Delinquent Lady, Arrogant Lord escrita por TsunNotDere


Capítulo 1
1° Encrenca - "Pequeno" desencontro.


Notas iniciais do capítulo

Espero que não sintam muita raiva de mim, para aqueles que já leram o primeiro capítulo antes, mas eu não estava satisfeita com o primeiro capítulo anterior e foi isso que me fez ficar com esse "bloqueio" para escrever o segundo. Então, peço paciência para vocês, poucos leitores que eu tenho, ok? TuT
Na minha humilde opinião, este novo primeiro capítulo ficou melhor e mais nítido. Mas se você é do tipo "preguiçoso extremo" e não queira ler o primeiro capítulo novo, tudo bem, afinal só mudei alguns fatos, o núcleo é o mesmo e o desenrolar da história não muda.
Bom, está avisado. Agora, boa leitura e obrigada por sua paciência! ^o^
Espero que goste~



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E lá estava eu, andando sem rumo por aí. Havia esquecido o que ia fazer... Compras, talvez? Tanto faz, agora já estava com preguiça demais para continuar andando, logo me sentei em um balanço de uma praça. Fui até minha mochila, peguei um livro e comecei minha leitura. Eu amo livros.

– Olha! Tem alguém no meu balanço!- disse a voz de uma criança desconhecida, apenas ignorei fingindo que não sabia que se tratava de mim.

– Sente no outro, não incomode esta tia- outra voz começou, mas desta vez feminina. Espera aí, ela disse “TIA”?! Tia é a sua tia, sua puta! Bem, esta eu me esforcei para ignorar... - Ela tem uma cara assustadora... – continuou a garotinha, claramente assustada.

Eu me forcei a tirar a cabeça do livro e voltei meu rosto às duas crianças.

– Algum problema?- consegui dizer, contendo minha raiva, ainda me recuperando daquele “tia” que a menina havia dito. As duas crianças deram um passo para trás, em um susto.

– Você está no meu balanço!- o menino de cabelos negros esfarrapados gritou, fechando seu punho, mas parecendo assustado.

– Não grite com a tia! Seu imbecil! Vamos, deixe-a em paz!- gritou a garotinha dos cabelos curtos e encaracolados, logo em seguida desferindo um soco no ombro do menino.

– Tia?!- disse com raiva. Não acredito que eu estava prestes a discutir com uma garotinha... Ela deu mais um passo para trás e logo em seguida saiu correndo, morrendo de medo, o menino a seguiu, com medo também, mas... O medo não parecia ser de mim, então me atrevi a me virar dando de cara com alguns adolescentes que pareciam ser do tipo que foram reprovados tantas vezes que ainda estavam na quarta série. Eles me olharam de uma forma que me deixou enojada, o que me fez me virar e partir para meu livro novamente.

– Ei, gatinha. Gosta de livros?- um deles se atreveu a dizer. Todos eles andavam de um jeito meio gozado, com calças caindo e blusas enormes, eles pareciam iguais. Enfim, eu apenas passei a ignorar tudo o que falavam e... Nossa! Como falavam! Caralho, aqueles caras eram piores que minhas vizinhas velhas fofoqueiras! Eu não estava conseguindo me concentrar em minha leitura e isso estava me dando um ódio profundo. Eu mencionei que amo livros? Pois é. Eu levantei-me do balanço e comecei a andar, mas eles foram atrás de mim o que me fez acumular mais raiva ainda.

– Estou tentando ler, porra!- disse, mantendo minha “calma”.

– Wow!- Disseram ao mesmo tempo, parecendo surpresos- Vamos, largue este livro gatinha, venha dar uma passeada conosco!- continuou um deles, que pegou meu livro. Grande erro, meu caro. Eu logo arranquei da minha mochila aberta um grande bastão de beisebol e me coloquei em “posição de batalha” com o bastão apontado para eles. Agora pude contar: Eram três garotos, ligeiramente altos. Mas eu daria conta, uma vez estivesse com meu bastão de briga favorito.

– Devolva o livro- falei, fazendo-os caírem numa gargalhada. Perdi minha paciência e logo os ataquei: Um deles levara um chute “onde dói mais” - se é que me entende-, caindo no chão gemendo de dor, outro levou uma estocada na barriga com a ponta do bastão de beisebol, o que o fez comicamente cair em cima do primeiro, logo afastei meu bastão e chutei a cara do terceiro, que caiu em cima dos dois com o impacto. Eu acabara de fazer uma pilha de corpos humanos. Haha!

***

Hiroshi’s POV ~ON~

Acordei um tanto atordoado por causa do meu despertador irritante: Minha irmã mais velha.

– Vamos Hiroshiiiiii, acordeeee! Mamãe pediu para que eu te acordasse então não me faça pegar o balde d’água!- gritou a menina dos cabelos negros enormes e encaracolados me balançando enquanto eu fingia ainda dormir.

Engoli seco. Ela não faria isso mesmo, não é? Urgh... “Certo, Takegawa Hiroshi! Você deve acordar antes que sua irmã faça alguma bobagem!” Pensei, encorajando-me a abrir meus olhos.

– Já estou acordado, Nee-san*... - falei rouco, levantando-me de minha cama.

– Ora, finalmente. Já está quase na hora, arrume-se- disse a doida varrida saindo do quarto.

Como um brilhante maravilhoso representante de turma, eu devo ser pontual. Logo me arrumei e marchei até a porta.

– Itekimasu*. – falei, saindo de casa

– Iterashai*. – respondeu minha irmã.

Peguei minha bicicleta e sai. Minha casa não é longe da escola, então não tive problemas com o horário. Chegando lá, todos cumprimentaram assim que me viram.

– Ohayo*, Takegawa!- disseram alguns caras, acenando. Apenas acenei de volta em resposta.

– Ohayo, Hiroshi-kun*!- gritaram algumas garotas apaixonadas. Peguei uma flor no caminho e dei a uma delas, logo disse “Ohayo” de um modo que as fez suspirar.

Entrando na escola, rodeado por adolescentes - mais por garotas-, avistei alguém que não deu bola para o meu ser belo e esplendoroso andando sem sequer olhar para mim, o que me deixou realmente surpreso, como tal pessoa se atreve a não me perceber? Era uma bela garota, para falar a verdade. Estava usando um casaco verde grande e a saia xadrez do uniforme escolar, loira de cabelos extremamente lisos que pareciam despenteados, lindos olhos alaranjados que carregavam um olhar aterrorizante... Mas claro que não é nada que me intimide. A menina andava completamente despreocupada... SEM PRESTAR ATENÇÃO NO MAIS IMPORTANTE: EU! Grrr, que raiva desta garota. Bom, pelo menos, quando ela se apaixonar por mim, vou me divertir tendo a visão dela corada com as pernas bambas se confessando para mim. Muahahaha!

Entrei em minha sala, aonde conversava com mais garotas afobadas das quais tentavam falar comigo todas ao mesmo tempo, numa roda em minha volta. O professor chegou e todos os alunos dirigiram-se aos seus devidos lugares. Então o professor anunciou:

– Olá turma. Bem, nós temos uma aluna nova, como vocês podem ver ela está... – ele se interrompeu- Ué, cadê ela? Er... - continuou, parecendo atordoado enquanto procurava por algo com os olhos.

– Epa! Foi mal, sensei*! Perdi-me no caminho... – disse uma loira... Espera, é aquela loira! A garota que não me viu!- Err... - ela pigarreou. - Eu sou Shinobu... Usami Shinobu. Tenho 15 anos e faço aniversário em 22 de março, signo Aries, tipo sanguíneo O... Prazer.

– Certo... Usami-san sente-se. - mandou o professor.

A garota passou a procurar um lugar com os olhos, mas o único espaço vazio era uma mesa ao meu lado, para minha sorte. Entretanto, ela se dirigiu à frente de um colega e disse:

– Saia.

– Hein?- perguntou meu colega, confuso. Seu nome era Hasegawa Toyoharu.

– Saia... Do meu lugar.

– Mas... – antes que ele pudesse terminar, Shinobu pegou-o pela gola de sua camisa e o jogou longe... Literalmente. O que o fez bater a cabeça e perder a consciência... Todos olharam perplexos para ela, que continuou agindo normalmente, sentando em “sua” preciosa mesa. Eu não sabia o que era mais provável; ela ser muito forte e habilidosa, ou Toyoharu-san* ser muito leve e fraco. Mesmo assim, tudo leva à mesma conclusão: A loira é louca.

Hiroshi's POV ~OFF~

***

Na manhã seguinte, acordo-me e me arrumo para a nova escola.

– Itekimasu... – disse para meus livros, que obviamente não me responderam - Vocês bem que poderiam err... Dizer para mim “Iterashai, Shinobu-sama*”, não? – perguntei, com desânimo.

Ahh... Eu tenho que parar de falar sozinha, qualquer dia vou ser pega por uma de minhas vizinhas que vão acabar querendo me levar para um hospício de vez... Logo peguei um livro e passei a lê-lo no caminho para minha escola, que não é muito longe. Meu tutor me implorou para que este ano eu pelo menos tente não ser expulsa, e desta vez, eu levei em conta o que ele disse e vou tentar.

Chegando a minha escola, me deparei com um homem que declarou ser meu professor de matemática –o primeiro período do dia era de sua matéria, de acordo com ele- logo ele me levou a um “mini-tour” pela escola, mas acabei me perdendo dele em por algum tempo, pois saí andando sem perceber que ele já tinha entrado em uma sala, voltei e cheguei até lá, onde me apresentei e fui o máximo de educada que eu aguento ser com colegas estranhos. Mas tive um “pequeno” desencontro com um colega que acabou tendo de ir à enfermaria, o que fez as veias de meu professor sambarem em sua cara vermelha de raiva, assim acabei na diretoria... Ahh... Não é por mal, o fato é que acordei de mau-humor... Mas eu realmente estou tentando não ser expulsa! Sério! Eu só... Tive um deslize... Err... Logo em meu primeiro dia de aula... Beleza Shinobu, sua imbecil.

[...] Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, e mesmo se não gostou, se leu até aqui, eu agradeço. Mesmo assim, não dói colocar um comentário com a sua opinião, né? ~le apelo~

Notas:

*Nee-san: Uma forma de tratamento para irmãs mais velhas no Japão (Ex.: Onee-chan, Onee-san, Nee-chan, Nee-san, etc.).

*Itekimasu: Forma de dizer "Estou saindo", "Estou indo", "Já volto", etc, em Japonês.

*Iterashai: Em resposta à quem diz "Itekimasu", pode significar "Volte logo", "Vá com cuidado", entre outros.

*Ohayou: Geralmente significa apenas "Bom dia", mas existem outras formas de usar como "Ohayou Gozaimasu" ou um simples "Oha".

*-Kun*-San*-Sama: Pronome de tratamento Japonês, como "-Chan", "-Chin", entre outros, porém a maioria tem significados diferentes de intimidade.

*Sensei: Significa, geralmente, "professor".