—-Santana--

—Nós iremos procurar eles! O que importa é que eles são nossos amigos! Só temos que encontrar outro modo de nos proteger... outras armas como algum ferro ou alguma faca... qualquer coisa desse modo já ajuda. – Digo.

— Só que... - Sam ia começar a dizer.

— Sem reclamações, bocudo! – Eu o corto.

— Ok, eu só estava preocupado... – ele murmura.

— Nós precisamos entrar na escola pela porta da frente, nós trancamos a do vestiário, pois os zumbis estavam por lá... E a outra está trancada também. Puck pegue sua mochila e a de Quinn, vamos precisar. – Digo, esperamos Puck pegar as bolsas e vamos em direção do estacionamento.

—- Rachel --

Assim que Puck pegou as mochilas, nós fomos para o estacionamento. E eu fiz questão de procurar a mão de Quinn para me acompanhar.

— Temos que fazer um plano... – Diz Puck.

— Como assim...? – Pergunta Sam.

— Um plano, tipo o que vamos fazer. – Puck fala como se fosse a coisa mais óbvia. E era.

— Hum... Então... O que vamos fazer? – Pergunta Sam.

— Nós iremos entrar na escola e vamos direto para sala do coral, talvez eles estejam lá. Mas para nos proteger teremos que pegar mais bastões ou facas... no refeitório, lá dentro na cozinha deve ter facas, e temos que ver se achamos algum alimento. Nós podemos nos dividir, mas antes temos que achar mais alguma coisa. – Santana fala.

— Tipo o que? – Pergunta Puck.

— Sei lá, alguma coisa que dê para bater em alguém. Será que ali perto do lixo não tem? Que eu saiba os jogadores de futebol batem em alguns idiotas por aí – ela faz uma careta – e depois jogam eles nas lixeiras quando está no horário da saída... vamos ver por lá.

Caminhamos até as lixeiras que não é muito longe e começamos a procurar, por sorte Brittany que resolveu procurar atrás da lixeira e achou um ferro...

— Ok, agora vamos separar os grupos. – Falou Santana.

— Puck, você vai com a Rachel e a Q. para a cozinha no refeitório. E eu vou com Britt e Sam para a sala do coral. Depois, nos encontramos no Jeep do Puck, no estacionamento.

Nós caminhamos até a porta da escola. Santana pediu para que ficássemos em silencio para ver se ouvíamos algum barulho ou algo suspeito... não ouvimos nada, então entramos. O corredor estava deserto, andamos até onde teríamos que nos separar.

— Ok, é aqui. – Sussurra Santana. – Ah, eu e Sam nos esquecemos de avisar que vocês têm que fazer o mínimo de barulho possível, os zumbis não conseguem ver muita coisa, mas a audição é boa então se vocês passarem por um zumbi e fizerem barulho ele irá perceber e vai atrás... entenderam né? – Falou entediada.

— Sim... – todos respondem.

— Agora vamos. – Ela entrega o ferro para Puck e fala - Fiquem atentos com os zumbis, prestem atenção no que tem em volta de vocês, nada de sair andando distraído. Também peguem uma bolsa e levem para colocar o que acharem nela, se vocês conseguirem pegar comida, e facas... levem para ao Jeep do Puck! –Falou Santana, depois se virando para seu grupo. - Sam você segura o bastão  e vai à frente de nós, eu e Britt vamos ficar atentas também. – Ela dá um abraço em Quinn e sussurra algo em seu ouvido, algo importante porque a reação da Quinn foi quase de surpresa, depois me abraça no começo me deixando muito surpresa, mas logo sendo correspondida. – Anã você é uma pessoa legal, se alguma coisa acontecer vou sentir tua falta. – Sussurra e depois me dá um beijo na bochecha, que horror, eu não tinha percebido que estávamos nos despedindo de certa forma.

— Também sentirei sua falta Santana. – Sussurro de volta. E ela vai abraçar Puck.

Eu dou um abraço em Sam e em Britt, dizendo que vamos nos encontrar depois, e nada de ruim vai acontecer, Britt me responde com um beijinho dizendo que me adora. Se algo acontece com ela não sei o que eu faria, Britt é um ser incrível, tão amável.

Eles terminam de se falar e eu vou para perto de Quinn, agora eu não sairia de perto dela, vou dar o meu melhor para que a moça dos meus sonhos continue salva... ela logo olha para mim.

—Ei Rachel... – Diz com um meio sorriso, já disse que ela é irresistível? Não consigo evitar em sorrir de volta, corando. Mas infelizmente ela parecia muito tensa... Coisa que eu também estava.

Nesse momento o grupo de Santana sai em direção contraria do nosso, e nós começamos a andar pelo corredor silenciosamente e eu claramente continuei andando ao lado de Quinn...

Eu sei que Santana disse que não devíamos andar distraídos, mas eu estava muito distraída pensando em segurar a mão dela, ia me dar certa segurança, tenho que admitir.

Enquanto passávamos por algumas salas, tudo estava deserto...

— Por aqui parece tudo normal... – fala Puck, meio confuso e amedrontado.

— Está tudo muito vazio Puck, não está normal... Só estou estranhando que não vimos nenhum zumbi até agora. – Responde Quinn. - Vamos logo para o refeitório, só espero que não tenha uma concentração de zumbis lá.

— Vamos. – Ele concorda, andando do nosso lado.

Quando chegamos, realmente não tinha ninguém, o chão estava sujo com sangue, aquilo era horrível... eu sei que estamos no apocalipse zumbi, mas ainda não me acostumei...

— Nossa isso aqui está um horror, gente... – comenta Puck, com uma cara de nojo pisando numa poça de sangue.

— Socorro. – Eu complemento.

— Vamos logo para dentro da cozinha, lá é provável que encontremos algo. – Fala Quinn, pegando o ferro Puck e indo na frente.

Quando entramos, eu estaquei. Realmente zumbis são nojentos, pra caramba! Santa Barbara. Tinha um zumbi se alimentando da merendeira, quase vomitei. Olhei para Puck, e ele também está meio em choque..., mas minha maior preocupação é com Quinn.

— Quinn... – Eu sussurro quando chego perto dela devagar. – O que vamos fazer? – Pergunto com receio, porque eu não teria coragem de matar o zumbi, e Puck parecia com mais medo do que eu.

Ela pareceu incerta por um tempo, mas quando eu menos esperava ela foi até o zumbi que só percebeu sua presença alguns segundos antes de ter a cabeça basicamente explodida. Ela voltou se limpando do sangue que tinha espirrado sem sua testa parecendo sentir falta de ar.

— Santa Barbra... Quinn, você está bem? – Perguntei mais do que preocupada, indo limpar seu rosto com minha blusa. – Você não deveria ter ido assim, e se algo acontecesse contigo, e você tivesse se machucado... e se ele tivesse te mordido...? – Continuei falando quase a beira do desespero.

— Rachel, calma... calma... para de falar assim, senão você vai chamar atenção de algum outro zumbi... – ela sussurrou enquanto segurava meus braços fazendo eu encarar seus lindos olhos. – Eu estou bem, agora já passou não fique pensando em outras possibilidades... e acho que felizmente eu estou viva. – Ela continuou sussurrando, chegando mais perto de mim enquanto soltava meu braço e então me dando um abraço que correspondi com certo afeto.

— Ok... eu só fiquei preocupada Quinn... – Sussurrei ainda no abraço, e me segurei para não falar mais coisas desnecessárias como não quero que nada aconteça contigo porque você é a garota dos meus sonhos...

— Enfim, garotas... acho melhor a gente ir procurar alguma coisa... né afinal. Não fizemos tudo isso atoa... e valeu punk, por ter matado o zumbi. Pode deixar que o próximo fica para mim. – Puck nos interrompe, e sai procurando coisas pela cozinha.

—Ok. – Eu falei, saindo do abraço sem a menor vontade de sair de perto dela.

— Certo, vou procurar comida... – ela completa meio sem graça.

Eu estava andando em direção dos armários que pareciam ter algo e acabei chutando algo de baixo da pia, então me curvei para ver o que era e por acaso não era nada mais nada menos do que um facão, isso era bom pelo menos seria melhor do que aquelas facas..., mas me pergunto. POR QUE TEM UM FACÃO NA COZINHA? Que eu saiba, elas não vão usar isso para fazer comida...

— Gente! – Eu chamo. – Achei algo interessante.

— Caraca... Posso ficar com isso? – Chega Puck, pegando da minha mão e olhando para o objeto como se fosse magnifico.

— Certo... acho que isso é bom, pelo menos uma arma a mais, eu achei algumas facas normais, mas que tem ponta então podem servir para algo, vou pegar uma e colocar outras na mochila. – Quinn fala abrindo a mochila.

— Achou algum alimento...? – Perguntei, quando vi que a mochila estava cheia e ela tinha outra bolça consigo.

— Achei alguns enlatados na dispensa... – fala mostrando que o tinha, e parando para me olhar por um momento, mas logo desviando. – Achei essa outra bolça na dispensa, eu sei que não é muito grande, mas coloquei mais enlatados que tinham por lá, porque essa mochila já está cheia de mais.

— Ah... isso é ótimo. Pelo menos fome não vamos passar tão cedo. – Comentei ainda intrigada com os olhares.

— Ah, pelo menos alguma coisa... na verdade, bastante coisa! – Falou Puck pegando as latas na mão, tinha milho... outro feijão, outros eram bebidas...

— Eu acho que podemos ir. Puck, faz o favor de levar a mochila, já que você adora mostrar seus músculos, está na hora de usa-los para algo útil... Rachel, você pode levar a outra bolça, por favor? Vai me ajudar. – Fala sendo uma líder incrível, não podia deixar de perceber o quão sexy ela estava nesse momento... incrível que nem no meio do apocalipse zumbi eu consigo para de ser idiota por ela.

— Sim, claro Quinn. – Falo enquanto pego a bolça que estava encima do balcão que havia ali.

— Eu acho melhor você ficar com uma faca contigo, caso eu não esteja lá para te ajudar no momento. – Ela disse tranquilamente enquanto me entregava uma faca afiada e fechava a mochila entregando para Puck, falando alguma coisa com ele logo em seguida. E não sei se isso deveria ter soado normal para mim, mas só me causou borboletas no estomago ouvir que ela estaria ali para me proteger.

Nós resolvemos voltar pelos mesmos corredores, já que quando viemos não estavam com muito perigo. Acabamos por encontrar mais três zumbis, dois em um corredor e um andando pelo corredor da porta que nós íamos sair, Quinn matou todos, eu quase tive que matar um, mas a moça dos meus sonhos que é muito boa nisso, conseguiu matar o outro a tempo e me ajudou... Puck foi o mais inútil de todos, eu cheguei a discutir com ele se seria melhor eu ficar com o facão. Ele relutou, mas me entregou e ficou com minha faca.

 Quando saímos para o estacionamento, ele estava quase do mesmo jeito, deserto, mas um zumbi vagava por ali. Segurei o facão com força e acertei a cabeça dele. Santa Barbara, isso é horrível, espirra sangue para todo lado. Mas se bem que se você estiver com raiva, alivia.

Fomos em direção do Jeep de Puck. Abrimos as portas e colocamos as bolsas na parte de baixo do banco.

— Então... vocês pretendem voltar, para dentro da escola? Porque eu não estou muito afim não... – começou Puck, ridiculamente. Eu só consegui dar uma leve risada com o medo que esse homem que se dizia valente dizia, e Quinn me acompanhou, com aquela risada que destrói minha vida toda vez que eu vejo.

— Não sei... Santana falou para esperarmos aqui, mas eu estou um pouco preocupada com eles agora... de certa forma nós podemos ser uteis assim como podemos atrapalhar... mas acho que em apocalipse zumbi ninguém nega ajuda...– ela fala meio incerta.

— Talvez eles estejam voltando... e corremos o risco de nos desencontrarmos. Mas de qualquer forma, se eles estiverem em perigo eu prefiro ir e ajudar – Falei enquanto chegava mais perto do lado de Quinn, eu não conseguia evitar, tinha que estar perto todo momento possível.

— Ok... – fala Puck.

Fomos em direção da porta e entramos na escola novamente. Andamos por alguns corredores, até que chegamos no corredor da sala do coral.

Tinha alguns zumbis no chão, acho que Santana passou por aqui... E alguns tentavam entrar na sala, esses perceberam nossa presença e começaram a vir até nós. Eram cinco zumbis, ia ser mais difícil. Na verdade, muito mais, eu estava morrendo de medo.