Pov’s Lucy

Depois que Lisanna voltou de Edolas tudo mudou. Toda a Guilda ficou em festa por uma semana e todos os membros da Fairy Tail estavam bastante felizes, afinal, não é todo dia que alguém retorna dos mortos. Mas se eu dissesse que estou completamente feliz por ela voltar estaria mentindo. Afinal, quem ficaria feliz por ser ignorada pela própria Guilda? As únicas pessoas que ainda falam comigo são a Juvia, a Mira-san, a Levy-chan, a Erza, a Wendy, e por incrível que pareça o Gajeel e o Laxus que se tornaram os meus melhores amigos. Entrei na Guilda e fui para o balcão.

– Ohayo Mira-san. – Cumprimentei.

– Ohayo Lucy. – Falou com seu costumeiro sorriso.

– Um copo d’água, por favor. – Pedi

– Aqui está. – Tomei a água e permaneci em silêncio olhando fixamente para um ponto qualquer da parede.

– Lucy. – Ouvi Natsu me chamando, olhei pra ele sem expressão.

– O que foi?

– Nós vamos a uma missão classe S, e como você é um pouco fraca e não queremos que você se machuque e também por que a Lisanna está se sentindo substituída vamos coloca-lá no seu lugar. Tudo bem para você? – Senti como se facas estivessem atravessando o meu corpo e as lagrimas fizeram força pra sair. Mais não, eu não iria chorar, pelo menos não agora. Fiz um enorme esforço, mais consegui manter a minha face sem expressão.

– Tudo bem. – Respondi. – Obrigada por avisar.

Levantei-me e fui ao escritório do Mestre. Bati na porta.

– Pode entrar Lucy. – Era impressionante como sempre ele sabia quem era que estava querendo falar com ele.

– Eu queria pedir um favor Mestre.

– Diga.

– Eu quero sair da Guilda. – A expressão dele foi de surpresa.

– P-Porque Lucy?

– Não sinto mais essa Guilda como a minha família. Quase todos me ignoram, são poucas as pessoas que falam comigo. Não vejo mais sentido em continuar aqui.

– Creio que não posso fazer nada correto? – Ele já estava chorando.

– Desculpe Mestre. – Falei derramando algumas lágrimas. Ele pegou o apagador e colocou em cima da minha marca, automaticamente ela desapareceu. Nesse momento uma das minhas chaves brilhou e o Loke apareceu na sala.

– Loke?

– Eu também vou sair da Guild Mestre.

– Você não precisa fazer isso por mim Loke, não se sinta obrigado a sair da Guilda. – Falei.

– Eu quero fazer isso Lucy. – O Mestre suspirou.

– Tudo bem. – Loke tirou o terno e a camisa e o Mestre apagou a marca dele também, depois ele voltou pra o mundo espiritual.

– Você sempre será como uma filha pra mim Lucy.

– Sempre considerarei você o meu pai. – O abracei e sai da sala. Enxuguei as lagrimas que caíram e fui pra onde a Mira-san estava. Entreguei uma carta pra ela, eu já tinha escrito, pois sabia que mais cedo ou mais tarde iria sair da Fairy Tail.

– Por favor, só abra quando eu tiver saído da Guild. – Pedi abraçando ela.

– T-Tudo bem Lucy. – Respondeu triste e me apertando em seus braços. Fui pra onde a Levy-chan estava, entreguei outra carta pra ela e a abracei.

– Só abra quando eu tiver saído. – Ela só balançou a cabeça em concordância, acredito que já tinha ideia do que se tratava. Fui em direção ao Gajeel e entreguei outra carta.

– Só abre daqui a algum tempo.

– Espero ver você de novo Bunny girl. - E por incrível que pareça ele me abraçou, correspondi e ele me deu um beijo na bochecha, dei outro nele. Com Wendy fiz a mesma coisa, só que entreguei duas cartas, uma pra ela e outra pra Erza que estava em missão. Mas ela começou a chorar enquanto me abraçava. Afaguei os seus cabelos e beijei a sua testa.

– Prometa que eu vou ver você novamente Lucy-nee.

– Eu prometo Wendy. E quando você me vir novamente, eu vou estar tão forte quanto qualquer um dessa Guilda. E lembre-se Wendy, um mago Celestial nunca quebra as suas promessas. – Fui em direção a Juvia. Ela me abraçou e eu correspondi.

– Juvia vai sentir falta da Lucy-san.

– Eu também Juvia. – Fui pro segundo andar, onde o Laxus estava com a sua equipe. Entreguei a carta e sorri. Fiquei surpresa quando ele me abraçou, mas correspondi. Ele me deu um beijo na bochecha, dei outro nele.

– Fica bem loirinha. – Sorri e ele separou o abraço. Senti outro alguém me abraçando, era a Ever, nunca pensei que ela pudesse me abraçar mais correspondi.

– Mesmo que não sejamos muito amigas eu vou sentir a sua falta. – Ela já estava chorando um pouco.

– Eu também Ever. – Sorri. Bikslow apenas acenou com a cabeça, acenei de volta. E o Freed me abraçou dando um beijo na minha bochecha também, retribui o abraço e o beijo.

– Também vou sentir a sua falta. – Freed falou.

– Obrigada pessoal. – Sorri. – Adeus Fairy Tail. – Sussurrei.

Sai da Guild e pude sentir as lágrimas voltando, corri sem rumo e acabei indo pra floresta de Magnolia, soluços já escapavam da minha garganta. Só parei de correr quando tropecei em um tronco e cai. Encostei-me a uma arvore e acho que adormeci. Acordei no meio da noite e continuei ali, não sentia vontade de levantar. Estava observando as estrelas quando alguém falou comigo:

– O que aconteceu com você menina? – A voz era grave. Não sei por que, mais eu gostei de ouvir aquela voz, e sem pensar disse ainda sem olhar para o dono:

– Minha Guilda me ignorava e me achava fraca. E o pior, Natsu que era o meu companheiro me chamou de fraca e me expulsou do time. Depois eu sai de lá e aqui estou.

– Você não é fraca.

– Como sabe?

– Eu só sei. Olhe para mim, por favor. – Olhei e fiquei em choque, era um Dragão que estava ali, mais precisamente, era Acnologia.

– V-você?

– Não tenha medo criança. – Disse e me acalmei imediatamente. – Tenho uma pergunta para fazer.

– Diga. – Sorri pra ele.

– Você quer se tornar a primeira e única Dragon Slayer do Apocalipse? – Arregalei os olhos.

– Seria uma honra. – Falei verdadeiramente feliz. - Mais, porque você me escolheu?

– Por que eu gostei de você. – Sorri. – Então, está pronta?

– Claro. – Ele abaixou a cabeça e eu subi, logo começamos a voar pelos céus.