Renneé e eu tínhamos acabado de finalizar o nosso maior golpe de todos e também o nosso último como uma dupla. Eu tinha quase 19 anos, quando ela me deixou no aeroporto de Los Angeles.

Conversávamos dentro do carro no estacionamento do aeroporto.

"Você tem certeza de que quer fazer isso, Bella?" Ela me perguntou.

"Tenho." Disse "Mãe, já aprendi o suficiente com você."

"Não, não aprendeu." Ela dizia.

"Confia em mim, mãe." Disse "Vou me sair bem."

"Você vai quebrar a cara."

"Seu egoísmo é impressionante!" Disse furiosa "Você só quer me intimidar pra eu desistir de ir e assim você vai continuar tendo a puta aqui que faz os seus maridos te traírem pra você conseguir seu dinheiro fácil!"

"Bella, você sabe que não é por isso!" Ela disse "Eu digo isso porque eu tenho certeza de que você vai se apaixonar pelo primeiro cara rico e bonito que aparecer."

"E se eu me apaixonar?" Perguntei "Me caso e serei feliz pra sempre! Não vejo problema nisso."

"Até parece que você ia mesmo conseguir olhar para o cara que ama todos os dias sem poder dizer a ele seu nome de verdade!"

"Eu posso..."

"O que?" Ela me perguntou "Desmentir seu nome? Tipo um dia você se chama Kelly e no outro você vai simplesmente dizer 'olha, eu planejei um golpe contra você e me apresentei como Kelly, mas desisti então pode me chamar de Bella, ta'. Fala sério, não é Bella?"

"Tchau, mãe." Disse saindo do carro e pela primeira vez dando as costas para minha mãe, quem acompanhei por tanto tempo. Não era fácil pra mim, mas precisava da minha liberdade. Não podia simplesmente viver as custas dela para o resto da vida.

Peguei aquele avião e desembarquei em Nova York. No aeroporto conheci minha primeira vítima. Não era muito rico, mas deu pra tirar um trocado bom.

Minha tinha razão de uma coisa. Não era fácil fazer um cara casar com você em tão pouco tempo sem vocês nunca terem transado antes...


-----------------------------------------------------------------Hoje----------------------------------------------------

Estava no campo pensando num jeito de intimidar Edward, que parecia um idiota. Toda vez que estávamos juntos com alguém em um cômodo o babaca ameaçava dizer alguma coisa e eu entrava em pânico toda santa vez.

Aquele joguinho dele já estava ficando um saco. Precisava de uma estratégia urgente.

Meus pensamentos são cortados por Emmet gritando Rosalie, que cruzava o campo fula. Ela até me lançou um olhar de morte, sendo que eu não tinha feito nada.

Emmet me viu ali e se juntou a mim desistindo de ir atrás de Rose.

"E aí, Bella?" Ele me cumprimentou sentando-se ao meu lado.

"Comigo tudo bem, mas você e Rosalie..." Disse.

"Ela é muito esquentadinha." Ele disse "Eu sei como fazer ela entrar na minha mais tarde."

Pude sentir o duplo sentido com a risadinha pervertida dele em 'mais tarde'.

"Mas o que você fez a ela?" Perguntei.

"Falei pro irmão dela o que ele tinha que fazer com Alice pra fazer ela gozar que nem eu faço com a Rosalie." Emmet disse como se não fosse nada demais.

"Emmet, não pode sair falando da sua intimidade com a Rosalie para as pessoas." Aconcelhei ainda assustada.

"Ah, deixa." Ele disse abrindo um sorrisinho "Sexo pra fazer as pazes é o melhor."

Ri dele. Não pude evitar, aquilo era sem noção demais pra mim.

"Presta atenção, sempre que brigar com o Jake ou ele tiver sendo muito chato com você, faça ele sentir ciúmes, sabe? Sei lá conversa bastante com um macho, tipo eu, e depois a conquista acontece e o sexo... Você sabe."

Aquilo era luz que eu precisava. O que podia soar uma besteira ambulante pra mim foi a luz no fim do túnel.

Teria que fazer Edward se apaixonar por mim de novo. Já sabia o que faria primeiro.

"Emmet, você é um gênio!" Disse me levantando e dando um beijo na bochecha dele. Quando olhei para o outro lado do campo vi Rosalie me olhando fula. Emmet também viu e disse sorrindo: "Obrigado pela ajuda, Bella! Me poupou tempo. A loira já ta com ciúmes!"

"De nada!" Disse correndo para a sala de jogos, onde Jake e Edward estaríam jogando sinuca.

Assim que Edward me viu entrando começou a falar: "Jake, sabe a Bella?"

"O que é que tem?" Jacob me perguntou e antes que Edward falasse qualquer coisa fui mais rápida e abracei-o por trás dizendo:

"Estou aqui, meu amor." Disse abraçada nele.

Jacob se virou pra mim com um lindo sorriso nos labios e disse: "Que saudade, meu amor."

"Eu também." Eu disse o beijando, mas não o beijei simplesmente. Eu agarrei-o ali mesmo, mas parei, acho que isso foi o suficiente para desbundar Edward Cullen.

Quando o olhei, vi uma raiva desconhecida até então em seus olhos. Ai, como a vitória é deliciosa! Queria até rir, mas me contentei em apenas guardar isso pra mim.

"Que fôlego, em?" Jacob comentou.

"Só você me faz fazer essas coisas." Disse passando a mão por todo peitoral dele "E outras coisas também."

Edward estava verde de raiva. Aquilo estava tão cômico, que precisei sair dali ou ia gargalhar e muito.

"Agora tenho que ir, meu amor." Disse e pude vê claramente Edward gesticulando alguma coisa, então resolvi provocar mais um pouco "O que houve, Edward? Disse alguma coisa?"

"Não." Ele disse saindo fulo do lugar.

"O que houve com ele?" Jake me perguntou.

"Não sei, mas agora acho que vou montar um pouco a cavalo." Disse.

"Eu iria com você, mas tenho que ajudar meu pai." Ele disse

Me despedi de Jacob e assim que saí da casa comecei a rir como nunca na minha vida, mas o que eu não contava era com a aparição repentina de Edward.

"Qual foi a piada?" Ele me perguntou fulo.

Não pude parar de rir ainda mais depois dessa.

"N... Não foi..." Ria muito.

"O que você acha que vai conseguir com isso, Isabella?" Ele me perguntou "Acha mesmo que isso vai me impedir de contar alguma coisa? Eu vou contar na hora que eu quiser!"

"Não, você não vai." Disse confiante.

"Como é que é?" Ele disse.

"Simples, você ainda é apaixonado por mim e é incapaz de me dedurar porque se fizer isso, nunca mais vai me ver." Respondi.

"Você pirou?" Ele me pergutou.

"Não, é simplesmente um fato, Edward." Disse dando-lhe as costas e entrando no estábulo.

"Espera!" Ele disse vindo atrás de mim, mas só me alcancou dentro do estábulo.

"Me deixa cavalgar em paz, Edward." Disse me voltando pra ele.

"Você não pode me dizer uma coisa daquelas e deixar por isso mesmo!" Ele disse.

"O que você quer? Uma prova?" Perguntei.

"É." Ele disse.

"Então ta!" Disse "Eu te provo."

Fui chegando perto dele e ele foi dando curtos passos para trás até não ter pra onde mais fugir. Coloquei minhas duas mãos no peitoral definido dele. Senti seu corpo se arrepiar e vi ele implorar por um beijo com os olhos, então aproximei meu lábios dos dele e antes que esses se encostassem, disse: "Eu estava certa. Você me ama."

Me afastei dele e preparei-me para dar-lhe as costas até que ele me puxa pelo braço dizendo: "E você também. Para de joguinhos."

Ele me puxou para perto de seu corpo, segurou firme em minha cintura e tascou-me um beijo, que há muito senti falta e fiz questão de negar por todo esse tempo.