Dont Forget escrita por anyapaiva


Capítulo 1
O final do final feliz.




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Aos olhos de Caroline...

Era um dia ensolarado, e eu e Niklaus passeávamos pelo parque, avistamos alguns balanços infantis e nos sentamos neles, trocávamos selinhos enquanto nos divertíamos feito crianças naquelas gangorras. Depois saímos andando nos maravilhando com a beleza daquele lugar, ele me contava piadas tão sem graça que eu ria pelo fato de serem tão idiotas. Estávamos felizes, muito felizes. Até que eu sinto uma tontura e uma forte dor abdominal, enjoo, e então vômito.

– Amor, está tudo bem? – Nik disse enquanto me segurava.

– Sim. – Digo e olho para ele.

– Caroline... Seu nariz esta sangrando. Acho melhor irmos ao médico. – Eu passo minha mão no meu rosto para averiguar e realmente é verdade. Balanço minha cabeça positivamente e então Niklaus chama um taxi para nos levar até o pronto-socorro.

~*~

Assim que chegamos ao hospital encontramos com o doutor, que pediu para Klaus ficar aguardando na sala de espera enquanto ele me examinava. Deitei-me na maca e o médico fez alguns testes. Ele olhou em seu bloco de anotações, pediu para eu me levantar e chegou a uma conclusão: Eu estava com “Hemoptise Idiopática”, pois o médico não encontrará nenhuma causa dessa condição. Ele me informou que eu se fizesse o tratamento haveria cura, e eu teria de tomar também alguns antibióticos que ele me receitaria. O tempo de tratamento poderia variar de pessoa para pessoa, e eu teria de ficar internada aqui, até estar 100% saudável, se é que isto seria possível. O doutor me libera para ir até Niklaus e lhe informar sobre a situação, e eu faço isto.

– Amor... Estive preocupado, vocês demoraram. O que é? É grave? – Klaus veio em minha direção e me abraçou.

– Estou com medo. Vou... Ter... de... Ficar... internada aqui. – Falei entre meus choros e soluços.

– Shhh.. Calma meu amor vai ficar tudo bem. – Eu me sentia segura em seus braços, com a cabeça sobre seu ombro e ele acariciando meus cabelos. Mas ainda sim me preocupava, eu não conseguia parar de chorar, não queria ter de ficar nesse lugar.

– Vamos embora?

– Mas você não disse que teria que ficar internada aqui? – Ele questiona.

– Quem se importa? Não é nada demais, apenas... vamos embora, me leve para sua casa.

– Caroline...

– Por favor, Nik. – Fiz uma cara implorando a ele que Niklaus não conseguiria recusar.

– Ok. – Eu estava certa, ele não rejeitaria meu pedido.

– Vou apenas, beber uma água e já volto. Me espere aqui.

~*~

Klaus me levou para a casa dele mesmo não gostando muito da ideia deu ter fugido do hospital, e então eu ligo um som tocando algumas musicas animadas e começo a dançar enquanto Niklaus se senta no sofá e fica me observando. Isto esta me irritando, ele não tirar os olhos de mim e sua cara não ser a das melhores, então paro de dançar, me sento ao seu lado e falo:

– Deveríamos ir pro Caribe Niklaus, eu sempre tive vontade de conhecê-lo. – Ele continuou quieto, e desta vez olhava para o nada, já que eu não estava mais em sua frente. – Nik? Esta me ouvindo? – Ele fez sinal positivo com a cabeça. – Então, eu estava dizendo que poderíamos ir para o...

– PARE CAROLINE! – Nik disse me interrompendo, agora ele se levantará e alterava seu tom de voz. - Pare com tudo isso, você tem de se tratar. – Seu sotaque fora embora. - Eu não vou simplesmente sentar aqui e ficar vendo você morrendo enquanto finge que esta tudo bem. Antes de virmos eu conversei com o médico, e você não pode programar férias pelo mundo ou... Ou... Você não pode me deixar, por favor, volte para o hospital você tem de se tratar. – Aquelas palavras me corroíam a alma, eu não queria deixa-lo, nunca, mas eu precisava, seria mais fácil para mim e para Niklaus se ele deixasse de me amar, talvez eu devesse prolongar esta discursão e tornar isto um plano.

– Você está sendo egoísta Niklaus, deixe-me aproveitar o pouco tempo que me resta, estes podem serem meus últimos suspiros. Você não entende? – Percebi o quanto seus olhos estavam inchados, e de repente lagrimas lhe escapam molhando sua face. Ela passa sua mão no rosto, tentando esconde-las. Eu também queria chorar, mas não podia, me contive. Chorar agora estragaria tudo. Eu não queria que ele se sentasse ao meu lado em uma cama todos os dias, ninguém mais precisa ter a vida destruída, já bastava a minha.

– Na verdade eu realmente não lhe intendo. Horas atrás estávamos juntos e felizes, não fazíamos ideia desta doença e você cochichou em meu ouvido que me amava.

– As coisas tomaram rumos diferentes... – Ele me olhou nos olhos uma ultima vez e saiu para não sei onde, me deixando só naquela imensa sala, naquela imensa casa. Finalmente deixei que escorressem minhas lagrimas. E as lamúrias, falei:

– Desculpa. – E estas foram minhas ultimas palavras antes de cair desacordada no vermelho tapete posicionado no centro da sala.

Aos olhos de Niklaus...

Sai de casa e fui direto para um bar qualquer, pedi algumas dosagens bem fortes e me embebedei todo. A bebida podia retardar meus pensamentos e emoções mesmo que apenas por algumas horas e depois eu ainda tivesse de aguentar uma enxaqueca. Mas nada comparado à dor que eu sentia no meu peito era como se um animal selvagem com suas grandes garras rasgasse cada parte do meu interior. Merda, a bebida não adiantava, eu ainda pensava em Caroline, e agora eu falava coisas estupidas para as pessoas ao meu redor, por sorte eram também todos bêbados, que no dia seguinte não se lembrariam de mais nada que eu dissesse ou fizesse.

– Caroline você não pode me deixar. – Eu falava para uma taça em minha mão. A que ponto eu já havia chegado. – Olha, eu te amo. – E beijei a taça. – Docinho. – De repente sinto uma perca de consciência, e acabo caído no chão do bar, desacordado.

~*~

Eu acordo e vejo que estou em uma cama de hospital, não sei o porquê, eu não me lembro de nada, até que chega uma enfermeira dizendo:

– Deve estar confuso, se perguntado sobre porque esta aqui, a resposta é simples, exagerou na bebida. Mas irei lhe passar alguns remédios para a enxaqueca que deve estar sentido e então você poderá ir pra casa.

– Obrigado. – Engoli alguns comprimidos que a enfermeira havia me dado, fui até o banheiro, me ajeitei e em seguida fui a pé para casa.

Chegando lá a porta estava aberta, eu deveria ter saído ontem à noite sem fecha-la e Caroline não se preocupou também em encosta-la. Adentro a sala, e levo um susto. Caroline esta caída no chão corro até ela, a sacudo, mas ela não acorda. Encosto minha mão em meus bolsos procurando por meu celular, mas não o encontro, então vou desesperadamente até minha mesa de canto e disco os números da emergência no telefone. Peço uma ambulância o mais rápido possível, encerro a ligação, volto para perto de Caroline e sussurro em seu ouvido “Vai ficar tudo bem meu amor”.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem reviews!



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