O Tutor escrita por Ester Liveranni


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um abrigo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
Bom, ano novo, fic nova!
Espero que gostem.
Boa leitura!



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O mundo mágico após a guerra do Lorde das Trevas se reconstruía aos poucos e eu Severo Snape, me recuperava das sequelas, que Nagini me deixou. Como sobrevivi? Com uma pedra filosofal, que Nicolau Flamel me deu, como forma de pagamento por tê-lo salvo de uma emboscada dos comensais da morte.

E aqui estou eu, arrastando de uma perna e com os dedos da mão direita paralisados. Sem perspectiva de vida ou de morte, e depois de tanto lutar a única coisa que me restou foi um corpo cansado, uma casa vazia e uma mente cheia de lembranças dolorosas.

Minerva se tornou diretora de Hogwarts e depois que Harry Potter contou a todos sobre minhas memórias, fui chamado novamente para lecionar e mesmo estando cansado daquele monte de cabeças ocas eu precisava ocupar minha mente e que melhor lugar eu teria, senão aquele que sempre foi o meu lar. Por enquanto eu só daria aula três vezes na semana, mas sabia que se quisesse estender minha estadia por lá ninguém iria se opor, então continuei arrumando minhas malas até que a campainha tocou.

– Quem será uma hora dessas? – falei caminhando até a porta. – Sra. Foster? O que faz aqui?- perguntei a assistente social.

– Posso entrar Prof.º Snape?

– Claro, entre. – falei então ela se virou para uma figura encapuzada atrás de si dizendo algo em tom inaudível. A figura por sua vez se sentou em um banco do outro lado da rua e eu abri passagem no corredor, para a assistente, antes de fechar a porta. – Fique a vontade. – falei indicando a sala.

– Obrigada.

– Então, em que posso ajudar?

– Bom, Prof.º Snape, sei que ela não é de sua responsabilidade, bem como sei que não tem obrigação de recebe-la em sua casa, mas a menina foi encontrada vagando em Hogsmeade e depois de passar o dia procurando um familiar que a aceitasse, o senhor foi o único que me ocorreu.

– Espere um momento, do que está falando?

– Da Srta. Lestrange.

– Como assim, o que, quer dizer? Bellatrix está morta!

– Eu sei disso, estou falando da filha dela.

– Isso é alguma piada?

– Antes fosse assim eu não estaria batendo em sua porta. Correto?- ironizou.

– O que, eu não... eu não sou parente dela! Por que não a manda para a Narcisa ela é a tia, vai saber o que fazer!- vociferei.

– Pensa que eu não tentei? Ela não quer nem ouvir falar da menina. Ainda mais sabendo que a garota é um “aborto”!

– Como assim? Ela não tem magia?

– De acordo com o Ministério, não, nenhuma gota sequer.

– Isso é loucura. – falei comigo mesmo.

– Eu sei, mas ela não tem pra onde ir, e o senhor é o único amigo dos pais dela, que não está morto ou preso em Azkaban.

– Eu não era bem... amigo dos pais dela.

– Eu não estou pedindo que o senhor a adote. Só que seja seu tutor temporário até que ela complete vinte anos. Além do mais ela sabe cozinhar e pode até cuidar da casa.

– Eu não preciso de uma “elfa doméstica”!

– É só por um tempo... depois o Ministério vai ver o que faz com ela – balbuciou.

– Há isso é brincadeira, só pode! Me diga Sra. Foster por que o ministério não dá um jeito nela agora?

– Por que há órfãos demais! E desde que a guerra acabou não temos estrutura para cuidar de tantos assim. E ela não é mais uma criança logo não tem como fazer com que seja adotada, mas se passar uma temporada com o senhor talvez consigamos futuramente encaixa-la em algum lugar. O que não podemos é deixar que o mundo bruxo pense que o Novo Ministério não consegue cuidar de seus órfãos.

– Isso é ridículo... e Hogwarts?- argumentei sem esperança.

– Professor, o senhor lembra de quem ela é filha? A menina vai ser escorraçada antes mesmo de passar pelos portões, sem falar que ela não tem magia. Quer que a garota seja mais um Filch na vida? Infelizmente ela está à margem da sociedade bruxa, e sem a sua ajuda, o que será dela?

A pergunta ficou ecoando na minha cabeça. Me levantei e caminhei até a janela, por onde olhei a figura encapuzada do outro lado da rua. Sabia que iria me arrepender disso, bem como sabia o quanto o mundo bruxo podia ser cruel com quem é diferente.

– Está bem, eu cuido dela.

– Ótimo!!! Você não vai se arrepender. – disse me abraçando animadamente .

– Er... Sra. Foster... me solte mulher!

– Oh é claro! – disse sem graça. – Ahh e não se preocupe com nada, a menina não fala muito e do jeito que é magrinha não come muito também, sem falar que o Ministério vai cobrir quaisquer despesas que venha a ter com ela.

Sorri em escárnio.

– Está bem, chame-a e vamos acabar logo com isso!

Não demorou e tão logo ela estava de volta com a garota.

– Srta. Lestrange esse é Severo Snape, e é ele quem vai cuidar de você a partir de agora.

A menina tirou o capuz e eu pude ver seu rosto, magro, cansado e coberto do que para mim pareceu fuligem. Ela tinha feições delicadas e cabelos cacheados nitidamente desgrenhados.

– Bom professor, aqui está ela, semana que vem o senhor pode ir a meu escritório para assinar a papelada e pegar a ajuda de custo está bem?

– Está bem. – eu respondi e a Sra. Foster saiu tão depressa quanto um fugitivo.

Ficamos um instante nos olhando enquanto o silêncio se tornava cada vez mais constrangedor. Eu estava tão desconfortável com a moça quanto ela provavelmente estaria comigo, mas alguém precisava dar o primeiro passo, então que fosse eu.

– A senhorita deve estar exausta. – falei subindo a escada.

– Bom esse será seu quarto, então, por favor, mantenha-o arrumado.

A moça fez que sim com a cabeça, e eu continuei.

– Bom, deve estar faminta também... eu vou preparar alguma coisa lá em baixo, enquanto isso pode se lavar. – falei indicando o banheiro.

Ela não falou nada só baixou a cabeça e caminhou para o banheiro, então me dirigi à cozinha antes que o silêncio se tornasse presente outra vez.

Na cozinha preparei um pouco de crocante de nozes e suco de abóbora, visto que eu não tinha muita coisa em casa, já que eu pretendia passar as próximas semanas em Hogwarts, em fim, depois de preparar a bandeja bati na porta e quando ela se abriu eu não sabia onde enfiar a cara.

– Perdão senhorita eu não... – me desculpei quando fui interrompido.

– Já estou pronta, só não me bata, por favor. – disse com a voz tremula.

E completamente nua.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, eu juro que tô tentando pensar como o Sev, mas é meio difícil, em fim eu tô cheia de idéias e espero que você curtam bastante comigo essa nova fase.
Dúvidas, críticas, sugestões, prometo responder a todas.
Bjox e até