Delinquent Lady, Arrogant Lord escrita por TsunNotDere


Capítulo 5
5° Encrenca - A volta dos que apanharam.


Notas iniciais do capítulo

Etto... Eu quase não consegui postar este capítulo a tempo e tal... Mas, aqui estou! Lalalala o/
Err... Sobre o título... Bem, eu não sabia o que colocar e tal, e achei engraçado "A volta dos que apanharam", então... É só isso!
Boa leitura! ^3^



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E lá estávamos nós, em mais uma situação indesejada. Bom, pelo menos, eu não desejava tal coisa...

– O que está fazendo aqui?! – indaguei, com raiva.

– Estava com saudades Shinobu-chan! – ele levantou-se, empolgado – Ahh, esse chute de agora foi tão... Oh! – disse, soltando gemidos bizarros. Pois é, eu descobri recentemente que o motivo para Toyoharu gostar de mim é que ele é completamente masoquista, e por algum diabo de motivo pensa que eu sou a “sádica” que o completa... Coitado. Ah, como eu descobri? Antes de o Hiroshi invadir minha casa, eu falei com Toyoharu na escola porque ele não parava de me seguir, então o garoto explicou a situação... Ah, pelo menos, ele não é um mentiroso. É só louco mesmo.

Apresentei Toyoharu ao Shin-chan, que logo lhe deu o apelido de “Haru-tan”. Eu estava feliz pela felicidade de Shinichiro, naquela noite em que dormimos juntos ele chorou muito antes de dormir... Eu realmente não sei qual é a sensação de ser rejeitada ou perder um amor, mas vendo a dor de Shin-chan eu pude ter uma idéia do que é “inferno” para ele. O lado ruim dele é que ele se apaixona muito rápido e sempre se desilude no final, e infelizmente ele é incorrigível quanto a isso, no final das contas.

Bom, de acordo com a vontade de Shin-chan, nós fomos até um karaokê. Eu, obviamente não cantei, apenas apreciei a voz desafinada de Shin até que chegou a vez do desgraçado do Hiroshi, que obviamente tinha que ser perfeito até em sua a voz e nunca perderia a chance de se mostrar, eu fiz de conta que não estava gostando de seu desempenho, mas devo admitir que estava impecável. A música em perfeita sincronia com sua voz levemente grave, seus loiros cabelos balançando como fios de seda ao vento, aqueles olhos lindos –por mais que irritantes, de certa forma- e os gestos que ele fazia enquanto cantavam eram notavelmente ótimos. Eu estava inconscientemente fitando-o. Toyoharu percebeu isso e pareceu ficar com ciúmes, ele logo fez algo que me irritasse para me desviar à atenção e eu o apunhalei por instinto, Hiroshi parecia estar a par da situação e deu um sorrisinho maldoso, como se comemorasse alguma coisa.

Aquele dia até que estava sendo agradável, mas estava ficando tarde, dispensei Hiroshi e Toyoharu e fui para casa com Shin-chan. No caminho, eu vi uma caixa aberta, da qual havia alguma coisa dentro... Eu, curiosa, coloquei minha cabeça para dar uma olhada e de lá pulou uma criatura extremamente bizarra... E, bem, quando eu digo “bizarra” é de bizarro mesmo! Era um animal pequeno medonho, do qual eu não sabia se era gato, cachorro ou “o quê”. Tinha pelo cinzento desalinhado e sujo, olhos esbranquiçados - provavelmente cegos-, uma de suas orelhas estava pela metade e sua calda parece ter sido cortada ao meio. Como se ele estivesse acabo de ser atropelado, ele tinha um jeito meio deformado e mancava.

– Urgh! Que droga é essa?! – Shin-chan disse afastando-se, ele grunhiu de medo.

Permaneci calada, apesar daquela aparência “diferente”, o animalzinho parecia feliz em me ver e não parava de balançar sua calda pela metade com ânimo então eu não resisti em levar minha mão até seu encontro e acariciá-lo. Shin pareceu surpreso, mas logo abriu um sorriso e falou:

– Parece não ter dono. Por que não o leva para casa para te fazer companhia? – ele sorriu.

Não pensei duas vezes. Eu podia pressentir que se deixasse aquele animal medonho naquele lugar o futuro dele seria dos piores, eu peguei a caixa e levei-o até minha casa, onde ele pareceu se adaptar rapidamente. Fiquei com medo que ele machucasse meus preciosos livros, mas ele sequer encostou-os. Bem, parece que nos entenderemos... Eu preciso dar um nome a ele.

***

No outro dia, depois da aula, Shin-chan e eu comíamos um lanche enquanto decidíamos o nome da criatura.

– Ugly*-chan! Este será seu nome, feioso... – eu olhei empolgada para ele- Ou feiosa. De qualquer forma, o nome serve para os dois sexos, Ugly-chan!

– Bubu-chan! Que cruel! – gritou Shin-chan. Enquanto eu terminava meu lanche e lavava a louça.

– Vou levar esta coisinha para o veterinário, alguém vai saber o que eu posso fazer com ele... Ou ela... – eu segurei o animal na minha frente, sorrindo em seguida – Itekimasu! – coloquei-o dentro da caixa e me dirigi à porta.

– Iterashai – disse Shinichiro.

Saindo de casa, deixei o que a veterinária disse ser um cão macho para uns exames e tratamentos em uma clínica veterinária. No caminho de volta, eu acabei tento uma surpresa desagradável: Encontrei três garotos, altos, que pareciam combinar suas roupas... Sim, aqueles garotos dos quais eu surrei há poucos dias. Mas eles não estavam sozinhos... Ah, não... Eles estavam acompanhados por um grande grupo de pessoas que ao meu olhar eram familiarmente raivosas. Foi aí então que me lembrei que na minha última escola eu causei muitos problemas a muitas pessoas, briguei como nunca... Bem, você já deve ter entendido a situação, certo? Eles querem-me queimando no fogo do inferno, provavelmente.

Nem me dei ao trabalho de me perguntar como eles se conhecem. “Idiotas atraem idiotas”, pensei. É algo normal, talvez já sejam amigos há um tempo até. De improviso eu tentei correr, mas eles eram realmente muitos, perdi a conta depois de onze. Alguns deles já estavam atrás de mim de prontidão. Merda. Eu levei minha mão à minha mochila para emergências, entretanto senti-a sendo arrancada de minhas costas em um puxão. Merda. Engoli seco, tentei pensar positivamente, mas isso não era possível em meio àquela situação.

Eles se aproximavam de mim, a maioria vinda com sorrisos vitoriosos, murmurando coisas desagradáveis. Eu vi uma breve chance de escapar e a usei, corri impensadamente, mas encurralaram-me em um beco sem saída.

Eu estava ferrada. Poderia morrer ali mesmo. Bem, eu estaria “pagando por meus pecados”. É como naquele ditado, não? “Aqui se faz, aqui se paga”. Acho que mereceria isto. Entretanto, eu não estava com nem um pouco de vontade de morrer. Inconformada, eu lutei. Tentei lembrar-me de todos os tipos de Artes Marciais que aprendera, qualquer coisa que pudesse me salvar. Mas era como se eles fossem inacabáveis. Eu derrubava um, e o outro já estaria de pé indo a minha direção. Eu estava apenas na defensiva, me esquivando de algumas suas pancadas, - e mesmo assim, apanhando muito- estava ficando afadigada, quase no meu limite. Eu me lembrara de como seria útil meu bastão de beisebol ou meu skate naquele momento, mas a mochila que eu geralmente usara para minha “sobrevivência” estava nas mãos de um deles.

Foi quando eu vi alguém, então eu gritei alguma coisa, sequer lembro o que era, mas consegui chamar a atenção de quem passava e notei que era um loiro com expressão pasma a me ver. Ele parecia não ter pensado muito, logo veio me ajudar, ele bateu em alguns deles, mas provavelmente percebendo que não seria sábio lutar com eles, Hiroshi pegou minha mão e saiu correndo.

***

Hiroshi’s POV ~ON~

Percebendo que ela estava exausta e machucada demais para correr, eu a coloquei nas minhas costas e continuei correndo. Sabia onde era sua casa, mas a minha era perto, e se eles nos seguissem, eu definitivamente não queria que soubessem onde ela mora. Peguei algumas ruas diferentes para despistá-los e aparentemente consegui. Quando cheguei a casa, coloquei-a em meu sofá inconsciente a garota estava com inúmeros machucados e eu quase morrendo de preocupação. Decidi deixar o motivo da briga de lado, pois apenas julgando pelo jeito da Shinobu dá para entender o porquê de alguns não gostarem muito dela...

– Tadaima! – disse Mamãe enquanto carregava suas compras – Hiro-chan? O que...?! – ele olhou preocupadíssimo para Shinobu, então foi correndo em direção ao seu Kit de Primeiros Socorros.

Ah, e... Sim, você leu certo. Está mesmo escrito “ele” e eu estou mesmo me referindo à “Mamãe” como um homem, isto é pelo simples motivo de que ele é mesmo um homem. Bem, você não deve ter se conformado apenas com isso então eu explicarei: Após a vadia da minha mãe causar milhares de problemas ao meu pai e nos abandonar, ele virou gay... Talvez isso seja algum trauma ou algo assim, enfim, eu não tento entender a psicologia humana, pois é complicada demais. Então, sendo assim, depois que o namorado do meu pai passou a viver conosco, é como se ele se sentisse culpado por não termos uma mãe e sim um segundo pai, então ele tenta ao máximo ser a melhor mãe do mundo. Eu nunca me importei em chamá-lo de Mamãe, já que eu nunca vi minha mãe biológica como uma mãe realmente, eu simplesmente a detesto. E a ideia de ter uma mãe de verdade - por mais que seja um homem- é reconfortante para mim. Então, isso é um resumo do motivo pelo qual eu chamo um cara de mãe... Mas, não é como se eu fosse muito estranho... É?

Hiroshi’s POV ~OFF~

[...] Continua...


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Notas finais do capítulo

Nota:
*Ugly: A tradução mais direta para o português é, naturalmente, "feio".
~Shinobu é cruel até com animais, lol~

É isso! Espero que tenha gostado >u< Ou não... De qualquer forma, não deixe de comentar sua opinião! uOu

Até o próximo capítulo! >3