dean sofreriam a consequência eu não tinha saída.

- Eu vou- disse por fim, as lágrimas ameaçando transbordar pela minha face, lutei, não daria a Russo de sentir o gostinho da vitória.

Minha família foi libertada e correram em minha direção os braços da minha mãe foram os primeiros a me rodearem, a abracei apertado chorando descontroladamente, sussurrei:

- Mãe me prometa uma coisa, você vai ser forte, vai aguentar isso, vai ficar bem e vai cuidar de você e do bebê que vai chegar, entendeu? Não de as costas pro mundo como fez quando o papai morreu, Lute. Eu te amo, mãe

Minha mãe assentiu chorando, Anne a abraçou tentando acalma-la, mas mesmo assim ela tinha lágrimas em seus olhos pois já me considerava sua nora. Os braços do meu irmão me rodearão e apertaram-me fortemente, escondi minha cabeça no vão de seu pescoço, suspensa no ar, por ele ser muito mais alto do que eu. Lágrimas quente caíram em meus cabelos, podia sentir que Dean lutava pra não perder o controle, eu mesma tremia e soluçava.

- Shhhhh, calma Raquel. Vai ficar tudo bem, prometo - disse ele.

Olhei pra cima e coloquei minha mão em seu rosto, olhei em seus olhos e disse baixinho pra que ele ouvisse:

- Vou te dar missão, e vai ser a seguinte, não importa o que houver, o que acontecer, você vai cuidar de Anne, de mamãe e do nosso irmãozinho ou irmãzinha que vai chegar, não deixe que passem fome, Dean. Por Favor. Eu te amo margarida.- o apertei mais, sussurrando o apelido que o deixava irritado mas dessa vez o fez rir um pouquinho.

Anne veio até mim e me abraçou também;

- Anne, cuide do meu irmão, faça-o feliz, seja a melhor esposa que você puder ser e de a ele filhos e muita felicidade.

A porta foi aberta, sequei as lágrimas, e olhei para porta aberta, minha família saindo. Meus olhos se dirigiram os meninos que tinham assistido minha despedida da minha família, seus olhares para mim eram de preocupação e pena. Eu não precisava da pena deles.

O diretor Russo, encaravam-me sorrindo satisfeito, veio até mim e olhando-me de perto, me afastei dele.

- Espero que eles saibam domar você.

- Não sou uma animal, não nasci pra ser mandada, se nem meu pai me controlava, eu duvido que eles consigam me domar- olhei assasinamente para ele, que recou até a porta.

- Senhores, acho que já terminamos por aqui.

Os garotos foram na frente e eu fui logo atrás deles, minha face banhada em lágrimas, olhei para trás e vi Ariane ser levada junto com os companheiros dela na direção oposta a que eu me encontrava, ela me vi e correu em minha direção e eu corri até ela. Passamos pelos guardas e nos abraçamos apertando-nos.

- Te amo Kel – disse ela

-Te amo Ary, e gente vai se encontrar logo- sussurrei a ela.

Nos afastamos e olhei na direção dos homens que mudariam minha vida completamente.


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Notas finais do capítulo

Reviewns?!



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