Encontrando-me escrita por Evanlyn


Capítulo 8
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, quero agradecer a Mika pela recomendação, obrigada :) Desculpem pela demora para postar e.e



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A casa assombrada não aparentava dar muito medo, eu já sabia que iriam aparecer coisas para assustarem as pessoas, então, achava que não me surpreenderia se aranhar caíssem do teto, ‘’pessoas’’ cheias de sangue aparecessem, zumbis, fantasmas, etc. O fato de saber o que iria acontecer não ajudava muito na hora em que acontecia, sempre levava um susto.

   Estávamos andando há alguns segundos, quando uma fumaça verde surgiu em nossos pés e caveiras começaram a nos puxar. Se eu falar que fiquei calma enquanto mãos esqueléticas me puxavam e morcegos passavam zumbindo perto de nossas cabeças e tudo o que eu conseguia ver era uma fumaça no chão, estarei mentindo. Eu não conseguia ver Leo, embora ele estivesse ao meu lado. Parei de andar, ergui o braço esquerdo em sua procura, não estava achando ele, comecei a andar a direção em que ele estava, ou achava que estava, não encontrei ele. Talvez ele tivesse continuado a andar.

   - Leo, onde você está? – Sussurrei, por algum motivo achava que não era certo falar alto em um lugar como aquele.

   - Aqui – ele respondeu no mesmo tom de voz.

   Comecei a andar para frente quando esbarrei com ele que agora tinha se virado para me procurar.

   - Desculpe – ele disse

   - Tudo bem – respondi, segurando a mão dele, não queria me perder de novo.

   Tudo estava acorrendo bem, levamos sustos, às vezes eu dava um pequeno grito, normal. Tínhamos passado da metade do caminho há pouco tempo, finalmente iriamos sair daquele lugar e então a seção zumbis começou. Decidi dar nomes por onde passávamos, seção esqueletos, seção vampiros, seção bichos nojentos, seção caras loucos com serra elétrica e seção zumbis.

   - Está com medo? – Leo perguntou

   - Não - respondi.

   - Sério? Então por que você está apertando minha mão tão forte...

   Nessa hora eu tropecei em uma mão, sim, uma mão. Havia braços, pernas e cabeças saindo de um chão com terra e como eu disse, estava escuro. Meu instinto foi se segurar em algo, a mão de Leo. Puxei-o junto comigo e nós dois caímos.

   Ele caiu sobre mim, por sorte, ele conseguiu aparar a queda colocando os braços para frente e se sustentando, impedindo que ele caísse sobre mim mais ainda. Ele estava tão surpreso quanto eu, agora que estávamos tão perto um do outro conseguia vê-lo melhor. Me imaginei em um daqueles filmes românticos onde duas pessoas estão em uma praia deserta e o homem  fica sobre a mulher e a cena termina com um beijo.

   Ele estava me olhando com seus incríveis olhos azuis, imaginei a confusão que provavelmente estava se passando em sua mente agora. Eu não estava muito melhor, queria poder beija-lo, mas não tinha coragem suficiente para isso, então não sabia muito bem o que fazer. Fiquei parada olhando para ele.

   Leo se apoiou em um dos braços e com o outro acariciou meu rosto com as costas da mão, coloquei meus braços em volta da sua cintura. Era agora ou nunca. Já havia percebido que estava apaixonada por ele, mas, para mim, é difícil admitir. Não gostava muito da ideia de outra pessoa ter o poder de me fazer sofrer, caso tudo desse errado. Então, na maioria das vezes preferia ignorar esses sentimentos malucos. Não conseguia mais simplesmente ignorar o que eu vinha sentindo por Leo.

   Reuni toda a coragem que eu tinha e empurrei-o para trás, de modo que eu ficasse por cima dele. Pela sua expressão eu pude deduzir que ele estava muito perplexo. Ele colocou as mãos em minha cintura e eu fui me aproximando lentamente, olhando para seu rosto que agora estava ansioso.

   Sério, eu não me orgulho do que eu fiz em seguida. Nossos rostos estavam a centímetros de distância, tudo indicava que iriamos finalmente dar nosso primeiro beijo, é claro, se eu não tivesse ficado com medo e me afastado. Dei um soco em mim mesma mentalmente.

   Estava de pé, de costas para ele. Não estava com coragem para encara-lo, não agora. Eu sou ridícula mesmo.

   Senti sua mão em meu ombro, virei-me. Abaixei o olhar, mas ele colocou sua outra mão em meu ombro e me fez olhar para cima.

   - Tudo em seu tempo – ele disse – Não se preocupe.

   Eu queria dizer que aquele fora o tempo, se eu não tivesse acovardado. Nessa hora eu só conseguia pensar no que acontecera...

   - Leo! Jenny! Venham logo! O parque está enchendo! – uma voz ecoou pelo corredor, percebi que era Anna.

   - Vamos. – Leo segurou minha mão e andamos rapidamente até encontrar a saída.

   - Finalmente! – disse Anna com Peter ao seu lado – Por que tanta demora?

   Eu ainda estava morrendo de vergonha, encarei o chão.

   - Por que tanta demora? – repetiu Anna, percebi que ela falava comigo.

   - Zumbis. – respondi

   - Como assim? – perguntou Peter

   - Ficamos presos – respondi, com a voz ficando cada vez mais baixa.

   - Presos? Como? – Anna estava determinada a saber o que acontecera

   - Bem... nós... hm... zumbis... você sabe – respondi

   - Deixa pra lá – Peter disse – Para onde vamos agora?

   Passamos o dia indo de um brinquedo á outro. Eu e Leo ficamos próximos o dia inteiro, mas mesmo assim ainda não conseguia falar com ele. Que droga! Por que eu tinha que desisti de última hora?

   - Parece que o parque está fechando, vamos em mais um brinquedo. – disse Peter

   - Que tal a roda gigante? – perguntou Anna – O que acha Jenny?

   - Tudo bem. – murmurei

   - Você ficou estranha o dia inteiro, se anime! – ela exclamou

   Já estava de noite quando fomos para a roda gigante. Havia pessoas para todos os lados, crianças, casais, idosos, adolescente, etc. Estava um pouco frio, mas não muito.

   Entramos na cabine, em duplas, novamente. Isso foi bom, planejava falar com Leo. Não aguentava aquele clima entre nós.

   Entramos e sentamos, à medida que subíamos a paisagem ficava mais linda, o céu estava sem nuvens e cheio de estrelas, dava para ver os grandes prédios logo à frente, pessoinhas caminhavam a baixo de nós.

   Leo estava sentado ao meu lado, nossas pernas balançavam no ar e tinha uma barra de ferro de segurança na nossa frente. Ele segurava minha mão, como sempre.

   - Percebi que você ficou pouco a vontade depois daquilo – ele disse – Tudo bem Jenny, você não queria ter feito aquilo, e então agora está arrependida?

   Eu estava arrependida por não ter terminado o que comecei, mas não conseguia dizer isso para ele. Estava olhando para os prédios que estavam na nossa frente, pensando no que dizer.

   - Você está com raiva de mim? - ele perguntou, apertando minha mão

   - Não é isso... é só... – eu e minha habilidade incrível com palavras entrando em ação novamente.

   - Se eu te irritei, ou fiz algo que te irritou, me desculpe. – ele disse.

   Leo estava olhando para mim, esperando uma resposta concreta, mas eu não tinha nenhuma. Não conseguia falar com ele o que eu estava sentindo.

   - Jenny... – ele disse

   Reuni toda a minha coragem, novamente. Dessa vez não iria fugir. Virei e o encarei por alguns segundos, ele estava lindo como sempre. Lentamente fui colocando meus braços em volta de seu pescoço, seus olhos cheios de expectativas me deixaram um pouco com medo, mas então ele abaixou o olhar e disse:

   - Você não precisa fazer isso se não quer – ele murmurou

   - Eu quero. – respondi

   Uma onda de felicidade o invadiu, um sorriso se abriu em seu rosto. Não pude deixar de sorrir também. Leo colocou as mãos em minha cintura e lentamente fomos nos aproximando um do outro, até que nos beijamos. Seus lábios eram macios e quentes. Tudo acontecera naturalmente, o medo e a insegurança foram deixados para trás. Se eu não estivesse presa em uma cadeira, provavelmente estaria pulando de felicidade.

   Nos separamos, nossos rostos ainda estavam pertos. Olhei nos olhos dele e disse:

   - Eu te amo

   - Eu também te amo, muito – ele disse segurando meu rosto

   - Desculpe te deixar preocupado hoje...

   - Tudo bem. Finalmente consegui – ele disse com um sorriso no rosto

   - Conseguiu o quê? – perguntei

   - Consegui seu amor – ele respondeu se inclinando para mais um beijo.

   Bem, já contei a minha história para vocês. Agora tenho novos amigos, e um novo namorado incrível, minha vida está tomando rumos inesperados, que eu nunca imaginaria que aconteceria. Vocês devem estar se perguntando como minha história termina, bem, nem eu sei o que o futuro guarda para mim, espero que seja algo bom. Não se preocupem, eu continuarei a contar minha história para vocês, afinal, ela pode servi como um exemplo. E como eu disse antes, ele agora faz parte do meu mundo. Leo me mudou, agora não sou aquela garota medrosa e insegura que eu costumava ser, tudo graças a ele. 

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Leo : 

Peter : 

Ignorem o lápis de olho, essa foi a melhor que eu encontrei


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, please *-*



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